sexta-feira, 18 de maio de 2018

SPORTING ....

Administração do Sporting antecipa pedidos de rescisão por justa causa

LISBON, PORTUGAL - MARCH 08: Bruno Fernandes of Sporting Lisbon in action during the UEFA Europa League Round of 16 first leg match between Sporting Lisbon and Viktoria Plzen at Estadio Jose Alvalade on March 8, 2018 in Lisbon, Portugal. (Photo by Octavio Passos/Getty Images)© Swipe News, SA LISBON, PORTUGAL - MARCH 08: Bruno Fernandes of Sporting Lisbon in action during the UEFA Europa League Round of 16 first leg match between Sporting Lisbon and Viktoria Plzen at Estadio Jose Alvalade on March 8, 2018 in Lisbon, Portugal. (Photo by…
O Sporting já admite que os jogadores avancem com pedidos de rescisão por justa causa. Mas avisa que se a razão for a invasão de Alcochete, o paradigma do mercado futebolístico "fica posto em causa".
A administração da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sporting já antecipa pedidos de rescisão contratual por justa causa de jogadores nos próximos dias por causa da violência na Academia de Alcochete. “Se este horrível acontecimento for motivo para rescisão por justa causa, o paradigma do mercado futebolístico, tal e qual o conhecemos hoje, ficaria posto em causa”, afirma, em tom de aviso, o administrador com o pelouro financeiro, Carlos Vieira, na mesma conferência em que Bruno de Cavalho garantiu que não se demitirá.
Como o ECO noticiou logo na terça-feira, depois das agressões na academia do clube, os jogadores têm margem legal para a resolução dos contratos por justa causa. Os advogados contactados pelo ECO admitem esta possibilidade, com base no artigo 23º do “Regime jurídico do contrato de trabalho do praticante desportivo”, mas não só: também o artigo 394º do Código de Trabalho, que define as condições para a “justa causa da resolução”.
De acordo com diversas fontes, citadas por vários jornais, alguns dos principais jogadores do Sporting estão a estudar a possibilidade de resolução por justa causa, como Bruno Fernandes, Rui Patrício e William Carvalho, entre outros. Não há, contudo, qualquer confirmação oficial ou oficiosa desta possibilidade.
Para Mariana Caldeira Saravia, da SRS Advogados, o que estará em causa é precisamente o que decorre do artigo 394º, nº 2, alinea d) do Código de Trabalho, que determina a justa causa por “Falta culposa de condições de segurança e saúde no trabalho”. É o que resulta da invasão da Academia de Alcochete por cerca de 50 adeptos do Sporting, e que levou a agressões físicas a jogadores e ao próprio treinador Jorge Jesus.
A afirmação de Carlos Vieira soa, exatamente, a uma resposta a esta possibilidade. “Sobre a eventual vontade dos jogadores do Sporting de rescindirem os seus contratos, iremos averiguar ao pormenor todas as manobras, e quais os interesses” em causa. Mais: “Se este horrível acontecimento for motivo para rescisão por justa causa, o paradigma do mercado futebolístico, tal e qual o conhecemos hoje, ficaria posto em causa. Tememos que os jogadores possam estar a ser manobrados e enredados em algo que está a tentar desvirtuar o seu profissionalismo, numa pretensa rixa com o seu presidente e comissão executiva da SAD”.

ASSIM VAI O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Jorge Jesus terá na sua posse informações que o levam a acreditar que Bruno de Carvalho deu autorização à Juve Leo para "apertar" com os jogadores e equipa técnica, depois da derrota frente ao Atlético de Madrid, em abril, escreve, esta sexta-feira, o jornal "Público".
Citando fontes próximas do treinador do Sporting, o jornal afirma que Jesus considera o presidente leonino autor moral do ataque à Academia de Alcochete. Caso Bruno de Carvalho não deixe Jesus rescindir com o clube ainda na próxima semana, o treinador pondera apresentar as provas às autoridades e pedir a rescisão do contrato por justa causa.


Bruno Mascarenhas demite-se do Conselho Diretivo do Sporting

Vogal da direção não se tinha apresentado na conferência de imprensa levada a cabo por Bruno de Carvalho na noite de quinta-feira.

