quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A Belezas das Flores da Primavera em Londres!

 Londres é uma cidade maravilhosa. O único problema é que, em grande parte do ano, o clima é cinza e chuvoso. No entanto, é possível usufruir de lindos dias azuis em parte da primavera e no verão, quando a cidade também fica tomada por belíssimas flores espalhadas pelas ruas, praças e seus estonteantes parques. Veja abaixo o quanto Londres pode ser florida e colorida nessas belas imagens que selecionamos para você!

1. Cerejeiras cobertas de flores no Battersea Park
2. Vista do alto da cidade pelo Alexandra Palace, rodeado de flores.
3. Na primavera, as tulipas envolvem o Palácio de Buckingham.
Fonte
4. Flores de cerejeira deixam a Catedral de São Paulo ainda mais linda.
5. Em maio, surgem lindas e coloridas azaleias e rododendros na Isabella Plantation, um belo jardim no coração do Richmond Park.
Fonte
6. Um belo lugar para relaxar e apreciar a beleza das flores, como faz esse casal rodeada por cerejeiras floridas no Greenwich Park, no sudoeste de Londres.
primavera de Londres
7. Belas flores na beira de um lago no St. James Park.
primavera de Londres
8. Uma caminhada entre lindas narcissus no St. James Park.
primavera de Londres
9. As flores enfeitam as ruas de Londres e deixam a cidade mais agradável, como mostra esta imagem, em Shepherd's Bush.
primavera de Londres
10. Azaleias e rodoendros próximos a Kenwood House, em Hampstead Heath, um grande parque da cidade.
primavera de Londres
11. O Palácio de Hampton Court é ainda mais lindo e imponente quando está rodeado de belas flores.
primavera de Londres
Fonte
12. Holland Park, no oeste de Londres, é repleto de árvores e flores multicoloridas.
primavera de Londres
13. Em junho, a Mayfair Street fica toda enfeitada com caixas cheias de flores coloridas.
primavera de Londres
14. Tulipas cercam a casa de vidro de Kew Gardens, no sudoeste de Londres.
primavera de Londres
​Fonte
15. Uma imponente árvore repleta de lindas flores no Regent's Park.
primavera de Londres
16. Flores de diversas cores deixam o Regent's Park ainda mais lindo.
primavera de Londres

OBSERVADOR

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... quase 350 jornais de todo o mundo publicam hoje editoriais contra os ataques de Trump aos media. Pode ler aqui o do gigante The New York Times, o do Boston Globe, de quem partiu a iniciativa, ou o do The Guardian, que se juntou aos norte-americanos. Todos defendem uma imprensa livre, garantem que o jornalismo não é o inimigo e que estão a trabalhar e não em guerra, como pode ler no resumo que fizemos (com um mapa dos EUA para ajudar a perceber a dimensão desta acção). Já a resposta de Trump não se deve fazer esperar. É só estar atento ao Twitter.

Lula da Silva desafiou a justiça brasileira. Tornou-se oficialmente candidato do PT às presidenciais de Outubro, apesar de estar preso deste 7 de Abril. Houve manifestações de apoio em Brasília, mas a procuradora-geral do Brasil já impugnou a candidatura.

Foi apresentado o relatório dos abusos sexuais por 300 padres a mais de 1.000 menores na PensilvâniaO caso, que a Igreja católica terá tentado encobrir durante sete décadas, tem 1.356 páginas e vários relatos em vídeo chocantes com testemunhos.

Mais de mil pessoas protestaram em Bruxelas contra detenção de crianças migrantes. A política migratória foi considerada "indigna" do Governo belga, depois da entrada em vigor a 11 de Agosto de um centro de detenção destinado a acolher famílias estrangeiras em situação irregular.

Na primeira grande prova sem Ronaldo, o Real Madrid foi derrotado. O rival madrileno Atlético, com o ex-sportinguista Gelson no banco, levou a Supertaça Europeia para casa, num jogo de loucos, decidido no prolongamento. Os dois meses em que um todo poderoso perdeu todo o poder é o título da crónica do Bruno  Roseiro, não sobre o jogo, mas sobre Florentino Pérez. Já Lopetegui voltou a perder 31 meses depois e quebrou uma série que já levava 16 anos.




