terça-feira, 17 de julho de 2018

JOÃO JOSÉ COCHOFEL - Poeta - 17 DE JULHO DE 2018

João José Cochofel

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
João José Cochofel
Nome completoJoão José de Mello Cochofel Aires de Campos
Nascimento1919
Coimbra
Morte1982 (63 anos)
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoPoetaensaísta, e crítico literáriomusical
Magnum opusO Bispo de Pedra (1975)
João José de Mello Cochofel Aires de Campos (Coimbra1919 – 1982), foi um poetaensaísta, e crítico literário e musical português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Fez parte do movimento neo-realista português tendo sido um dos organizadores do Novo Cancioneiro,[1] ajudando a fundar e colaborando activamente nas revistas, ligadas àquele movimento, Altitude (1939) e Vértice (1942), ou, mais tarde, na direcção da Gazeta Musical e de Todas as Artes. Também se encontra colaboração da sua autoria no semanário Mundo Literário [2] (1946-1948).

O grupo de Coimbra[editar | editar código-fonte]

Para se compreender o contexto cultural, o contributo de João José Cochofel para a geração que, em Coimbra, sucedeu ao grupo da Presença (1927-1940), é fundamental conhecer a sua participação nas publicações que, à época, serviam de suporte às polémicas, eram o espaço de crítica literária, sem esquecer, naturalmente, as tertúlias, inclusive pelas iniciativas que então surgiram, até porque foi o anfitrião de uma das mais relevantes, pelo menos entre os jovens intelectuais e artistas, fossem estes de letras, das artes plásticas ou amantes da música, que se realizava no seu palacete, à Rua do Loureiro, onde hoje é a Casa da Escrita.[3]
Para enquadrar Cochofel e outros da sua geração, tenhamos em consideração os apontamentos do Prof. Arquimedes da Silva Santos[4]:
Ainda em 1937, inicia-se no Porto a publicação do quinzenário Sol Nascente. Inicialmente marcado pela referência à obra gigantesca de Abel Salazar, teoricamente marcada pelo positivismo lógicoSol Nascente transforma-se a breve prazo numa publicação central do aparelho ideológico neo-realista. É nas suas páginas que se desenrola a famosa polémica de António Sérgiocom Jofre Amaral Nogueira, ou seja, do idealismo crítico com o marxismoMário DionísioJoaquim NamoradoManuel da FonsecaJoão José CochofelÁlvaro FeijóPolíbio Gomes dos Santos publicam em Sol Nascente. As premissas ideológicas do neo-realismo, que ainda não fora baptizado, estavam definidas.
Em 1938, Fernando Namora dá à estampa o livro Relevos e o romance As Sete Partidas do Mundo e, em 1939, ano da publicação de Gaibéus de Alves Redol, é lançada a revista Altitude, juntamente com João José Cochofel e Coriolano Ferreira, co-directores.
Em 1940 são extintos o Sol Nascente e O Diabo. As consequências políticas do profundo trabalho de reconstrução cultural que nelas se exprimia, eram inaceitáveis pelo regime. Na cena artística coimbrã, cuja relevância nacional era decisiva, Fernando Namora ocupava um lugar central. Num curioso documento, muito provavelmente o texto de uma conferência pronunciada no estrangeiro, não assinado mas possivelmente da autoria de Fernando Namora, depois de se afirmar que: «A minha geração nasceu em Coimbra», pode