quinta-feira, 15 de março de 2018

OBSERVADOR

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... a Proteção Civil alertou para o agravamento do mau tempo nos próximos dias.Vem aí agitação marítima, chuva e vento forte, trovoadas e queda de neve. Ontem houve um tornado em Esposende e caíram telhados de editoras e coberturas de espaços comerciais.

Os alunos americanos desfilaram por todos os EUA em protesto contra o fim dos tiroteios nas escolas.

A cadeia de brinquedos Toys R Us vai fechar todas as lojas no Reino Unido e nos EUA. Depois de há seis meses ter declarado falência, ainda não encontrou compradores e vê-se obrigada a encerrar as cerca de 900 lojas que tinha nos dois países.

O Barcelona e o Bayern juntaram-se ao Real, ao Sevilha, à Roma e à Juventus nos quartos de final da Liga dos CampeõesOs catalães eliminaram o Chelsea com Messi a celebrar o seu o 100º. golo na 'Champions' (fez dois na vitória por 3-0, depois do 1-1 em Londres); já os alemães voltaram a bater o Besiktas por 3-1 na Turquia (em Munique tinha havido goleada de 5-0).

O Sporting joga hoje a passagem aos quartos de final da Liga Europa. Apesar da vitória por 2-o em Alvalade, Jorge Jesus não quer "dar abébias" na República Checa.

O Benfica já avançou com 12 queixas-crimepor divulgação e manipulação ilícita "de informação "privada e confidencial". José Eduardo Moniz revelou também que Paulo Gonçalves, o assessor jurídico do Benfica arguido no E-Toupeira, pôs o lugar à disposição, mas o clube não aceitou.




Outra informação relevante
A descentralização voltou ao debate político com a eleição de Rui Rio para líder do PSD. O tema foi o eleito para mais um ensaio do Observador, desta vez assinado por Carlos Guimarães Pinto. O título tem a pergunta mais pertinente: 2o anos depois, chegou a hora de voltar a referendar a regionalização?

Santana Lopes mostrou-se incomodado com o caso da informação falsa do currículo de Barreiras Duarte. Falou em "embaraço", pediu que a situação seja esclarecida o "mais depressa possível” e sugeriu que o secretário-geral do PSD fizesse um “pedido de desculpas”. Já Fernando Negrão, o líder da bancada social-democrata, rejeitou que a polémica estivesse a fragilizar o dirigente do partido, mas tratou-o como arguido, que não é.

Os fogos são o tema do debate quinzenal desta tarde, no dia em que termina o prazo para a limpeza das matas. O Público diz que o ministério da Agricultura vai criar faixas na floresta para ajudar na limpeza, prevenção e combate de incêndios: são mais 2441 km de caminhos em terrenos privados.

Ontem, uma audição à porta fechada no Parlamento com Xavier Viegas, coordenador do relatório independente sobre os fogos de Pedrógão Grande, revelou mais pormenores da tragédia.“Houve pessoas que morreram caídas na estrada com o telemóvel na mão a ligar para o 112, à espera de ser salvas".
A Lusoponte garante que já pagou pelas obras de manutenção na Ponte 25 de Abril. Em entrevista à TSFFerreira do Amaral diz que o pagamento foi feito através de um perdão de dívida ao Estado, num acordo que considera (obviamente) "razoável".

Houve mais um acordo do bloco central (alargado)O PS juntou-se à direita (PSD e CDS) para travar o PCP e o Bloco nas leis do trabalho. Nem o banco de horas individual escapou. Será que a Geringonça pode começar a desengonçar?

Costa voltou de Estrasburgo cheio de elogios a Portugal de Juncker e o apoio de Tajani sobre os impostos europeus. Já Centeno viu Bruxelas pedir um plano ambicioso para a banca e respondeu que sim (mas não terá falado do crédito fiscal dado Associação Mutualista do Montepio, que considera absolutamente legal). Hoje, em entrevista à RR e ao Público, Abel Mateus alerta que os "bancos podem exigir de novo a ajuda dos contribuintes".

