quarta-feira, 12 de agosto de 2015

DAG VULPI - (BR) - 12 DE AGOSTO DE 2015

Dag Vulpi‏

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Lava Jato: MPF denuncia Jorge Luiz Zelada e mais cinco por corrupção e outros crimes
Posted: 11 Aug 2015 01:21 PM PDT

Ex-diretores da Petrobras e PMDB teriam recebido cerca de US$ 31 milhões em propina para beneficiar contrato da estatal com empresa americana no afretamento de navio-sonda

Com informações do site do Ministério Público Federal -  06/08/2015

A Força-Tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quarta-feira, 5 de agosto, mais seis pessoas pelos crimes de evasão de divisas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Foram acusados o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada, o ex-diretor geral da área internacional da estatal Eduardo Vaz da Costa Musa, além dos lobistas Hamylton Pinheiro Padilha Junior, Raul Schmidt Felippe Junior, João Augusto Rezende Henriques e do executivo Hsin Chi Su (Nobu Su).

A Força-Tarefa apurou que Hsin Chi Su, executivo da empresa chinesa TMT, e Hamylton Padilha, lobista que atuava na Petrobras, repassaram aproximadamente US$ 31 milhões a título de propina para Zelada (diretor internacional da Petrobras entre 2008 e 2012), para Eduardo Musa e para o PMDB, responsável pela indicação e manutenção destes em seus respectivos cargos.

De acordo com a denúncia, em troca desses valores, Zelada e Eduardo Musa beneficiaram a sociedade americana Vantage Drilling no contrato de afretamento do navio-sonda Titanium Explorer, celebrado com a Petrobras no valor de US$ 1.816.000,00. A Comissão Interna de Apuração instituída pela Petrobras a partir das investigações da Operação Lava Jato apontou diversas irregularidades neste contrato, como por exemplo a não submissão de pedido à diretoria executiva da estatal para o início das negociações e da contratação; a finalização dos trabalhos da Comissão de Negociação antes da conclusão do processo de negociação e contratação; a inexistência de provas do recebimento das propostas de todos os fornecedores; a inexistência de elaboração de relatório final da contratação; propostas comerciais enviadas por e-mail; e submissão de relatório incompleto à Diretoria Executiva.

Além disso, auditoria interna da Petrobras constatou indícios de manipulações, a pedido de Zelada, dos estudos que indicavam a necessidade da contratação deste navio-sonda; falta de governança corporativa adequada ante o não registro de reuniões de negociações; falta de uniformidade de parâmetros de comparação entre as propostas; alta de prova de análise da economicidade da redução de taxa em troca de aumento de prazo contratual quando da realização do aditivo contratual; e concessão de extensão de prazo para apresentação do navio-sonda sem aplicação de penalidade. 

Segundo o MPF, para operacionalização do esquema atuaram como intermediários na negociação – e posterior repasse das vantagens indevidas – os lobistas Hamylton Padilha, Raul Schmidt Junior e João Augusto Rezende Henriques. Coube a Padilha pagar a parte destinada a Eduardo Musa. Raul Schmidt Junior realizou os pagamentos em favor de Zelada, enquanto João Augusto Rezende Henriques distribuiu a vantagem indevida ao PMDB. Todos fizeram os pagamentos mediante depósitos no exterior.

A partir de informações obtidas em cooperação internacional com Mônaco, foi apurado que Jorge Zelada mantinha ocultos no exterior depósitos superiores a €11.586.109,66, em nome próprio e de empresas offshores – valor completamente incompatível com sua renda como diretor internacional da Petrobras. Além disso, analisando o histórico de suas contas em Mônaco, foi possível verificar que Jorge Luiz Zelada transferiu recursos mesmo após a deflagração da Operação Lava Jato e, mais ainda, depois de o seu nome figurar entre os possíveis investigados.