ler-se: «O grupo presencista (...), degenerado numa análise psicológica por assim dizer voluptuosa, caindo numa espécie de culto por certas zonas irracionais, patológicas ou instintivas do humano, já não podia corresponder de modo nenhum às inquietações do presente. Os problemas sociais, do homem integrado na colectividade, o problema do homem em competição com a sociedade capitalista, atingiam uma agudeza progressiva. Vivíamos os anos febris que precederam a guerra. – O homem da rua, o homem sem aqueles abismos psicológicos que saturavam a literatura da época, já não aceitava o fatalismo das desventuras e injustiças sociais. Começava a tomar consciência dos seus direitos e da sua força para os fazer cumprir. A literatura não podia desconhecê-lo por mais tempo. E foi assim que surgiu um novo realismo».[5] E prossegue: «O nosso grupo de Coimbra, embora homogeneizado por uma estreita camaradagem, a que se juntaram alguns jovens que, do Porto e de Lisboa, eram atraídos por uma necessidade combativa de construir uma frente unida – o nosso grupo, dizia eu, não lograra desde logo uma expressão desenraízada das influências das gerações anteriores. Os primeiros livros desse grupo, de João José Cochofel e um outro meu, acusavam ainda acentuadas ressonâncias presencistas, embora revelassem já uma tendência, mais espontânea do que deliberada, de encarar objectivamente a realidade. A viragem corporizou-se sobretudo a partir de uma colecção de obras poéticas, a que se demos o título de Novo Cancioneiro. Ao autor deste texto não pareceu irrelevante, contudo, uma precisão: «o Novo Cancioneiro, que me orgulho de ter partido da minha iniciativa...». Não sabemos do autor, o texto não está assinado. Mas este elemento conjuga-se com a informação colhida numa carta de Fernando Namora, ainda inédita:
«o Novo Cancioneiro, em grande medida, nasceu do espírito sempre rejuvenescido e, portanto, renovador, de Afonso Duarte. Ainda receoso ou hesitante, expus-lhe a ideia, e foi tal o ânimo que ele nos deu, tal o fervor que nos contagiou, que sem demora concretizámos o projecto».[6]
Note-se, em primeiro lugar, a referência ao velho poeta Afonso Duarte. Desde há muito que, na cena cultural coimbrã, Afonso Duarte era uma figura, digamos, tutelar. Carregava um complexo passado de independente proximidade com o panteísmo e o movimento da Renascença Portuguesa. Mas, nesse passado submetido à decisiva eficácia da história cultural e política, transporta a possibilidade de um outro futuro. Sob a chancela da Presença publica a revisão geral da sua obra poética, Os Sete Poemas Líricos(1929); na revista colabora com poemas e, ainda pela maior parte desvalorizados senão desconhecidos, alguns importantes textos de índole ensaística; mas é na colecção Sob o signo do Galo, da iniciativa de Cochofel, Carlos de Oliveira e Joaquim Namorado que publica uma das suas obras máximas, Post-scriptum de um combatente.
Mas a carta de Fernando Namora justifica ainda que se sublinhe a oscilação entre o ‘eu’ e o ‘nós’; «expus-lhe a ideia», «o ânimo que ele nos deu». É claro: o Novo Cancioneiro é a expressão estética de uma movimentação ideológica que excede muito o círculo da intelectualidade coimbrã.[7]

