Inovação
Por Edgar Caetano, Jornalista
Esta é a newsletter mensal do Observador sobre Inovação. Temos encontro marcado na última segunda-feira de cada mês para lhe falar de como ela nos dá novos horizontes. Bem-vindo.
Ilustração: Maria Gralheiro
Estamos a viver mais anos, mas com isso vem uma maior tendência para que se viva com doenças crónicas. Em Portugal, há vários anos que o número de portugueses comalguma doença crónica ultrapassou o número de portugueses sem pelo menos uma dessas doenças, que obrigam a um acompanhamento frequente e a várias consultas médicas ao longo do ano.
Isto cria um desafio enorme para o serviço nacional de saúde — não só em Portugal mas em todo o lado — e obriga-nos a “ser criativos”, comentou o cardiologista Daniel Ferreira, do Hospital da Luz, durante a eHealth Summit, o evento sobre tecnologias de saúde que decorreu em Lisboa no final da semana passada.
Na minha opinião, é mais do que apenas “sermos criativos”. Há ineficiências no setor da saúde que parecem óbvias quando se observa, com um olhar tecnológico, o que é o dia-a-dia dos cuidados de saúde. Em muitos aspetos, é uma componente das nossas vidas onde ainda aceitamos, desgraçadamente, muitas inconveniências que há muito deixámos de tolerar noutras áreas — graças à inovação tecnológica.
Uma dessas inconveniências é perder uma manhã de trabalho para ir a uma consulta, enfrentar o trânsito ou percorrer quilómetros, quando apenas se vai conversar com o médico cinco minutos. Porque é que continuamos a tolerar estas ineficiências? Por quanto mais tempo é que vamos tolerá-las? Não por muito mais, provavelmente.
Não estranhe se em breve o seu médico lhe perguntar se não prefere fazer a próxima consulta à distância, através da Internet. Nos EUA, já se fazem mais consultas à distância do que presenciais — e esta “revolução está a chegar à Europa”, garantiu Daniel Ferreira. Num futuro muito próximo, até consultas de dentista vão poder ser feitas à distância (mas, calma, ainda não se arrancam dentes pela net).
Obrigado por nos ler.
HORIZONTES
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E AINDA
OPINIÃO
Os efeitos da robótica não se limitarão à perda de empregos pelos humanos, à aplicação de impostos sobre máquinas ou à eventual introdução dum rendimento básico universal. Há muito mais a considerar.
A Amazon quer mais e isso mesmo era evidente aquando da compra da Whole Foods. E agora entra na equação o mercado francês, onde parece existir um evidente interesse do gigante americano.
O QUE VEM AÍ
MARCADOR
LIVRO DO MÊS
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