terça-feira, 21 de agosto de 2018

ALBERGARIA A VELHA - FERIADO - 21 DE AGOSTO DE 2018

Albergaria-a-Velha

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Albergaria-a-Velha
Brasão de Albergaria-a-VelhaBandeira de Albergaria-a-Velha
Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha.jpg
Câmara Municipal e Jardim da Praça Ferreira Tavares
Localização de Albergaria-a-Velha
GentílicoAlbergariense
Área158,83 km²
População25 252 hab. (2011)
Densidade populacional159  hab./km²
N.º de freguesias6
Presidente da
câmara municipal
António Loureiro (CDS-PP)
Fundação do município
(ou foral)
1835
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Baixo Vouga
DistritoAveiro
ProvínciaBeira Litoral
OragoSanta Cruz
Feriado municipalSegunda-feirasubsequente ao terceiro Domingo de Agosto
Código postal3850-053 Albergaria-a-Velha
Sítio oficialwww.cm-albergaria.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Albergaria-a-Velha é uma cidade portuguesa pertencente à Região de Aveiroda zona Centro do país, com 8 528 habitantes.
É sede de um município com 158,83 km² de área[1] e 25 252 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 6 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelos municípios de Estarreja e Oliveira de Azeméis, a leste por Sever do Vouga, a sueste por Águeda, a sudoeste por Aveiro e a noroeste, através de um canal da Ria de Aveiro, pela Murtosa. O município é fortemente afetado por incêndios.

História[editar | editar código-fonte]

Lápide do Real Hospital de Albergaria
Em 1117, D. Teresa, rainha de Portugal e mãe de D. Afonso Henriques, doou ao fidalgo Gonçalo Eriz vastas terras. Como contrapartida, o fidalgo comprometeu-se a manter aberta uma Albergaria para acolher os viajantes pobres.
Carta do Couto de Osselôa é considerado o primeiro documento em que Portugalfigura com o título de reino [1]e constitui a certidão de nascimento e de baptismo de Albergaria-a-Velha.
Os primeiros registos de Albergaria como Vila, surgem em meados do século XVI, na forma de uma lápide existente nos Paços do Concelho, oriunda da frontaria do primeiro Hospital. Foi mandada colocar no Hospital por Acórdão da Relação de Lisboa, de 27 de Maio de 1629.
No dia 6 de abril de 2011, por deliberação do plenário da Assembleia da República eleva Albergaria-a-Velha, à categoria de cidade.

Território[editar | editar código-fonte]

