quarta-feira, 13 de setembro de 2017

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TERÇA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO | 16:48
Marcelo está a perder a paciência
A entrevista de Azeredo Lopes ao DN e à TSF não se resume ao título que os jornalistas escolheram, mas ele reflete exatamente o que disse o ministro da Defesa. O ministro não faz a mínima ideia do que...
Opinião, Paulo Baldaia
 
DN Defesa Tancos. PSD e CDS chamam ministro ao parlamento para esclarecer "alegado roubo"
 
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DN Justiça Ministério Público pede que processo Jogo Duplo siga para julgamento
 
DN Vandalismo Isaltino Morais: "Aquilo foi tudo destruído, a intenção foi destruir"
 
DN Educação Mais de metade da população ativa portuguesa não tem sequer o secundário
 
DN Comércio Será que a roupa que usa foi feita na Coreia do Norte?
 
 
Artes Morreu o encenador Peter Hall, fundador da Royal Shakespeare Company
 
Caraíbas Milionário mostra como o furacão Irma destruiu a sua ilha privada
 
 
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DN Bruno de Carvalho "Queremos qualificar-nos para os oitavos de final"
 
DN Galeria Irma. O que fica depois do furacão
 
 
Catalunha Procurador-geral dá instruções à polícia para impedir referendo
 
EUA Barack Obama surpreende alunos de escola de Washington
 
 
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OPINIÃO
Isabel Pavão Martins
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Dia Europeu da Enxaqueca
 
 
Ferreira Fernandes
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Estamos assim do ilhéu às Ramblas
 
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Os trabalhadores sabem mais mas a produtividade baixou. Porquê?
 
Margarida Marques
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Brexit: uma oportunidade para o Parlamento Europeu
 
 
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Suu Kyi tem de reconhecer os direitos humanos dos rohingya
 
 
 
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OBSERVADOR

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... Jean Claude Juncker quer que todos os países da UE estejam no euro e no espaço Schengen em 2019. No discurso do Estado da União que estamos a seguir em direto, o presidente da Comissão Europeia falou dos atuais problemas da Europa (entre eles o Brexit em curso) e das propostas para os próximos anos.

A um mês da apresentação do Orçamento do Estado para 2018, há mais novidades sobre o IRSOs trabalhadores independentes também terão o imposto reduzido, já que os recibos verdes até 630 euros mensais vão ficar isentos.

No Brasil, há mais investigações a Temer e a Lula: o presidente brasileiro é agora suspeito de ter beneficiado ilicitamente uma empresa que atua no maior porto do país; o ex-presidente e já anunciado candidato às próximas eleições vai voltar a ser ouvido sobre subornos à construtora Odebrecht.

Havia expectativa, mas na primeira Assembleia Geral de António Guterres como secretário-geral da ONU o português fez um discurso sem declarações sonantes, apesar da tensão crescente com a Coreia do Norte e da crise em Myanmar: o ministro dos Negócios Estrangeiros de Kim Jon-un ameaçou acelerar o programa nuclear e a presidente e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi cancelou a presença na reunião das Nações Unidas.

E o balanço do Irma faz-se com 59 mortos e um rasto de destruição das Caraíbas à Flórida.




Outra informação importante
A compra não declarada ao Constitucional por Fernando Medina de um 'duplex' por 645 mil euros teve mais desenvolvimentos. Cresceu a dúvida sobre se o preço pago pelo presidente da câmara de Lisboa foi justo. Seis anos antes, com o mercado imobiliário em baixa, já a casa igual do lado tinha custado o mesmo: foi comprada pelos seus sogros. Medina já teve de dar mais explicações. E o caso começa a crescer.

Ei-lo: o iPhone X (lê-se ten), o topo de gama da Apple. O modelo, que comemora os 10 anos dos telemóveis que mudaram o mercado, tem ainda mais do que já se sabia sobre ele: reconhecimento facial, bateria mais potente, imagens e vídeos de alta definição, carregamento por wireless e animojis: são cinco inovações que fazem com que possa custar até 1400 euros, como resumem o Edgar Caetano, o Pedro Esteves e o Manuel Pestana Machado.

