segunda-feira, 19 de outubro de 2015

PRINCIPETITO BLOG - 19 DE OUTUBRO DE 2015


PríncipeTito Blog


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OBSERVADOR - 19 DE OUTUBRO DE 2015









Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!




No momento em que escrevo mais este Macroscópio há poucas certezas. Ou,
para ser mais exacto, só sabemos o que não está a acontecer. E o que não
está acontecer é qualquer negociação entre a coligação e o PS, porque
se confrontam duas vontades muito distintas: de um lado a da PàF, que
fez a única real tentativa de aproximação a um programa de compromisso;
do outro lado, a de António Costa que desde o primeiro minuto deu total
prioridade às negociações à sua esquerda e nem sequer simulou qualquer
tentativa de compromisso com a coligação. Sobre o que se está realmente a
passar à esquerda as informações são contraditórias e o terreno
escorregadio. E instável. Por fim também não sabemos o que fará
exactamente o Presidente da República, apesar de muitas tentativas de
adivinhação. Não surpreende por isso que aquilo que se discute nos
espaços de opinião continue a ser o cenário de um governo de “maioria de
esquerda”, mesmo que não se saiba que forma, programa ou prazo de
validade ele possa vir a ter. Sinto-me por isso obrigado a voltar a este
tema, recuperando o que de mais relevante se escreveu nos últimos dias.



Vou começar por uma discussão com o seu lado de adivinhação: saber o que
queriam realmente os eleitores quando votaram da forma que votaram a 4
de Outubro. Vou usar como ponto de partida um post de Pedro Magalhães no
Margens de Erro, O que os eleitores “querem”,
pois ele ajuda a perceber como é difícil identificar o que querem
realmente os eleitores – e como aquilo que preferem pode não coincidir
com a imagens e os programas dos partidos onde votam. Pedro Magalhães
recorre para isso a um estudo pós-eleitoral de 2011
em que se inquiriram os eleitores sobre vários temas e se verifica, por
exemplo, que na maioria dos temas há pouca diferença no que desejam
votando à esquerda ou à direita. Isto é, está tudo muito amontoado ao
centro. Mas com algumas surpresas: os eleitores do Bloco “são menos desfavoráveis ao privado na educação
e os que mais discordavam de uma saída do euro; os do PS os que menos
desejam privatizações; e os do PSD os menos favoráveis ao aborto legal.
Por isso aquele cientista político diz que, numa altura em que “toda
a gente sabe o que os eleitores de cada partido queriam e preferiam
quando votaram, o que significa o voto e que preferências transmitiu
”, ele, relativamente a 2015, não sabe.



Admitindo que é este o nosso ponto de partida – mas pode haver outros –
não deixa de ser relativamente atrevido o exercício a Paulo Trigo
Pereira )um dos autores do programa económico do PS) realiza no Público
em E se compreendêssemos a democracia? Nesse texto o economista elabora sobre o “teorema do votante mediano (VM)” para chegar à conclusão que “Quando
quem ganha está num dos extremos da distribuição, o líder desse partido
não é o mais representativo das preferências do VM. Um partido mais
central, mesmo que mais pequeno é mais representativo. Este é
precisamente o caso do PS
.” Mesmo assim acaba por reconhecer que “Um acordo à esquerda apenas para programa de governo e OE2016, será claramente insuficiente, porque instável.” Ora este momento nem um compromisso desse tipo sabemos se é possível.



Mais prudente é, pelo menos neste esforço de adivinhar o que cada
eleitor realmente queria quando foi votar (sobretudo quando algumas das
alternativas que agora estão a ser discutidas, como a de um governo de
“maioria de esquerda”, não estavam claramente sobre a mesa), foi Paulo
Ferreira no Observador em O que há num voto? Água (quase tudo) e cloreto de sódio.
Depois de enumerar as múltiplas, e interesseiras, interpretações que
têm sido feitas a propósito do sentido profundo de voto dos eleitores,
Paulo Ferreira acaba por sugerir que, mais modestamente e “na
dúvida, o melhor é ler nos resultados o que eles reflectem sem margem
para ambiguidades: houve uns partidos mais votados do que outros. Não
sabemos muito bem porquê, mas esses dados são objectivos. Ir além disto,
para um lado ou para o outro, é tentar torturar os dados até eles
dizerem o que queremos
.”