Também foram reunidas diversas provas que ligam todos os envolvidos no período em que foi celebrado tal contrato, tais como registros de reuniões, relatórios de acesso ao prédio da Petrobras, e-mail trocados e relatórios de fluxo migratório, bem como os documentos bancários das contas mantidas no exterior, os quais indicam que Jorge Luiz Zelada efetivamente recebeu milhões de reais de propina enquanto foi diretor da Petrobras.

Crimes e penas: 

- Lavagem de dinheiro (Art. 1º da Lei nº 9.613/98). Pena: reclusão, de 3 a 10 anos e multa. 
- Corrupção passiva majorada (Art. 317 c/c § 1° do Código Penal). Pena: reclusão, de 2 anos e 4 meses a 16 anos e multa. 
- Corrupção ativa majorada (Art. 333 c/c § 1° do Código Penal). Pena: reclusão, de 2 anos e 4 meses a 16 anos e multa. 
- Evasão de divisas (Art. 22, parágrafo único, da Lei n° 7.492/86). Pena: reclusão de 2 a 6 anos e multa. 

Veja aqui a íntegra dos autos nº 5039475-50.2015.404.7000.

OBSERVADOR - 12 DE AGOSTO DE 2015

360º - O pedaço de América que tudo deu e tudo está a levar‏


360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia

A União Europeia pôs pressão sobre as forças separatistas pró-russas da Ucrânia, condenando a "nova escalada da violência" como "uma violação do espírito e da letra dos acordos de paz de Minsk”. A missão de vigilância da OSCE registou também um “aumento significativo dos casos de violações do cessar-fogo no leste e no norte de Mariupol”, cidade estratégica para as forças governamentais. Kiev diz-se pronta a retaliar - e há analistas a dizer, no Financial Times de hoje, que a Rússia e a NATO se estão a preparar "para o pior".

O Banco Central da China desvalorizou o yuan face ao dólar em 1,62%, a segunda redução em dois dias. Ontem, o Edgar Caetano já tinha explicado aqui o que está a acontecer, porquê e para quê. Duas pistas: tem tudo a ver com o vimos na bolsa chinesa; e o FMI já veio mostrar-se satisfeito.

Há mesmo acordo em Atenas, faltando agora que o Parlamento grego aprove as dezenas de medidas prévias, antes do Eurogrupo poder dar luz verde ao plano traçado. Mas nem tudo é claro: o FMI diz que só entra em outubro, quando houver plano para rever a dívida do país; e a Alemanha continua cética face a um acordo tão rápido. Permanecem também muitas dúvidas quanto à capacidade de a Grécia cumprir as metas traçadas.

Uma lady na mesa, um hom em no escritório? A marca de canetas BiC está a ser dizimada nas redes sociais devido à campanha publicitária “pelas mulheres” que fez na África do Sul. O cartaz diz isto: "Look like a girl, act like a lady, think like a man, work like a boss". Esta noite a marca pediu desculpa pelo "mal-entendido".

Dois amigos picaram-se e nove golos apareceram. Três golos de livre, outros seis para ajudar à festa e um espanhol que voltou a decidir aos 115'. O Barcelona conquistou a sua terceira Supertaça Europeia deste século, mas só bateu o Sevilha com um 5-4 e após o prolongamento. A luta foi estoica, e foi também histórica - como pode ler na crónica do Diogo Pombo.

Noite fora, caiu a notícia da morte de Jorge Gonçalves, o ex-presidente do Sporting que ficou conhecido como o 'bigodes', o homem que ia tratar das unhas do leão - ou, para alguns sportinguistas, como o homem que quase levou o clube à falência e fugiu depois para Angola. Informação relevante, por cá

Oh so quiet é como está o país político. Como as notícias não são muitas, vou hoje dar-lhe apenas o essencial para se manter informado(a):

As empresas públicas registaram mais prejuízos nos primeiros três meses do ano, com perdas de 378 milhões de euros até março - um desvio de mais de 100% face ao previsto. A TAP e os hospitais estragaram a fotografia do trimestre. Mas as contas aos famosos swaps também não ajudam, por causa dos juros baixos.