O território que hoje compõe o concelho de Albergaria-a-Velha tem ocupação humana desde a pré-história, conforme os sítios arqueológicos o demonstram. Chegados ao século XVI, este território estava dividido por diversos concelhos autónomos: AngejaFrossos, Paus e Pinheiro, enquanto os restantes aglomerados populacionais se mantinham na jurisdição de outros concelhos: Aveiro, Bemposta, Recardães e Vouga.
Com o advento do Liberalismo, no início do reinado de D. Maria II, foi então promovida a elevação de Albergaria-a-Velha à categoria de Vila e criado o seu concelho, retirando-a do concelho de Aveiro. Para esse fim, foi anexado o concelho de Angeja(temporariamente extinto), a freguesia de São João de Loure e parte da freguesia de Valmaior (do concelho de Aveiro). E no dia 13 de Fevereiro de 1835 teve lugar a primeira sessão, na presença da maior parte do povo da mesma Villa, apesar de só ser oficializado por Decreto de 23 de Julho de 1835, para logo em Setembro de 1835 lhe ser acrescentado o concelho de Paus.
A 6 de Novembro de 1836, foram extintos os concelhos de Frossos e de Recardães. O primeiro, foi por poucos dias integrado no concelho de Albergaria-a-Velha, até que em Janeiro de 1837 passa a integrar o restaurado concelho de Angeja. Do segundo, uma parte da freguesia de Valmaior, passou para o concelho de Albergaria-a-Velha. Pouco depois, a 18 de março de 1842 foi extinto o concelho de Paus, ficando uma parte (Alquerubim e Paus) para o concelho de Albergaria-a-Velha e outra para o concelho de Águeda. No entanto pouco tempo duraria esta medida, uma vez que em Maio de 1842, na sequência da ditadura de Costa Cabral, viria a ser restaurado o concelho de Paus e extinto temporariamente o de Albergaria-a-Velha, assim se prolongando até Maio de 1846, altura em que na sequência da revolta designada por "Maria da Fonte" foi restaurado o concelho de Albergaria-a-Velha.
Poucos anos mais tarde, o Decreto de 31 de Dezembro de 1853 extinguiu os concelhos de Angeja e de Vouga. Do primeiro, passaram a integrar o concelho de Albergaria-a-Velha as freguesias de Angeja e Frossos, ficando as freguesias de Canelas e Fermelã para o concelho de Estarreja. Do segundo, viria a ser incorporada no concelho de Albergaria-a-Velha outra parte da freguesia de Valmaior. Mas só em 1855 o concelho de Albergaria-a-Velha viria a assumir a totalidade do seu actual território, com a anexação das freguesias da Branca e da Ribeira de Fráguas. Foi ao longo de cerca de vinte anos que se foram congregando os territórios que constituem o concelho de Albergaria-a-Velha, nem sempre de forma fácil e ordeira. Os Paços do Concelho de Albergaria-a-Velha foram funcionando em casas arrendadas, até que em 1869 se deram início às obras do actual edifício, que apenas foi inaugurado em 1897. Foi por esta altura que, no período compreendido entre 1895 e 1898, o concelho de Albergaria-a-Velha anexou o concelho de Sever do Vouga.
A partir de Janeiro de 2013, o concelho de Albergaria-a-Velha sofreu uma nova reorganização, sendo agregadas as freguesias de Frossos e de Valmaior, respectivamente, a São João de Loure e Albergaria-a-Velha. Desta forma, o concelho de Albergarla-a-Velha é presentemente constituído por seis freguesias: União das freguesias de Albergaria-a-Velha e ValmaiorUnião das freguesias de São João de Loure e FrossosAlquerubimAngejaBranca e Ribeira de Fráguas[5]

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [6]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
11 25913 17312 87713 52614 61414 75415 29316 88017 87018 44618 01021 32621 99524 63825 252
(Número de habitantes que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [7]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos4 5475 1145 0245 0865 3435 4065 7675 6505 6184 5694 1623 893
15-24 Anos2 2372 4432 5172 6912 9443 0402 8742 8303 7023 6253 6332 687
25-64 Anos5 5555 7155 8456 1317 0347 6548 0877 8509 50710 84713 11514 118
> 65 Anos1 0181 1591 0981 2211 3081 5271 7181 7202 4992 9543 7284 554
> Id. desconh423262728
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população presente no concelho à data em que eles se realizaram Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Albergaria-a-Velha.
O concelho de Albergaria-a-Velha está dividido em 6 freguesias:

Transportes[editar | editar código-fonte]

Rodoviários[editar | editar código-fonte]

Localizada no entroncamento de algumas dos mais importantes vias rodoviárias de Portugal - A1A25IC2 e A29 / A17 , a cidade de Albergaria-a-Velha beneficia de um conjunto de rápidos acessos aos mais importantes centros urbanos nacionais.[8] Dispõe de um Centro Coordenador de Transportes com carreiras regulares para todo o país e Europa.

Ferroviários[editar | editar código-fonte]

Albergaria-a-Velha é servida, desde 1910, pela Linha do Vouga. Apesar de o comboio ainda efectuar a paragem na plataforma, a Estação Ferroviária de Albergaria-a-Velha, localizada no centro da cidade, está actualmente desactivada.[9][10]

Marítimos[editar | editar código-fonte]

porto marítimo mais próximo é o Porto de Aveiro, a 32,4 Km.

