EXPRESSO DIÁRIO - 19 DE NOVEMBRO DE 2015

66 dias até dizer adeus a Cavaco

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Nº 357 19 NOV 2015

POR MARTIM SILVA Editor-Executivo   66 dias até dizer adeus a Cavaco Boa tarde, Hoje ficámos a saber que o terrorista acusado de ser o mentor dos terríveis atentados de Parisna semana passada foi morto na acção de policial de ontem em Saint-Denis, nos arredores da capital francesa. Por cá, enquanto Cavaco continua a ouvir personalidades antes de decidir o que fazer em relação a Costa, Passos, Portas & co., decidiu hoje marcar a data das eleições presidenciais para 24 de janeiro. Amanhã ouve os partidos políticos. Faltam, portanto, 66 dias para os portugueses poderem escolher o sucessor de Cavaco (embora na realidade depois ainda sejam precisas umas semanas em que o ctual Presidente se mantém “em gestão” até que Marcelo ou outro qualquer ocupem o lugar, a 9 de março). 1. Um dos terroristas mais procurados do mundo afinal estava em Paris e foi um cérebros dos atentados de Paris Como é que Abdelhamid Abaaoud, um terrorista suspeito de estar implicado em múltiplos atentados estava em Paris sem que nenhum serviço secreto europeu o tivesse referenciado? Ainda não há resposta para esta questão. A generalidade dos analistas salienta o grande falhanço das secretas europeias sobre o paradeiro de alguém que se julgava na Síria, mas que afinal acabou por ser morto em Saint-Denis na periferia norte de Paris e a escassas centenas de metros do Stade de France. 2. Jiadistas portugueses são protagonistas de quatro vídeos do Estado Islâmico O vídeo do Daesh divulgado na semana passada, um dia antes dos atentados de Paris, que mostradois irmãos de Massamá, não é o primeiro em que aparecem terroristas lusos. E não deverá ser também o último. Ao todo, já houve quatro vídeos destes. As autoridades garantem queo grupo de portugueses que combatem pelo Estado Islâmico é “pequeno mas influente”. 3. Vamos governar ao centro (mas não digam a ninguém) PS tem garantido em reuniões à porta fechada com agentes económicos que governará ao centro e sem radicalismos de esquerda. Acordos com PCP e BE servem para viabilizar o governo, mas não comprometem o PS para o futuro 4. Sócrates: sob vigilância 14 meses Um ano depois de o ex-primeiro-ministro ter sido detido, em novembro de 2014, o Expresso contacomo José Sócrates passou a estar sob escuta a 11 de setembro de 2013. É a segunda parte do trabalho em vídeo que publicamos sobre aOperação Marquês. Veja o vídeo e, se não viu o de ontem, acredite que vale a pena ir ao Diário de quarta-feira e fazê-lo. 5. Jorge Silva Carvalho acusa número 1 das secretas O ex-diretor-geral do SIED acusa o número um das secretas nacionais, Júlio Pereira, de “falta de caráter e falta de sentido de Estado” e diz que a decisão de espiar a lista de chamadas de um jornalista foi tomada em conjunto com ele. 6. Fuga de três noviças sob investigação há um ano Diocese de Braga tem em curso há um ano uminquérito interno para apurar a veracidade dos relatos de maus-tratos e escravidãodenunciados por parte de três noviças que fugiram do convento da Fraternidade Missionária Cristo Jovem, em Famalicão. Na opinião, os temas dominantes da atualidade, a formação do governo em Portugal e os atentados terroristas de Paris são ainda objeto de análise. ORicardo Costa pergunta se “Faz sentido um governo de transição?”, o Daniel Oliveira diz que “Cavaco não suporta que a realidade não seja cavaquista”, António José Teixeira escreve sobre “Golpistas, fraudulentos e outros dislates”, oHenrique Raposo diz “Não bombardeiem Raqqa, recuperem Marselha” e, finalmente, o Henrique Monteiro atira “A França e a anatomia do medo: ‘seremos felizes e livres’”. Há ainda a habitual crónica do Valdemar Cruz e as estreias de cinema desta semana. No Boa Cama, Boa Mesa, hoje fala-se de caça, com várias sugestões. “Perdiz, lebre ou veado: está aberta a época de caça… no prato!” Amanhã voltamos. Eu logo pela fresquinha com o Expresso Curto. E depois mais tarde, com mais uma edição do Expresso Diário. Pelo meio temos toda a atualidade, ao minuto, no site do Expresso. PS: Amanhã vamos divulgar a primeira sondagem que o Expresso faz sobrePresidenciais. E há surpresas. Vá-nos seguindo.