Na saúde, não faltam já problemas. Antes de ir para Bruxelas, Mário Centeno esteve no Parlamento onde admitiu haver "má gestão" no sector; logo depois viu os enfermeiros das prisões denunciarem falta de pagamento e de condições; e, como se não bastasse, a DGS confirmou a existência um surto de sarampo no Norte do País, com 7 casos confirmados e 32 por confirmar.Londres e Moscovo entraram mesmo em guerra diplomática por causa do envenenamento do ex-espião. Theresa May expulsou 23 diplomatas russos do Reino Unido e Putin falou em confrontação. Mas poucos parecem dar-lhe razão: a embaixadora britânica em Portugal fala da Rússia como "uma ameaça para a nossa segurança", a NATO diz-se "extremamente preocupada" com o caso, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de emergência (embora estas reuniões já pareçam apenas protocolo) e a embaixadora dos EUA na ONU não tem dúvidas da responsabilidade do Kremlin.

Por falar em EUA, não pára a dança de cadeiras na Casa BrancaTrump escolheu para conselheiro económico Larry Kudlow, uma estrela da TV. E há mais revelações (via CNN) sobre a forma como o presidente americano tentou silenciar a prostituta com quem teve um caso sexual. Dos Estados Unidos vem ainda a notícia de que no Oklahoma as penas de morte vão são ser cumpridas com nitrogénio, que causa enorme sofrimento.

Também nos EUA, Elizabeth Holmes, a fundadora da Theranos, foi acusada de fraude pelo regulador norte-americanoA "menina querida" das startups, que perdeu 8 mil milhões de dólares, está obrigada a sair da empresa e proibida de exercer cargos executivos durante 10 anos.




Os nossos especiais
Deixo para este espaço os vários artigos que dedicámos à morte de dois homens (muito) especiais.

Começo com Stephen Hawkingo cientista exemplar, arrisco dizer o maior génio deste século, que não desistiu, apesar da doença, de fazer descobertas até ao fim:
Sigo para T. Berry Brazelton, o guru que revolucionou a pediatria e ensinou muitas mães a cuidar dos seus bebés (o médico americano faria cem anos em maio):



A nossa opinião
  • José Manuel Fernandes escreve sobre o prazo das limpezas das matas: "As normas e prazos da lei de limpeza das matas fazem muito pouco sentido ou são inaplicáveis. Para que servem então? Para Costa poder dizer este Verão que fez tudo o que podia para evitar os incêndios".
  • Helena Garrido escreve sobre a isenção fiscal dada à Associação Mutualista do Montepio: "Escolha o que lhe é mais conveniente, parece ser o Estado de Direito que temos para alguns. Com uma margem política que só as maiorias absolutas davam, o Governo faz e desfaz o que quer".
  • Paulo Tunhas escreve sobre as críticas a Passos Coelho: "O ódio a Passos radica na sua energia, abnegação e estoicismo que surpreendeu muito boa gente – como eu, que mudei a opinião que dele tinha –, e que lhe permitiram controlar e dominar a bancarrota".
  • Eu escrevo sobre os outros sinais de que podem vir aí mais tragédias como as dos incêndios: "Estamos como antes dos incêndios. Há sinais e mais sinais de que alguma coisa grave pode acontecer. Na saúde, na educação, nos transportes. Há mais matas para limpar". 




Notícias surpreendentesNo cinema, hoje estreia o novo "Tomb Raider". O Eurico de Barros diz que há uma nova Lara Croft e que o resto é mais do mesmo, por isso dá-lhe apenas uma estrela. Mas tem mais opções para ir ver.

Na televisão, há uma série de que todos falam (e por boas razões acrescento já eu). E o que é que "A Casa de Papel" tem? Tem dinheiro, muito dinheiro, personagens bidimensionais, mas bem trabalhadas, e um dos melhores assaltos na ficção das últimas décadas.
Já para quem gosta de exposições, há uma mostra absolutamente inédita de José de Guimarães para ver no Museu do Oriente, em Lisboa.

Uma ajudinha para acabar: não se esqueça de anotar na agenda que o Dia do Pai e já segunda-feira. Pode aproveitar o fim de semana para comprar a prenda. O Mauro Gonçalves dá uma ajuda com uma boa lista de sugestões, dos 4 aos 100 euros.