Mais dados do relatório da Inspeção Geral de Finanças: Quatro entidades públicas gastaram quase 1,5 milhões de euros ilegalmente, entre remunerações, benefícios e regalias.
Há ainda uma auditoria ao regulador da aviação, que fala em dívidas das companhias aéreas de cobrança duvidosa, de outras que faliram e de cobranças anuladas indevidamente.

Esta manhã, os jornais dedicam-se ao aumento do crédito bancário às famílias, que regressou a níveis pré-troika - com os empr&e acute;stimos para a casa a dominarem a estatística, conforme sublinha o Negócios.

A marcar o dia de ontem esteve o valor fixado para a taxa moderadora de uma IVG: 7,5 euros.

Assim como dois problemas que voltam a cena: um no Theatro Circo de Braga, acusado de maquilhar as contas (via Expresso Diário); outro na Escola João de Deus, investigada pelo Ministério Público.

Há tam bém dois médicos acusados de morte por negligência. E ainda um caso de uma mãe que está a ser investigada pelo motivo mais triste do mundo.

Para provar que a política também nos pode dar motivos para sorrir, veja o que diz esta dissidente do novo partido de Marinho e Pinto sobre o mesmo partido que ajudou a fundar há parcos meses (vá, fica só uma lamiré: “é um restaurante que não tardará a fec har portas”).

Mais a sério, José Ribeiro e Castro escreveu aqui no Observador sobre o dia em que morreu o CDS. Pode ler aqui.

E Mário Centeno escreve no Económico para dizer que a coligação tem de aprender a contar.

Fecho com um motivo de orgulho: a nossa Força Aérea participou no salvamento de centenas de imigrantes perdidos no Mediterrâneo (o vídeo está aqui). E com uma notícia animadora: a produção de vinho nacional deve subir 8% este ano.
Os nossos Especiais
O pedaço de América que tudo deu e tudo está a levar. Durante 70 anos a Terceira viveu da Base das Lajes. Agora que os americanos estão a partir, sobram casas vazias, babysitters sem crianças para tomar conta e as memórias de quem teme que a ilha morra. Esta é a reportagem nos A& ccedil;ores - que se escreve com R grande -, pela mão do Diogo Pombo.

O que as pesquisas no Google dizem sobre os hábitos dos portugueses. É claro que já sabemos isto: o Google sabe muito sobre nós. Mas será que sabemos tudo? O Flávio Nunes atreveu-se a entrar em território desconhecido e foi perceber as palavras que mais pesquisamos e a que horas o fazemos. O resultado é um autoretrato de contornos, digamos, curiosos.
Notícias surpreendentes
Curioso, mas sobretudo útil, é esta lista de truques que mudam a forma como usamos o Facebook. O Edgar Caetano encontrou umas lista de 19, testou-a devidamente, reduziu as dicas de 19 a 7 (para ser mais produtivo), e deixou-a aqui para quem quiser seguir-lhe os passos.

É um truque conhecido de todos os pais, mas não tem um limite? Ou, perguntando de outra forma: Chupeta, sim - mas desde e até quando? Explico-me: a filha mais nova de David e Victoria Beckham, de quatro anos, foi fotografada de chucha na boca. Foi o suficiente para voarem críticas - e para o pai sair em sua defesa. Afinal quem tem razão? A Ana Cristina Marques descobriu uma pediatra e uma psicóloga que, mesmo em férias, res ponderam às dúvidas - que não são um exclusivo dos famosos.

Não são celebridades, mas caminham para lá: um pai e filho fotografaram-se juntos ‘na mesma foto’ ao longo de 30 anos, num daqueles álbuns de família que nos deixam a pensar sobre o tempo que passa. O Observador viu a fotogaleria a correr mundo e resolveu pedir os créditos para lhe mostrar também.