Não podia ter corrido pior a estreia do Benfica na Liga dos CampeõesPerdeu na Luz por 1-2 com os russos do CSKA e, pior que a derrota, voltou a ser a exibição: parecia uma questão de boa hospitalidade, diz o Miguel Santos Carrapatoso na crónica. Agora vai ser preciso contrariar a história.

Já o Sporting bateu o Olympiacos em Atenas por 3-2, mas acabou a sofrer: os gregos marcaram dois golos nos últimos dois minutos do jogo. O Tiago Palma acha que a arte de bem contra-atacar (um golo mais rápido que o de Doumbia só o de Peres em 1970), pode causar sustos destes.

Nos oito primeiros jogos desta primeira jornada, só em dois houve menos de três golos de uma só equipaconfira os resultados. E tem também o nosso interactivo com as probabilidades da Champions. Hoje há FC Porto-Besiktas.

Na política caseira, com autárquicas à porta, a agenda de António Costa e Passos Coelho não podia ser mais diferente. O líder do PSD vai estar permanentemente em campanha, o do PS tem de se dividir entre o apoio ao partido e a liderança do governo. Mas nenhum comentou as críticas da CNE, que não queria jogos de futebol (entre eles o clássico Sporting-FC Porto) em dia de eleições. Há pelo menos uma certeza: a greve dos juizes não vai afetar o apuramento dos resultados.

Nas promessas por cumprir nas autarquias, denunciadas pelos leitores, hoje o caso em avaliação é o do Museu do Curtume de Alcanena. A câmara anunciou em 2013 a inauguração do Museu para o ano seguinte e já adiou duas vezes a data de abertura: o espaço continua de portas fechadas.

E em tempo de campanha, o tom e as querelas partidárias aumentam. Depois de Jerónimo de Sousa ter dito que a geringonça é conjuntural e dificilmente se repetirá, As polémicas estão agora centradas no assalto a Tancos e na greve dos enfermeiros. O PCP criticou ambos os casos, dizendo que o ministro da Defesa "errou" e que a luta dos enfermeiros "é justa". O CDS quer reunir as ordens e os diretores para discutir as reivindicações do sector da enfermagem. E os centristasjuntaram-se ao PSD para chamar Azeredo Lopes ao Parlamento (a audição deve acontecer segunda feira).

Sobre Tancos, duas outras novidadesa PJ Militar responsabiliza a Judiciária pela demora dos resultados da investigação; e avaliação à segurança dos paióis aponta para a necessidade de mais formação e treino dos militares.

Já sobre o braço de ferro com os enfermeiros, a longa reunião de ontem com o ministro acabou sem acordoQuinta-feira há novas negociações.

A Operação Marquês voltou a crescer. O caso do investimento de 900 milhões da PT na Rioforte foi anexado à investigação centrada no ex-primeiro ministro José Sócrates.

Hillary Clinton não poupa mesmo ninguém no seu novo livro. Em "O que Aconteceu", a candidata democrata batida por Donald Trump até se critica a ela própria: fica o resumo em sete frases relevantes. E a revelação de chegou a pensar num rendimento universal básico, mas recuou.

Ainda lá fora, duas situações a merecer destaque: em Françaos protestos e as greves contra a lei laboral de Macon paralisaram o paísem Espanha, a polícia recebeu ordens para apreender material de campanha do polémico e ilegal referendo à independência catalã (o El Mundo mostra o documento, o El Español acrescenta que os próprios autarcas que avancem para o referendo podem ser processados e o El Paísrevela como o presidente da Catalunha pensa fazer a votação).




Os nossos especiaisNovo capítulo na novela Yupido. A Ana Pimentel e a Ana Suspiro descobriram agora que os 243 milhões do capital social inicial da misteriosa mais valiosa empresa portuguesa se baseava num software de gestão para empresas e que só havia 35 mil euros em dinheiro. Pouco depois, passou a valer 29 mil milhões.



A nossa opinião
  • Maria João Marques escreve sobre o estado da Educação: "Caro Tiago Brandão Rodrigues, vamos lá desinquietar os professores para mudar horários e métodos de ensino. É aproveitar agora que os sindicatos estão amestrados e o PCP manda grevistas negociarem".
  • Maria João Avillez escreve uma nova crónica de verão: "Agora? 'Agora, tal como no paleolítico os artistas pintavam bisontes, uma das funções dos artistas é encontrar os bisontes da sua época. Quais são os nossos?'".



