OUTRAS NOTÍCIAS Cá dentro O
Sporting está em pé-de-guerra. O conflito entre Bruno de Carvalho e os jogadores alastrou-se e há cada vez mais vozes a pedir o seu afastamento. São vários os nomes que circulam, como
Luis Figo ou
Rogério Alves. Bruno de Carvalho que
fechou a conta do Facebook e que vai, ele próprio, pedir uma
nova assembleia geral. Ontem à noite, também a Holdimo de Álvaro Sobrinho, a maior acionista da SAD, pediu uma assembleia-geral urgente, segundo avançou a SIC Notícias aqui replicada pelo
Negócios. Mas também há quem esteja com Bruno, os chamados
brunistas.
Na
Tribuna do Expresso, o Diogo Pombo explica
quais são os próximos passos e o que dizem os estatutos. E o
ECO recupera os
últimos posts de Bruno de Carvalho.
Daniel Oliveira, que já foi apoiante de Bruno de Carvalho e nele votou, avisava ontem no
Expresso Diário que a eventual saída do presidente do Sporting não vai ser pacífica.
(A próposito de deixar o Facebook. Bruno de Carvalho não o fez em protesto com a violação dos dados pessoais no
caso da Cambridge Analytica como têm feito várias figuras públicas. Na véspera do arranque da tão esperada audição no Congresso dos EUA – terça-feira no Senado e quarta-feira na Câmara dos Representantes - foi
divulgada a intervenção inicial de Mark Zuckerberg em que o
fundador e CEO do Facebook assumirá erros na protecção da privacidade e nas notícias falsas. São dois dias de audições para acompanhar de perto.)
Na
Associação Mutualista Montepio Geral, avança a edição de hoje do
Público, a oposição a Tomás Correia prepara uma
lista alternativa para concorrer às próximas eleições que deverão acontecer em dezembro. Bagão Félix (ex-ministro das Finanças e da Segurança Social do CDS) e Eugénio Rosa (economista do PCP) são dois dos nomes que se movimentam para afastar o atual presidente da associação.
Na saúde, mais duas notícias pouco animadoras na imprensa de hoje. O
DNescreve que há mais de uma dezena de hospitais com
tempos de espera para as primeiras consultas de especialidade acima de dois anos e que o caso mais grave são as consultas de dermatovenereologia no hospital de Aveiro que deveriam acontecer em dois meses e demoram mais de três anos. E o
JN avança que “a
quimioterapia pediátrica em ambulatório do Hospital de S. João, no Porto, está a ser feita num corredor”.
A EDP esta à venda? A empresa
desmente contactos com a francesa Engie mas o mercado reage. E empresa é
controlada em 40% por estados estrangeiros
Notícias rápidas: os arguidos do
caso dos Comandos vão a julgamento; um morto e dois desaparecidos em
acidente de parapente no Meco; um casal comprou uma casa às Finanças em 2011 e só agora a recebeu, como conta a
SIC Notícias; há 100 mil famílias em risco de ver a
renda de casa triplicar em 2020; o investimento britânico em Portugal
cresceu cinco vezes em 2017.
Manchetes dos jornais: ”Montepio: Oposição prepara lista única contra Tomás Correia” (
Público); “Três anos de espera para consulta que deveria ser feita em dos meses”(
DN); “Crianças com cancro tratadas nos corredores”(
JN); “Leões preparam pós-Bruno” (
Correio da Manhã); “Guerra civil em Alvalade”(
i); “Supervisão congela fundos que fazem furor em Espanha” (
Jornal de Negócios); “Baixa para Bruno”(
Record); “Aperta-se o cerco [a Bruno de Carvalho]”(
A Bola); “Figo bate à porta”(
Jogo)
Lá fora A novela da prisão de Lula da Silva continua. O ex-presidente está preso em Curitiba e o Partido dos Trabalhadores decidiu mudar a sede para a capital do Paraná. O PT assegura que a candidatura de Lula às presidenciais se mantém.
Uma das mais recentes polémicas sobre a prisão de Lula da Silva foi a divulgação de uma
gravaçãodurante o
voo de São Paulo de Curitiba onde um interveniente, não identificado ainda, recomenda ao comandante do avião que transporta o ex-presidente que abra a janela e se ouve:
“Manda esse lixo janela abaixo”.