Outra informação relevante 
Madonna faz hoje 6o anos, o último deles a viver em Lisboa. Mais glamour, aumento de turistas dos EUA, cartão de visita de governantes, afinal, o que ganha a marca Portugal com a presença (e os posts nas redes sociais) da rainha da pop? A Rita Dinis falou com especialistas em turismo, em marketing, em publicidade e em política. E todos têm uma opinião positiva sobre o tema. Ora leia. Afinal, estamos a falar de uma artista que mudou o mundo pelo menos estas seis vezes.

Convidou, desconvidou, voltou a convidar e, face ao mar de críticas, recuou novamente e retirou de vez Marine Le Pen da lista de oradores da Web Summit. Paddy Cosgrave afirmou que "se tornou claro que a decisão correta" era "rescindir o convite" à líder da Frente Nacional. Mas o Governo garante que não teve nada a ver com a decisão tomada apesar da pressão crescente, enquanto o Bloco aplaudiu
Depois da queda da Ponte Morandi, o Governo italiano declarou o estado de emergência em Génova por um ano. Já há 39 vítimas mortaisconfirmadas, entre elas três crianças: o pequeno Samuele seguia com os pais, mas casais de namorados, trabalhadores e turistas também estão entre os que foram apanhados pelo colapso. As buscas prosseguem"porque quanto mais tempo passa, mais difícil é".
O Governo quer acabar com a reforma obrigatória aos 70 anosEquipara assim o regime do setor público com o do setor privado e põe fim a uma legislação criada em 1926, diz o Público.

A TAP vai acabar com a prática corrente de não cobrar as viagens aos membros do GovernoA solução deve passar por tarifas especiais ou pacotes de descontos, avança o Jornal de Negócios.

Continuam a saber-se mais detalhes da investigação que envolve o Benfica e o Aves. O JNescreve que além de analisar indícios da prática de corrupção e tráfico de influências, a PJ investiga agora a compra de passes de jogadores por parte do Desportivo das Aves, pagos pelo Benfica.

Bem pode António Costa fazer rasgados elogios ao seu ministro da Saúde e esquecer o "Somos todos Centeno", porque os problemas no SNS estão para ficarOntem os chefes de urgência de obstetrícia do hospital Amadora-Sintra avançaram mesmo com a demissão, porque a administração não contratou os especialistas em falta.

As reclamações nos serviços de emergência também parecem ter aumentadoNo caso do rapaz belga de 6 anos que morreu numa piscina, os pais dizem que o 112 transferiu a chamada 5 vezes por ninguém falar inglês, apesar do INEM e a PSP terem outras versões. Será que estes serviços estão preparados para o boom de turistas? O João de Almeida Dias foi perceber.
Nos EUA, Donald Trump (de novo ele, repetente neste espaço) impediu o ex-director da CIA de aceder a segredos de defesa norte-americana. Pormenor: John Brennan tem sido um duro crítico do Presidente norte-americano. Ah, e Trump também aumentou o tom de confronto com Omarosa Manigault Newman, que chegou a ser a afro-americana com o estatuto mais elevado na Casa Branca. Chamou-lhe "esse cão!".

Já a Turquia respondeu aos EUA e aumentou as tarifas sobre as importações de produtos norte-americanos. Nesta guerra comercial que afecta já o mundo todo, a Casa Branca considerou as sanções turcas lamentáveis.




Os nossos Especiais 

Mar Matta, no norte do Iraque, é um dos mosteiros cristãos mais antigos do mundo e esteve quase a ser invadido e destruído pelo Estado IslâmicoSeis monges que lá vivem mantiveram-se irredutíveis, trataram de proteger uma das mais completas bibliotecas de manuscritos originais da tradição siríaca e resistiram. E contaram como ao João Francisco Gomes e ao João Porfírio.

Um júri num tribunal californiano considerou a Monsanto, criadora do glifosato, responsável pelo aparecimento de cancro num utilizador do produtoSerá que esta decisão tem uma base científica? O fact check é da Vera Novais.




