sexta-feira, 16 de março de 2018

EFEMÉRIDES EM 16 DE MARÇO DE 2018 NA WIKIPEDIA

EFEMÉRIDES EM 

16 DE MARÇO DE 2018 

NA WIKIPEDIA


Eventos históricos[editar | editar código-fonte]

1244: Os cátarosrendem-se às tropas católicas no Castelo de Montségur.
1812: O Cerco de Badajoz.
1926: Robert Hutchings Goddarde o primeiro voo de foguete propelido a combustível líquido, em Auburn, Massachusetts.
1978: Aldo Moro mantido em cativeiro pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas.


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ANTÓNIO FONSECA

Como a dieta humana nos últimos 20 mil anos moldou nossas características física

Link to HypeScience

Posted: 15 Mar 2018 01:15 PM PDT
Através dos anos, dietas causaram mudanças drásticas em nossa anatomia, sistema imunológico e talvez até cor de pele
 
Posted: 15 Mar 2018 07:17 AM PDT
Embora o desperdício de frutas cause um pouco de aflição, há também uma graça hipnotizante na colisão frontal perfeita de um par de maçãs ou de laranjas, pulverizando purê ou suco para todas as direções
 
Posted: 15 Mar 2018 07:05 AM PDT
Cientistas estão estudando as propriedades de um misterioso fenômeno nomeado “Steve”, semelhante a uma aurora
 
Posted: 15 Mar 2018 05:18 AM PDT
Stephen Hawking foi um cientista e um intelectual incrível, mas também era apenas um ser humano
 
Posted: 14 Mar 2018 06:14 PM PDT
Pesquisadores afirmam conseguir enviar informações usando a metade do tempo que acreditávamos necessário usando o entrelaçamento quântico
 
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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


Borla fiscal, bónus fiscal, alquimia e engenharia contabilística. Estas foram algumas das expressões usadas para qualificar o impacto que a perda de isenção fiscal teve nas contas da associação mutualista Montepio, que é a dona do banco com o mesmo nome.” Assim começava hoje o seu artigo Ana Suspiro, no Observador, sobre A engenharia contabilística que permitiu à dona do Montepio passar de prejuízos a lucros. Mais exactamente de 221 milhões de euros de prejuízos a 587,5 de lucros no exercício de 2017. O que configura a mais recente polémica em torno da associação mutualista e do banco a que está ligada – a mais recente mas não a única.

No texto citado, organizado em forma de perguntas e respostas, procura-se esclarecer uma operação nebulosa e, aparentemente, milagrosa, sendo que a sua leitura pode ser complementada com a leitura de mais dois textos do Expresso, Como a Associação do Montepio conseguiu lucros surpresa à custa de impostos diferidos e Impostos diferidos na Associação do Montepio 'tapam' prejuízo de 221 milhões de euros.

Continuando a procurar perceber a engenharia da coisa, talvez valha a pena continuar pela mão de Ricardo Arroja que, no jornal online Eco, em Um ‘rearranjo’ nas contas do Montepio, trata de explicar como a associação mutualista tirou partido do facto de, legalmente, na rubrica de activos por impostos diferidos, serem reconhecidas – e aqui cita a lei – “[quantias] de impostos sobre rendimento (IRC) recuperáveis em períodos futuros respeitantes a diferenças temporárias dedutíveis, reporte de perdas fiscais não utilizadas e reporte de créditos tributáveis não utilizados”. Trocando por miúdos, a associação dirigida por Tomás Correia arranjou forma de começar a pagar IRC (antes estava isenta), de prever que no futuro irá pagar mais 800 milhões por conta desse imposto o que lhe permitiu deduzir esse montante e obter o tal milagre di prejuízo que se tornou lucro, Contudo, sublinha Ricardo Arroja, “Este “aumento de capital” da Associação Mutualista Montepio serve para recompor o aspecto do balanço, mas não passa disso mesmo: de um rearranjo.

Num registo crítico mas ainda relativamente suave, André Veríssimo, do Jornal de Negócios, defende em Montepio: Não é milagre, é contabilidade que, mesmo assim, se “a contabilidade pode ser mais ou menos criativa, mas tem como um dos seus princípios a transparência”, o que não se passou neste caso, pois “estamos em Março de 2018 e só agora vão ser conhecidas as contas consolidadas de 2016. Até agora só vimos os números que a associação quis mostrar”.

Pedro Santos Guerreiro, no Expresso Diário, e Helena Garrido, no Observador, têm olhares bem mais críticos. São dois textos de leitura indispensável para quem quiser perceber não só o alcance da manobra, como os riscos que a nossa banca ainda corre.

Começando por Helena Garrido, e por Montepio, Estado de Direito e contabilidade criativa, a sua tese é que “A solução do crédito fiscal para a Associação Mutualista não resolveu problema absolutamente nenhum, apenas o disfarçou contabilisticamente. O buraco está lá na mesma, à espera que o tempo o tape o que, pelo que aconteceu com o GES e o BES, não é uma boa solução. Ganhar tempo não tem resolvido problema nenhum. A saída que se está a ensaiar para aliviar ainda mais a Associação Mutualista, dos problemas que enfrenta, com a entrada no capital do seu banco da Santa Casa da Misericórdia é outra via para não resolver problema nenhum e apenas disfarçá-lo. É preciso ter coragem para enfrentar de facto o que se passa no Grupo Montepio (...) Há um problema financeiro, com raízes em decisões de gestão erradas – entre elas a compra do Finibanco. Se o Governo quer, de facto, resolver o problema, tem de encontrar dinheiro para colocar na Associação Mutualista, torná-la realmente financeiramente sólida.” A autora, que nas últimas semanas já criticara a entrada da Misericórdia no Montepio (Pobres a salvar os pobres dos erros dos ricos?) e alertara para o facto de ainda existirem razões para nos preocuparmos (A banca, ainda um problema), não termina o seu artigo sem pedir um apuramento de responsabilidades.