Aéreos[editar | editar código-fonte]

aeroporto mais próximo é o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a 78,5 Km, na cidade da Maia.

Turismo[editar | editar código-fonte]

Rota dos Moinhos[editar | editar código-fonte]

O concelho de Albergaria-a-Velha foi sempre, ao longo da história, uma terra de inúmeros moinhos de água. Embora existam em todo o concelho, é ao longo do Rio Caima que temos as unidades de maior expressão e importância, uma vez que o seu caudal mais estável permitia uma laboração permanente. Também no Rio Fílveda e no Rio Jardim, nas ribeiras de Albergaria-a-Velha, FontãoFriasFial e Mouquim e nas inúmeras cargas e valas de todas as freguesias, se encontram vestígios ou registos de 356 moinhos, sendo até à data o concelho na Europa com o maior número de moinhos de água devidamente documentados. Estes moinhos foram edificados sobretudo nos séculos XVIII e XIX, com recursos a materiais de construção locais e serviam essencialmente para moagem de milho e de trigo, tendo sido também usados para o descasque do arroz produzido na região do Baixo Vouga[11][12]

Monte da Sra. do Socorro[editar | editar código-fonte]

O monte da Senhora do Socorro, a antiga Pedra de Águia a que se refere a Carta do Couto de Osselôa, um é local de peregrinação de terras próximas e afastadas. Dali se desfruta um panorama deslumbrante, para a Serra e para o Mar. A Capela do Santuário da Sra. do Socorro situa-se numa elevação conhecida como Bico do Monte, a 2 km do centro da cidade. A construção do templo data de 1857 e surge em cumprimento de uma promessa feita a Nossa Senhora para acabar com o flagelo da cólera-morbus que grassou a região em 1855. O cruzeiro de granito de Nossa Senhora do Socorro que se encontra a poucos metros da capela remonta ao século XVII e situava-se originalmente na entrada sul de Albergaria-a-Velha. Apresenta a seguinte inscrição: "Aqui começa a Albergaria da Rainha D. Teresa".[13]

Pateira de Frossos[editar | editar código-fonte]

Localizada a Sudoeste do Concelho de Albergaria­-a-Velha, em pleno Baixo Vouga Lagunar, a Pateira de Frossos apresenta uma biodiversidade típica do sistema lagunar da Ria de Aveiro, que se sustenta na complexidade geográfica e hidrográfica da sua rede de canais. Como habitat de aves migradoras, a Pateira de Frossos destaca-se pela sua diversidade e valor ecológico, sendo um local privilegiado para a prática de observação de aves, desportos associados à natureza tais como o BTTcanoagempercursos pedestrese percursos equestres.[14]

Património[editar | editar código-fonte]

Indústria[editar | editar código-fonte]

O concelho de Albergaria-a-Velha foi sede de importantes indústrias a nível nacional (já extintas), nos sectores da metalurgia, fundição e design industrial, minas e celulose:

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

A gastronomia do concelho é rica e variada, com destaque para:
  • Bacalhau Assado
  • Cabrito Assado
  • Lampreia
  • Leitão de Angeja
  • Pão do Fontão
  • Regueifa de Canela
  • Rojões
  • Vitela Assada
  • Os Turcos - por Margarida Coutinho, confeiteira do doce regional Os Turcos, uma especialidade centenária do concelho de Albergaria-a-Velha.[15][16][17]

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 ANTÓNIO FONSECA



segunda-feira, 20 de agosto de 2018

BAIÃO - FERIADO - 20 DE AGOSTO DE 2018

Baião (Portugal)

