São
Francisco de Assis, nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, no ano
de 1182, de pai comerciante, o jovem rebento de Bernardone, gostava das
alegres companhias e gastava com certa prodigalidade o dinheiro do pai.
Sonhou com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o
"status" que sua condição exigia, e aos vinte anos, alistou-se como
cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa,
mas em Espoleto, teve um sonho revelador no qual era convidado a seguir
de preferência o Patrão do que o servo, e em 1206 , aos 24 anos de idade
para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo: riquezas,
ambições, orgulho, e até da roupa que usava, para desposar a Senhora
Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de
humildade, pobreza e castidade, andando errante e maltrapilho, numa
verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa.
Já
inteiramente mudado de coração, e a ponto de mudar de vida, passou um
dia pela igreja de São Damião, abandonada e quase em ruínas. Levado pelo
Espírito, entrou para rezar e se ajoelhou devotamente diante do
crucifixo. Tocado por uma sensação insólita, sentiu-se todo
transformado. Pouco depois, coisa inaudita, a imagem do Crucificado
mexeu os lábios e falou com ele. Chamando-o pelo nome, disse:
"Francisco, vai e repara a minha casa que, como vês, está em ruinas".
Com a renúncia definitiva aos bens paternos, aos 25 anos, Francisco deu
início à sua vida religiosa. Com alguns amigos deu início ao que seria a
Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos, cuja ordem foi aprovada pelo
Papa Inocêncio III. Santa Clara, sua dilecta amiga, fundou a Ordem das
Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de
vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados. Neste capítulo
da vida do santo é caracterizado por intensa pregação e incessantes
viagens missionárias, para levar aos homens, frequentemente armados uns
contra os outros, a mensagem evangélica de Paz e Bem. Em 1220, voltou a
Assis após ter-se aventurado a viagem à Terra Santa, à Síria e ao
Egipto, redigindo a segunda Regra, aprovada pelo Papa Honório III. Já
debilitado fisicamente pelas duras penitências, entrou na última etapa
de sua vida, que assinalou a sua perfeita configuração a Cristo, até
fisicamente, com o sigilo dos estigmas, recebidos no monte Alverne a 14
de setembro de 1224.