Já Pedro Santos Guerreiro, em O Montepio descobriu a pólvora seca (obrigadinho, governo), não só alarga as críticas ao Governo, como assume ter dificuldade em encontrar palavras que definir aquilo a que assistimos: “A vergonha está numa ajuda fiscal caída do céu. Parece milagre: uma associação que estaria tecnicamente falida passa subitamente a ter contas robustas. Não é milagre, é pó de arroz para  tapar olheiras. Um creditozinho fiscal de 800 milhões de euros, com o alto patrocínio de Mário José Gomes de Freitas Centeno. É um Euromilhões alquímico. Afinal o Montepio encontrou mesmo uma Santa Casa da Misericórdia: o governo. A matéria é complexa mas o truque é tão simples que apetece perguntar como não se tinham lembrado antes disso. Quer saber a resposta? Porque ainda não tinham tido o desplante de fazerem o que fizeram: uma vergonha.”

Mas as coisas, no que toca à Associação Mutualista, não se ficam por aqui, sendo que também haverá esclarecimentos a dar sobre um buraco de 107 milhões que o auditor do Montepio encontrou na Associação Mutualista, de acordo com uma notícia de Cristina Ferreira no Público. Ou ainda sobre a estranha história de uma mina que esteve para ser comprada e afinal não foi.

Este último caso foi abordado por Pedro Sousa Carvalho no jornal online Eco, em Minas e armadilhas na contabilidade do Montepio, onde refere que, “no meio deste turbilhão de notícias houve uma, do Diário de Notícias, que passou relativamente despercebida, mas que é preocupante”. Tem de se ler para se acreditar, sendo que, sublinha o autor, “Para quem não percebeu muito bem esta engenharia financeira, o que importa reter é que o banco Montepio tinha um ativo e constituiu uma empresa ao lado, na qual o Montepio é acionista e que recebe financiamento do próprio Montepio para comprar o ativo do Montepio, o que permitiria ao Montepio registar uma grande mais-valia no balanço do Montepio.”

Confusos? Não é para menos. O tempo vai passando e, de facto, cada vez estou mais pessimista sobre a questão que eu próprio coloquei num artigo no Observador há quase um ano e que onde me interrogava: Tic-Tac, tic-tac. A próxima bomba a explodir será o Montepio? É esse pessimismo que justifica que vos envie este Macroscópio a esta hora tão tardia, já demasiado próximo do trim-trim do despertador de amanhã de manhã. Mas o tema pareceu-me suficientemente importante para não o adiar. Leiam, meditem e preocupem-se. Mas não deixem, mesmo assim, de ter um bom descanso (se este voto ainda fizer sentido à hora a que lerem esta newsletter).

 
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Quinta-feira, 15 Março 2018
Fotografia do autorPor TIAGO PEREIRA
Editor de Cultura
Há aquela regra do bom senso que diz “se conduzir não beba” ou então ao contrário, “se beber não conduza”. E isto traz-me à memória aquela ocasião em que fiz as duas coisas ao mesmo tempo e uns senhores na estrada disseram para eu encostar o carro porque queriam ter uma conversa comigo. Conversa cara, por sinal… Enfim, mas estamos aqui para falar de desenho, que é outra coisa para a qual não tenho jeito absolutamente nenhum (já vos falei da vez em que tive nota negativa a Educação Visual, certo?). O que vocês não sabem é que agora desenhar tem outro balanço — literalmente.
O Mauro Gonçalves é um rapaz curioso e destemido. Por isso, assim que soube de um novo evento em Lisboa chamado Drink & Draw, que numa tradução livre significa “bebe e desenha”, não hesitou e foi à descoberta. Mas afinal, o que é isto do Drink & Draw? Nada mais simples: um evento onde pode conhecer pessoas, onde bebe uns copos e onde faz uns desenhos. Mas tudo com bom gosto: o sítio, as bebidas e a arte, que depende do talento de cada um mas que é aqui estimulada com classe.
Tudo isto bem embalado pelo efeito desinibidor do álcool que, sabemo-lo bem, pode ser o nosso melhor amigo ou a nossa pior tragédia… como daquela vez em que subi para a coluna e depois disso não me lembro de mais nada. Valem-me os copos de vinho que geraram alegrias que não se esquecem.
Agora que penso nisto, foi mais uma newsletter com os copos… Há por aqui mais, claro que sim. Há moda e dicas de maquilhagem, há mesas onde comer e sugestões para as prendas de dia do pai. Os croissants que agora nos batem à porta de casa, o estilista com histórias para recordar e documentários sobre… sim, sobre vinho. E então? Qual é o problema? O brinde à nossa, rapaziada.
Até para a semana.

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