Espólio literário[editar | editar código-fonte]

O seu espólio encontra-se no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea[8] da Biblioteca Nacional de Portugal.[9]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Obra poética. Lisboa: Editorial Caminho, 1988. Colecção Obras Completas de João José Cochofel n.º 1. ISBN 972-21-0314-8
  • Opiniões com data. Lisboa: Editorial Caminho, 1990. Colecção Obras Completas de João José Cochofel n.º 2. ISBN 9789722105095
  • Iniciação estética seguida de críticas e crónicas. Lisboa: Editorial Caminho, 1992. Colecção Obras Completas de João José Cochofel n.º 3. ISBN 9789722107143
  • Dirigiu o Grande Dicionário da Literatura Portuguesa e da Teoria Literária, obra cuja publicação ficou incompleta.[10]

Citação[editar | editar código-fonte]

Sol que acordou em mim
o grão do meu instinto!
Ergo-me
Só pelo que sinto.
Basta-me o hálito a terra
da tua nudez florida.
Sonhos..? – Quem se evade da vida,
Se é vivida?
in Sol de Agosto, VII, Novo Cancioneiro, vol.3, 1941

Comentário[editar | editar código-fonte]

João José Cochofel salienta-se não pela sua extensão ou mesmo profundidade (que para os mais intelectuais seria provavelmente desejável), mas pela sua capacidade de esclarecer sucintamente e com clareza, o problema filosófico que consiste em avaliar a experiência estética e seu contributo para o conhecimento humano, na sua obra Iniciação Estética.[11]

Recolha através da WIKIPÈDIA   

por   ANTÓNIO FONSECA

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Vencedores do Concurso de Fotografia Nature Conservancy

A maioria dos seres humanos não tem noção da importância da natureza que nos cerca e acredita que ela estará sempre lá. Ignoramos a industrialização pesada, a modernização e outros fatores provocados pelo homem, que prejudicam e destroem nossa natureza maravilhosa e levantam um sério medo de que, no futuro, ela não mais exista. A Nature Conservancy é uma das organizações líderes no mundo em suas atividades para preservar a natureza e proteger a terra e o mar de importância ecológica.
A fim de aumentar a conscientização sobre a necessidade de preservar o meio ambiente, a organização inicia uma competição anual de fotografias que, neste ano, já teve mais de 50.000 fotos tiradas por fotógrafos de mais de 135 países. Recentemente, as imagens vencedoras foram anunciadas e convidamos você a conhecer algumas das principais e mais impressionantes.
 
Clique nas imagens para ampliá-las
 
1. "Garanhões brincando" - Camille Briottet, Lyon, France. Vencedora da competição
A foto vencedora mostra dois garanhões de pé em suas patas traseiras - seus corpos erguidos no ar, enquanto brincam em uma poça de lama. Sem dúvida, o poder da natureza e dos animais é plenamente expresso aqui neste quadro simples.
2. "Serenidade" - Jeremy Stevens, Pensilvânia, EUA
Esta paisagem mágica de neve, com a cachoeira cintilante no centro da imagem, foi documentada em janeiro de 2018, no lago Aldeyjarfoss, na Islândia. O fotógrafo que documentou esse quadro maravilhoso, Jeremy Stevens, declarou que gosta de subir nos lugares mais difíceis de alcançar, pois são os mais pacíficos.
3. "Pura energia e fogo" - Hernando Alonso Rivera Cervantes, Villa de Alvarez, Mexico.
Nesta poderosa imagem, podemos ver a erupção noturna do vulcão Colima no México, que, além do céu estrelado que serve como o fundo ideal, transmite ao espectador a energia pura inerente à natureza.
4. "Te observando me observar" - Megan Lorenz, Ontário, Canadá.
Esta bela e doce raposa vermelha é capturada no meio de um campo florido na província de Newfoundland, no Canadá, e as cores brilhantes e especiais de sua pele combinam lindamente com o fundo que floresce ao seu redor.
5. "A caça" - Roberto Moccini Formiga, Rio de Janeiro.
Aqueles de vocês que assistiram ao filme "Tubarão" podem ficar um pouco abalados com esta cena ameaçadora, na qual um grande tubarão branco abre sua boca e ataca um inocente cardume de peixes.
6. "Urso polar" - Florian Ledoux, Bruxelas, Bélgica.
fotos da natureza
Nesta foto maravilhosa, tirada de um ângulo superior, vemos um urso polar branco vagando no gelo que ameaça derreter. Embora a foto pareça ter sido tirada no próprio Pólo Norte, e o urso contribui para essa atmosfera, ela foi de fato tomada em Nunavut, um território congelado no norte do Canadá.
7. "Bem-vindos ao meu humilde lar" - Duncan McNaught, Castle Douglas, Reino Unido.
fotos da natureza
Do grande urso polar capturado na foto anterior, vamos passar para a minúscula mosca-dos-fungos, tirada de perto sob o dossel de um cogumelo, no sul da Escócia.
 