Notícias surpreendentesTermina hoje a viagem de Francisco Lufinha em kitesurfing entre os Açores e Oeiras. Foram nove dias da maior viagem do género, que ficou registada nestas fotos.

Também hoje vão ser conhecidos os seis finalistas do Man Booker PrizeColson Whitehead é um dos favoritos, mas Jon McGregor e George Saunders também devem constar da "shortlist".

Duas sugestões para bem comer e bem dormir. Em Gaia, o Mercado à Beira-Rio tem fruta, legumes e comida gourmet; em Évora, o M'AR de AR Aqueduto tem um pé no passado e outro no presente (ah, e também serve petiscos alentejanos).

Quanto às melhores fotografias da vida selvagem, já há por onde escolher. O veredicto só será conhecido a meio de outubro, mas das 13 em votação será difícil decidir qual a mais bela. Ora espreite lá.

Entre as polémicas políticas, as notícias nacionais e internacionais, as grandes histórias e as fotos impressionantes, vai encontrar muito para ler (e ver) no Observador

Boas leituras e boa quarta-feira

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AUTÁRQUICAS 2017
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EXPRESSO


Rui Cardoso
RUI CARDOSO
EDITOR
 
Allende, a História e os discursos
13 de Setembro de 2017
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O dia de hoje é marcado, no plano desportivo pelas competições europeias de futebol. Ontem, sem prejuízo da acção de um árbitro pouco competente, o Benfica confirmou estar a atravessar uma crise estrutural subsequente ao desmantelamento da defesa da época anterior. Já o Sporting resolveu de forma exemplar uma das mais difíceis deslocações de um calendário que já de si não é fácil.
Com o pormenor significativo de a história recente de Jorge Jesus sugerir que, pelo menos até agora, a Liga dos Campeões não era propriamente a sua especialidade. Veja o que a este propósito dizem A Bola e o Record. Logo será a vez do Futebol Clube do Porto receber os turcos do Besiktas em casa, num jogo onde só a vitória interessa.
O que as partidas de ontem também mostraram foi a dimensão do abismo que se está a cavar entre as super-equipas da Europa e os outros. Basta atentar na dimensão das vitórias do PSG, Manchester United ou Barcelona.
O dia de hoje é também marcado pela discussão no Conselho de Segurança da ONU da perseguição à minoria muçulmana rohingya na antiga Birmânia (Myanmar) e pelo encontro entre o presidente dos EUA Donald Trump e o governo dos Emirados Árabes Unidos por causa da crise diplomática com o Qatar.
Já lá iremos mas antes disso vamos recuar uns dias na História até porque às vezes andar para trás é o que nos dá balanço para andarmos para a frente. Façamos então de conta que esta newsletter chegava ao leitor não hoje dia 13 mas a 11 de Setembro. Evoquemos então essa data marcada pelo atentado às Torres Gémeas em 2001 mas também pelo golpe de estado de Pinochet no Chile. E é por aqui que começaremos.
Com o Palácio de La Moneda cercado pelos tanques dos golpistas, o presidente chileno Salvador Allende fez, aos microfones da rádio Magalhães, uma das poucas que ainda tinha sinal, um discurso que ficou para a História. Sabia que estava condenado e deixou as suas últimas palavras. Era o culminar de um processo de desestabilização de um governo democraticamente eleito feito pelos falcões da Casa Branca, a começar por Kissinger, o mesmo que dois anos depois daria luz verde à ditadura indonésia para invadir Timor Leste.
“Outros virão para superar este momento cinzento e amargo em que a traição parece levar a melhor. Tenham presente que mais cedo do que tarde voltarão a abrir-se as grandes alamedas por onde hão-de passar os homens livres para construírem uma sociedade melhor.”
É um discurso para História feito num momento de desespero, ao nível de outros que aqui lembrarei. A 18 de Junho de 1940, com a França derrotada pela guerra relâmpago alemã e com o governo francês a recusar a proposta de Churchill de unir os dois países e de prosseguir a luta a partir dos respectivos impérios coloniais, um general quase desconhecido chamado Charles De Gaulle lia aos microfones da BBC aquilo que ficámos a conhecer como o apelo do 18 de Junho de 1940. Poucos o ouviram em directo, tanto que uma versão condensada em cartaz foi afixada nas ruas da capital britânica e depois enviada clandestinamente para França.