A nossa opinião
  • Paulo Tunhas escreve "Quando queremos, somos os melhores": "Sobre a proposição metafísica de Marcelo relativa à natureza dos portugueses: se, quando queremos, somos os melhores dos melhores, porque é que, tantas vezes, o queremos tão pouco?".
  • Manuel Matola escreve "Sobre a (des)obediência do filho de Samora Machel": "O filho de Samora Machel vai candidatar-se contra a Frelimo, talvez seguindo o famoso código de honra dos samurais, que preferiam uma morte dolorosa e íntegra em respeito ao nome pessoal e da família".
  • Luís Aguiar-Conraria escreve sobre "Trabalhos forçados para todos os jovens?": "Só se o valor da liberdade desses jovens for excluído das nossas contas, é que se concluirá que o serviço militar obrigatório sai mais barato. Mas isso corresponde a uma visão totalitária da sociedade".
  • Maria João Marques escreve sobre "Explicações de verão": "Houve quem à esquerda, incluindo alguns deputados, propusesse proibir (o método do costume; é compulsivo) o convite a Le Pen. Mas claro que a expulsão de Alex Jones foi justíssima e motivo de aplauso".
  • Manuel Villaverde Cabral escreve sobre "A nova economia política": "A imprensa diz que o FMI foi ultrapassado pelos acontecimentos e já se identificaram os países que poderão vir a estar na linha de mira dos especuladores. A única defesa de Portugal é a União Europeia". 
  • Diana Soller escreve sobre a "Venezuela a ferro e fogo": "Maduro tentará impor a sua vontade, agora que se sente verdadeiramente ameaçado. A oposição sentirá que não tem nada a perder. O que pode, efetivamente, degenerar numa guerra civil".
  • Fernando Leal da Costa escreve sobre "Ainda o tabaco e má legislação": "O Governo quer acabar com o fumo de tabaco no SNS – em cujas instituições já é proibido fumar – para depois, com um despacho, propor a criação de espaços para não fumadores... nas zonas ao ar livre".




Notícias surpreendentes Esta semana soubemos que o Google guarda a nossa localização quer queiramos ou não. Mas é possível acederem aos nossos mails, mensagens, dados pessoais, posts, mesmo depois de morrermos? A resposta, depois de um tribunal alemão ter autorizado os pais de uma adolescente que se suicidou a fazê-lo, é, genericamente, essa: sim. O Manuel Pestana Machado explica.

Houve mais um ataque a um rapper norte-americanoUm atirador invadiu a gravação de um videoclipe de 50 Cent e disparou 11 tiros. Havia mais artistas no local, mas ninguém ficou ferido. A polícia já está a investigar o caso.

E será que a indústria da música está em crise? Há quem diga que sim. Mas talvez não. Pelo menos nos EUA, onde há 11 anos a indústria musical norte-americana não gerava tantas receitas. Só que do bolo total, só 12% foi para o bolso dos músicos. E as editoras têm um grande problema por resolver.

Ana, a única filha da rainha de Inglaterra, fez ontem 68 anosA princesa que fez três capas da Vogue e quase foi raptada, apesar de discreta e muitas vezes esquecida, é um dos membros mais ativos da realeza.


Já tem as notícias mais relevantes para recomeçar a semana depois do feriado. O resto da actualidade estará, como sempre, no Observador. Conheça ainda o nosso programa de assinaturas, o Observador Premium
Boa quinta-feira
(para quem não pôde ir a Paredes de Coura, fica o relato do que lá se passou: Marlon Williams apaixonou-se e os Linda Martini tomaram conta da noite)
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EXPRESSO


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Pedro Santos Guerreiro
PEDRO SANTOS GUERREIRO
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Precisamos de si
16 de Agosto de 2018
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“Verdades auto-evidentes” é uma expressão usada na famosa declaração de independência dos Estados Unidos. São verdades que são dadas como adquiridas, incontestáveis, incluindo as de que todos os homens são criados iguais e têm direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade. Quinze anos depois desta declaração, em 1791, foi publicada a primeira emenda da Constituição americana, que prevê a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.

Que, em 2018, centenas jornais se juntem publicando a mensagem de que “os jornalistas não são o inimigo” é bem sinal de como verdades que pareciam evidentes têm de afinal de ser reafirmadas e defendidas contra a propaganda política que deseja esvaziar o poder de quem a escrutina. É esse o título do editorial de hoje do “The Boston Globe”, a que se juntaram quase 350 jornais norte-americanos. Incluindo o “The New York Times”, que titula o seu editorial com a frase que inspira o título deste Expresso Curto: “Uma imprensa livre precisa de si”.