Serve para pais, para filhos, para avós, tios e primos. Falo-lhe do roteiro que o Tiago Pais nos fez, numa viagem da Comporta até à beira de Odeceixe. Ladies & gentleman, eis a Costa Alentejana em 20 paragens. A nossa missão, aqui no Observador, é dar-lhe mais ainda do que estas paragens: notícias, reportagens, análises, informação útil e, sim, também divertida. Hoje, como sempre, aqui estaremos à espera que regresse à nossa companhia - quando quiser, bastando um clique.

Tenha um dia feliz. É isso que conta.
Até já!
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ANTÓNIO FONSECA

EL VENTANO - 12 DE AGOSTO DE 2015


el ventano

el ventano


Ponga una tarjeta (de visita) en su vida
Posted: 12 Aug 2015 12:57 AM PDT


Peluquería


Dicen que la primera impresión que se da es esencial a la hora de iniciar una relación social. Si, además de en lo personal, te haces unas molonas tarjetas de visita, el resultado puede ser la hostia, siempre que lo que retraten esos papelitos no sea humo sin nada detrás...


Pastelería


Cafetería


Centro yoga



Cirugía estética



Odontólogo



Despacho divorcios



Estilista



Fotógrafo



Entrenador



Transporte



Pilates



Taller bicis



Fuente


Ada Colau: "Ayer me paró una mujer en la calle y me pidió trabajo para su marido"
Posted: 11 Aug 2015 08:35 AM PDT

Tengo más poder que nunca, y sin embargo en cierto sentido me siento más impotente: a diferencia del activismo social en el que he estado muchos años, ahora no puedo actuar para dar respuesta a casos individuales (Ada Colau)


Ada Colau, alcaldesa de Barcelona


Ayer por la mañana una mujer mayor me paró por la calle, llorando, y me explicó que no llega a fin de mes, con una pensión miserable, un hijo en paro y una vivienda social que no alcanza a pagar. El otro día una amiga me preguntó si podía conseguirle empleo a su marido, camionero, conduciendo algún camión de recogida de la basura. En el colegio de mi hijo, un padre me comentó que lleva cuatro años en el paro y que estaría dispuesto a trabajar de lo que sea. Desde que soy alcaldesa, se han multiplicado las peticiones de empleo: cada día en la calle, por carta, por facebook, hasta por whatsapp y sms.

Aparentemente tengo más poder que nunca, y sin embargo en cierto sentido me siento más impotente: a diferencia del activismo social en el que he estado muchos años, ahora no puedo actuar para dar respuesta a casos individuales. Utilizar el poder que da la alcaldía para resolver casos individuales que acceden a mí por vía personal podría ser considerado clientelismo, incluso tráfico de influencias.

Ahora mi tarea (y la del equipo que me acompaña) es cambiar políticas estructurales, como aumentar las políticas sociales (becas comedor, viviendas de alquiler social); o promover políticas de empleo a través de la agencia Barcelona Activa; o aprobar planes de impulso del comercio de proximidad y la economía cooperativa, el turismo sostenible, la rehabilitación urbana y energética, etc. Políticas que estoy segura que ayudarán a crear no sólo empleo, sino empleo de calidad, pero que necesitan varios meses para ponerse en práctica y empezar a mostrar resultados sustantivos.

Quiero aprovechar el altavoz de las redes sociales para deciros que nos vamos a dejar la piel para hacerlo lo más rápido posible, pero que ahora no puedo intervenir en casos individuales, aunque algunos de los que conozco me hagan llorar de rabia e impotencia. Eso sí: os pido que me sigáis interpelando y explicando la realidad, la que realmente importa, la de la vida cotidiana de la gente, la que -ahora y siempre- debe ser la máxima de nuestras prioridades.

