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OR JOSÉ CARDOSO
Editor Adjunto
 
As Escolhas do Editor
Boa tarde,

Além da borrasca, este fim de semana vai falar-se muito de uma mulher – Assunção Cristas, a líder doCDS, partido que tem estes sábado e domingo o seu 27º Congresso, em Lamego. Para ficar com uma ideia do que Cristas quer da reunião magna dos centristas e do que lá vai ouvir dos seus correligionários (re)leia o artigo da Mariana Lima Cunha que publicámos no Expresso Diário de quinta-feira. E fique com uma ideia ainda melhor sobre o que esperar de Cristas espreitando AQUI a entrevista que publicámos na edição de sexta-feira. E fique com uma ideia melhor ainda lendo a entrevista integral, que publicamos na edição do semanário, e que está AQUI.

De um tema centrado numa mulher para outro centrado nas mulheres: na quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, publicámos vários artigos sobre a “condição feminina”, como se dizia antigamente. No de abertura fazia-se uma conta: quantos dias por ano trabalham as portuguesas (com emprego) sem receber?Mas também contávamos a história de “Filipa”, que foi discriminada no emprego por ter ficado grávida e por ser mãe. Pode (re)lê-la AQUI .

Por falar em emprego, não tem medo que o seu patrão coloque um dia destes um robô no seu lugar? Tenha ou não, veja, ouça e leia o artigo de jornalismo de dados da série 2:59 Para Explicar o Mundo, no qual a Cátia Mateus esmiúça o assunto (e mostramos-lhe o nosso robô, chamado “Laura”).

Por falar em patrões e em trabalho, um estudo do investigador Frederico Cantante divulgado na terça-feira – por ocasião do 10º aniversário do Observatório das Desigualdades – mostra que a principal causa do atraso da economia portuguesa é a falta de formação das chefias e dos patrões. No Expresso Diário de terça-feira publicámos uma entrevista ao investigador.

Por falar em investigadores e em investigações, mas neste caso judiciais, há uma figura sobre a qual as autoridades envolvidas na operação e-toupeira querem saber tudo: o funcionário que tinha acesso às passwords do sistema judicial e que passavam informações ao Benfica. Na edição de quarta-feira explicava-se isto tudo e de que modo pode afetar o clube.

Por falar em futebol e em clubes, o Sindicato dos Jogadores fez um inquérito às futebolistas portuguesas. Conclusões? São jovens, instruídas, discriminadas, mal pagas e a maioria delas não recebe sequer para jogar. E vão consentindo porque adoram o que fazem, como contávamos no Expresso Diário de quinta-feira.

Por falar em consentimento, neste caso não no âmbito desportivo-laboral mas sim jurídico-sexual, fique a saber que, por causa de dois casos recentes que muita polémica têm dado, a França vai estabelecer este mês nos 15 anos a idade a partir da qual o sexo pode ser considerado consentido. Em Portugal pode sê-lo aos 14. Na edição de terça-feira explicávamos tudo isto.

Por falar em explicações, são muitas, sobre os mais variados assuntos da atualidade, as que damos na edição do semanário que está este fim de semana nas bancas.

E, por falar em fim de semana, mesmo mau tenha-o excelente,

com boas leituras, resguardado da borrasca, de patrões sem formação, de toupeirismos judiciais e de discriminações futebolísticas
Future
 
  
Estudar em Harvard sem sair de casa
A proposta de Harvard está a ser acompanhada de perto por outras instituições educativas, visto que aparenta ser uma das linhas do futuro do ensino. Isto é o que pensa Elizabeth Hess, diretora geral da Escola de Negócios: “Gostaria de ver este tipo de ambiente educativo adaptado e utilizado por muitas outras escolas”
ARTIGO PATROCINADO
LER O EXPRESSO DIÁRIO
CDSO que Cristas quer no Congresso (e o que vai ouvir)
TEXTO Mariana Lima Cunha
Dia da MulherMulheres trabalham em média 79 dias por ano ‘sem remuneração’
TEXTO Raquel Albuquerque
EmpregoFrederico Cantante. “A falta de formação das chefias é a principal causa do atraso da economia portuguesa”
ENTREVISTA Joana Pereira Bastos E Raquel Albuquerque
2:59 Para Explicar o MundoPode um robô roubar-lhe o emprego?
GUIÃO Cátia Mateus
JustiçaInvestigação quer saber tudo sobre José, o suspeito-chave da operação e-toupeira
TEXTO Hugo Franco, Pedro Candeias E Rui Gustavo
SexualidadeSexo consentido é a partir de que idade? Em Portugal é aos 14 anos, em França vai haver este mês nova lei
TEXTO Expresso
DesportoA jogadora portuguesa é jovem, instruída, mal paga e discriminada. Mas o futuro do futebol é feminino
TEXTO Mariana Cabral

