terça-feira, 8 de maio de 2018

PARA TODOS OS PORTISTAS LEREM - 8 DE MAIO DE 2018


O elogio inesperado a Sérgio Conceição de um hooligan benfiquista romântico (por Um Azar do Kralj)

Vasco Mendonça diz que é tempo de olhar para o futebol com outros olhos e perceber que há coisas mais importantes, do que a bola. E nada é mais importante do que a relação entre um pai e os seus filhos


VASCO MENDONÇA, UM AZAR DO KRALJ
 


GUALTER FATIA
Há poucas semanas, minutos antes do clássico que decidiria o título, alguns adeptos presentes no estádio exibiram uma tarja que dizia “Maior que Portugal”. A minha costela de hooligan romântico exultou educadamente perante a actualização do conhecido slogan “O Maior de Portugal”. Assim sim. Inchem, amigos portistas e demais adeptos da modalidade. Nisto passaram-se alguns segundos e, tal como no sketch do Gato Fedorento, logo fui mandado parar pela polícia do bom senso. Que ímpeto expansionista foi este? Veia de descobridor ou ADN de taberneiro? Nem foi preciso soprar no balão: a taxa de bazófia disparou bem acima dos limites legais. Logo eu que me julgava imune à falta de noção, essa epidemia que tão bem descreve um dia passado no mundo em 2018.
Depressa caí em mim e olhei em redor para ver se alguém tinha reparado na minha figura vagamente triste. Percebi que ninguém tinha reparado. Felizmente a minha interpretação algo jagunça não chegara a abandonar as imediações do cérebro. Apressei-me a condenar o excesso algo bacoco da tarja, observando no entanto que o seu único defeito fora ter passado da ideia à execução. É um instante fatal que sempre separa a burrice da infelicidade, quiçá da boçalidade, que hoje se vê acometido pela vertigem das redes sociais. Imaginem que, nesse preciso instante, um amigo ou camarada adepto tinha interrompido para dizer “espera lá, isso talvez seja demais… fica antes o maior de portugal”. Mas nem sempre os correligionários estão lá para nos ajudar. O silêncio, que tantas vezes é de ouro, neste caso foi de lata, ou de bronze. A tarja acabou por ver a luz do dia. O clássico, esse, terminou como se sabe. Quer o destino que o Benfica esteja hoje em vias de acabar num indigno terceiro lugar. Há quem lhe chame crueldade, mas a crueldade não é, certamente, e a injustiça não acontece assim. É mesmo o karma. Um pentamelão.
No fundo, se todos nos limitássemos a guardar para nós pensamentos pouco inspirados ou inadequados, se nos limitássemos, porque não a partilhá-los com alguns correligionários capazes de compreender o contexto, talvez evitássemos eternizar tanta patacoada, ou lhes déssemos uma última oportunidade antes de passarem da má ideia à execução, o que nas redes sociais se traduz frequentemente em passar da intimidade à figura de urso. É como se caíssemos nas armadilhas montadas pelo nosso próprio cérebro, que se convence da importância ou da acutilância intelectual do que tem para dizer. Ainda que lutemos estoicamente contra isso, é quase sempre falso que tenhamos alguma coisa importante para dizer ao mundo. Estão à vontade para usar esse argumento contra mim.
Vem isto a propósito da reacção de milhares de benfiquistas nas redes sociais ao facto de ontem, em pleno Estádio do Dragão, o treinador campeão ter festejado na companhia dos que mais ama. Para quem não sabe, o Rodrigo é um dos cinco filhos de Sérgio Conceição e representa a equipa júnior do Sport Lisboa e Benfica. Foi vingando a tese de que um atleta do clube não poderia pisar assim o relvado do Dragão e eu pergunto: que adeptos são estes que condenam um atleta por querer estar com o pai num dos momentos mais importantes da sua vida? Será que esta gente tem noção dos limites do clubismo? É uma pergunta retórica. Está visto que não.
Por isso, apelo a um último reduto. Relembre-se o contexto, sem caridade nem ignorância, simplesmente com um pingo de humanidade. Sérgio Conceição perdeu o pai aos dezasseis anos de idade. Perdeu a mãe dois anos depois. É um de oito irmãos que, segundo ele, viveram dias muito complicados para fazer a sua vida funcionar. Não é difícil perceber porquê. Construiu uma família, linda por sinal. Tem cinco filhos. Agora coloquem-se no lugar de um filho educado por este pai. Eu posso não gostar do clube representado por Sérgio Conceição, posso reconhecer defeitos nos dirigentes do seu clube, quiçá até em alguns dos seus adeptos, mas, talvez por já ser pai de dois rapazes, sou incapaz de olhar para a imagem de Sérgio Conceição com a sua família, conhecendo a sua história de vida, e não ficar comovido. É que nem me passou pela cabeça criticar o filho dele.
Custa-me perceber como é que chegámos aqui. Neste caso, trata-se de uma comoção que deve tanto ao respeito pelo homem quanto à felicidade associada à conquista de um título nacional. Não deveríamos ter que ser adeptos do Futebol Clube do Porto para ver ali um homem que, goste-se ou não, trabalhou que se desunhou para chegar onde chegou. Não deveríamos ter que ser adeptos do Futebol Clube do Porto para conseguir reconhecer a importância simbólica daquele momento, mesmo que a contra-gosto clubístico. Como os bons entendedores nem sempre entendem meias palavras, Sérgio Conceição fez questão de explicar, ainda na noite de sábado, quando dedicou a vitória aos seus falecidos pais, momentos antes de deixar que a emoção levasse a melhor. Neste caso, fez bem em não guardar para si.
Estou confiante de que há em todos os adeptos incapazes de ver isto uma réstia de bom senso ou decência que acabará por imperar sobre as suas costelas de hooligan. Escusam de dizer que pensaram melhor e que agora concordam. Basta guardarem para vocês. Quanto ao Benfica, se quiser ser maior que Portugal, terá que avançar legalmente com vista à definição de um território independente. A tarefa não se antevê fácil. Talvez seja melhor começarmos por ser maiores que o Porto - dentro de campo, onde muitos de nós se comoveram pela primeira vez, de felicidade ou tristeza.