Naturalmente que este debate não surgiu por acaso: apareceu na sequência
da discussão sobre a legitimidade de um partido que perdeu claramente
as eleições – o PS, nisso todos convergem – querer mesmo assim formar
governo. É um cenário que Gonçalo Almeida Ribeiro não considera
inconstitucional, mas ataca como ilegítimo. Eis como argumenta em Fiat Costa et Pereat Mundus, publicado no Observador: “[existe]
uma prática reiterada no nosso regime segundo a qual cabe ao líder do
partido mais votado, ainda que sem maioria absoluta no Parlamento,
liderar o executivo. É assim porque entre PS e PSD sempre houve um
entendimento tácito no sentido da não rejeição do programa de Governo
apresentado pelo partido com maior número de mandatos e abertura para
negociar os compromissos necessários à aprovação do Orçamento do Estado.
Esta prática é uma parte integrante do regime tal como os cidadãos o
concebem, e não pode deixar de se reflectir na sua concepção do que seja
um governo legítimo
.”



Em sentido completamente diverso pronunciou-se, também no Observador, Pedro Coelho dos Santos, um líder concelhio do PS, em A apoplexia nervosa da Direita portuguesa. Para ele, e para “uma
solução governativa estável e duradoura, os partidos da esquerda
parlamentar são os únicos com possibilidade de a oferecer no atual
quadro parlamentar
”.



Poderia citar mais textos de vários autores a contestar essa ideia, mas
antes de passar ao tema da viabilidade (e estabilidade) de um governo
minoritário do PS com apoio nos partidos à sua esquerda, tenho ainda de
citar Sérgio Figueiredo que, no Diário de Notícias, em A porta dos fundos, manifesta a sua total discordância com tal forma de tentar chegar ao poder: “Costa
perdeu o país e insiste na carga de ombro. À segunda já não há dúvidas:
o "chega para lá" é o método Costa para lá chegar. Independentemente de
tudo o resto, isto não é aceitável. Costa quer entrar pela porta dos
fundos, sim. E não há uma forma delicada de classificar aquilo a que
estamos a assistir
.”



Passemos então agora à viabilidade de um casamento entre o PS, o Bloco e
o PCP assente na premissa de que os eleitores “votaram contra a
austeridade”. Digamos que é um cenário visto com muito cepticismo um
pouco por todo o lado:
  • Cinco (grandes) obstáculos ao governo das esquerdas, de Bruno Faria Lopes, no Diário Económico: “1. A esquerda dura não está preparada para o pragmatismo nórdico; 2. O ciclo económico não é para esta esquerda dura; 3. PCP e Bloco não se responsabilizariam pela governação; 4. António Costa tenta uma ruptura numa posição frágil; e 5. O Presidente da República não serve só para pôr o carimbo.”
  • Os impassíveis não fazem puzzles, de Helena Matos, no Observador: “É
    dos livros: primeiro o PCP e o BE deixaram António Costa anunciar o
    melhor dos mundos nas negociações que tinham encetado. A partir daí caso
    não exista acordo, tudo será um recuo, uma traição, um desfazer do
    sonho. De Costa, claro. Porque eles continuarão na sua terra da utopia.
    (...) Esta nossa crise é uma espécie de crónica antecipada da destruição
    do centro-esquerda pelos radicais. Ou se quisermos, vivemos o problema
    de o PS ter à frente um homem que gosta de puzzles e olha para a
    política como se estivesse a construir mais um puzzle enquanto negoceia
    com gente que joga xadrez.”
  • O regresso do Prior do Crato, de Viriato Soromenho Marques, no Diário de Notícias: “Portugal
    está exangue, mas pode ainda ficar pior, como o exemplo grego o mostra
    num outro registo, se trocarmos a verdade dos factos pela ambição menor
    de quem parece não ser capaz de aceitar uma derrota. (…) Infelizmente, a
    poeira no caminho para São Bento está a ser levantada por um bizarro
    tropel de órfãos do assalto ao Palácio de Inverno, comandados por um
    avatar do António Prior do Crato. Portugal precisa de tudo, menos de ser
    humilhado outra vez, como o foi pelo duque de Alba na Batalha de
    Alcântara, em 1580
    .”
  • “PS arrisca-se a ficar refém do BE e da CDU”, entrevista com Marina Costa Lobo no Expresso (para assinantes): “Se
    António Costa rejeitar um governo minoritário do PàF, estará criado um
    precedente para a não-cooperação no futuro, ficando o PS refém, em
    futuros governos, de acordos com a CDU e o BE. Isso só faria sentido se
    houvesse grande diferença ideológica nos temas centrais, que são os
    económicos, entre o PS e o PSD, e uma grande proximidade do PS à CDU e
    ao BE. Que simplesmente não existe
    .”
  • Propostas irrecusáveis, de Pedro Santos Guerreiro, no Expresso (para assinantes): “Um
    governo do PS apoiado pelo PCP e pelo BE tem cabeça tronco e membros,
    mas a cabeça não manda no tronco e os pés darão pontapés no cachaço. Uma
    mão só consegue agarrar um punhado de areia se ela estiver molhada, ou
    ela esvai-se entre os dedos. Não há água entre os três partidos, só
    areia. Não há posição sobre a Europa, sobre a economia, sobre o mundo
    que coincida. O que a oposição pode unir o poder desunirá e, nessa
    desunião, perde a mão que ousou agarrar areia. O primeiro perdedor seria
    o PS
    .”