Um Guia Para a Linda Obra de Byron Katie, "O Trabalho"

Byron Katie é uma escritora e palestrante americana que desenvolveu uma maneira simples e prática de melhorar a vida, identificando e controlando os pensamentos que despertam emoções negativas como raiva, estresse, sofrimento e frustração. Tudo começou quando Byron estava com 40 anos, se casou pela segunda vez e desenvolveu uma depressão severa que levou a um vício em alimentos e substâncias nocivas, e até mesmo a ansiedade e pavor de lugares lotados.
 
Mas foi justamente neste grande sofrimento que ela conseguiu despertar e extrair forças que a levaram à uma grande iluminação que não apenas mudou sua vida, mas também a de muitos outros. O método que ela desenvolveu e distribuiu é chamado "O Trabalho", e a maneira como ele muda a forma de pensar é simplesmente inspiradora...
 
como funciona o método "o trabalho" de byron katie
A essência do método “O Trabalho” de autoria de Byron Katie
A vida e a realidade muitas vezes pode ser arbitrária e incontrolável, e muitos de nós temos grande dificuldade em aceitar isso. E Byron argumenta que, na verdade, nós não estamos experimentando a própria realidade, mas o pensamento que formulamos perante isso.
 
Esta escritora bem-sucedida descobriu que o que a tinha deixado deprimida por muitos anos não era o mundo em si, mas o que ela acreditava ser o mundo e tudo que estava ao seu redor. Isso a levou a concluir que os pensamentos só podem nos machucar se acreditarmos neles. Portanto, ela desenvolveu o método "O Trabalho", que é realmente um guia para identificar, explorar e reverter pensamentos indesejados que causam dor e estresse, fortalecendo a compreensão de que o sofrimento é uma questão de escolha.
 
O método se destina àqueles que desejam fazer as seguintes alterações:
• Aliviar a depressão ao encontrar respostas aos fatores que nos fazem sentir impotentes.
• Reduzir os níveis de estresse e ansiedade que acompanham nossos pensamentos.
• Melhorar as relações com aqueles que estão perto de nós, aprofundando nosso relacionamento e intimidade com eles.
• Reduzir a raiva estudando e compreendendo os fatores que nos causam ressentimento.
• Mais clareza mental, que nos permite desenvolver nossa inteligência emocional e integridade interna.
• Fortalecer um senso de paz no cotidiano através da aceitação e até mesmo do amor à realidade tal como é.
como funciona o método "o trabalho" de byron katie
Praticando o método "O Trabalho"
Esse método precisa mesmo é de prática. Por isso, aconselha-se que você o complete por escrito também, elaborando uma planilha.
 

Primeiro Passo - "Julgue Seu Vizinho":
Ninguém gosta de ser julgado, mas fazemos isso constantemente com os outros e com nós mesmos. A parte judicial da nossa mente sempre dispara pensamentos como: "Ele precisa parar de fumar", "Eu tenho que emagrecer", "Minha mãe precisa me entender ", e assim por diante. Com o método "O Trabalho", podemos expressar essa parte judicial em toda sua força e dar liberdade a esses pensamentos. E por que? Porque o julgamento é a primeira etapa do pensamento em que experimentamos dor ou estresse, e devemos investigar isso. Para cumprir as seguintes afirmações, também é ideal manter o silêncio e a contemplação interior, bem como meditar.
 
Preencha às seguintes questões:
Questão 1:
Naquela situação, lugar e hora, quem te irritou, te confundiu ou te decepcionou, e por quê?
• Eu estou (a emoção que você está sentindo) com (o nome da pessoa) por causa de (o motivo).
Feche seus olhos e imagine a mesma situação em que você estava bravo e triste, e a pessoa que te despertou esses sentimentos, e então tente identificar por que você se chateou tanto. Por exemplo, imagine uma situação em que você está com raiva do seu cônjuge porque não o ouviu ou ele mentiu. No que foi que você acreditou, e quais foram seus pensamentos naquele momento?
 
Questão 2:
Na mesma situação em que você mencionou na questão anterior, como você gostaria que essa mesma pessoa que te magoou mudasse, e o que você gostaria que ela fizesse?
• Eu quero que (o nome da pessoa que te irritou) faça ou diga (a ação que você gostaria que essa pessoa fizesse).
Se voltarmos ao exemplo de uma situação em que nos irritamos, a resposta à segunda questão pode ser o que queríamos: que o parceiro nos ouça, ou apenas um pedido de desculpas pela mentira contada.
 