Recolhido através de TRIBUNA EXPRESSO, hoje dia 8-5-2018

ANTÓNIO FONSECA

P

segunda-feira, 7 de maio de 2018

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO 
Foi a cara de uma nova era da televisão nacional e é agora uma das apresentadora do Festival da Eurovisão. Numa entrevista de vida, Catarina Furtado fala do trabalho, da família e de assédio sexual.
MILLENNIUM ESTORIL OPEN 
João Sousa prolongou a semana de sonho e venceu na final do Estoril Open Frances Tiafoe: é a primeira vez que um português ganha o torneio, na terceira vitória da carreira no ATP.
SAÚDE 
Para estas mulheres, a vontade de ter um filho falou mais do que o medo do cancro. Histórias do jornalista Nelson Marques, contadas no livro "Filhos da Quimio", que recordamos no dia da Mãe.
LAGOS 
Bebé que caiu de segundo andar em Lagos, que estava com "prognóstico reservado" desde sábado, não resistiu aos ferimentos e morreu neste domingo, confirmou o Observador.
IRAQUE 
São cerca de 30. Partiram para o Iraque para render a força portuguesa que está no país desde novembro e vão formas as tropas iraquianas no combate contra o terrorismo.
CIUDADANOS 
É galega, escritora e deputada do Ciudadanos no Parlamento espanhol. De passagem por Portugal, Marta Rivera falou ao Observador sobre o momento atual do partido e o que o une e separa do PP de Rajoy.
VULCÕES 
O tremor de terra da passada sexta-feira só piorou o cenário dantesco que se vive na Big Island havaiana. Centenas de casas já foram evacuadas por causa da lava e dos gases tóxicos.
CRÍTICA DE LIVROS 
Para Proust, não é a beleza, a inteligência ou a virtude dos outros que nos faz amá-los, mas outra coisa qualquer. E é isso que explora nos 74 textos destes "Contos Completos".
FC PORTO 
Determinado e impulsivo, o treinador que nasceu em Ribeira de Frades e teve de superar a morte prematura dos pais tem, aos 43 anos, um estádio com o seu nome. E entra na lista de técnicos campeões.
MOTOGP 
Mais um pódio para Miguel Oliveira no Moto 2, desta vez com a melhor corrida da temporada: português salta do 14.º lugar para a segunda posição no GP de Espanha e soma terceiro pódio consecutivo.
FUTEBOL 
O Nacional assegurou hoje a conquista do título de campeão da II Liga portuguesa de futebol, ao vencer em Arouca, por 1-0, em jogo da 37.ª e penúltima jornada do segundo escalão.
Opinião

Alberto Gonçalves
Sabe-se só que, com extraordinária rapidez e intuição, várias meninas desataram a confessar em uníssono a vergonha, a imensa vergonha, a vergonha do caraças da má fama que a casa injustamente adquiriu

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Uma sociedade é forte na medida em que protege os mais débeis: a prepotência totalitária é fraqueza e não força, cobardia e não valor, egoísmo e não razão.

Diana Soller
Três lições, de Pyongiang a Teerão: a geopolítica está viva e recomenda-se, a geometria das alianças de cada estado é um dado fundamental e nem sempre é prudente acordar os cães que dormem.