Podia continuar com mais alguns exemplos (O muro não caiu, de Alexandre Homem Cristo no Observador, Manual de ética política,
de Henrique Monteiro, no Expresso), mas este Macroscópio já vai longo e
há ainda dois textos noutro registo que vos quero referir.



O primeiro é de Rui Ramos, aqui no Observador: Porque é que eles não se preocupam.
Ao interrogar-se sobre o porquê de o cenário de um governo de “maioria
de esquerda” não estar a preocupar muitos daqueles que habitualmente
tratamos como integrando "as nossas elites", ele encontra para isso uma
razão: “A oligarquia do regime julga que Bruxelas lhe garante tudo, e
que portanto não há perigo em jogar sem regras e em experimentar todos
os golpes. É o efeito perverso da integração europeia: em vez de ser
concebida como um factor de exigência, continua a ser encarada pelos
nossos oligarcas como uma autorização de desleixo e complacência
.”



O segundo é de João Carlos Espada e saiu no Público: “Centro Vital”, alicerce das democracias.
É um texto onde se recorda como as democracias foram destruídas na
Europa continental no período entre as duas grandes guerras e se compara
essa evolução com a capacidade que as democracias de língua inglesa
(Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e EUA) tiveram para
resistir à erosão dos seus partidos centrais e democráticos. Na sua
interpretação essa capacidade de resistência derivou em grande parte de
esses partidos “nunca [terem deixado] de denunciar a natureza
autoritária e anti-democrática do comunismo ou do fascismo. Nunca
aceitaram a “normalização” ou “banalização” dessas ideologias
revolucionárias. Por outras palavras, nunca houve “frentes populares”
(ou “maiorias de esquerda”), nem “frentes nacionalistas” nas democracias
de língua inglesa — e estas nunca caíram
.”



(O paralelo com o que hoje se passa em Portugal é evidente, mas sem
entrar em qualquer paralelo desse tipo, antes limitando-se a explicar a
forma de actuação dos comunistas, Jaime Gama deu no último Conversas à
Quinta, em que se falou muito dos sobressaltos do nosso PREC de há 40 anos (aqui em podcast), uma saborosa lição política com bons motivos de reflexão. Recuperamo-la por isso em peça autónoma, intitulada Manual da tática do PCP explicada por Jaime Gama)



Com a esperança de vos ter sugerido leituras interessantes, e com a
angústia de perceber que o processo de formação do próximo governo se
pode prolongar por muitas semanas, talvez um mês e meio, despeço-me por hoje.



Bom descanço e boas leituras.



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ANTÓNIO FONSECA

EXPRESSO DIÁRIO - 19 DE OUTUBRO DE 2015



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19 Out 2015

Martim Silva
POR Martim Silva
Editor-Executivo

 
Cinco dúvidas e um (não) acordo

Boa tarde,
Uns foram ao juiz pedir os papéis. Outros andam a trocar cartas em papel, mas não são de amor. Cavaco anda em encontros. No meio disto, andamos nós aos papéis (piada fácil mas não totalmente errada), pelo menos até termos Netflix.