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Baião
Brasão de BaiãoBandeira de Baião
Localização de Baião
GentílicoBaionense ou Baionês
Área174,53 km²
População20 522 hab. (2011)
Densidade populacional117,6  hab./km²
N.º de freguesias14
Presidente da
câmara municipal
Paulo Pereira (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1 de setembro de 1513
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Tâmega e Sousa
DistritoPorto
ProvínciaDouro Litoral
OragoSão Bartolomeu
Feriado municipal24 de agosto (São Bartolomeu)
Código postal4640 Baião
Sítio oficialwww.cm-baião.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Baião é uma vila portuguesa no Distrito do Portoregião Norte e sub-região do Tâmega e Sousa, com cerca de 3 200 habitantes.
É sede de um município com 174,53 km² de área[1] e 20 522 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 14 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo concelho de Amarante, a leste por Mesão FrioPeso da Régua, a sul por Resende e Cinfães e a oeste pelo Marco de Canaveses.  

História[editar | editar código-fonte]

Na passagem da Alta para a Baixa Idade Média, dá-se a formação da Terra de Baião, que era dominada por um castelo: o Castelo de Matos (de fundação Sueva), antigo Castelo de Penalva. A Terra de Baião é a origem da família nobre dos Baiões, descendentes de D. Arnaldo (trisavô de Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques), um guerreiro que veio combater os mouros na Península Ibérica, por volta de 985. As terras de Baião foram-lhe concedidas como prémio pela sua bravura, pelo rei de Castela. Alguns historiadores pensam que D. Arnaldo seria um guerreiro alemão que perdeu o seu ducado numa guerra; outros, que seria um cavaleiro de Bayonne, filho de um rei de Itália e neto de um rei de França, e que seria essa a origem do nome de Baião. O seu filho D. Gozende Arnaldo (ou Arnaldes) de Bayão deu o seu nome à povoação de Gozende, Gove, Baião. As armas do concelho são as mesmas da família Cabral, que aqui possuiu a Torre de Campelo, um solar-torre brasonado, fundado por Jorge Dias Cabral, irmão de Pedro Álvares Cabral. A Torre de Campelo foi expropriada e demolida em 1927 pela Câmara Municipal de Baião.
D. João I deu as terras de Baião a um parente do CondestávelD. Nuno Álvares Pereira. Tendo voltado à Coroa no tempo de D. João II, Baião recebeu foral de D. Manuel I, em 1 de setembro de 1513. Já no século XX, no planalto supeior da serra da Aboboreira foi erigida a Capela de Nossa Senhora da Guia, ermida aonde acorrem muitos peregrinos ou simples forasteiros, atraídos pela paz e paisagem sobre o vale do rio Ovil que aqui encontram.

Pré-História[editar | editar código-fonte]

Embora na Serra da Aboboreira tenha sido achado «um uniface talhado num calhau rolado de xisto» do Paleolítico Inferior (cerca de 30000 a.C.), terá sido no V ou IV milénio a.C. (de 5000 a 4500 a.C, no Neolítico) que surgiram os primeiros povoados, em plataformas próximas de linhas de água. Os estudos arqueológicos que têm vindo a ser realizados nas serras da Aboboreira e da Castelo, desde 1978, revelaram, já, a existência de uma vasta necrópole megalítica, das maiores que actualmente se conhecem em território português, com cerca de 4 dezenas de mamoas identificadas. As origens culturais deste concelho devem-se à passagem e fixação de vagas migratórias, vindas do sul da Alemanha (da região de Hallstat). Os celtas foram o primeiro povo que, de forma consistente, aqui se fixou. Castrosmeníres e outros achados arqueológicos mostram que esta foi uma região de domínio celta. A cultura celta permaneceu sempre neste enclave do Marão e ainda hoje se faz sentir a sua presença.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Paisagem da margem do rio Douro no conselho de Baião
Paisagem da margem do rio Douro no conselho de Baião
Baião é o concelho com maior percentagem de área verde e floresta em todo o distrito do Porto (63,5 por cento do território) e possui no seu território recursos naturais de rara beleza, tais como a Serra da Aboboreira, a Serra do Marão, a Serra do Castelo de Matos ou os rios Douro, Teixeira e Ovil.