“Governantes de circunstância capitularam. Cederam ao pânico e esqueceram a honra, entregando o país à servidão. Porém nada está perdido (…) No universo livre forças imensas ainda não entraram em acção (…) Apelo aos franceses onde quer que estejam para que se juntem a mim na acção, no sacrifício e na esperança. Suceda o que suceder a chama da resistência francesa não deve apagar-se e nunca se apagará!”
Dias antes, a 4 de Junho, já com a batalha de França a caminhar para o seu trágico desfecho o primeiro-ministro britânico Winston Churchill marcava também encontro com a História ao discursar na Câmara dos Comuns.
“Muito embora grandes extensões da Europa tenham caído ou possam vir a cair sob os golpes da Gestapo e da odiosa máquina de guerra nazi, não podemos desanimar (…). Lutaremos em França. Lutaremos nos mares e oceanos, lutaremos com confiança e determinação crescentes no ar. Defenderemos a nossa ilha, custe o que custar. Lutaremos nas praias, lutaremos nos terrenos de aterragem, lutaremos nos campos e nas ruas, lutaremos nos montes mas nunca nos renderemos!”
A oratória de De Gaulle é empolgante mas o seu tom tem algo de pomposo. A retórica de Churchill é brilhante mas literária. Já a intervenção de Franklin Roosevelt no Congresso após o ataque japonês a Pearl Harbor é um modelo de concisão e de pragmatismo. Em apenas sete minutos o presidente dos EUA estilhaçou anos de isolacionismo e levou o Senado e a Câmara dos Representantes a votarem quase por aclamação a declaração de guerra. Em poucos minutos se resolveu o que na I Guerra Mundial demorara perto de dois dias
“Ontem, dia 7 de dezembro de 1941 - uma data que viverá na infâmia - os Estados Unidos foram repentina e deliberadamente atacados pelas forças navais e aéreas do Império do Japão (…) Uma hora depois das esquadras japonesas terem começado a bombardear a ilha americana de Oahu, o embaixador japonês nos Estados Unidos e o seu colega, entregavam ao nosso Secretário de Estado a resposta formal a uma mensagem recente da América. Dessa resposta resultava que era inútil prosseguir com as negociações diplomáticas em curso mas a mesma não continha nenhuma ameaça, alusão a guerra, ou ataque armado. (…) Peço ao Congresso que perante este ataque cobarde e sem motivo do Japão, no domingo, 7 de dezembro de 1941, os Estados Unidos declarem guerra ao Império Japonês.”
O que vem a seguir é ficção mas não deixa de ser um grande discurso, concebido para combater o isolacionismo americano. Na cena final de “Correspondente de Guerra” filmado em 1940 por Alfred Hitchcock nos EUA, John McCrea, interpretando o jornalista John Jones, fala aos microfones da BBC numa transmissão em directo para os EUA enquanto a cidade é bombardeada. É uma peça brilhante de propaganda pró-aliada, ao nível do soar de A Marselhesa em “Casablanca”
“Vou continuar de improviso porque não há luz para ler aquilo que tinha escrito. O que ouvem em fundo não é estática mas a morte a cair sobre Londres. São as bombas a cair nas ruas. Oiçam-me porque está é uma grande reportagem e tem a ver convosco. Aqui é tarde demais para fazer outra coisa senão ficar à espera no escuro. É como se as luzes se tivessem apagado em todo o lado menos na América. Mantenham essas luzes a brilhar. Protejam-nas com aço. Rodeiam-nas de uma muralha de barcos e aviões. América, faz brilhar a tua luz porque é a única que resta no mundo…”
Passemos ao outro 11 de Setembro, o do massacre nas Torres Gémeas em Nova Iorque, apenas para registar um facto tantas vezes esquecido. Dos 19 sequestradores dos quatro aviões, 15 eram sauditas, dois dos Emirados Árabes Unidos, um era egípcio e outro um libanês. Iranianos e iraquianos nem um. No entanto, o Iraque viria a ser invadido dois anos depois e no famoso diploma de Trump sobre o controlo da imigração, Egipto e Arábia Saudita ficam de fora das restrições e Irão não. Se os caminhos do Senhor são por vezes ínvios, que dizer dos da política norte-americana?
 