Miles de personas nos votaron para poner la vida digna de todas las personas en el centro de las políticas públicas, sin excusas. Lo sabemos y lo recordamos cada día, con un profundo sentido de la responsabilidad.


Ada Colau, en su Facebook



Toreros agreden brutalmente a antitaurinos en la plaza de toros de Marbella
Posted: 11 Aug 2015 08:23 AM PDT




Domingo 9 de agosto. Plaza de toros de Marbella. Dos activistas saltan al ruedo en protesta contra la salvajada que tiene lugar en la arena. Los empleados de los toreros se toman la justicia por su mano y agreden violentamente a los antitaurinos. La Policía identifica a los agresores y retiene a los activistas. Los animalistas alaban su intervención y denuncian a las cuadrillas de los toreros y a los empleados de la plaza.

Uno de los toreros incluso se encaró a los agentes por la pasividad con que habían actuado contra los jóvenes y protestó por la posible sanción que recibirán sus empleados tras agredirles. Hay quien no se conforma con asesinar animales y se dedica, además, a patear a quienes salen en defensa de la vida.



















Fuente: Virginia Ruiz
La (amigable) imagen de una ciudad sin coches, retratada en un gif
Posted: 11 Aug 2015 08:18 AM PDT




Las grandes ciudades están atestadas de coches y, aunque hay ocasiones en que apenas pueden moverse, el sistema insiste en esta forma de movilidad insostenible. Es algo sabido por todo el mundo, pero es necesario muchas veces una visualización pedagógica que ayude a entender la situación.

Es lo que han pretendido con la iniciativa International Sustainable Solutions, comparando el espacio que ocupan 200 personas que viajan en coche frente al que necesitan si van en autobús o en tranvía. En la primera imagen vemos a 200 personas en 177 coches en una calle de Seattle, EE UU. En la segunda, las mismas personas sentadas retratan la cantidad de espacio que ocupa el automóvil en relación a los usuarios que desplaza.

Pero el bofetón definitivo se produce cuando vemos lo que ocuparían esas mismas personas en tres autobuses, en bicicletas o en un tranvía urbano. El desvarío del ser humano no parece tener límites en muchos aspectos de la vida diaria.





Fuente


Las tesis de Darwin y el espectacular macho sincronizado
Posted: 11 Aug 2015 04:10 AM PDT




Charles Darwin conjeturó en su Descent of Man, and Selection in Relation to Sex que los varones son más espectaculares que las mujeres por razones que conciernen a la conducta reproductiva de las criaturas. “Los machos de casi todas las especies animales demuestran pasiones más fuertes que las hembras”, observó el biólogo. “Esto ocurre porque son los machos quienes deben luchar entre sí para poder reproducirse, o concienzudamente desplegar sus encantos para atraer la atención de las hembras”.

La industria mediática que impulsa el deporte de alta competición no precisó estudiar antropología para apostar decididamente por la virilidad. Según las mediciones realizadas por la Universidad de California, en Estados Unidos la cobertura mediática de los deportes femeninos, en relación a los masculinos, nunca superó la marca del 8,7% que alcanzó en 1999. En 2009 tocó fondo con un 1,6%. ¿Quién se acuerda ya de la desdichada Marion Jones?

La preeminencia de los concursos masculinos ha orillado a numerosas atletas. Son habituales los testimonios de mujeres marginadas en sus nichos deportivos por una opinión pública que las ignora y las condena a las carencias financieras, resultado del desinterés de los patrocinadores. Lo excepcional es lo contrario. Lo raro es lo que padeció Bill May, el pionero, el más célebre de los nadadores de sincronizada del mundo, que se retiró a los 26 años, frustrado después de que la federación estadounidense se negara a solicitar la inclusión de los dúos mixtos en el programa olímpico de Atenas 2004. La bella Rebecca Jasontek, ganadora de un bronce en aquellos Juegos, dictó la sentencia más machista: “Este es un deporte femenino”.