Rui Ramos
Não há casos semelhantes ao de Sócrates. Os dirigentes socialistas precisam de provar que é possível confiar no PS outra vez. Era isso que deviam estar a discutir. Ter vergonha não chega.

Luís Reis
Obrigado por demonstrar que não há mal nenhum em viver com dinheiro emprestado e por nos recordar o valor da amizade, tão antiquado e caído em desuso. Amigos como os seus não há por aí aos pontapés.
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Par

Fizemos, sem querer, uma bolha protetora em volta da Terra

Por , em 5.04.2018
A NASA detectou uma “bolha” maciça, criada pelos seres humanos, no espaço ao redor da Terra.
Essa barreira tem um efeito no clima espacial que vai muito além da atmosfera do nosso planeta. Isso significa que não estamos apenas mudando a Terra, mas o espaço também.
Os cientistas acreditam que uma nova era geológica, provocada pela humanidade, deveria ser nomeada.
A pesquisa foi publicada na revista Science Space Reviews.

A surpresa

A boa notícia é que, ao contrário da nossa influência no próprio planeta, essa bolha que criamos no espaço é benéfica para nós.
Em 2012, a NASA lançou duas sondas espaciais para observar os cinturões de Van Allen. Nosso planeta é cercado por dois desses cinturões de radiação (e um terceiro temporário): o interno se estende por 640 a 9.600 quilômetros acima da superfície da Terra, enquanto o externo está a uma altitude de aproximadamente 13.500 a 58.000 quilômetros.
No ano passado, as sondas detectaram algo estranho enquanto monitoravam a atividade das partículas carregadas presas no campo magnético da Terra: essas descargas solares perigosas estavam sendo mantidas à distância por algum tipo de barreira de baixa frequência.
Quando os pesquisadores investigaram mais a fundo, descobriram que essa barreira estava afastando ativamente os cinturões de Van Allen da Terra nas últimas décadas, e que as correntes de radiação estavam realmente mais distantes de nós do que nos anos 1960.

VLF

A barreira era formada por um certo tipo de comunicação de rádio chamado de frequência ultrabaixa (em inglês, “very low frequency” ou VLF).
Esse sinal tornou-se muito mais comum agora do que nos anos 1960, e pode influenciar como e onde certas partículas no espaço se movem.
Em outras palavras, graças ao VLF, temos agora um clima espacial antropogênico, ou seja, criado pelo homem.
“Várias experiências e observações descobriram que, sob as condições certas, os sinais de comunicação de rádio na faixa VLF podem de fato afetar as propriedades do ambiente de radiação de alta energia ao redor da Terra”, disse Phil Erickson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA).

A formação da bolha

Os sinais de VLF não têm grande papel na nossa vida cotidiana, mas são um dos pilares de muitas operações científicas, militares e de engenharia.
Frequências entre 3 e 30 kilohertz são fracas demais para transmissões de áudio, mas são perfeitas para transmitir mensagens codificadas através de longas distâncias ou águas profundas.
Um dos usos mais comuns desses sinais é para comunicação em submarinos, por exemplo. Como seus grandes comprimentos de onda podem se difundir através de grandes obstáculos, como montanhas, também são usados para fazer transmissões em terrenos acidentados.
Tais sinais não são supostos a ir a qualquer lugar que não a Terra, mas estão vazando para o espaço ao redor do nosso planeta – e em quantidade o suficiente para formar uma gigantesca bolha protetora.

Influências humanas no espaço

Quando os pesquisadores da NASA compararam a localização da bolha de VLF aos limites dos cinturões de radiação, inicialmente pensaram que era apenas uma coincidência interessante o fato da extensão externa da bolha corresponder quase exatamente à borda interna dos cinturões.
Uma vez que perceberam que os sinais de VLF podiam influenciar o movimento das partículas carregadas dentro desses cinturões de radiação, concluíram que essa barreira feita sem querer pelo homem estava progressivamente empurrando-os para longe.
Embora a bolha protetora não intencional seja provavelmente a melhor influência que já fizemos no espaço, certamente não é a única – temos deixado nossa marca lá fora desde o século XIX e particularmente nos últimos 50 anos, graças aos testes com explosões nucleares.
Essas explosões criaram cinturões de radiação artificiais perto da Terra que já resultaram em grandes danos a vários satélites. Outros impactos antropogênicos no ambiente espacial incluem experimentos químicos e aquecimento da ionosfera por ondas de alta frequência. [ScienceAlert]
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19 Fotos de Cães Sendo... Cães!

Os cães não são simplesmente os mais engraçados? Eles nunca deixam de nos surpreender com suas palhaçadas, e os cachorrinhos que você está prestes a ver abaixo certamente não são exceção. Você  certamente vai rir ao olhar para este bando de doidinhos. Divirta-se!
 

Elevated Perspective: Jordan From the Air II

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