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Como o cérebro dos atentados de Paris fintou as autoridades durante anos ABDELHAMID ABAAOUD Implicado em vários atentados, morreu ontem. Tinha chegado a Paris sem que nenhum serviço secreto o tivesse referenciado PORTUGUESES Jiadistas lusos já apareceram em quatro vídeos do Daesh POLÍTICA PS: Vamos governar ao centro (mas não digam a ninguém) PISCA-PISCA PS tem garantido em reuniões à porta fechada com agentes económicos que governará ao centro e sem radicalismos de esquerda. Acordos com PCP e BE servem para viabilizar o governo, mas não comprometem o PS para o futuro Jorge Silva Carvalho acusa número 1 das secretas Jorge Silva Carvalho acusa número 1 das secretas Ricardo Costa Faz sentido um governo de transição?   António José Teixeira Golpistas, fraudulentos e outros dislates   Daniel Oliveira Cavaco não suporta que a realidade não seja cavaquista   Henrique Monteiro A França e a anatomia do medo: “seremos felizes e livres”   VÍDEO, PARTE II Sócrates sob vigilância durante 14 meses PRESIDENCIAIS Cavaco marca eleição do sucessor para 24 de janeiro Siga-nos: Facebook Twitter Google + O grupo Impresa pretende oferecer um serviço personalizado de qualidade, respeitando sempre o direito à sua privacidade. Os seus dados são tratados de forma confidencial, sendo utilizados apenas para envio de informação do grupo.  Para deixar de receber newsletters do Expresso clique aqui

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Moretty Vieira

38 min

Jihadista é atingido por explosivo enquanto gravava um vídeo

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Fernando Fena Maia Olha que xatice!!!!!!,

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José Cândido Torres Hó coitado do rapaz.

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Vitor Alex Santos k pena ser so um frown emoticon

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PRINCIPETITO BLOG - 19 DE NOVEMBRO DE 2015

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PRENDE EU... Posted: 18 Nov 2015 02:44 PM PST

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AVIÃO... Posted: 18 Nov 2015 01:00 AM PST

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EL VENTANO - 19 DE NOVEMBRO DE 2015

19 de noviembre de 2015

La (preocupante) destilación de la realidad

Las verdades y los miedos y los prejuicios y los intereses creados de unos y otros se mezclan con las patrañas y los miedos. Tiempos de directos emitidos como videoclips, millones de palabras digitales que se sustituyen unas a otras… Nunca hubo tanta (des)información (Javier Meléndez Martín)

2015. Atentados en París. 129 muertos, 350 heridos. Últimos datos contrastados. Alrededor millones de palabras digitales abruman, engañan, crean cizaña. Las menos, informan.

1991. Cenamos tarde con los bombardeos de Estados Unidos sobre Iraq. Retransmisión de CNN para el mundo. En 625 líneas, luces verdes y destellos rojos sobre el cielo negro de Bagdad. De fondo, un locutor indica los autores de unas y otras luces. Ni una mención de las consecuencias: ni edificios destruidos ni población civil afectada ni combatientes caídos ni próximos movimientos militares y diplomáticos.

A la mañana siguiente, ediciones locales de periódicos nacionales de izquierdas y de derechas. No creemos en el papel más que en la televisión, pero las palabras abarcan una extensión de realidad mayor que un puñado de imágenes en directo. Palabras sobre las que detener los ojos (no tienen la velocidad de las luces verdes y las luces rojas).

En las coincidencias de palabras de los periódicos hay una parte de la verdad. La parte no censurada por los contendientes, escogida por los periodistas, filtrada por los editores… pero verdades al fin y al cabo.

Viernes 13 de abril 2015. En un programa de imitadores de cantantes un rótulo corre de derecha a izquierda: ATENTADO EN PARÍS… MUERTOS… REHENES. ATENTADO EN PARÍS bajo un anuncio de galletas de chocolate y crema. Boletines escuetos en las televisiones (menos en dos). «Alá es grande», dicen testigos que dijeron los asesinos.

En las redes sociales «asco de país que prefiere entretenerse a saber qué pasa en el mundo», escribe uno. Garabato de la torre Eiffel en un círculo. «No empecemos con los simbolitos», se quejan otros. Primeros intentos de reconducir emociones ajenas.

Sábado 14 de abril. En las redes sociales «estamos en la III Guerra Mundial», escriben muchos. Lo dijo el Papa y Nostradamus. «Al-Ándalus será el próximo objetivo», escriben otros. «Qué suerte que no vivo en el Sur», escriben algunos. «¡Estudia gilipollas!», responden otros con enlace a Wikipedia. «Expulsemos a los moros», adeptos de la (sin)Razón.

Un tipo escribe que en París murieron pollos, patos y vacas y otros animales en casas y restaurantes… «Que lo ocurrido en París no nos haga olvidar que…», reivindica que algo queda. «Eso pasa por acoger a los sirios», escribe uno y comparten otros. La teoría de conjuntos arremetida en un tuit. La teoría que enseña que no todos los musulmanes son terroristas ni todos los terroristas son musulmanes.

«Reza por París», un lema. «No recéis, pensad», los ateos. «Lloráis por París, pero no lloráis por los libaneses», escriben algunos. «No lloráis por los sirios», otros. «No hay muertos de primera y muertos de segunda». Hipócritas dicen unos; hipócritas, replican otros.

Domingo 15 de abril. «Ponerse la bandera francesa es peligroso: desafiamos a los terroristas», dicen unos. «Ponerse la bandera francesa es peligroso: olvidamos que hay más víctimas», dicen otros. Por unos y por otros la bandera desaparece. «La culpa la tenemos los occidentales», escribe alguien de Albacete. «¡Progres de mierda!», replican simpatizantes de la cadena del torito. «¡Fachas!» contratacan cuentas con bandera tricolor.

Una parte de la prensa juega a la confusión y al miedo, a vomitar o replicar informaciones sin contrastar. Un tipo de Canadá se fotografía en el baño con un iPad, y unos imbéciles lo disfrazan de yihadista con Photoshop. Hay medios de comunicación españoles [La Razón] que titulan: «Uno de los presuntos terroristas». Los imbéciles no se disculpan y los periodistas lo hacen en un faldón. «Música satánica para una carnicería», titula un redactor que no usa Google o no le interesa.

Un conocido periodista español [Carlos Herrera] difunde un selfi: aquí frunciendo el ceño para mostrar mi dolor por París. Una reina de la mañan[Ana Rosa Quintana] interrumpe sin vergüenza un minuto de silencio en París.

Una televisión autonómica presenta con orgullo a testigos presenciales de los hechos: «Escuchamos tiros y sirenas en la habitación del hotel y pusimos la tele —dicen los turistas españoles—, pero como no sabemos francés, no nos enteramos de nada». Testigos de la televisión (como uno mismo). ¡Ea, cinco minutos de gloria!

Las verdades y los miedos y los prejuicios y los intereses creados de unos y otros se mezclan con las patrañas y los miedos. Tiempos de directos emitidos como videoclips, millones de palabras digitales que se sustituyen unas a otras. Mensajes que como luces verdes y los destellos rojos pasan rápido. Nunca hubo tanta (des)información. La destilación de la realidad requiere calma. Y deseo de conocer.

Javier Meléndez Martín

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