Manter data centers gelados é um problema que deixa muitas empresas de cabelo em pé, pela enorme despesa com ar condicionado. Enquanto a Microsoft faz estudos para criar data centers embaixo d’água, o Facebook simplesmente preferiu se mudar para um país frio.
O data center da maior rede social do mundo fica em Luleå, no norte da Suécia, a apenas 112km do Círculo Ártico. Apesar de já estar instalado por ali desde 2013, o fundador do Facebook parece ter muito orgulho de sua empresa e acaba de compartilhar várias fotografias do local.
A temperatura média da região é de apenas 10º C, então não é preciso utilizar equipamentos de ar condicionado. A estrutura conta com enormes ventiladores que puxam o ar gelado de fora para dentro, resfriando os servidores naturalmente.
Parte da energia vem de hidroelétricas instaladas em rios próximos, e o sistema inteiro é 10% mais eficiente e usa 40% menos energia do que data centers tradicionais. O prédio principal tem a área de seis campos de futebol, e para economizar tempo – e calorias –, os funcionários usam patinetes elétricos para percorrer as instalações.
“Você provavelmente não pensa em Luleå quando compartilha com seus amigos no Facebook, mas este é um exemplo da tecnologia incrivelmente complexa que mantém o mundo conectado”, escreveu Zuckerberg. [The Verge, Facebook]
“Luleå é uma pequena cidade litorânea ao sul do Círculo Ártico, perto do topo do mundo. É cercada por florestas densas e rios gelados”, explica Mark.
“Adoro essa foto porque parece um filme sci-fi. Esses ventiladores enormes puxam o ar gelado de fora para resfriar dezenas de milhares de servidores. No inverno, quando a temperatura fica abaixo de zero, a situação é revertida, e o calor dos servidores aquece os enormes prédios”, diz o fundador do Facebook.
“Não há data center mais eficiente no mundo”, diz Jay Park, que trabalha no design e construção do data center.
A ideia para o data center foi desenhada neste guardanapo de papel, por Jay Park. Ele teve a ideia durante uma viagem noturna.
Cerca de 150 pessoas trabalham aqui, mas os corredores estão frequentemente vazios. Por causa do design simplificado, apenas um técnico é necessário para cada 25 mil servidores.
O prédio é tão grande que os funcionários usam patinetes elétricos para se locomoverem.
O equipamento é reduzido ao seu básico para gerar menos calor. Também pode ser acessado e consertado com mais facilidade. Há alguns anos, levava uma hora para arrumar um hard drive de um servidor. Agora, o mesmo acontece em dois minutos.
Hard drives velhos são destruídos, protegendo a privacidade para sempre.
O centro foi inaugurado em 2013, o primeiro fora dos EUA. Sempre que possível, madeira e arte local foram utilizados para valorizar o povo e cultura da região.
Este é Joakim Karlson, especialista em sistemas mecânicos.
“O maior desafio em trabalhar aqui? Chegar ao data center de carro quando a temperatura é -30º C lá fora!”, diz Emilie de Clercq, técnica do data center.
Este é Max Zavyalov, engenheiro de rede, exibindo trabalho exemplar com cabos e dispositivos de rede.
“É importante que as pessoas saibam que nada sai deste local e que seus dados estão seguros. Os drives velhos são destruídos”, diz Christer Jonsson, técnico.
Esta Linnéa Svallfors, uma das seguranças do centro.