Hoje há debate quinzenal, que vamos seguir como sempre em directo no Observador, para depois fazer toda a análise do que foi dito na Assembleia. Mas não faltarão outros temas e sugestões. É só passar por cá

Boa quinta-feira (apesar do mau tempo)
Mais pessoas vão gostar da 360º

EXPRESSO

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Cristina Figueiredo
CRISTINA FIGUEIREDO
EDITORA DE POLÍTICA DA SIC
 
Fogo (e fúria?) em dia de tempestade
15 de Março de 2018
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Ontem, ao início da noite, a Proteção Civil emitiu um aviso à população, dando conta do agravamento das condições meteorológicas para os próximos dias. A depressão Gisele promete "aumento da agitação marítima (em toda a costa), precipitação (pontualmente forte), instabilidade (trovoada), vento forte (possibilidade de ocorrência de fenómenos extremos), e queda de neve". Mas é com este cenário por pano de fundo que António Costa leva esta tarde até à Assembleia da República, para mais um debate quinzenal, o tema dos incêndios florestais.

Talvez porque hoje é o dia em que termina o prazo (o jornal i diz que o Governo vai prorrogá-lo) para os proprietários limparem os terrenos. Daqui a pouco, de resto, o primeiro-ministro e o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses reúnem-se em São Bento e farão uma declaração sobre "a necessidade de limpeza de mato".

Talvez porque ontem Xavier Viegas, autor do relatório sobre os incêndios de Pedrogão, foi à Assembleia da República falar (à porta fechada) sobre o capítulo 6 (o tal que não foi divulgado publicamente) e o que disse não pode deixar ninguém indiferente: "Faltou em Pedrógão o trabalho de busca e salvamento, ou seja, a prestação de socorro médico falhou porque houve falhas nas buscas, que não foram coordenadas”. E sobre isto, e porque não podemos deixar que a chuva e o vento nos ofusquem a memória daqueles dias trágicos de calor e chamas, é ler esta discreta mas tocante reportagem (publicada no último domingo no Notícias magazine) sobre o rasto traumático que os incêndios de 17 de junho e 15 de outubro de 2017 deixaram nos bombeiros envolvidos.

Talvez, por fim, porque este é o primeiro debate quinzenal depois do congresso do CDS de que Assunção Cristas saiu com ganas de conquistar o mundo e o PS não esconde a ânsia de a "por no sítio". O tema dos incêndios serve que nem uma luva para esse fim, como bem se antevê lendo este artigo publicado no Jornal de Notícias onde a secretária-geral adjunta socialista, Ana Catarina Mendes, não poupa críticas à líder centrista acusando-a de, enquanto ministra da Agricultura (entre 2011 e 2015), pouco ou nada ter feito pelo ordenamento e limpeza florestais. O debate (com início marcado para as 15h) promete.

 
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OUTRAS NOTÍCIAS, CÁ DENTRO...


Pedro Santana Lopes regressou
 ao comentário político na SIC Notícias, ontem à noite. Ia falar do PSD e do Montepio. Acabou por só ter tempo de falar no PSD, usando alguns paninhos quentes mas sem deixar de passar a mensagem de que as suas impressões sobre o primeiro mês de Rui Rio (seu ex-adversário) na liderança do partido não são as melhores. "Tem sido um mês complicado", reconheceu, na mesma intervenção onde admitiu (numa frase com o seu quê de autobiográfico) que "às vezes se fazem escolhas na melhor das intenções e não correm bem" e lamentou "quando as pessoas dão cabo elas próprias do (seu) estado de graça". Não resistiu a lembrar a Rio que "as afirmações de superioridade moral são sempre muito complicadas" e terminou a classificar o episódio Feliciano Barreiras Duarte (que incluiu no seu curriculum vitae uma referência a uma passagem pela Universidade norte-americana de Berkeley que nunca aconteceu) como "uma história embaraçosa".

Pena Santana, também ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, já não ter tido tempo de falar sobre o Montepio e comentar a decisão do Governo de conceder um crédito fiscal à associação mutualista que permitirá salvar a instituição até aqui tecnicamente falida. A solução indignou o diretor do Expresso, é considerada "criatividade contabilística para tapar os olhos" pelo antigo ministro das Finanças Bagão Felix, mas Mário Centeno foi ontem ao Parlamento dizer que só está "a aplicar a lei" e o PS fala em "normalidade". Numa daquelas alianças estranhas mas que de vez em quando acontecem, PSD, BE e PCP criticam todos a decisão do Governo - e os dois primeiros querem mesmo ver tudo muito bem explicado.

Há um novo surto de sarampo, desta vez a norte. Em 34 casos suspeitos, a Direção Geral de Saúde já confirmou sete.Três estão internados.

A greve dos professores continua, hoje na região centro, depois de a FENPROF falar que, ontem, na região sul, houve níveis de adesão na ordem dos 70%. Os docentes protestam, recorde-se, contra o facto de o Governo não querer contabilizar a totalidade do tempo em que as carreiras estiveram congeladas agora que retomaram as progressões. Henrique Monteiro, no seu Expresso Longo semanal, disserta sobre "Para que serve uma greve da função pública?"

As autoridades marítimas aguardam por nova preia-mar para tentar desencalhar o navio Betanzos, encalhado há uma semana nos bancos de areia do Bugio, na foz do Tejo.

O Sporting defronta o Plzen às 18h00, na Doosan Arena, na República Checa. É a segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa. Se passarem aos quartos de final (e as perspetivas são boas pois venceram a primeira mão, em Alvalade, por 2-0), os leões encaixam um prémio de um milhão de euros(atribuído pela UEFA). Pode seguir o antes, o durante e o depois do desafio na SIC Notícias, em emissão especial a partir das 17h.



...E LÁ FORA


Triste efeméride a que se celebra hoje: sete anos de guerra na Síria. Foi a 15 de março de 2011 que milhares de sírios saíram à rua em protesto contra a prisão de 15 jovens que tinham escrito na parede da escola "o povo quer a queda do regime". Desde então o regime tem feito tudo para destruir o povo. E, infelizmente, tem sido bem sucedido. Os números da guerra são impressionantes: mais de meio milhão de mortos, entre eles 24 mil crianças.

guerra diplomática entre o Reino Unido e a Rússia está nas manchetes dos jornais ingleses. Depois da primeira-ministra britânica, Theresa May, ter anunciado ontem a expulsão de 23 diplomatas russos - na sequência da tentativa de envenenamento, em solo inglês, do ex-espião Sergei Skripal e da sua filha -, a Rússia prepara-se para retaliar. Um tweet da embaixada russa em Londres mostra que o estilo Trump está a fazer escola: "A temperatura das relações Rússia-Reino Unido desceu para 23 graus negativos, mas nós não receamos tempo frio".

A notícia é esta: o parlamento espanhol proibiu as esterilizações forçadas em pessoas com deficiência. Tive de ler e voltar a ler antes de conseguir fechar a boca de espanto: eram permitidas até aqui?

O Barcelona goleou o Chelsea por 3-0 e qualificou-se assim para os quartos de final da Liga dos Campeões. No lado B da competição, o Manchester United ficou de fora ao ter perdido em casa, na terça-feira, frente ao Sevilha, o que deu pretexto ao Pedro Candeias para escrever este texto: "Já ninguém quer ser Mourinho". De bestial a besta ou, noutra versão, de como a vida é como os interruptores.


AS MANCHETES DOS JORNAIS


"Pausas para rezar tiram têxteis portugueses em àfrica" (Jornal de Notícias)
"Fogos: Governo quer abrir 2400 km de caminhos em terrenos privados" (Público)
"Função Pública envelhecida: um quarto dos funcionários tem mais de 55 anos" (Diário de Notícias)
"Santa Casa entra no Montepio com participação simbólica" (i)
"Benfica esconde cartilha de rivais" (Correio da Manhã)
"221 milhões de euros - sem bónus no IRC seria este o prejuízo do Montepio" (Jornal de Negócios)
"O mundo negro da fraude alimentar" (Visão)
"Gato Fedorento - eles voltarm (só por um dia, só para nós)" (Sábado)
"Vieira segurou Paulo Gonçalves" (A Bola)
"Jesus dá a receita" (Record)
"Herrera: renovação alinhavada" (O Jogo)



