Não foi o primeiro acidente com carros da Google, mas pela primeira vez a empresa assumiu as culpas.
"Claramente, alguma responsabilidade temos", admite a Google, num comunicado oficial. "Tratou-se um típico mal-entendido entre condutores", detalhou a tecnológica norte-americana.
A diferença, é que apesar de seguir um humano a bordo do carro, este confiou na máquina e não fez nada para evitar a colisão. Segundo explica a Google, o acidente aconteceu quando o carro tentou desviar-se de uns sacos de areia caídos na via.
O carro circulava, a cinco quilómetros hora, na faixa da direita. Ao detetar os sacos de areia, iniciou o desvio para a faixa do meio, no momento em que o autocarro mudava da faixa da esquerda para a central.
"Ao fazer o movimento para se desviar dos sacos, o carro detetou o autocarro, mas calculou que não causaria danos, visto que estava por trás. O condutor de testes, que seguia no veículo, também viu o autocarro pelo retrovisor, mas assumiu que o condutor do pesado abrandaria a marcha", explica a Google, evitando o acidente.
"Ambas as parte assumiram que o outro cederia espaço na mesma faixa", o que levou ao acidente, concluiu a Google, evidenciando um dos fatores mais complicados de um carro sem condutor: a negociação.
Desde que começaram os testes com carros sem condutor, em 2009, as viaturas da Google estiveram envolvidas em 341 incidentes, segundo informação oficial. Em 13 ocasiões, evitou-se o acidente, graças à intervenção do condutor de testes a bordo. Desta vez, o humano confiou na máquina e o acidente aconteceu.
No autocarro viajavam 15 pessoas e ninguém ficou ferido. O carro da Google ficou amolgado na lateral traseira.