Património[editar | editar código-fonte]

  • Anta da Aboboreira (também conhecida por Anta de Chã de ParadaDólmen da Fonte do MelCasa da Moura de S. João de OvilCasa dos Mouros e Cova do Ladrão), localizada na serra da Aboboreira na freguesia de Ovil: classificado como Monumento Nacional[5] e construído durante a primeira metade do III milénio a. C., este monumento funerário pré-histórico faz parte de um conjunto de quatro outros exemplares pertencentes à denominada Necrópole megalítica da Serra da Aboboreira. A mamoa, revestida por material pétreo, encontra-se inserta num tumulus de terra com cerca de 25 m de diâmetro. A câmara, de planta poligonal, é constituída por oito esteios laterais e um de cobertura, este último de consideráveis dimensões. O corredor, de planta sub-rectangular, é relativamente curto (cerca de 3,70 m de comprimento). Uma das particularidades desta mamoa reside na presença de um conjunto de pinturas nos seus esteios, executadas a vermelho, compreendendo motivos esteliformes e circulares, além de um sub-rectangular de base trapezoidal e apêndice lateral encurvado[6][7].
  • Mosteiro de Ancede
    Conjunto constituído pelo Mosteiro de Santo André de Ancede, Capela de Nossa Senhora do Bom Despacho e terreiro fronteiro, em vias de classificação pelo IGESPAR[8]: as origens do Mosteiro de Santo André de Ancede remontam ao século XII e a mais antiga referência conhecida, de 1120, é respeitante à sua ligação aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Durante vários séculos este mosteiro deteve um considerável património fundiário ligado à produção vinícola, que lhe permitiu beneficiar de grande poder económico. Todavia, em meados do século XVI, pouco restava já dessa época áurea e o mosteiro entrou num período de decadência, com as dependências degradadas e um número muito reduzido de religiosos. Em 1560passou a depender do mosteiro de de São Domingos de Lisboa e, a partir de então, foram executadas várias campanhas de obras com o objectivo de recuperar o conjunto arquitectónico. A igreja foi reedificada, desenvolvendo-se, então, em três naves separadas por arcaria de volta perfeita, com tecto de madeira. Um amplo arco triunfal, com dois altares colaterais, articula este espaço com o da capela-mor, onde ganha especial importância o retábulo-mor, em talha dourada com tribuna de grandes dimensões. Contemporâneos deste retábulo, de estilo nacional, são certamente as sanefas que se encontram sobre as janelas e o arco triunfal. A fachada principal, em cantaria, que corresponde à lateral da nave, apresenta portal de verga recta encimado por nicho de frontão triangular. Com a extinção das Ordens Religiosas o mosteiro foi vendido em hasta pública, sendo adquirido pelo Visconde de Vilarinho de São Romão. A capela e a igreja passaram, em 1932, para a paróquia de Ancede. Actualmente, e desde 1985, o mosteiro é pertença da Câmara Municipal de Baião. A capela de Nossa Senhora do Bom Despacho, ao lado, foi erguida em 1731 e exibe, no portal datado de 1735, o brasão dos dominicanos. De linguagem rococó, apresenta, no seu interior, um altar-mor e seis laterais, com representações de cenas da vida de Cristo.
  • Tesouro de Baião, depositado no Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa: composto por um colar articulado com 52,5 cm, datado da Idade do Ferro (sécs. VI-IV a.C.), dois pares de arrecadas, datadas da Idade do Ferro Antigo (séculos VII-VI a.C.), uma gargantilha e doze botões, todos em ouro.
  • Há alguns anos, em Frende, foi encontrado um importante altar, composto por várias aras, decoradas com cenas cerimoniais, parecendo testemunhar cenas xamânicas ou druidícas. Outro ainda do mesmo género foi achado na Quinta de Mosteirô, em Ancede.

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