Enquanto dormia
Três mortos. Uma pessoa desaparecida. Mil desalojados. Dois
hospitais e hotéis evacuados. Várias casas, um hotel e um centro
comercial queimados pelas chamas. O resumo da madrugada dramática no Funchal que a luz do dia não acalmou. A
primeira equipa especial de ajuda chegou ainda ontem à noite à Madeira,
depois do anúncio de António Costa, seguiram-se mais duas, mas nada
pareceu suficiente, não estando fora de hipótese pedir ajuda ao
estrangeiro.
As imagens da catástrofe impressionam.
A esta hora, o mapa dos fogos no resto do país está assim:
12 grandes incêndios são combatidos por 1500 bombeiros. Há pessoas retiradas de zonas como Arouca e Águeda onde o vento complica o socorro. Vamos seguir tudo ao minuto, em liveblog,
aqui.
Mas porque arde, todos os anos, Portugal? E vamos ficar por aqui? As condições meteorológicas anómalas (
que vão piorar nos próximos dias) ajudam a explicar o fenómeno, mas não justificam tudo.
O sistema de resposta e combate a incêndios "quebrou", dizem os peritos.
Outras notícias. Vão ser necessárias mais 3600 pessoas na administração pública, sobretudo na saúde e na educação, devido à reposição das 35 horas
. O estudo é de março, mas só agora as conclusões foram reveladas pelo Governo, que vai avançar com contratos a prazo. A notícia é do Negócios.
No Brasil, além dos Jogos há política e Dilma vai mesmo a julgamento. A decisão foi tomada por 59 votos (contra 21) a favor pelos senadores brasileiros.
Em causa estão manobras ('pedaladas') fiscais para melhorar as contas públicas.
O Real Madrid ganhou o primeiro jogo europeu da época: a Supertaça Europeia. Sem Ronaldo e Pepe,
o Real bateu o Sevilha por 3-2 só no prolongamento, depois de ter conseguido empatar o jogo (2-2) ao minuto 90.
Informação relevante
O Galpgate não pára de crescer. À lista onde já constam governantes do PS e deputados do PSD, juntam-se
dois
autarcas: o de Sines (do PS) e o de Santiago do Cacém (independente
eleito pela CDU, como de imediato se apressou a esclarecer o partido).
Viajaram com a Galp para ver o Hungria-Portugal, em Lyon, no mesmo
avião que Rocha Andrade (já volto a ele). Mas na interrupção das férias
por causa dos incêndios,
o primeiro-ministro disse manter a confiança nos seus secretários de Estado e sublinhou que está tudo resolvido.
Os taxistas aumentam o nível da ameaça por causa de concorrentes como a Uber ou a Cabify. Depois
de saírem descontentes da reunião em que o Governo insistiu na
legalização destas plataformas, deixaram ameaças sérias: “Há muita coisa
que está escuro, muito escuro. Teremos que mobilizar o setor.
Muita coisa se poderá fazer e caberá ao Governo todas as responsabilidades de algo que venha a acontecer na sociedade. Porque elas vão acontecer com toda a certeza”.
As exportações, o motor da economia, parece definitivamente gripado. A venda de bens para o exterior voltou a cair em junho, levando a um
novo agravamento da balança comercial, que já supera os 900 milhões de euros.
Em sentido contrário, os bancos dispararam na concessão de crédito à habitação. A torneira está a voltar a abrir e houve 2.700 milhões de euros em crédito em seis meses:
junho bateu um recorde que vinha de março de 2011.
Marcelo promulgou o fim da apresentação quinzenal de desempregados. Mas deixou um dos seus alertas:
apesar de ser um “modelo teoricamente cheio de virtualidades, a sua exequibilidade é complexa”.
Em Espanha, o Ciudadanos de Rivera impôs seis condições ao PP para dar o 'sim' a um governo de Rajoy. Não chega, mas é um passo importante. Agora é preciso convencer o PSOE de Sánchez a abster-se.
Nas Filipinas, é o novo Presidente que o protagonista das notícias. Rodrigo
Duterte incentivou os filipinos a pegarem em armas e tornarem-se
carrascos na luta contra os cartéis da droga. Resultado:
em três meses, 700 mortos (suspeitos de serem drogados ou traficantes) às mãos de polícias ou grupos vigilantes. As Nações Unidas já pedem uma intervenção urgente.
Nos EUA, a nomeação de Donald Trump parece mesmo dividir os republicanos.
A prova disso está no dinheiro. Grande parte dos doadores que
financiaram, durante as primárias, campanhas de candidatos do partido
está agora a doar dinheiro para a campanha de Hillary, a adversária democrata.
E vão mais duas. Phelps já tem três de ouro ao pescoço, depois desta madrugada ter
ganho nos 200 metros mariposa e na estafeta de 4x200 livres. A regressada 'bala de Baltimore' soma agora 25 medalhas olímpicas, 21 delas douradas.
Nos portugueses, depois da medalha de Telma ontem três atletas disseram adeus. Marcos
Freitas não passou às meias-finais do ténis de mesa (acabou em 5º),
José Carvalho ficou em 9º no slalom de canoagem e Gastão Elias no ténis
não foi além da 2ª ronda.
O resumo do quarto dia. E as
melhores fotos: e que belas são algumas.
E depois dos Jogos? O que vai acontecer aos estádios, aos pavilhões, à aldeia olímpica?
O
passado não mostra bons exemplos: de Berlim a Atenas, de Atlanta a Los
Angeles, passando pela cidade do México e indo até Pequim, o que ficaram
são ruínas muito pouco olímpicas. Ora veja estas 44 imagens de recintos abandonados que a Marta Leite Ferreira encontrou.
Os nossos Especiais para ler no verão
Os que têm bom humor ironizam e dizem que não é a primeira vez que Rocha Andrade tem problemas com a Galp: parece
que há uns anos galgou o passeio de uma gasolineira e rasgou os dois
pneus no carro. Há até quem diga que a distração é o maior problema do
inteligente secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Mas o antigo e
leal amigo de Costa não se livra da polémica de ter viajado à conta da
Galp para ir ver jogos do Euro. A Rita Tavares traça-lhe o perfil. E
conclui que
dar um tiro ao 'Rocha' é acertar no porta-aviões (ou seja, no próprio PM).
Na altura de comprar carro novo, contam a estética, o conforto, a segurança e, sobretudo, o preço.
O David Almas foi ao mercado, fez contas entre o preço de compra e os
custos dos combustíveis, e elegeu, por cada segmento, os modelos mais
económicos. Conclusão:
os GPL valem a pena se quiser poupar na carteira.
Notícias surpreendentes
É oficial! Os estudos provam-no. Precisamos de facto de dez dias para descansar e o nosso cérebro desligar. E
tão ou mais importante é a forma como descansamos.
Uma sugestão? Tomar "banhos de natureza". Assim mesmo. Está na altura de trocar o areal e o mar pelas copas das árvores.
Ajuda a aliviar o stress e tem vários benefícios físicos (para quem não gosta de praia então é perfeito).
Aliás, a praia cansa (juro que não tenho nada
contra). Mas já todos nos arrastámos da areia em busca de um sofá num
lugar fresco, para cairmos num sono retemperador.
Mas sabe o que dá tanta moleza?
Se já tiver passado pelas brasas, teste o seu regenerado cérebro. Ficará a
saber se a sua memória é de elefante ou de peixe com este simples desafio (se quiser continuar, tem outros
passatempos para as suas férias).
Mas não deixe de se manter a par de toda a informação e vá passando pelo Observador. Aqui estaremos à sua espera com as notícias que contam. Seguindo o drama do Funchal e os incêndios do País em direto.
Tenha um bom dia