Comecemos pela política, que esta semana é mais uma daquelas a que nós jornalistas gostamos muito de chamar… decisivas.

Hoje, Passos foi a Belém. Amanhã é a vez de Costa e do PS, e até quarta o Presidente recebe todos os partidos com assento parlamentar. A seguir indigita um primeiro-ministro. Os deputados tomam posse. O novo Executivo tem dez dias para levar o Programa ao Parlamento. A seguir? Bom, a seguir o melhor é deitarem as cartas, os búzios ou consultarem o tarot…

1. Costa fecha a porta a Passos, mas tarda em abrir janelas à esquerda
Passos ofereceu a Costa lugares no Governo. Mas o líder socialista declinou: “O que nos separa não são lugares no governo (…) mas a imperiosa necessidade de uma reorientação de política”. E esta, deixa subentendida, só é possível com BE e PCP. Amanhã o PS vai a Belém mas ainda não tem um acordo para apresentar.

2. Cinco “surpresas desagradáveis” que o PS receia nas contas públicas
O PS queria que Maria Luís Albuquerque desse toda a informação por detrás do PEC entregue em Bruxelas, o que não aconteceu. Os socialistas duvidam dos números, o que resulta numa das “omissões graves” citadas por Costa. Mas há outros campos de risco. Na banca. E na TAP.

3. Caso Sócrates: o dia em que se abriu a caixa de Pandora do segredo de justiça
A defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates recebeu uma cópia dos autos da Operação Marquês. Pelo menos daquilo que sobra no processo principal, já que há aparentemente novas investigações em curso iniciadas a partir deste caso e que se vão manter em segredo.

4. China abranda mesmo
A China está mesmo a abrandar. A economia cresceu abaixo dos 7% no terceiro trimestre, o pior resultado desde 2009. As bolsas europeias fecharam positivas depois de terem estado em queda. Os investidores estão na fase da aceitação: o motor do mundo está mais fraco… e as bolsas parecem conformadas (desde que a coisa não piore).

5. Luís Miguel Cintra, ator em modo de despedida
Luís Miguel Cintra quis encenar “ó último espectáculo de uma era”. Mas “Hamlet” não é apenas um passo arriscado. É um ponto final. E um começo. Como afirmou no sábado à noite, no palco da Cornucópia, é ainda uma despedida, como ator. Para quem não viu, ainda há tempo: entre 23 de Outubro e 15 de Novembro, o espectáculo volta a Almada, e apresenta-se no Teatro Joaquim Benite.

6. Netflix (and chill) a partir de quarta-feira
O serviço de televisão por subscrição chega já esta quarta-feira a Portugal. A oferta de filmes e séries é vasta e não será fácil escolher o melhor para ver. Avançamos com algumas recomendações (e novidades para os próximos tempos).

Por hoje é tudo, amanhã voltamos à mesma hora

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Ler o EXPRESSO DIÁRIO


Cinco dúvidas do PS sobre os números da coligação

CONVERSAS Défice, segurança social, Novo Banco, Banif e TAP são cinco pontos que preocupam o PS, que já levantou dúvidas sobre omissões e "surpresas desagradáveis" nos dados do governo


NEGOCIAÇÕES

Costa vai amanhã a Belém ainda sem acordo para apresentar a Cavaco

NOVO GOVERNO Com as conversas com a coligação interrompidas, as negociações do PS são agora só à esquerda. Mas hoje a reunião das equipas negociais de PS e Bloco foi adiada


Caso Sócrates: advogados já têm 56 volumes (mas faltam as escutas)

Caso Sócrates: advogados já têm 56 volumes (mas faltam as escutas)

Nicolau Santos

Os postais dos correios de Passos e Costa
 
Daniel Oliveira

Basta ouvir o que os partidos disseram
 
Henrique Monteiro

O esplendor, perdão, a vergonha de Portugal
 
ECONOMIA

China abranda mesmo

SUÍÇA

Vitória histórica da direita anti-imigração

CIÊNCIA

Contratações milionárias chegam à ciência portuguesa

TEATRO

Luís Miguel Cintra, ator em modo de despedida

TELEVISÃO

Netflix (and chill) a partir de quarta-feira. Lista de escolhas do que há para ver