“Um pilar central da política do Presidente Trump é um assalto sustentado à impressa livre”, escreve o Globe. Os jornalistas são considerados por Trump como “o inimigo do povo”, o que pode ter “consequências perigosas”: “Substituir uma imprensa livre por uma comunicação social controlada pelo Estado foi sempre um desejo primeiro para qualquer regime corrupto que tome o controlo de um país”. Trata-se de um editorial fortíssimo, quer no ataque aos ataques de Trump, quer na explicitação de que a imprensa não está a defender a sua própria corporação, mas os valores democráticos em que acredita e em cuja construção permanente participa.

O caso Trump revela o populismo levado ao extremo, mas muitos aprendizes de feiticeiro têm usado as mesmas armas para atiçar povos contra os jornalistas. “Criticar a Comunicação social – por subvalorizar ou sobrevalorizar histórias, por errarem – é inteiramente correto”, escreve o New York Times, “repórteres e editores são humanos e cometem erros. Corrigi-los é o centro do nosso trabalho. Mas insistir que verdades de que não se gosta são ‘notícias falsas’ é perigoso para a vida da democracia. E chamar jornalistas de ‘inimigo do povo’ é perigoso, ponto final”.

Usando as redes sociais como púlpitos de comícios globais, convencendo as pessoas de que a desintermediação as informa melhor - quando na verdade as manipula melhor -, amplificando erros de jornais, ateando ódios e criando perceções sobre mentiras, “factos alternativos” e “fake news”, políticos populistas têm o claro objetivo de aniquilar quem põe em causa o seu poder. Os jornalistas. Os editoriais de hoje marcam um movimento de força, de humildade perante os erros, de alerta e de apelo. Incluindo o apelo do New York Times de que assine jornais, para que os jornais sejam mais fortes, condição básica de independência e de capacidade de investimento em redações de investigação. Lá como cá. 

Cá é também por isso um bom dia para ler também o editorial escrito pela nova direção do Público, liderada pelo jornalista Manuel Carvalho, onde se defendem os grandes valores do jornalismo, como “os valores da livre iniciativa, da democracia liberal, das liberdades individuais, da fiscalização e controlo dos poderes”.

Todos os dias são bons dias para ler jornais. Democracias fortes têm e precisam de jornais fortes. As notícias põem em causa os poderes que mais as pretendem descredibilizar – e esta é outra verdade auto-evidente que não devia ser preciso escrever. Mas é. Lá como cá.
 
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OUTRAS NOTÍCIAS
O Governo quer acabar com reforma obrigatória aos 70 anos na função públicanoticia o Público de hoje. A proposta tem dois anos e está perto de avançar.

Quase mais um terço. É este o aumento do número de pessoas que trabalham no governo em relação ao final de 2015, avança o Negócios hoje. “No final de Junho, estavam a trabalhar 1.170 pessoas nos gabinetes dos 61 membros que compõem o Executivo socialista”, mais 282 pessoas do que dois anos e meio antes.

Os membros do governo vão deixar de viajar sem pagar na TAPSegundo o Negócios, a transportadora aérea está a negociar novas regras com o Executivo, que deverão passar por descontos.

O Governo contesta que haja um “colapso” nos comboios em Portugal, mas os trabalhadores ferroviários voltam a alertar: “Se nada for feito pode haver uma desgraça

Peritos sem regras beneficiam seguradoras à custa de lesados”, escreve o Jornal de Notícias. “A profissão de perito e regulador de sinistros não exige qualquer formação específica”.

É um exercício que o Expresso já fez para Lisboa e publica agora para o Porto: os preços das rendas em função da distância em relação ao centro da cidade nos transportes públicos. Veja aqui como quem vive no fim da linha poupa quase metade da renda.

40 mil famílias saíram de incumprimento no primeiro semestre, informa o Eco.

“Apesar de ter acelerado, o PIB de Abril a Junho desiludiu face às previsões”, analisa o Negócios. “As exportações não melhoraram tanto quanto o esperado e o investimento cresceu menos”.

Foi a polémica dos últimos dias, que Rafael Barbosa cataloga no JN como sendo de “silly season”: a organização da Web Summit retirou o convite a Marine Le Pen. O Bloco de Esquerda reagiu apoiando a decisão.