O caso de Lula tem dividido opiniões e não é apenas no Brasil. Por cá, o tema também animado bastantes intervenções. Ontem, no
Público,
Boaventura Sousa Santos escrevia que “os tribunais o condenam, a história o absolverá”. Nas páginas do mesmo
diário,
Rui Tavares avisava que, acima de tudo, é fundamental defender a democracia brasileira que, da “última vez que se suspendeu a democracia naquele país, ela demorou duas décadas a voltar”. Antes, no
Observador este fim-de-semana,
João Marques de Almeidacriticava Lula e o PT – que “legitimaram o apelo à violência” – mas mostrava alguma preocupação sobre o futuro, nomeadamente depois da posição de alguns militares de topo sinalizando uma eventual intervenção armada.
Ainda no Brasil, Alexandre Pereira
, colaborador do vereador Marcello Siciliano que é uma das testemunhas do caso Marielle Franco, foi assassinado. Dizem
testemunhas, que o atacante terá dito “chega para lá, que a gente que calar a boca dele” antes de o alvejar.
A tensão na Síria agrava-se. Depois dos ataques com armas químicas no fim-de-semana que fizeram dezenas de mortos e muitos mais feridos, foi a vez de russos e sírios acusarem Israel de
bombardear uma base aérea em Homs, como conta o
New York Times.
As
acções das empresas russas bem como a dívida do país e o rublo tiveram ontem um dia negro perante o risco de novas sanções dos EUA. Para as empresas, foi
o pior dia em bolsa em quatro anos.
Uma
greve em quatro aeroportos da Alemanha vai afectar vários voos de e para Portugal. Também no
setor aeronáutico, há
salários em atraso na transportadora cabo-verdiana – a TACV – que, diz o governo, serão regularizados ainda esta semana.
O FBI fez
buscas ao escritório do advogado de Donald Trump, Michael Cohen, para recolher comunicações com Trump e também documentos relacionados com o pagamento à atriz pornográfica Stormy Daniels.
Trump considerou a busca “um ataque ao nosso país”. Para quem gosta de (ir ao) cinema, o
Wall Street Journal conta como muitos cinemas nos EUA estão a tentar atrair público através de alta tecnologia de som e imagem, de refeições completas durante os filmes e, claro, de cadeiras muito confortáveis.
FRASES “Não cedo um milímetro no meu amor a este Clube, à sua defesa, mas para mim terminou de vez esta guerra surda de vos querer manter informados pelo meu único canal de informação próprio, o meu Facebook. (…)
Que este meu afastamento do Facebook seja a vossa felicidade! E eu que sempre julguei que seria o sermos campeões em tudo. Ingénuo!”,
Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting
“Agora há uma epidemia de envio de cartas de não renovação de contratos ou de aumentos grandes nos valores das rendas, de forma que as pessoas não vão conseguir pagar. A seguir vem aí uma epidemia de despejos”,
Helena Roseta, Deputada e presidente da Assembleia Municipal de Lisboa em entrevista ao DN
O QUE ANDO A LER “A Universidade como deve ser” é um pequeno livro sobre um grande tema. Um daqueles temas que deveria interessar a todos: a universidade. É
um ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos de António M. Feijó e Miguel Tamen, ambos professores da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que discute a forma como funciona a universidade portuguesa, desde o acesso, aos currículos dos cursos e à gestão propriamente dita.
António M. Feijó e Miguel Tamen deixam várias propostas que merecem ser discutidas. Ideias como
não limitar as escolhas no 10º ano e permitir que os alunos possam optar livremente no final do secundário,
apostar menos em cursos vocacionais (dirigidos a uma profissão) ou
deixar de olhar para a empregabilidade dos cursos como critério decisivo.
Sobre a empregabilidade dizem mesmo que “
a valorização social do emprego como fim último, se não único, da educação universitária revela uma aspiração social pobre”. E sublinham: “A ideia de universidade que defendemos funda-se em três posições simples e antigas. A primeira é a de que a universidade não deve visar fins úteis. A segunda é a de que deve oferecer aos seus alunos o acesso a todos os domínios do saber. A terceira é que deve ser autónoma de todos os poderes, e gerir-se a si mesma.”
Vale a pena reflectir sobre estas ideias, para concordar ou discordar. E, já agora, olhar para a experiência do
curso de Estudos Gerais que criaram na Universidade de Lisboa e que ajuda a desmontar algumas das ideias feitas sobre o ensino universit