EL VENTANO - 19 DE OUTUBRO DE 2015

El PSOE plantea bajar el IBI a grandes comercios e industrias y a las viviendas más caras de Zaragoza

VISTAS DE ZARAGOZA ( CALLE ALFONSO ) / 12/03/2010 / FOTO : OLIVER DUCH
Fotografía: Oliver Duch
El grupo municipal de PSOE propone reducir en un 15,1% el Impuesto de Bienes Inmuebles (IBI) de las grandes superficies comerciales de Zaragoza, y en un 5,5% el de las grandes industrias, situándose en posiciones más regresivas que el PP en cuanto a las ordenanzas fiscales se refiere, con la intención de evitar la subida planteada por Zaragoza en Común (ZeC) en el IBI de estos sectores.
El equipo de Gobierno tiene como principal objetivo la lucha contra la situación de pobreza que afecta a una parte  importante de la población, para lo que necesita aumentar la recaudación, una tarea difícil dada la poca capacidad de acción de los ayuntamientos en materia fiscal, con la que atender las crecientes necesidades en materia de desahucios, becas o ayudas familiares.
ZeC plantea mantener en lo posible la presión fiscal a la mayoría de la población y obtener dinero, alrededor de 20 millones de euros, de quien más tiene, es decir, de las grandes superficies comerciales, empresas con elevada facturación y viviendas más caras, con un aumento del IBI que rondaría el 14,5% de media en el caso de los comercios.
El PP propone no realizar ningún cambio y el PSOE plantea rebajar el IBI del gran comercio un 15,1%, alegando que la reactivación económica que, según dice ahora, se está produciendo generará un aumento en los ingresos del Ayuntamiento, a cuyo equipo de Gobierno apoyó en la investidura.
El PSOE ha venido manteniendo posturas conservadoras similares a las del PP en asuntos menores, aunque simbólicos, como la obligatoriedad de los concejales de ir a misa en determinadas fiestas o la negativa a rebajar los sueldos de los concejales. Pero sus intenciones de boicotear la labor de Gobierno de ZeC se han puesto de manifiesto en el primer asunto serio que aborda el Ayuntamiento, como son las ordenanzas fiscales.
Desde ZeC se teme que esta sea la práctica habitual del PSOE a lo largo de la legislatura, y que los socialistas terminen apoyando medidas junto al PP, aunque tengan un claro contenido antisocial, especialmente hasta las elecciones de diciembre, con una actitud claramente electoralista.



ibi
Gráfico: Heraldo de Aragón

El concejal de Economía, Fernando Rivarés, explica en este vídeo los objetivos que busca Zaragoza en Común con las nuevas ordenanzas fiscales que propone para el Ayuntamiento.


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ANTÓNIO FONSECA

Oporto: mucho más que bodegas | europa | Ocholeguas | elmundo.es - 19 DE OUTUBRO DE 2015



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Escapada


Oporto: mucho más que bodegas



Aunque conocida sobre todo por sus vinos, la
ciudad portuguesa es mucho más que bodegas. Una rica arquitectura,
oferta cultural que compite con la de urbes más grandes o una
gastronomía exquisita son algunos de sus puntos fuertes.


Oporto se me antoja una ciudad que se despereza. No sé por qué, cada
ciudad me sugiere o evoca algo. Nueva York es un desenfreno. Tokio es
una algarabía de colores y sobre todo, de ruidos. Y Oporto, que no es
comparable en densidad a las anteriores urbes, parece una ciudad que va
despertando y se va desperezando poco a poco, sin prisa. Porque se diría
que el río Duero le confiere un carácter tranquilo,
pausado, pero no por ello aburrido, en absoluto. Aquí pasan muchas
cosas, basta mirar rápidamente la oferta cultural para percatarse de
ello.


Oporto cuenta con alternativas artísticas que harían la envidia de otras ciudades
La ciudad, mundialmente conocida por sus vinos,
cuenta con alternativas relacionadas con las artes que harían la envidia
de muchas otras ciudades y eso que no es excesivamente grande: 237.591
habitantes. Por ejemplo, están las que ofrecen la Casa da Música, un modernísimo edificio, conocido como el meteorito,
cuyo auditorio principal es digno de los mejores músicos y que además
cuenta con hermosas vistas panorámicas. Pero es que además la urbe tiene
un auditorio para escuchar ópera (el Coliseu do Porto) y una fundación,
Serralves, con un museo de arte contemporáneo donde uno puede pasarse
horas.