Foi decretado estado de emergência na região de Liguria, depois da queda da ponte em Génova, que provocou até esta manhã 39 vítimas mortais, três das quais crianças, recorda a Renascença. Foi entretanto aberto um inquérito judicial.

Em Angola, o presidente João Lourenço criou uma agência de petróleos, a ANPG, pondo fim ao monopólio no sector da Sonangol, que vai transferir parte dos seus ativos.

Tesla foi processada nos Estados Unidos pelo regulador do mercado de capitais por causa de um tweet do seu fundador, Elon Musk, noticia o Finantial Times. Em causa estão as informações sobre as quais as ações da empresa dispersas em Bolsa poderão ser recompradas.

Em Espanha, o governo está a negociar com o Podemos um aumento de impostos às empresasavança o El Pais.

No BrasilLula da Silva desafiou a Justiça e avançou com a apresentação de uma candidatura às eleições presidenciais. O ex-Presidente publicou uma carta aberta aos brasileiros onde se diz vítima de uma "caçada judicial", apelando à mobilização de todos.

Em reação às barreiras impostas pelos Estados Unidos, a Turquia impôs também sanções económicas, que a Casa Branca considera “lamentáveis”. Na crise que provocou a desvalorização acelerada da lira turca, o Qatar já prometeu ajudar, investindo 15 mil milhões de dólares na Turquia.

Um ataque suicida contra estudantes em Cabul, no Afeganistão, fez 48 mortos.

Madonna faz 60 anos. Não é por agora viver em Lisboa que a estrela enorme merece destaque, é por toda a sua carreira e pelo que através dela desbravou. “Criticada e incensada, quando ela passa deixa o rasto da soberania”, escreve Clara Ferreira Alves no Expresso. “A sua influência na música pop é determinante e visível nas fotocópias que por aí abundam. Tornou-se, com a idade, e tal como se dizia no filme “Chinatown” da má arquitetura e dos gangsters, respeitável. Respeitabilíssima. Rótulo que ela tenta descolar todos os dias.”

Benfica está a ser investigado por suspeitas envolvendo transferências de jogadores para o Desportivo das Avesavança o JN. O Ministério Público e a Polícia Judiciária do Porto têm indícios de que as compras poderão ter sido financiadas com dinheiro do clube lisboeta, estando sob escrutínio “a eventual participação direta de Luís Filipe Vieira nesses negócios”.

O Atlético de Madrid ganhou ao Real Madrid por 4-2 vencendo a Supertaça Europeia. Como explica a Tribuna Expressosem Ronaldo a história é outra.


FRASES
“A justiça portuguesa é cara, o que afasta quem não tenha meios para financiar um processo”. Francisco Sarsfield Cabralna Renascença.

“Há vários anos que digo que não me surpreenderia que surgisse uma novidade no sistema partidário, nomeadamente no centro-direita e não me referia a uma iniciativa minha.” Pedro Santana Lopesno Negócios.

“Santana Lopes anda a passear pelas sedes dos partidos liberais como quem vai fazer compras num supermercado.” Pedro Sousa Carvalhono Eco.

"Literatura é acender um fósforo na escuridão da contemporaneidade".B, no Palavra de Autor, o podcast de livros do Expresso


O QUE EU ANDO A LER
As boas reportagens de festivais de música não são nem para ferir de ausência quem não esteve, nem para confirmar a quem esteve o que ouviu, não são pois “o que você perdeu” nem “o que nós ganhámos”. São o contrário disso, porque são partilha. Servem para o contrário disso, porque levam quem não esteve. Servem para ver e ver é sempre ganhar.

As boas reportagens de festivais de música não descrevem, mostram; não listam bandas e horas de concertos, transcendem a dimensão dos factos e revelam o acontecimento. Se a crítica é má, as boas reportagens são impiedosas, porque a piedade com o mau aniquila o contraste que credibiliza o que é bom; se a crítica é boa, as boas reportagens de festivais de música não nos arrastam para o abismo cegante do deslumbramento, elevam-nos um socalco para o alumbramento. É por isso que as palavras nas boas reportagens de música que não ouvimos, dos concertos em que não dançámos e dos festivais que não vivemos são tão indispensáveis para quem gosta de ouvir, dançar e viver. É por isso que elas usam adjetivos, pois os adjetivos, escreveu Anne Carson (em “Autobiography of Red”, que também “ando a ler”), não são acrescentos inocentes, mas pequenos mecanismos “responsáveis por amarrar tudo no mundo ao seu lugar particular”.