A contracorriente de los ritmos del negocio y la tendencia, la Federación Internacional de Natación (FINA) tardó décadas en comprender que la tesis de Darwin también podía aplicarse a uno de los últimos reductos del deporte exclusivamente femenino. Fue en el congreso de diciembre pasado cuando el organismo que regula la natación resolvió aceptar hombres en dúos mixtos de natación sincronizada en los Mundiales de Natación de Kazán (Rusia).

María José Bilbao es la piedra fundamental de la natación sincronizada en España y es árbitro. En Kazán, donde en estos días asiste a los jueces de la competición, considera que la FINA ha dado un paso imprescindible. “Se salda parcialmente una deuda con los chicos que han nadado sincronizada, y en particular con Bill May”, dice. “Porque lo cierto es que nuestro deporte estaba en deuda con la realidad. Aunque no haya tantos niños varones que opten a practicar un deporte donde la estética es un plus, del mismo modo que no hay tantos aspirantes a bailarín como a bailarina, la presencia de hombres y mujeres ofrece unas posibilidades artísticas y técnicas fantásticas. La FINA entendió que la sincro necesitaba una cuota de espectáculo”.

Un índice de la impopularidad de este deporte entre los hombres fue la escasa calidad disponible para formar dúos mixtos capaces de desarrollar la rutina técnica. Al dúo técnico de chicas se presentaron 38 países. Al dúo mixto, en cambio, solo acudieron seis. Seis naciones famosas por su conservadurismo: Turquía, Japón, Ucrania, Italia, Rusia y Estados Unidos. (España participó en la categoría libre). La concurrencia resultó casi tan insólita como la excelencia del dúo ruso. Alexander Maltev y Darina Valitova pusieron en pie al público de Kazán. Ortodoxos, musulmanes o ateos, lo mismo tártaros del Volga que eslavos del Dniéper. La gente se rindió a la sobrecogedora coreografía con música de pianos y estruendo de bombardeos, homenaje a los hombres y mujeres que lucharon en la II Guerra Mundial. “Una obra de arte”, en palabras de Ana Tarrés, la coreógrafa más innovadora de la última década.

“Coordinar dos cuerpos distintos, con distinta energía, será un desafío”, observa la árbitra Gabriela Viglino. “Tenemos distinta flotabilidad, distinta movilidad. Los hombres son más potentes; las mujeres son más estéticas. Se están definiendo nuevas reglas. Es un nuevo juego. La presencia del hombre da a la rutina un halo de sexualidad que genera mucho entusiasmo en el público. ¡La tribuna se caía!”.

La misma cultura que concibió Divorcio a la italiana gestó al magnífico Giorgio Minisini. Este muchacho de 19 años, sobrio y valiente, ganó dos bronces cambiando pareja en el dúo libre y en el técnico. Ante la perplejidad general se convirtió en el nadador de sincro más laureado de la historia de Italia.

“Me han criticado directa e indirectamente desde que tengo memoria”, dijo Minisini, evocando las tomaduras de pelo de sus colegas romanos. “Pero yo siempre he sabido lo que soy y lo que quiero”. Hijo de una nadadora de sincro y de un árbitro, comenzó a practicar la disciplina más mujeril del agua con seis años, junto con el waterpolo y el taekwondo. Ahora es un mito.

“Levantar la pierna fuera del agua no es tan fácil para un varón”, señala la jueza Viglino cuando destaca el virtuosismo del gran Bill May, que, a sus 36 años, suspendió sus actuaciones en el Cirque du Soleil, a cien dólares cada una, para presentarse en Kazán. Quienes le vieron no podrán olvidar la majestad de sus desplazamientos por la superficie de la piscina. Ganó un oro y una plata. Pero, mucho más importante, confirmó que Darwin tenía razón.


Diego Torres, en El País


PÁGINA UM - 12 DE AGOSTO DE 2015

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