Oporto (Porto en portugués) es mucho más que bodegas, aunque sean
éstas las que la han posicionado mundialmente en el mapa. Por cierto que
las bodegas no se encuentran en Oporto sino en la ciudad de enfrente, Gaia:
cuando las empezaron a abrir, el obispo incrementó notablemente los
impuestos y entonces los bodegueros decidieron cruzar el río para no
pagar las tasas. También dicen que de la combinación de ambos nombres,
Porto y Gaia, vendría el nombre del país, Portugal.


Paisajes urbanos

Las mejores vistas de Oporto se disfrutan desde Gaia, así que
aproveche la visita a las bodegas (las hay tradicionales como Ramos
Pinto, fundada en 1880, o el espacio Porto Cruz, un local interactivo,
multimedia, en el que aprender sobre la cultura del vino) para subir al mirador desde el que contemplar la ciudad. La mejor hora, sin duda, la del atardecer.






Características fachadas de azulejos de Oporto.


Otra bonita vista es la que ofrece un crucero por el Duero también conocido como el crucero de los seis puentes, siendo el más famoso de todos el realizado por el discípulo de Eiffel, el puente Luis I.
También es famoso porque en verano, los niños (conocidos como los niños
del río) se tiran para zambullirse en las aguas del río lo que es toda
una hazaña ya que la altura es de ¡18 metros! Esta práctica es casi una
tradición que muestra la particular relación de los habitantes con uno
de los elementos arquitectónicos más ilustres de la urbe, el puente.
También, durante el calor, suele ser común que los oriundos vayan a
bañarse a la playa del río, denominada el Algarve de los pobres.


Callejeando por la ciudad

Pero basta ya de contemplar Oporto desde el exterior. Lo mejor es
descubrir sus calles lo que podrá hacer caminando o en uno de sus
tranvías. En el centro destacan los antiguos almacenes abandonados,
muchos de los cuales han sido reconvertidos en bares de copas, casi
todos de ingeniosa decoración, que convierten a esta zona en un mar de
bullicio por la noche.






El famoso café Majestic.| Foto: J. I. Soto


De día, pasee tranquilamente para ir descubriendo su rica arquitectura: fachadas de tiendas con solera, el archifamoso café Majestic, la esplendorosa estación de San Bento, con sus 20.000 azulejos, la iglesia de San Idelfonso, el Palacio de la Bolsa….
Tómese su tiempo y piérdase por el mercado de Bolhao, abierto desde
1914 y uno de los mejores lugares donde captar la esencia de la ciudad.
También, cerca del anterior, podrá disfrutar de pequeñas tiendas de
ultramarinos que se conservan como si por ellas no hubiese pasado el
tiempo.


Delicias gastronómicas

La gastronomía es otro de los puntos fuertes de la visita: en las tiendas verá bacalao, por supuesto, pero también todo tipo de embutidos y ricos quesos. Y qué decir de las tascas donde poder comer a precios casi de risa: a los habitantes de Oporto se les conoce como tripeiros (de hecho cerca del río hay una estatua homenaje al tripeiro), y los callos son uno de los platos típicos que podrá encontrar en casi cualquier restaurante.


El mejor lugar para probar el sándwich 'francesinha' es el bar Buffet Fase
El sándwich más famoso es la francesinha,
eso sí, no apto para temerosos de calorías. Fue idea de un portugués que
emigró a Francia y cuando volvió al país quiso darle otro aire al croque-monsieur. Lo aportuguesó.
Consiste en que, aparte de queso, lleva salchicha fresca, jamón york,
carne asada y bife. Por encima se riega con un caldo ligeramente picante
y se sirve acompañado de patatas fritas. Una de las mejores direcciones
para probarlo es el bar Buffet Fase, en la rua de Santa Catarina, donde llevan haciéndolo hace más de 30 años.


Otra posibilidad son los cachorros, perritos calientes, de un local cerca de la plaza de Batalha, o el sándwich de pernil
(jamón asado) del bar Guedes, que va acompañado de queso de la sierra
de la Estrela. Sin duda, las mejores delicatesen para seguir con el
paseo por las empinadas calles de la ciudad.


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ANTÓNIO FONSECA

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