terça-feira, 15 de dezembro de 2015

EXPRESSO CURTO - 15 DE DEZEMBRO DE 2015

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Nicolau Santos
POR NICOLAU SANTOS
Diretor-Adjunto
 
15 de Dezembro de 2015
 
Uma entrevista perturbadora. E um banco em agonia
 
Bom dia.

«Um leopardo quando morre deixa a sua pele. Um homem quando morre deixa a sua reputação». O ditado chinês, relembrado recentemente por Ricardo Salgado, aplica-se a três homens e uma instituição, que ontem lutaram ferozmente pela sua reputação.

José Sócrates esteve ontem na TVI para falar do processo judicial de que é alvo e das acusações de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais que lhe são imputadas. O ex-primeiro-ministro fala em causa própria e seguramente manipulará o que diz de acordo com as suas conveniências. Mas os factos que apresenta levam a que um cidadão admita que a justiça tem de dar respostas cabais a algumas das acusações de Sócrates e que os jornalistas aparentemente não fizeram todo o trabalho de casa.

Não, não compro a tese de Sócrates de que este processo tinha como objetivo levar o PS a perder as eleições legislativas de 4 de outubro –o partido a que pertence e de que esperava mais apoio - e há questões que devem ser esclarecidas na segunda parte da entrevista, a ser transmitida hoje, sobre a aparente desproporção entre os seus rendimentos e o nível de vida que levava. Mas é perturbador que mais de um ano depois da prisão do ex-primeiro-ministro, o Ministério Público ainda não tenha conseguido deduzir uma acusação; que a defesa ainda não tenha tido acesso a todo o processo, 59 tomos com cerca de 3000 páginas cada um, apesar do Tribunal da Relação ter decidido nesse sentido; que o segredo de justiça tenha sido sistematicamente violado e que Paulo Silva, o inspetor tributário que trabalha com o Ministério Público no processo, tenha escrito, preto no branco: «só existem três responsáveis por essas fugas de informação – que comprometem os trabalhos e a estratégia: ou eu, ou o procurador ou o juiz. E isto já passou todos os limites»; que o Tribunal da Relação tenha declarado o dia 19 de outubro de 2015 como data final do inquérito, mas que o Ministério Público não só tenha ignorado essa decisão, como o responsável pela investigação tenha declarado ser necessário alargar o prazo pelo menos até setembro de 2016».

No que se refere à acusação de corrupção, a mais grave que incide sobre Sócrates, envolvendo o Grupo Lena (e que, segundo o ex-primeiro-ministro, o Ministério Público considerou que poderia ter ocorrido nas PPP, na Parque Escolar, noutras obras públicas ou em todas), a argumentação foi demolidora – ou será que não é verdade?Nas Parcerias Público-Privadas, segundo Sócrates, das 21 aprovadas pelos seus governos, o grupo Lena integrou consórcios que venceram apenas duas delas. Mas mesmo nesses dois casos estava em franca minoria: numa tinha apenas 7,8% do consórcio, noutra 16,25%. Além disso, os dois concursos foram ganhos porque no primeiro a diferença para o segundo classificado era de 282 milhões de euros e no segundo de 202 milhões.

Quanto à Parque Escolar, ainda segundo Sócrates, dos 250 contratos adjudicados, o Grupo Lena ganhou dez, não sendo o maior fornecedor nem em número de contratos nem em valor. E os contratos foram todos ganhos porque o Grupo Lena ofereceu preços mais baixos que os outros concorrentes. Finalmente, o Grupo Lena terá ganho 0,25% de todos os contratos públicos durante as legislaturas de Sócrates e 0,36% durante os quatro anos de Passos Coelho. E é nestas matérias, a ser como diz Sócrates, que os jornalistas não terão feito bem o seu trabalho de casa, que, segundo ele, nem sequer é difícil, porque a informação está disponível.

O Banif viveu ontem um dia de enorme angústia, com rumores insistentes de que o seu destino seria também a resolução, à maneira do BES – o que a administração negou em comunicado, adiantando que há seis interessados em comprar a instituição -, há 12 perguntas e outras tantas respostas que todos os acionistas e depositantes do banco estão interessados seguramente em conhecer – e que o Pedro Santos Guerreiro e a Isabel Vicente descodificam. Para já, sabe-se que o plano A do Governo passa pela venda apressada, mas tudo depende de Bruxelas, incluindo uma solução à BPN (ou seja, engolido por outro banco), a tal resolução à Novo Banco ou uma estreia à Frankfurt.

O Público, que despoletou esta história através de uma investigação da jornalista Cristina Ferreira, diz que o auditor, a PriceWaterhouseCoopers alertou o Banco de Portugal em outubropara os riscos do atraso de uma solução para o Banif – e que o governador Carlos Costa e a então ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, terão entrado em choque quando receberam o aviso.

Banif sob pressão abre porta a uma intervenção urgente, titula o Jornal de Negócios, enquanto o Diário Económico diz que Bruxelas avisa que qualquer solução tem de proteger os depósitos garantidos, ou seja, aqueles até 100 mil euros. Uma coisa é garantida: hoje continuará a ser um dia de intensos contactos políticos e económicos para encontrar um futuro para o Banif, tanto mais que as ações, que já quase nada valiam ao início da manhã de ontem, conseguiram fechar mesmo assim com uma quebra de 40%.

Quanto aos candidatos presidenciais. Marcelo Rebelo de Sousatem a certeza que o governo está a fazer «tudo» no caso do Banif eMarisa Matias acusa Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho pelo estado a que o banco chegou. O alerta mais dramático vem contudo do economista João César das Neves: «É possível que tenhamos de pedir ajuda internacional (...), porque os números que estão a ser falados começam a ser muito grandes para o sistema português».

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OUTRAS NOTÍCIAS
António Costa «desconvidou» Manuel Alegre 
para colocar Carlos César no Conselho de Estado, revela o Diário de Notícias.«Fico contente por no meu lugar ir um representante do Bolco de Esquerda ou do PCP», disse o histórico militante socialista.

Na homenagem a Silva Lopes, organizada pelo Banco de Portugal, o Nobel da Economia, Paul Krugman, que trabalhou com o economista português falecido este ano, diz que o país é um caso de sucesso, que o aumento do salário mínimo pode ser «problemático» e deixa três conselhos a Portugal: educação, gestão e euro.

Na área fiscal, o Jornal de Negócios diz que a proposta de redução da sobretaxa de 3,5% sobre o IRS elaborada pelo Governo prevê que nos dois últimos escalões do IRS o corte seja mínimo, podendo mesmo manter-se no último escalão, para rendimentos coletáveis acima de 80 mil euros. O Diário Económico precisa que a sobretaxa cai pelo menos 70% para o 2º escalão de rendimentos.

No que toca ao salário mínimo, cujo debate volta hoje à concertação social, cálculos baseados na retribuição base sugerem que entre 480 mil e 515 mil trabalhadores podem passar a receber o mínimo, com a subida para 530 euros, mas o número é muito mais baixo se for tido em conta outro critério. Não seguramente por acaso, a cadeia de supermercados Lidl anunciou que vai aumentar o salário mínimo dos seus trabalhadores para 600 euros a partir de 1 de janeiro.

Entretanto, há uma guerra a ser travada entre os operadores de telecomunicações, depois da NOS ter assinado um contrato com o Benfica para a transmissão dos seus jogos de futebol no estádio da Luz e que pode chegar aos 400 milhões de euros em dez anos. A Meo alerta para a concentração de conteúdos desportivos no operador líder de televisão paga. E apela à intervenção do regulador sobre o tema. A Vodafone relembrou que a exclusividade de conteúdos não beneficia a população.

Para os automobilistas há boas notícias
: algumas estações de serviço estão a vender gasóleo a menos de um euroembora o preço médio esteja acima dessa fasquia. O preço médio ronda os 1,095 euros por litro, enquanto a gasolina 95 simples tinha um preço de 1,332 euros por litro. O problema é que as boas notícias para os automobilistas são más notícias para os defensores do acordo contra as emissões de CO2 assinadoe sta semana em Paris.

Em Espanha, no mais aguardado debate televisivo antes das eleições de 22 de dezembro entre o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, e o líder socialista,Pedro Sanchez, este encurralou-o comos casos de corrupção e lançou-lhe uma dura acusação«o senhor não é uma pessoa decente». Rajoy retorquiu, acusando Sanchez de ser «mesquinho, ruim e desprezível». Nas sondagens, o PP de Rajoy oscila entre 25,3% e 28,3%, o PSOE entre 20,3% e 21,2%, o Podemos entre 17,6% e 19,1% e o Ciudadanos entre 18,1% e 19,6%. Como o Ciudadanos admite aliar-se ao PP mas desde que Rajoy deixe a liderança do partido e do governo, prefigura-se no horizonte uma solução à portuguesa, com o segundo partido, o PSOE, a poder vir a governar aliado ao Podemos.

Nos Estados Unidos, num discurso de oito minutos, o presidente Barack Obama foi particularmente duro com os terroristas do Daesh, a quem ameaçou de ir caçar um a um -«você será o próximo» - confirmando a morte de Jihadi John, que se tornou dramaticamente famoso por aparecer em vídeos a degolar vários reféns. Entretanto, a Arábia Saudita anunciou a formação de uma coligação militar de 34 estados islâmicos para lutar contra o terrorismoO centro de operações ficará em Riade e entre os integrantes da coligação estão o Egipto, Qatar, Emiratos Árabes Unidos, Turquia, Malásia, Paquistão e vários estados africanos.

Em Angola, os ativistas que estão a ser julgados pela acusação de quererem derrubar o regime de José Eduardo dos Santos começaram a endurecer posições, em protesto contra o arrastamento de um processo que consideram «uma palhaçada». Um deles, Sedrick de Carvalho, 26 anos, tentou suicidar-seesta segunda-feira, disse a mulher.

Em Inglaterra, continua o calvário de Mourinho e do seu Chelsea. Os ainda campeões ingleses perderam com o Leicester, o surpreendente líder da Premier League por 2-1, em casa deste, e tem apenas um ponto de vantagem sobre o penúltimo.

E agora que está para chegar o muito ansiado novo filme da «Guerra das Estrelas», Harrison Ford, estrela maior do cinema norte-americano, diz em entrevista que a saga «deu-me a oportunidade de ter a carreira que tenho».

FRASES

"Dificilmente Jerónimo sairá. Está muito fortalecido com o processo de governação à esquerda". Carlos Brito, histórico militante comunista que entretanto deixou o PCO, jornal i

"Estou aqui para as curvas". Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, em resposta ao jornal i

"Tivesse Passo sido reeleito, e a sua vida como primeiro-ministro estaria acabada em 2019. Neste momento, se aproveitar o período de pousio para regressar viçoso, tem boas hipóteses de estar em São Bento em 2025". João Miguel Tavares, que se considera um liberal, Público

"Discutimos José Sócrates ou o Correio da Manhã?" Título da crónica de Pedro Tadeu, jornalista do Diário de Notícias

"Cerca de 80% das pessoas detém, no seu conjunto, 6% da riqueza mundial. A ONU estima que em 2016, o 1% mais rico da população detenha mais de 50% dessa riqueza". Relatório do programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Jornal de Negócios

"O país está a caminho de atingir os 17,5 milhões de turistas".João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, Diário Económico

"Só existe arte quando reinventamos o real". António Tavares, vencedor do Prémio Leya com o livro O «O coro dos defuntos», Jornal de Notícias

O QUE ANDO A LER
Vou a meio de «Pai nosso», de Clara Ferreira Alves
. E o que posso dizer, eu que não sou crítico literário e que arrostarei com a fúria de muitos deles, é que se trata de um excelente romance, com uma escrita magnífica e fluida, que serve de base para contar uma história que prende o leitor desde a primeira palavra – uma história dos nossos dias, sobre o terrorismo, Israel, a Palestina e que antecipa acontecimentos como a atentado de Paris. Numa altura em que tanto se publica e pouco se vende, este é daqueles livros que vale a pena comprar e que se lê (para quem tem tempo) de um fôlego.

PS – Ontem faleceu o pai da nossa colega Manuela Goucha Soares. Deixo uma nota, escrita por ela: «António Goucha Soares, (Rio Maior, 10 de junho de 1921), entrou para a Faculdade de Direito de Lisboa em 1950 onde se licenciaria em 1955, em regime de aluno voluntário, expressão então usada para designar estudante trabalhador. Advogado durante várias décadas, foi um dos 150 homenageados em janeiro de 2014 pela Assembleia da República, pela Ordem dos Advogados e pelo movimento cívico Não Apaguem a Memória, pela defesa dos presos políticos nos Tribunais Plenários durante a ditadura do Estado Novo. Publicou os livros Os militares e o direito de defesa : o caso do Capitão Andrade da Silva, edição de autor, Lisboa, 1978, e Não se fez justiça : caso do Capitão Andrade da Silva : peças do processo no 142/M/76 do 3º Tribunal Militar Territorial de Lisboa , em parceria com o colega Xencora Camotim, igualmente homenageado pelo Parlamento em 2014. Muito jovem, tirou o curso de Regente Agrícola em Santarém. Nas décadas de 1960 e 1970 manteve uma coluna de consulta jurídica na revista Vida Rural, e publicou vários estudos de Direito nessa área, entre os quais,Arrendamento Rural : legislação suplementar, em parceria com o juiz conselheiro Victor Sá Pereira e José Nunes Melro,Petrony, 1976, Lisboa, e Código das Expropriações, Solos e Construção, com Victor Sá Pereira, Livros Horizonte, 1982. Nas primeiras eleições do pós 25 de Abril de 1974, foi candidato a deputado da Constituinte pelo MDP/CDE.
Era casado com Maria Manuela Marques Nogueira e pai da jornalista Manuela Goucha Soares, e do professor catedrático de Direito, António Goucha Soares, autor de uma vasta obra na área do Direito Comunitário».

E pronto, o Expresso Curto de hoje fica por aqui. Amanhã estará cá o Henrique Monteiro para lhe servir uma bica com sabor a Alexis de Tocqueville e Friedrich Hayek. Tenha um excelente dia.
 
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EL VENTANO - 15 DE DEZEMBRO DE 2015

El presidente indecente

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El debate, ese único cara a cara al que el presidente del plasma se prestó, fue un insulto democrático: el reflejo de una España que ya no existe y que probablemente no volverá. Es un desprecio a los ciudadanos que el candidato del PP se haya negado a debatir con los demás (Ignacio Escolar)
–El presidente del Gobierno tiene que ser una persona decente y usted no lo es.
–Hasta ahí hemos llegado, señor Sánchez.
El candidato del PP perdió los nervios. Se le notó: en la cara, en la pausa dramática y en la respuesta trastabillada e inconexa con la que contestó. Don Mariano Rajoy no está acostumbrado a que alguien, tan de cerca, le ponga en cuestión; que alguien le recuerde los sobresueldos, Bárcenas, Rato, Bankia, Granados, la Gürtel, la Púnica y su amnistía fiscal. “Hasta ahí hemos llegado”, respondió, con ese tono caciquil, con ese tic autoritario que siempre le sale cuando alguien le retrata como lo que es: un político indecente. Un presidente que tenía que haber dimitido un minuto después de conocerse los sobresueldos que cobró de Luis Bárcenas y los SMS de apoyo que le dedicó.
Pedro Sánchez fue duro. No más de lo que habrían sido –con toda la razón– Albert Rivera, Pablo Iglesias o Alberto Garzón, que también han pedido a Rajoy su dimisión y han dedicado al presidente calificativos mucho más contundentes que su evidente falta de decencia. Decencia, según la RAE: “Dignidad en los actos y en las palabras, conforme al estado o calidad de las personas”. Y un presidente que le desea fuerza a su tesorero cuando encuentran su botín en Suiza no es decente: ni en España ni en cualquier otro lugar.
La respuesta de Rajoy fue mucho más crispada que la propia acusación de Sánchez: “Ruin, mezquino, miserable, deleznable…”. Primero utilizó un argumento ridículo, el de la moción de censura, como si hubiese servido de mucho en una cámara con mayoría absolutísima del PP. Y después pidió al candidato socialista que fuese a un juzgado, en una de las clásicas manipulaciones de la derecha: confundir lo ilegal con lo indecente, como si para estar en política bastase con no ser un delincuente habitual.
El candidato socialista no trabajó demasiado la construcción de su alternativa presidencial, pero fue tremendamente eficaz en desmontar a Mariano Rajoy; en poner frente al espejo en horario de máxima audiencia, frente a millones de espectadores, al político que ha protagonizado una de las legislaturas más vergonzosas de la historia democrática de este país. Era casi la primera vez en cuatro años que Rajoy no se escondía en el plasma o en Bertín Osborne y el candidato del PSOE aprovechó la oportunidad.
Sánchez empezó nervioso, cortado por Manuel Campo Vidal, que le interrumpió en su primera intervención cuando reprochaba al presidente que no se hubiese dignado a debatir más. Se fue creciendo en la parte económica, acorraló a Rajoy con sus mentiras sobre el rescate a la banca o sobre los recortes y consiguió sacarlo de sus casillas cuando llegó a la herida que sangra, a la corrupción. Bárcenas, Rato, Granados, Púnica… A Sánchez no le faltaba munición.
El cara a cara recordó al último debate del estado de la nación en el que Rajoy también perdió los nervios, tachó de “patético” a Sánchez y –otra vez autoritario– le ordenó que “no volviese por aquí”, como si el Congreso fuese un casino privado donde Rajoy decide quién puede entrar. Pero en esta ocasión, diez meses más tarde, el ataque de Sánchez y la respuesta airada de Rajoy fue mayor: por el formato –hasta la vetusta Academia de Televisión es capaz de organizar un debate con algo más ritmo que el encorsetado Parlamento español– y por el momento de la campaña en que el debate se celebró.
El candidato del PSOE llegaba al cara a cara con una sola carta que jugar. Para Sánchez, era prioritario desnudar a Rajoy, más que vestirse como alternativa. Como dice Mike Tyson, “todo el mundo tiene un plan hasta que recibe el primer puñetazo en la boca”. Y en este debate, a seis días de las elecciones, el PSOE y su candidato llegaban martilleados por esas encuestas donde quedar solo segundos parece lo mejor que les puede pasar.
El debate, ese único cara a cara al que el presidente del plasma se prestó, fue un insulto democrático: el reflejo de una España que ya no existe y que probablemente no volverá. Es un desprecio a los ciudadanos que el candidato del PP se haya negado a debatir con los demás, y es desmoralizador que las urnas el domingo –si se cumplen las encuestas– no castiguen este desprecio muchísimo más.
Viendo lo mal que lo pasó Mariano Rajoy, su ausencia del resto de los debates se entiende mucho mejor. Si Rajoy sufre así con un debate a dos, imaginen cómo había sido si se hubiese dignado a debatir con los demás.

OBSERVADOR - 15 DE DEZEMBRO DE 2015


360º - 16 perguntas que era bom fazer a Sócrates

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia 

Em Espanha, um duelo num jogo a quatro. Mariano Rajoy e Pedro Sánches debateram na televisão espanhola - intensamente. O líder do PSOE levou um dossiê com notícias sobre corrupção no PP, o presidente do Governo só respondeu à letra no capítulo económico. A síntese do debate está aqui. Para perceber o que está em causa nas eleições espanholas, deixo-lhe a nossa manchete a esta hora: Ahora Espanha: teremos “remontada” para coligação à portuguesa?

A Arábia Saudita anunciou (outra) coligação contra o Estado Islâmico. Esta terá 34 nações muçulmanas e promete coordenar-se com as grande potências mundiais, diz o El Pais.

As primeiras reações ao novo Star Wars parecem mostrar que os espetadores sentiram a força, garante o Guardian.

Informação relevanteEntrevista a Sócrates, parte 1. O ex-primeiro-ministro esteve ontem na TVI, onde falou mais de uma hora sobre o seu processo - com muitas acusações ao procurador do Ministério Público, uma exigência à PGR e um recado ao líder do PS: “Ao fim de seis meses, esperava que o PS afirmasse: ‘desculpem, não será o momento de apresentar as provas?'”. A entrevista ficou a meio, pelo que tem aqui a síntese do que já vimos.
Precisamente porque só hoje passará o resto da entrevista (de novo às 20h30), aqui ficam 16 perguntas a que Sócrates devia respondersobre o que consta do processo, na expectativa de que a segunda parte seja mais esclarecedora do que foi a primeira.
No DN, o diretor de informação da TVI explica o modelo da entrevista "que não coube numa noite". Aqui.

O processo Banif continua a marcar a agenda mediática, agora com uma notícia do Público dando conta de um alerta feito em outubro ao Banco de Portugal para a urgência em resolver o problema. Conta o jornal que, depois disso, o governador escreveu à ex-ministra, Maria Luís Albuquerque, e que a resposta não foi meiga.
O presidente do banco já garantiu que há seis interessados na compra da posição do Estado, confirmando que a ideia é mesmo separar os ativos bons e os outros. A Comissão Europeia também já enviou mensagem, pedindo uma solução que garanta "a plena proteção dos depósitos garantidos”. Quanto ao primeiro-ministro, soube-se que ligou ao presidente do Governo da Madeira garantindo que o banco não fechará.
Com o cenário de uma resolução à lá BES em cima da mesa, é bom rever o que disse António Costa sobre o que se passou há um ano. Mas também rever o que disseram agora os candidatos presidenciais sobre o que se está a passar no Banif.
Porque tudo isto é complexo - e sensível -, o Edgar Caetano escreveu-nos este Guia para o que aí vem no Banif(aqui) que inclui esclarecimentos sobre depósitos, o dinheiro do Estado e as opções em aberto. 

Hoje conte com novidades do Governo.
Uma sobre como ficará a sobretaxa do IRS - que tudo indica ficará na mesma para os escalões mais altos e mais reduzida nos de baixos rendimentos. Os fiscalistas apoiam o caminho da extinção, mas alertam que a classe média pode pagar a fatura
A segunda novidade será o salário mínimo de 2016, que volta à discussão com os parceiros sociais. Os patrões levam uma proposta inferior à que Costa deve fixar. Ontem, um Nobel veio a Lisboa avisar que é preciso "muito cuidado" com estes aumentos - palavra de Krugman.
A propósito de avisos, aqui está um da Fitch (com o Orçamento na mira). Outro dos embaixadores que se sentem prejudicados com as reversões nas privatizações e concessões (via Negócios). E ainda outro na área dos portosa greve dos estivadores levou o maior armador mundial a sair do Porto de Lisboa, explica o Económico.

Fechando o bloco político, nota apenas para um convite (e desconvite) de António Costa: Manuel Alegre já não vai para o Conselho de Estado, entrando Carlos César no seu lugar, conta o DN. E para um convite surpresa da ex-ministra das Finançasum agora arguido no caso dos vistos Gold esteve à beira de fazer parte do Governo, noticia o DN, mas não aceitou.

Agora uma passagem por outros temas que marcam a atualidade:
As provas de aferição devem voltar ao 4º ano,substituindo os exames nacionais, diz o JN.

Vem aí mais um grupo de refugiados, de nacionalidades diferentes e que serão acolhidos em várias cidades. 

A Tragédia do Meco faz dois anos, mas ainda não foi esquecida. As famílias dos jovens que morreram no Meco avançam com ações cíveis contra o 'dux' e Universidade Lusófona.

O F.C. Porto não perdoa Rui Rio. O ex-autarca foi barrado à entrada de um evento, organizado pela SIC-Notícias. O evento foi cancelado.

No futebol europeu, destinos traçados? O Sporting e o Porto estão perante uma maldição do mundo do futebol. E o Benfica tem pela frente um título de um filme. Que nenhum dos guiões esteja fechado.

A fechar vale sempre a pena ouvir o que nos diz Arnaldo de Matos, agora sobre os atentados de ParisOra adivinhe a quem ele atribui a culpa.

Os nossos EspeciaisO nosso Borgen. Quantos metros separam PS, PCP e BE? Apenas 12 passos separam o PS do PCP; o partido que está mais longe dos gabinetes socialistas é o CDS. A Helena Pereira e a Inês Mendes fizeram uma visita guiada - e interativa - aos corredores e portas secretas do Parlamento, o local onde o futuro do país passou a ser negociado dia a dia. 

O rock mata? É sensacionalismo ou há uma relação entre violência e rock/heavy metal? O bom senso apontaria para a primeira, mas o Alexandre Homem Cristo argumenta que a resposta é mais complexa do que se esperaria. Eis porquê.

Jogar consolas, sair à noite e educar um filho: assim são os pais do século XXI. Há uma geração de pais que faz por aproveitar a vida ao máximo e incluir os filhos nas suas rotinas. O conceito de juventude está a mudar - será que o perfil de quem educa também? A Ana Cristina Marques pôs-se em campopara perceber a tendência
Notícias surpreendentes
Ainda passando pelas tendências, deixo-lhe duas coisas que aprendi nas últimas horas com a Ana Cristina Marques:

Primeiro: há um novo estilo a impor-se, dando um 'chega para lá' ao já velhinho spornosexual. Tem sentimentos e não se importa que os outros saibam; é simpático mas complicado, sensível mas divertido. Senhoras e senhoras, eis o softboy.

Segundo: há cura à vista para quem não se ajeita com a "small talk" (uff). Parece que o mal afeta até a Sara Sampaio (isso mesmo) e que a ciência tem como nos ajudar a superar o desafio. Vamos a isso, que pode dar jeito para o Natal.

A propósito de festas felizes, aqui estão 20 sugestões de prendas para oferecer à namorada (ideias não nos faltam) e também sete truques para embrulhar os presentes de Natal (mesmo que lhe falte o jeito). 
Por aqui há também ideias para ocupar os mais novos nas férias - e uma ideia para ocupar pais e filhos, aos pulos de felicidade.

Porque ainda faltam uns dias até às festas, vou a tempo de lhe falar destes 8 filmes que não pode perder até ao final do ano. O Eurico de Barros escolheu-os a dedo só para si.

Dito isto, por hoje termino aqui. Como vê, não nos falta energia - nem nos faltam ideias - para o levar até ao fim do ano com alegria e muitas opções.
Hoje, como sempre, conte connosco para se manter bem informado, bem municiado para pensar - e também animado com boas histórias.

Dia bom, dia produtivo.
Até já!
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HYPE SCIENCE - 15 DE DEZEMBRO DE 2015

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Estudo controverso aponta que universo não é um holograma

Link to HypeScience

Posted: 14 Dec 2015 08:27 AM PST
Pensamento que não é aceito por todos os cientistas foi usado para mostrar que não estamos em um holograma, o que derruba uma das bases da Teoria das Cordas Continua...
 
Posted: 14 Dec 2015 07:00 AM PST
A ideia de usar urina para produzir eletricidade não é nova, mas ninguém nunca tinha pensado em usar o pé humano para isso Continua...
 
Posted: 14 Dec 2015 06:00 AM PST
Um novo estudo sugere que a combinação dormir demais e ter uma vida sedentária pode ser tão perigosa quanto beber e fumar muito Continua...
 
Posted: 14 Dec 2015 03:59 AM PST
Christoph Rehage resolveu ir caminhando da China até sua casa, na Alemanha, e tirar uma foto de todos os dias da viagem. Veja o resultado Continua...
 
Posted: 14 Dec 2015 03:19 AM PST
Projetado para ficar até 8,5 metros abaixo do mar, o hotel poderá se mover para evitar tempestades Continua...
 
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

DISSOLUÇÃO DO BANIF !!! - 14 DE DEZEMBRO DE 2015

Os truques da imprensa portuguesa
No ocaso de um domingo, pela calada, lança-se a surpreendente notícia da iminente dissolução do BANIF. Faltavam poucas horas para a reabertura da bolsa e, sobretudo, para a reabertura dos balcões. Investidores chocados, depositantes sobressaltados.
O BANIF cai mais 43%. Já não há nada a fazer. O mal está feito.
Mas afinal não era rigorosamente assim. Por não ser correcta, a notícia foi desmentida por várias fontes oficiais, mas já era tarde. Porque é que até há uns meses atrás estes episódios não ocorriam na imprensa? Quem está interessado na instabilidade do sistema financeiro? Quem quer um novo tremor de terra? A quem serve tudo isto? A mando de quem saem estas "últimas horas"?
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António Fonseca
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