Agrava-se a crise birmanesa
A primeira-ministra de Myanmar (antiga Birmânia) anulou uma deslocação à sede da ONU na sequência do agravamento da crise com a minoria muçulmana rohingya. É um êxodo em massa para o vizinho Bangladesh que tem cada vez maior dificuldade em acolher o fluxo de refugiados, estimado em 300 mil pessoas. A Prémio Nobel da Paz Aung Sam Suu Kyi parece ter perante si um caminho cada vez mais estreito, entre as pressões dos generais com quem é forçada a coexistir, e a rápida erosão do seu capital ético e político. Leia a análise no diário francês “Le Monde”.
O dia seguinte ao da passagem do furacão Irma na costa da Florida é dramático como conta o diário norte-americano The Washington Post. Se aqui há um fenómeno meteorológico extremo, no caso do furacão Harvey no Texas, o desordenamento urbanístico e a construção em leito de cheia explicam uma boa parte da dimensão da tragédia na região de Houston.
Entretanto, há sempre quem brinque com o fogo ou neste caso com o vento. O cronista ultra conservador Rush Limbaugh sempre proclamou que as mudanças climáticas eram “fake news”, pelo que o Irma só podia ser uma conspiração dos media liberais. Até anunciar que fazer o seu show de sexta-feira ia ser “problemático” e “legalmente impossível”, quem sabe se por pressão dos advogados do furacão. Uma história hilariante contada pelo “Miami Herald”.
Transportes públicos e justiça para todos
Por cá o Público conta-nos que os transportes públicosencetaram uma longa marcha para recuperar os passageiros perdidos, movimento geral ao qual só a Carris parece escapar. Já o Jornal de Notícias puxa à primeira página a história da estudante de Direito portuguesa Alexandra da Silva que defendeu com sucesso, numa acção cível, uma pessoa com problemas de saúde contra um gabinete de advogados de uma grande seguradora.
Leituras recentes
Para terminar, duas sugestões de leitura. Uma é de uma revista que muito aprecio “Guerres et Histoire” (do grupo Science et Vie). No seu número 38 saído em Agosto conta com poderia ter sido a Guerra Fria na Europa se porventura tivesse chegado a aquecer. Em 1975 o Pacto de Varsóvia estava no zénite e o material da NATO estava a envelhecer e o prego era que, perante uma blitzkrieg soviética o comada da NATO se sentisse tentado a recorrer à arma atómica, mesmo táctica.
Em 1985 deu-se o caso oposto quando a decadência do Pacto prefigurava já o afundamento da URSS. Foi nessa altura que os generais da NATO descobriram que com a rede de estradas secundárias da Europa era mais barato e eficaz investir em blindados com rodas que em carros de lagartas.
Para concluir, os clássicos. Nunca me canso de reler Camilo Castelo Branco e as “Novelas do Minho” em particular, disponíveis em múltiplas e acessíveis edições. A minha favorita é a descrição da romaria de Cavez, entre Mondim de Basto e Ribeira de Pena, por alturas da romaria de São Bartolomeu (24 de Agosto).
O grande Camilo descreve o cortejo das endemoinhadas trazidas monte abaixo para serem benzidas. E observa que “à vista daqueles peitos e daquelas pernas só se pode concluir que o maligno não ia escolher um corpo qualquer para se lá meter”.
Depois, os fradalhões que procediam aos exorcismos, quando o espírito imundo não cedia a rezas e injunções, pegavam na imagem em pedra do santo taumaturgo e davam com ela no toutiço dos possessos, ataque ao qual não havia diabrete que resistisse. Os Monty Phyton não inventaram nada…
Amanhã será a vez do meu camarada Ricardo Marques vos servir este Expresso Curto que, pela parte que toca, atrasou uns minutinhos, pecado do qual me penitencio perante os estimados leitores.


 
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ESPIRITUAL-IDADE

ESPIRITUAL-IDADE


Posted: 12 Sep 2017 08:00 PM PDT


"A grandeza com a qual Deus construiu o  universo é capaz de me impressionar, mas a grandeza com que Ele é capaz de amar a cada um de nós é que me deixa realmente fascinado. 



https://www.youtube.com/watch?v=cquSaLE7CF0

Leo Rojas - Little Silverstar

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