Nos festivais de música como o de Paredes de Coura, que arrancou ontem, não se convive, vive-se. E quem não foi quer aceder e repartir a celebração, a descoberta, a revelação possíveis em cada dia na relva, em cada entardecer na encosta, em cada noite de estrelas. E se sabemos que a apoteose deste ano em Coura está agendada para sábado, com o regresso dos Arcade Fire (pode regressar quem nunca foi embora?), já antes de ontem sabíamos que, em Coura, quarta feira é sempre dia de um segredo guardado.

Nas boas reportagens de festivais de música, o exagero é pois consentido, se tiver sentido, se a sensibilidade da visão e o talento da escrita somarem em vez de substituirem o conhecimento, a experiência, o critério. Assim é com estas boas reportagens de festivais de música, as da Blitz, que desde ontem levantaram voo em Coura – e já nos contaram o segredo desta quarta feira: Marlon Williams, o neozelandês que compôs com o coração partido um dos melhores álbuns do ano, e que depois de ouvir fado no Porto e mergulhar no rio Coura, deu um concerto para “a gaveta das melhores memórias desta edição”. "O destino é tudo o que importa", disse ele, e o destino dele é cantar.

Voltar a Paredes de Coura é voltar sem medo ao sítio onde se foi feliz, porque este é um festival onde se é feliz, por ser um lugar de autenticidade, sem pose nacarada nem excesso de açúcar. Não é como os restaurantes que às refeições chamam “experiências”, é música que é mesmo música, dança que é mesmo dança, viver que é mesmo viver. Não é o melhor cartaz em Portugal (nisso nenhum bate o Nos Alive), mas será, até pela consistência das 25 edições anteriores, o melhor festival em Portugal.

Volta-se sem medo a este lugar onde se foi feliz porque, escreve May Sarton (em “Prepara-te Para a Morte e Segue-me”, que também “ando a ler”), o poder do amor “é fazer com que todas as coisas sejam novas”. E se os Arcade Fire voltam sábado ao lugar do concerto mítico de 2005 para fazer com que todas as coisas sejam novas, ontem já voltaram os King Gizzard & the Lizard Wizard, cinco álbuns depois do concerto de 2016, e mesmo “não havendo amor como o primeiro, o concerto de 2018 é uma réplica suficientemente potente para nos deixar extasiados”. E voltaram os Linda Martini, agora em horário nobre, homenageando Phil Mendrix, e com “a potência sonora e entrega ilimitada” que os apresenta “como um pequeno exército na linha da frente de uma batalha que não aceitam perder”, com Cláudia Guerreiro e Pedro Geraldes no final “a serem levados em braços num crowdsurf amigo”. Talvez um dia voltem os que se estrearam ontem, os Blaze, “bons arquitetos de música ambiente para fim de festa” que desataram nos grandes festivais europeus deste ano. E o pastor Conan Osiris, da Linha de Sintra, para o after hours de que quase ninguém arredou pé.

Isto foi só ontem, o primeiro dia de Coura, onde se cultiva a arte de "fazer parte", escreve ainda a Blitz, a grande marca portuguesa de música da família Expresso de que nos orgulhamos e não é por ontem, é por todas as vezes. Continue em Coura, continue com a Blitz, que escreve reportagens de festivais de música para que mesmo quem não pode escrever “eu estive aqui” possa sentir “eu estive lá”. Será assim de novo hoje, e amanhã, e sábado nos Arcade Fire. Como escreveu T.S. Eliot (esse estamos mais ou menos sempre a ler), “Apenas vivemos, apenas suspiramos / Consumidos ou pelo fogo ou pelo fogo”.

Acorde bem. E tenha um dia muito bom.
 
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JN

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O verão não se faz apenas de dias na praia, de refeições sem hora marcada, de conversas intermináveis noite dentro com os amigos, de livros de lombada grossa, de fotos de pés com a piscina em fundo, de cerveja fresca numa esplanada, de viagens para destinos próximos ou longínquos. Para que haja verdadeiramente a sensação de verão, são precisas, para além de memórias a sério como as citadas acima, umas pitadas do que se convencionou chamar "silly season" (estação pateta, para os menos entendidos em língua inglesa).
 
 
 
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