Ministério Público: ataque à Academia de Alcochete foi combinado

3/16
Tribuna
Para o Ministério Público, os 23 detidos pelas agressões na Academia do Sporting, em Alcochete, agiram de acordo com um plano previamente combinado para intimidar e agredir os jogadores e elementos da equipa técnica da equipa principal do clube leonino.
A Operação Cashball incide sobre dirigentes do Sporting e é investigada pela PJ e pelo DIAP do Porto há já alguns meses: As 62 escutas sobre o Sporting que a PJ está a investigar© Foto Adam Davy/EMPICS Getty Images As 62 escutas sobre o Sporting que a PJ está a investigar
Foi esta a tese que o MP defendeu, na quinta-feira, em tribunal, revela o “Diário de Notícias”. De acordo com a procuradora do MP, aquele “bando” atuou com um “forte sentimento de impunidade, demonstrando um uma personalidade desviante do direito”.
Eis algumas das ameaças e insultos relatados ao MP pelos jogadores e dirigentes dos leões: “Vocês são uns filhos da puta, cabrões. Vocês são um monte de merda. Vamos-vos matar! Vocês estão fodidos! Vamos-vos arrebentar a boca toda. Não ganhem o jogo no domingo que vocês vão ver.”
Segundo os relatos, os arguidos já iam munidos de tochas, que arremessaram para o recinto logo que chegaram, causando logo queimaduras a um elemento da equipa técnica.
O “DN” escreve ainda que o treinador Jorge Jesus foi atingido com um cinto na cara e pontapeado em diversas partes do seu corpo.

A CARTA DE DEMISSÃO DA MAG DO S.C.P'. - 18 DE MAIO DE 2018


Tribuna Expresso





A carta de demissão que previu o futuro do Sporting: “Este órgão jamais tenciona apresentar a sua renúncia e pretende manter-se em funções”

A Tribuna Expresso teve acesso ao documento de renúncia de Diogo Orvalho, vogal da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, enviada a Jaime Marta Soares (presidente da MAG) e Bruno de Carvalho (presidente do Sporting)




Numa carta de 11 parágrafos, Diogo Orvalho apresentou a renúncia ao cargo de vogal da Mesa da Assembleia Geral, uma posição defendida, também, por Eduarda Proença de Carvalho e Tiago Abade - e foram estes três documentos que precipitariam a demissão em bloco da Mesa da Assembleia Geral e, depois, da saída da maioria dos elementos do Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting.
No texto endereçado a Bruno de Carvalho e Jaime Marta Soares (presidente da MAG) a que a Tribuna Expresso teve acesso, Diogo Orvalho diz que se demite face à “notória falta de decisão e rumo e à não adopção de um conjunto de acções firmes e concretas conjuntas”. Diogo Orvalho refere-se, igualmente, à reunião agendada por Jaime Marta Soares - o presidente da MAG pediu um plenário dos “órgãos sociais do Clube para a próxima segunda-feira, dia 21 de maio” -, considerando a mesma inútil. Porquê? Porque Bruno de Carvalho e os seus colegas do Conselho Directivo já haviam exigido uma Assembleia Geral Extraordinária para “análise da situação do clube e [para] dar todas as explicações que estes entendam necessárias”.
Segundo Orvalho, esta AG extraordinária era um sinal “por demais evidente que esta reunião [pedida por Jaime Marta Soares] está já condenada ao seu total fracasso (...) porque este Órgão [o Conselho Diretivo] jamais tenciona apresentar a sua renúncia e pretende manter-se em funções”.
Diogo Orvalho defende na carta, por outro lado, que a queda de Bruno de Carvalho e do Conselho Directivo era imperiosa de forma a evitar males maiores, como por exemplo, o cenário de rescisões com justa causa de alguns jogadores, algo que continua em cima da mesa face ao abismo que separa BdC do plantel.



Jesus terá provas de que BdC deu carta branca ao ataque na Academia de Alcochete


Tribuna

Aos olhos de Jesus, o presidente do Sporting é o autor moral dos crimes de sequestro, atentado contra a sua integridade física (agressão qualificada) e de associação criminosa
Há indícios que o ataque à Academia de Alcochete por um grupo de 50 adeptos do Sporting, na terça-feira, pode ter sido um golpe interno - e com a autorização de Bruno de Carvalho.
Pelo que o “Público” apurou e avança esta sexta-feira, Jorge Jesus terá na sua posse provas sobre contactos entre Bruno de Carvalho e líderes da Juve Leo para autorizar os radicais desta claque do clube a “apertarem” com jogadores e equipa técnica.
De acordo com o matutino, estes contactos terão ocorrido logo a 6 de abril, um dia depois da derrota da equipa em Madrid, frente ao Atlético (2-0), na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa.
Ao que consta, JJ poderá utilizar as provas em causa caso não chegue a acordo com a actual direcção dos “leões” para rescindir o seu contrato.
Tribuna: Jesus terá provas de que BdC deu carta branca ao ataque na Academia de Alcochete© Gualter Fatia/Getty Jesus terá provas de que BdC deu carta branca ao ataque na Academia de Alcochete
Depois da final de domingo, Jesus pretende reunir-se com o presidente “leonino”, até quarta-feira, para formalizar a sua desvinculação dos quadros da SAD (Sociedade Anónima Desportiva). Se BdC não facilitar a saída, o treinador irá acrescentar ao depoimento que já fez na polícia, após os incidentes na Academia do clube, na terça-feira, um conjunto de dados de que teve conhecimento nos últimos dias e que considera relevantes para o que aconteceu em Alcochete.
Aos olhos de Jesus, o presidente do Sporting é o autor moral dos crimes de sequestro, atentado contra a sua integridade física (agressão qualificada) e de associação criminosa.

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