ALETEIA - 27 DE DEZEMBRO DE 2015

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Para: António

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EL VENTANO - 27 DE DEZEMBRO DE 2015

27 de diciembre de 2015

Tiempo de (hacer) política; y si no saben, que se retiren

Lo que llevamos cuarenta años viendo no es política, es una farsa, sentarse en un escaño para apretar el botón que te han dicho que aprietes… Si no saben hacer política, que lo dejen y que pasen otros que sepan (Enrique Dans)

Oír hablar de “ingobernabilidad”, de “debilidad” o de “inestabilidad” a los políticos españoles evidencia una cuestión clara: que se sienten incapaces de gobernar en cualquier situación que no sea la de una clara mayoría en el Parlamento. En cuarenta años de democracia, todos los gobiernos han dispuesto o de mayorías absolutas, o de pactos alcanzados al principio de la legislatura que aseguraban los votos necesarios para aprobar todo lo que necesitasen aprobar.

El resultado es muy sencillo: gobiernos que se sienten autorizados a hacer prácticamente lo que les dé la gana, a aprobar cualquier ley aunque no vaya en el mejor interés de los ciudadanos, o aunque vaya incluso abiertamente en contra. Gobiernos con mayoría absoluta o con pactos pre-negociados han aprobado las leyes más aberrantes de la historia de nuestra democracia, simplemente “porque podían”. En el fondo, llevamos cuarenta años gobernados por mediocres incapaces de hacer política, que únicamente saben actuar cuando tienen mayoría absoluta en un Parlamento convertido en mero trámite – o peor, en teatrillo mediático.

No. El Parlamento no está para hacer teatro y escenificar enfrentamientos. Está para que cada ley tenga que aprobarse convenciendo a los diputados de otros partidos, para que sea necesario negociar, pactar, buscar posiciones intermedias, dialogar, evitar el sectarismo… Es muy posible que eso, para muchos de los representantes de la ‘vieja política’, sea implanteable. Que no puedan imaginarse haciendo leyes que después tienen que discutirse, en lugar de simplemente ser aprobadas mediante el rodillo, por mero trámite.

Si no saben, que se retiren. Lo que llevamos cuarenta años viendo no es política, es una farsa, sentarse en un escaño para apretar el botón que te han dicho que aprietes (e incluso así, a veces se equivocan). Si no saben hacer política, que lo dejen y que pasen otros que sepan.

Un Parlamento fragmentado no es una amenaza de ingobernabilidad ni de caos, es una oportunidad para que las leyes tengan que aprobarse negociando y convenciendo, en lugar de mediante un mero trámite. Esos meros “trámites”, entre otras cosas, son los que han llevado a la política española a la consideración que tiene ahora. A ver si empezamos a entender el significado de la palabra ‘política’, porque la inmensa mayoría de los políticos que hemos visto hasta ahora en nuestro país ni siquiera merecen ese nombre.

Enrique Dans

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EL VENTANO - 27 DE DEZEMBRO DE 2015

27 de diciembre de 2015

Viñetadas: navidades, pactos, negociaciones y burras

Dibujos para leer, con un panorama cargado de pactos y negociaciones entre árboles navideños, fusiles y burras… Son unas fiestas dibujadas a trazos.

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