Então olá a todos. Que o mês de agosto vos receba de braços abertos e se lembre de ser agradável com quem quer fazer uma praia boa. Vá lá, a sério, só uma prainha, vamos lá acabar com esta brincadeira do “de manhã está farrusco, mas à tarde deve abrir”.
Junho costumava ser incrível. Julho era calor certo, abrasador. Hoje tudo isto está meio avariado, mas ainda assim continua a haver muita esperança em agosto. É o mês das férias por excelência, só porque as escolas estão fechadas e as repartições públicas têm cerca de um funcionário ao balcão e os cafés que ainda têm escrito “snack-bar” no toldo colocam aqueles papéis mal escritos nas portas a dizer que estão fechados para “descanso do pessoal”.
Não sei bem se nos meus tempos de petiz ia à praia sobretudo em agosto. Não tenho ideia nenhuma. Mas apreciava bastante a viagem, mesmo que isso significasse acordar por volta das sete da manhã, enquanto o meu pai ia dizendo cada vez mais alto que já era tarde e que o trânsito já devia estar um inferno. A parte boa de chegar muito cedo é que quando era manhã de maré vazia, não havia nada melhor do que apanhar cadelinhas na areia (ou tentar). Cadelinhas, ou aquela espécie de amêijoa do pobre que usa os calcanhares para fazer buracos na areia à espera que as desgraçadas venham à superfície.
Era um encanto, era sim senhor, mas isto foi só mais um engodo para dizer que hoje é mais divertido ficar à espera que o marisco chegue à mesa. Sai mais caro, verdades, mas é o que é. E sejamos francos: para que é que queremos o dinheiro afinal? (Não respondam, a sério, não vale a pena). Chegado a este parágrafo, já vos posso dizer que o Diogo Lopes foi visitar
um novo restaurante de marisco, mais uma abertura em Lisboa, só para aborrecer aqueles que dizem que no verão não acontece nada na cidade. Missão cumprida.
Se isto não vos interessa — nem a minha história, nem o marisco — esta semana podem saber mais sobre
jazz ao ar livre (verão),
vestidos com bordados de Viana (também é muito do verão) ou, porque não, cuidados a ter com os
solários, esses instrumentos demoníacos (isto também é verão, mas num formato exagerado).
Em alternativa, se as manhãs continuarem farruscas e o vento insistir na sacanagem, leiam os nossos especiais.
Este, por exemplo. Ou
este, que também vale a pena. Isto é tudo conteúdo premium, rapaziada. Em todos os sentidos. E deixem-se de frases como “mas nas férias não quero internet”. Até parece que a internet tem culpa de tudo. Sinceramente. A internet, na verdade, chega a ser culpada de
coisas maravilhosas.
Até para a semana.