O QUE ANDO A LER E A VER


Faz hoje exatamente dois meses que assumi funções como editora de Política na SIC. "A caixa que mudou o mundo" está a mudar, e de que maneira, a minha vida (de quase trinta anos na imprensa escrita). E confesso: na voragem destas primeiras semanas à descoberta do "maravilhoso mundo" da televisão, os livros têm ficado para trás, amontoando-se em pilha num "stand by" sem fim à vista. Serve este intróito para me desculpar: não tenho conseguido ler nada para além dos jornais do dia. E mesmo nestes há tanto para ler que exige tempo que não tenho tido! Só de ontem para hoje, esta espécie de "mesa de cabeceira" virtual acumulou vários artigos/dossiês sobre Stephen Hawking, o físico inglês que morreu ontem, aos 76 anos. Há-os no Expresso - comece por "o homem que nos explicou o espaço morreu sem lá ter ido" -, no Observador, no Público, no Diário de Notícias, no francês Le Monde, no americano New York Times. A Universidade de Cambridge, onde Hawking foi professor toda a vida, também lhe dedica uns quantos textos (além de um vídeo tocante). Mas foi no inglêsThe Guardian que encontrei uma abordagem diferente (e este texto li mesmo) para uma pergunta que me surgira logo de manhã, quando ouvi a notícia da sua morte: e se Stephen Hawking tivesse nascido noutra época, ou noutro país? A colunista Zoe Williams ensaia uma resposta (obviamente política) para concluir algo arrepiante: o cientista nunca teria sobrevivido, no seu próprio país,na época atual de austeridade. Zoe é implacável: "Capaz de comunicar usando apenas os músculos de uma das bochechas, ele usava um dispositivo discursivo impossível de imaginar ser fornecido por um sistema [nacional de saúde] que tem tão pouco interesse no que as pessoas com deficiência têm para dizer"; conta que Hawking estava neste momento "em campanha contra a crise no SNS, a sua suborçamentação, a sua privatização, o congelamento dos salários públicos e outras pressões sobre os funcionários", com uma argumentação muito definida: "Ele sabia que não poderia ter sido o físico que foi sem os cuidados médicos que recebeu. E defendia (...) que estes cuidados estavam debaixo de um ataque político sustentado". Vale a pena ler, porque vale muito a pena pensar exatamente nisto: quantas pessoas incapacitadas passam ao lado de uma vida realizada, numa época em que a ciência já pode tanto, simplesmente porque - reocnheça-se - continuam longe de ser prioridade para os políticos?

Uma curiosidade ou, melhor dizendo, uma coincidência cósmica: Hawking nasceu no exato dia em que se completavam 300 anos sobre a morte de Galileu (8 de janeiro de 1942) e morreu no dia do 139º aniversário de Albert Einstein. E sobre o génio que concebeu a Teoria da Relatividade o diário britânico The Guardian dava conta ontem de uma série de cartas escritas pelo físico à sua irmã Maja que vão ser tornadas públicas entre 18 e 20 de abril e leiloadas pela Christie's entre 2 e 9 de maio. Numa delas, em 1925, Einstein escreveu este desabafo algo surpreendente para quem tinha então apenas 46 anos: “Estou feliz no meu trabalho, mesmo se neste e noutros assuntos começo a sentir que o brilhantismo da juventude já é passado.”

E por falar em brilhantismo na juventude, sugestão para o próximo fim-de-semana: se vive em Lisboa ou perto, dê um salto ao cinema S.Jorge onde, no sábado, às 17h, é exibido, no âmbito do festival de animação Monstra, o filme "The yellow submarine", comThe Beatles. Não é a cópia remasterizada que assinala os 50 anos da película e que será exibida (numa única vez), a 8 de julho no Reino Unido. Mas vale sempre a pena ver no grande ecrã (eu nunca vi) uma "obra-prima subsersiva", como a classificou em tempos o argumentista dos Simpsons Josh Weinstein. Numa das canções da banda sonora, o "It's all too much" (de George Harrison), encontrei as frases perfeitas para encerrar este Curto com um convite a que se faça ao mundo, através dos jornais, das televisões, das rádios, na medida da sua curiosidade (a força motriz de qualquer génio): "All the world is birthday cake. So take a piece but not too much". Tenha um dia bom.
 
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