Questão 3:
Nesse estado de irritação ou mágoa, que conselho você daria à pessoa que te chateou?
• (O nome da pessoa) precisa (o conselho que você daria).
Feche os olhos, imagine essa pessoa que te deixou com raiva e tente pensar no conselho que você daria à ela. Se for o caso do cônjuge, a resposta a essa afirmação pode ser que a pessoa deveria nos agradecer por tentar ajudar e nos pedir desculpas.
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Questão 4:
Para que você saia desse estado de irritação ou tristeza, o que você gostaria que a pessoa dissesse ou fizesse?
• Eu preciso que (o nome da pessoa) faça / diga / sinta (o que você precisa para voltar a se sentir bem).
 
Questão 5:
O que você acha que aquela pessoa é, nesta situação em particular?
• (O nome da pessoa) é... (uma lista de todas as coisas que passam pela sua mente).
De volta ao exemplo do seu parceiro, podemos preencher uma lista com pensamentos de que nosso parceiro é frio, arrogante, insensível e assim por diante.
 
Questão 6:
Qual foi a situação que te aborreceu, e o que você não quer sentir novamente?
• Eu não quero mais sentir (os sentimentos ruins que você quer se livrar).
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Segundo Passo - Responda 4 perguntas sobre cada declaração que você fez:
Cada parte das questões que você escreveu na primeira parte do método será investigada com quatro perguntas. O processo não trata de mudar seus pensamentos, mas de abrir o seu coração. Depois de ler as perguntas, olhe dentro de si mesmo e espere que a resposta venha em mente.


 
Pergunta 1: É essa a verdade? A resposta deve ser sim ou não. Se você respondeu não, vá para a Pergunta 3.
Pergunta 2: Você pode ter certeza de que essa é a verdade? Responda sim ou não.
Pergunta 3: Como você reage e o que acontece quando você acredita nesse pensamento?
Pergunta 4: Que tipo de pessoa você se tornará sem esses pensamentos?
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Vamos pegar o exemplo da pessoa que estava chateada com o parceiro e aplicar tudo que ela estava sentindo e pensando. A situação seria mais ou menos a seguinte:
Pergunta 1: O meu parceiro realmente não me ouve?
Pergunta 2: Como eu posso saber com certeza se eles me ouvem ou não?
Pergunta 3: E se a minha reação com meu parceiro não for das melhores? Por exemplo, eu viro os olhos ou me afasto se sinto que ele não está me ouvindo? Por acaso estou o punindo com uma reação em relação a isso, e com as coisas que eu não quero sentir? – Responda a tudo isso. As questões vão vir em sua mente.
Pergunta 4: Que tipo de pessoa você vai se tornar se deixar esse pensamento e comportamento de lado? Feche os olhos e imagine os sentimentos dentro de si.
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Passo Três - Transforme o pensamento:
Mude suas declarações originais e volte-as para si: troque as palavras "ele", "ela" ou "eles" por "mim" e "eu". Em vez de pensar: "Meu parceiro não está me ouvindo", altere a afirmação para "Eu não me escuto " ou "Preciso ouvir mais meu meu parceiro ". Outras opções de exemplo são "eu preciso ser mais honesto", "eu tenho que me agradecer por tentar ajudar" e assim por diante. Tente pensar em exemplos em que você não escuta os outros, tenta ser mais sincero ou expressar gratidão, e considere quais são as afirmações contrárias como sendo as mais corretas.
 
O ponto de virada é o caminho para se libertar da posição de vítima indefesa e entender que não somos dependentes de pessoas ou de outras situações para sentir alegria, paz, satisfação ou significado. O poder do pensamento na formulação da nossa emoção é plenamente experimentado ao reverter a história. A realidade é assim e não podemos controlá-la na maioria dos casos. Ou seja, tudo depende da forma como interpretamos a realidade. Se a realidade é imutável, nossa interpretação é. E podemos fazer isso por meio de uma profunda introspecção, e busca de identificação e lógica por trás de todas essas emoções diferentes.
 

Antes de começar:
O método de Byron Katie começa no papel e pode parecer um pouco tedioso nos estágios iniciais. A vantagem deste método é que a simplicidade da sua estrutura vai te ajudar a aprender como praticá-lo automaticamente e, com o passar do tempo, você não vai precisar necessariamente escrever suas respostas. Tenha foco nesse método, tente não se distrair ou se deixar levar pelas emoções negativas. Você vai se surpreender ao descobrir algumas ideias, e atingir uma grande paz de espírito que talvez nunca tenha experimentado. E o mais importante: se você persistir no método "O Trabalho", o crescimento pessoal não vai parar.

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