8. "La Pancha Mama" - Ruben Dario Mejia, Barranquilla, Colômbia.
fotos da natureza
Nesta imagem misteriosa e cativante, uma modelo encantadora esconde o rosto por trás de uma folha grande e quase transparente, que esconde e revela ao mesmo tempo.
9. "Abraço de sapo" - Terra Fondriest, Arkansas, EUA - Terceiro lugar
fotos da natureza
Será que o beijo que a garota de cabelos dourados deu no minúsculo sapo o transformou em um belo príncipe? Não temos certeza, mas o amor pela natureza certamente está refletido nessa imagem maravilhosa.
10. "Maravilhas da cachoeira" - Harry Randell, Bulawayo, Zimbábue
fotos da natureza
As poderosas Cataratas de Vitória, inundando suas águas ao longo da fronteira do Zimbábue e da Zâmbia, na África, são consideradas uma das maravilhas do mundo - e com razão. Turistas que vêm para a África correm para o local, e as três moças capturadas pelas lentes da câmera fazem o mesmo.
11. "Encontrando todos os jacarés" - Jorge André Diehl, Distrito Federal.
fotos da natureza
Você encontrará esta lagoa de répteis na província de Poconé, onde esta reunião de jacarés foi documentada. A foto de cor azul foi tirada no final da tarde, quando pouca luz natural dominava a área.
12. "Amanhecer em Vama Veche, Romênia" - George Bufan.
fotos da natureza
Por trás desta imagem simples, há uma história interessante - na aldeia  romena de Ma Vacha, no Mar Negro, perto da fronteira com a Bulgária, existe uma regra não escrita de que todos os turistas e visitantes devem dormir em tendas na praia em vez de em hotéis modernos estabelecidos nas proximidades.
13. "Reivindicação" - Jesse Young, Fort Lee, Nova Jersey, EUA
fotos da natureza
Jesse Yang viajou até os desertos dos Emirados Árabes Unidos para capturar essa poderosa imagem, que nos mostra o poder da natureza. Esta casa inundada está localizada em uma cidade fantasma abandonada no país.
14. "Minha Casa Minha Cidade" - Kwok Kui Andus Tse, Wong Tai Sin, Hong Kong, China
fotos da natureza
O imponente Lion Rock, 495 metros de altura, é um símbolo de Hong Kong - e muitos moradores da província, incluindo o fotógrafo desta impressionante imagem, cresceram à sombra da montanha e acreditam que, em sua firmeza, representa o espírito do povo.
15. "O fim está próximo" - Andre Mercier, Los Angeles, Califórnia, EUA.
fotos da natureza
Como vimos na foto "Urso Polar", apresentada anteriormente, várias fotografias submetidas à competição documentaram o fenômeno do derretimento das geleiras. Um iceberg, quebrado e derretendo, foi capturado na lente da câmera perto da costa da Islândia.
16. "Explosão de lava" - Elyse Butler, Honolulu, Havaí, EUA
fotos da natureza
No ano passado, vimos muitas erupções vulcânicas no remoto Arquipélago do Havaí, onde há dois vulcões ativos. Na foto acima, a erupção de Kīlauea, o vulcão mais ativo da Terra hoje, está vividamente documentada.
17. "Frestas estreitas" - Tanner Latham, Bozeman, Montana, EUA
fotos da natureza
O Monumento Nacional Escalante, localizado no estado de Utah, é o lar de alguns dos desfiladeiros mais estreitos da América, onde a caminhada - como você já deve ter entendido pela maravilhosa imagem à sua frente - só é possível para quem é esbelto .
18. "Boiando no Mar Morto" - Aline Fortuna, Rio de Janeiro.
fotos da natureza
Do ponto mais baixo do mundo localizado em Israel, o Mar Morto. Alina Fortuna, que flagrou uma mulher flutuando na água em uma paisagem de tirar o fôlego, simplesmente diz: "Nós pertencemos à natureza, e não ao contrário. Sem a natureza, não vivemos, mas sem nós, ela vive".
Imagens: Bored Panda 


Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue