s, as fotos e os testemuhos
Enquanto dormia
O terror, simbólico e brutal, voltou. Passaram apenas quatro dias do fim do Europeu de futebol que manteve os franceses em alerta máximo, a França celebrava o seu dia nacional e a cidade é um símbolo do glamour no país. Um camião avançou sobre a multidão, sobretudo famílias, que assistia ao fogo de artifício e ao longo de 2 dos 7 quilómetros da Promenade des Anglais, a marginal de Nice. Ceifou pelo menos 84 vidas e fez um número superior a 100 feridos. Muitos são crianças.
O camião estava carregado de armas, bombas e granadas. O ataque ainda não foi reivindicado nem confirmado como terrorista, mas uma frase do porta-voz do Estados Islâmico, Abou Mohamed Al-Adnani tem sido lembrada: "Se não tiverem engenhos explosivos ou munições ... atirem o vosso carro contra eles, atirem-nos para o vácuo, sufoquem-nos ou envenenem-nos.” Por isso François Hollande usou a palavra terrorismo e prolongou o estado de emergência. O Observador está em direto, a seguir a informação ao segundo, desde ontem à noite. E tem também o resumo do que se sabe e o que não se sabe.
As primeiras fotos do que aconteceu em Nice estão aqui, devidamente selecionadas: são as que se podem mostrar de uma noite de terror brutal. Não faltam também os vídeos, onde até os mais simples são aterradores, A internet também se encheu de homenagens e as capas dos jornais voltaram a escrever "carnificina" ou "o terror voltou": em 18 meses, desde o Charlie Hebdo, a França já conta 230 motos à conta do terror.
Não há registo de portugueses entre as vítimas. Mas há vários testemunhos. "Vi pessoas a voar como moscas, como se fossem bonecos", descreveu Miguel. “Começámos a correr até não conseguirmos mais”, contou João. Em Nice vivem dez mil portugueses. Mas a cidade é uma pequena babilónia. Por isso não faltam relatos de quem viveu mais uma noite de terror.
Rui Ramos escreve: "Esta Europa pode acabar em Nice".
Informação relevante
Face ao que aconteceu em Nice, tudo parece irrelevante. Mas segue um que se passou no dia noticioso de ontem
Alerta 1: do Conselho de Finanças Públicas. A reposição dos salários na Função Pública, a descida do IVA na restauração e a necessidade de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos são riscos para a execução orçamental.
Alerta 2: o BCE travou a fundo na compra de dívida portuguesa. Há dados dispersos, mas os suficientes para bancos de investimento como o alemão Commerzbank recomendar "cautela" aos investidores que queiram apostar em Portugal.
Sem ligar aos alertas, o Bloco insiste num referendo. Os bloquistas acreditam que existe uma "janela temporal" até 2017 que permite convocar um referendo ao Tratado Orçamental sem ferir a Constituição. Se existirem sanções, podem avançar com proposta.
Do lado do PCP, o problema é com a nomeação dos novos juízes para o Tribunal Constitucional, que hoje serão conhecidos. O Governo 0uviu bloquistas, mas não comunistas. Ao Observador, Jerónimo de Sousa disse: "Fomos discriminados".
Na Justiça, há novos dados no caso Sócrates. A investigação fez buscas a casas de dois ex-gestores da PT, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, e também a uma sociedade de advogados que assessorou a ex-telecom portuguesa nos negócios com as brasileiras Vivo e Oi, onde teve a ajuda do ex-braço direito de Lula, José Dirceu. E terá conseguido relacionar fluxos financeiros suspeitos.
No inquérito parlamentar à CGD, o PS anunciou que queria ouvir Maria Luís e Vítor Gaspar, o PSD respondeu convocando todos os ex-ministros das Finanças desde 2000. E Armando Vara.
Numa convocatória "surreal" para os Jogos Olímpicos, o selecionador Rui Jorge só conseguiu que os clubes lhe dispensassem 17 dos 35 jogadores que tinha pré-convocado. Ao final da noite acrescentou o 18º para completar a lista. Há uma lei que permite que seja assim.
A França não deixa de criticar a ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs: o último ataque veio do próprio presidente François Hollande, que fala em algo "inaceitável".
A revista britânica World Finance elegeu José Maria Ricciardi, presidente do Haintong, como banqueiro europeu do ano. Detalhe: Ricciardi é um dos acusados do Banco de Portugal no caso da queda do BES.
Insólito e inédito no Tour. O camisola amarela da Volta a França foi derrubado por uma mota da organização e, sem bicicleta, correu (a pé, sim) a parte final da etapa. A organização acabou por anular o trecho e Chris Froome manteve a liderança.
A última sondagem nos EUA dá Trump e Clinton empatados. Trump que hoje devia confirmar Mike Pence, governador do Indiana, como seu vice, adiou o anúncio depois dos ataques de Nice.
Os nossos Especiais
Uma história de nostalgia. Às vezes é bom em dias como os de hoje
A versão moderna da Canção de Lisboa estreou ontem. Em 1933, o original com Vasco Santana e Beatriz Costa encantou os portugueses. Muitos de nós (vá, confesse!) ainda sabemos de cor alguns diálogos (o da oral, o do zoo, o das tias...). A Rita Neves Costa foi recordar as reacções que o filme gerou quando chegou às salas. Foi há 83 anos, a 7 de novembro, no Teatro São Luiz em Lisboa. Houve filas, aplausos e até teve de ser chamada a polícia.
Notícias surpreendentes
Para sorrir um pouco e pensar em coisas mais leves, se conseguir
Uma campanha portuguesa provocadora nas ruas de Paris. Uma agência criou cartazes com os jogadores campeões europeus que colou pela capital francesa relembrando o título conquistado à França. Além de frases insinuantes, há uma hashtag: #QSFD, a sigla do que Ronaldo disse a Moutinho para o motivar.
É a loucura do momento, o Pokémon Go. Ensinamos como instalar, passo a passo, o jogo nos telemóveis (só deve chegar a Portugal para a semana). E revelamos um truque para começar com o Pikachu.
O Super Rock, Super Rock, já rola. Pode saber como foi a noite de ontem aqui e ler o que tocaram os The National. A norte, no Marés Vivas, foi sir Elton John que brilhou.
Tem também, como sempre, as sugestões para o fim de semana quente (muito quente) que aí vem, de norte a sul do País. E já agora, fique a saber que não é mau ter filhos aborrecidos em casa nestas férias. Leve-os a sair, mas não precisa de os encher de atividades.
E se é fã de séries, pode passar estes dias a ver as mais nomeadas para os Grammy. Sim, a Guerra dos Tronos é uma das favoritas.
Talvez não seja o que quer ver hoje, mas fica o registo: é por causa de guerras como esta que o terror se tem multiplicado
São 30 imagens da Síria, antes e depois da guerra. Ou como se destruiu um país: estas fotos mostram-no.
Continuaremos a seguir no Observador toda a informação relativa ao ataque de Nice e a restante atualidade noticiosa.
Tenha a melhor sexta-feira que puder e um bom fim de semana
O terror, simbólico e brutal, voltou. Passaram apenas quatro dias do fim do Europeu de futebol que manteve os franceses em alerta máximo, a França celebrava o seu dia nacional e a cidade é um símbolo do glamour no país. Um camião avançou sobre a multidão, sobretudo famílias, que assistia ao fogo de artifício e ao longo de 2 dos 7 quilómetros da Promenade des Anglais, a marginal de Nice. Ceifou pelo menos 84 vidas e fez um número superior a 100 feridos. Muitos são crianças.
O camião estava carregado de armas, bombas e granadas. O ataque ainda não foi reivindicado nem confirmado como terrorista, mas uma frase do porta-voz do Estados Islâmico, Abou Mohamed Al-Adnani tem sido lembrada: "Se não tiverem engenhos explosivos ou munições ... atirem o vosso carro contra eles, atirem-nos para o vácuo, sufoquem-nos ou envenenem-nos.” Por isso François Hollande usou a palavra terrorismo e prolongou o estado de emergência. O Observador está em direto, a seguir a informação ao segundo, desde ontem à noite. E tem também o resumo do que se sabe e o que não se sabe.
As primeiras fotos do que aconteceu em Nice estão aqui, devidamente selecionadas: são as que se podem mostrar de uma noite de terror brutal. Não faltam também os vídeos, onde até os mais simples são aterradores, A internet também se encheu de homenagens e as capas dos jornais voltaram a escrever "carnificina" ou "o terror voltou": em 18 meses, desde o Charlie Hebdo, a França já conta 230 motos à conta do terror.
Não há registo de portugueses entre as vítimas. Mas há vários testemunhos. "Vi pessoas a voar como moscas, como se fossem bonecos", descreveu Miguel. “Começámos a correr até não conseguirmos mais”, contou João. Em Nice vivem dez mil portugueses. Mas a cidade é uma pequena babilónia. Por isso não faltam relatos de quem viveu mais uma noite de terror.
Rui Ramos escreve: "Esta Europa pode acabar em Nice".
Informação relevante
Face ao que aconteceu em Nice, tudo parece irrelevante. Mas segue um que se passou no dia noticioso de ontem
Alerta 1: do Conselho de Finanças Públicas. A reposição dos salários na Função Pública, a descida do IVA na restauração e a necessidade de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos são riscos para a execução orçamental.
Alerta 2: o BCE travou a fundo na compra de dívida portuguesa. Há dados dispersos, mas os suficientes para bancos de investimento como o alemão Commerzbank recomendar "cautela" aos investidores que queiram apostar em Portugal.
Sem ligar aos alertas, o Bloco insiste num referendo. Os bloquistas acreditam que existe uma "janela temporal" até 2017 que permite convocar um referendo ao Tratado Orçamental sem ferir a Constituição. Se existirem sanções, podem avançar com proposta.
Do lado do PCP, o problema é com a nomeação dos novos juízes para o Tribunal Constitucional, que hoje serão conhecidos. O Governo 0uviu bloquistas, mas não comunistas. Ao Observador, Jerónimo de Sousa disse: "Fomos discriminados".
Na Justiça, há novos dados no caso Sócrates. A investigação fez buscas a casas de dois ex-gestores da PT, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, e também a uma sociedade de advogados que assessorou a ex-telecom portuguesa nos negócios com as brasileiras Vivo e Oi, onde teve a ajuda do ex-braço direito de Lula, José Dirceu. E terá conseguido relacionar fluxos financeiros suspeitos.
No inquérito parlamentar à CGD, o PS anunciou que queria ouvir Maria Luís e Vítor Gaspar, o PSD respondeu convocando todos os ex-ministros das Finanças desde 2000. E Armando Vara.
Numa convocatória "surreal" para os Jogos Olímpicos, o selecionador Rui Jorge só conseguiu que os clubes lhe dispensassem 17 dos 35 jogadores que tinha pré-convocado. Ao final da noite acrescentou o 18º para completar a lista. Há uma lei que permite que seja assim.
A França não deixa de criticar a ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs: o último ataque veio do próprio presidente François Hollande, que fala em algo "inaceitável".
A revista britânica World Finance elegeu José Maria Ricciardi, presidente do Haintong, como banqueiro europeu do ano. Detalhe: Ricciardi é um dos acusados do Banco de Portugal no caso da queda do BES.
Insólito e inédito no Tour. O camisola amarela da Volta a França foi derrubado por uma mota da organização e, sem bicicleta, correu (a pé, sim) a parte final da etapa. A organização acabou por anular o trecho e Chris Froome manteve a liderança.
A última sondagem nos EUA dá Trump e Clinton empatados. Trump que hoje devia confirmar Mike Pence, governador do Indiana, como seu vice, adiou o anúncio depois dos ataques de Nice.
Os nossos Especiais
Uma história de nostalgia. Às vezes é bom em dias como os de hoje
A versão moderna da Canção de Lisboa estreou ontem. Em 1933, o original com Vasco Santana e Beatriz Costa encantou os portugueses. Muitos de nós (vá, confesse!) ainda sabemos de cor alguns diálogos (o da oral, o do zoo, o das tias...). A Rita Neves Costa foi recordar as reacções que o filme gerou quando chegou às salas. Foi há 83 anos, a 7 de novembro, no Teatro São Luiz em Lisboa. Houve filas, aplausos e até teve de ser chamada a polícia.
Notícias surpreendentes
Para sorrir um pouco e pensar em coisas mais leves, se conseguir
Uma campanha portuguesa provocadora nas ruas de Paris. Uma agência criou cartazes com os jogadores campeões europeus que colou pela capital francesa relembrando o título conquistado à França. Além de frases insinuantes, há uma hashtag: #QSFD, a sigla do que Ronaldo disse a Moutinho para o motivar.
É a loucura do momento, o Pokémon Go. Ensinamos como instalar, passo a passo, o jogo nos telemóveis (só deve chegar a Portugal para a semana). E revelamos um truque para começar com o Pikachu.
O Super Rock, Super Rock, já rola. Pode saber como foi a noite de ontem aqui e ler o que tocaram os The National. A norte, no Marés Vivas, foi sir Elton John que brilhou.
Tem também, como sempre, as sugestões para o fim de semana quente (muito quente) que aí vem, de norte a sul do País. E já agora, fique a saber que não é mau ter filhos aborrecidos em casa nestas férias. Leve-os a sair, mas não precisa de os encher de atividades.
E se é fã de séries, pode passar estes dias a ver as mais nomeadas para os Grammy. Sim, a Guerra dos Tronos é uma das favoritas.
Talvez não seja o que quer ver hoje, mas fica o registo: é por causa de guerras como esta que o terror se tem multiplicado
São 30 imagens da Síria, antes e depois da guerra. Ou como se destruiu um país: estas fotos mostram-no.
Continuaremos a seguir no Observador toda a informação relativa ao ataque de Nice e a restante atualidade noticiosa.
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Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
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