360º
360º
Enquanto dormiaAlexis Tsipras comprometeu-se, uma vez mais, a apresentar uma lista completa das reformas que pretende implementar "rapidamente", numa reunião com a cúpula da União Europeia que terminou sem garantias de financiamento imediato à Grécia. A expressão "está a fiar sem tempo" repetiu-se pela enésima vez. O próximo episódio da novela é na segunda-feira, mas, avaliando pelos risos no Bundestag, de novo sem grandes expectativas.
Do Conselho Europeu desta noite saiu um novo aviso também à Rússia: as sanções económicas vão manter-se em vigor até que o Kremlin e os separatistas da Ucrânia cumpram "plenamente" o acordo de Minsk.
A Casa Branca ameaçou Benjamin Netanyahu com o fim da proteção que tem feito a Israel na ONU, depois de ter ouvido o primeiro-ministro reeleito a dizer, no fim da campanha eleitoral, que a solução de dois estados na região não terá o seu apoio. Netanyahu, entretanto, deu entretanto uma entrevista a reverter a sua posição sobre o tema.
A história mais triste da noite aconteceu, porém, perto de Bordéus. Deixo ao seu critério se vale a pena saber ou não.
Informação relevante
Ouvido durante 10 horas na Comissão de Inquérito ao BES,Ricardo Salgado defendeu-se ao ataque: disparou contra o Banco de Portugal, que responsabilizou diretamente pela queda do seu antigo Grupo. Mas disse mais: que Granadeiro, Zeinal Bava e os brasileiros da Oi sabiam do investimento no GES, que não recebeu dinheiro do BESA, que não houve violação das regras no caso do papel comercial. Mas também deixou muitos silêncios, na resposta a perguntas mais incómodas dos deputados. Desta vez não houve risos nem simpatias, anota esta manhã a Helena Garrido, no editorial do Negócios.
Esta noite acaba o prazo dado pelo Banco de Portugal para que sejam apresentadas as propostas não vinculativas para a compra do Novo Banco. O Diário Económico anuncia que oBPI vai ao concurso, apesar da OPA espanhola ainda condicionar o banco nessa estratégia.
A PT SGPS está, entretanto, em conversações com a Oi, aparentemente para renegociar a opção de compra de 12% das ações. O Negócios diz que nos próximos dias haverá novidades.
Há mais dois casos a marcar a atualidade, que merecem um olhar atento:
Agora uma boa notícia: o programa cheques-dentista, implementado já há uns anos pelo Estado, conseguiu reduzir substancialmente os casos de cáries entre os mais novos, conclui um estudo da DGS que hoje é antecipado pelo Público.
Duas notas mais políticas:
As comissões de manutenção das contas à ordem têm o fim à vista, mas são apenas uma pequena parte do problema. Para que possa fazer contas à vida (bancária), o David Almas explica-lhe aqui qual é o banco que cobra menos (ou nada) e como reduzir a despesa no seu banco a 5,25 euros por ano.
Aqui quem fica em casa é o pai. Na reta final do dia do Pai, ainda ontem, a Ana Marques ouviu três testemunhos de homens com um ponto em comum: horários de trabalho flexíveis, o que lhes permite estar em casa e tomar conta dos filhos. Histórias que começam assim: "Estão felizes e não trocavam a rotina por nada. Chegam mesmo a ter saudades por antecipação, temendo o dia em que já não terão tanta disponibilidade para tomar conta dos miúdos e vê-los crescer."
Um alerta de Isabel Jonet: "Temos de conseguir lutar contra a transmissão intergeracional da pobreza, que em Portugal é impressionante. Muitas pessoas nascem pobres e morrem pobres, se nada for feito pelo caminho". Uma conversa francacom a Ana Pimentel, sobre a realidade que é dura e as soluções que implicam a generosidade de todos. Começando pelas empresas.
Agora a nossa história: No início de Março, a Assembleia da República comemorou, com a câmara de Loures, um episódio de há 100 anos: o "Parlamento do Tojal". Mas será que todos os deputados sabiam o que estavam realmente a comemorar? É que esse episódio é um dos momentos críticos da primeira grande crise da I República, um período que durou de Janeiro a Maio de 1915 e que conheceu o mais sangrento golpe militar desse período conturbado da nossa história. Para uma melhor instrução dos deputados, e de cada um de nós, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto recordaram-no e discutiram-no no Conversas à Quinta desta semana.
Notícias surpreendentes
Do Conselho Europeu desta noite saiu um novo aviso também à Rússia: as sanções económicas vão manter-se em vigor até que o Kremlin e os separatistas da Ucrânia cumpram "plenamente" o acordo de Minsk.
A Casa Branca ameaçou Benjamin Netanyahu com o fim da proteção que tem feito a Israel na ONU, depois de ter ouvido o primeiro-ministro reeleito a dizer, no fim da campanha eleitoral, que a solução de dois estados na região não terá o seu apoio. Netanyahu, entretanto, deu entretanto uma entrevista a reverter a sua posição sobre o tema.
A história mais triste da noite aconteceu, porém, perto de Bordéus. Deixo ao seu critério se vale a pena saber ou não.
Informação relevante
Ouvido durante 10 horas na Comissão de Inquérito ao BES,Ricardo Salgado defendeu-se ao ataque: disparou contra o Banco de Portugal, que responsabilizou diretamente pela queda do seu antigo Grupo. Mas disse mais: que Granadeiro, Zeinal Bava e os brasileiros da Oi sabiam do investimento no GES, que não recebeu dinheiro do BESA, que não houve violação das regras no caso do papel comercial. Mas também deixou muitos silêncios, na resposta a perguntas mais incómodas dos deputados. Desta vez não houve risos nem simpatias, anota esta manhã a Helena Garrido, no editorial do Negócios.
Esta noite acaba o prazo dado pelo Banco de Portugal para que sejam apresentadas as propostas não vinculativas para a compra do Novo Banco. O Diário Económico anuncia que oBPI vai ao concurso, apesar da OPA espanhola ainda condicionar o banco nessa estratégia.
A PT SGPS está, entretanto, em conversações com a Oi, aparentemente para renegociar a opção de compra de 12% das ações. O Negócios diz que nos próximos dias haverá novidades.
Há mais dois casos a marcar a atualidade, que merecem um olhar atento:
- No caso Sócrates, há mais detalhes sobre o acórdão da Relação: o DN diz que a investigação aponta para 8,5 milhões de euros a soma que Sócrates terá recebido de Santos Silva; o jornal i para 2,7 milhões recebidos pelos dois num negócio de direitos televisivos; enquanto o Correio da Manhã destaca mais uma expressão corrosiva dos juízes sobre o ex-primeiro-ministro: "manipulador e pouco sério". Os advogados de Sócrates, no Público, acusam os juízes de mostrarem "desprezo pelo Estado de Direito". A síntese está aqui.
- Já na polémica lista VIP de contribuintes, o presidente do sindicato foi ao Parlamento dizer que não tem "provas palpáveis" do conhecimento do Governo, acreditando porém que houve "aval político" neste caso. Ontem, numa mensagem aos funcionários do Fisco, o demissionário subdiretor admite ter concordado com a necessidade de um novo sistema de controlo prévio - ao que conta o JN, num momento em que o diretor-geral estava ausente. Hoje é a vez de Paulo Núncio ser ouvido (audição que acompanharemos em direto esta tarde). Até lá, vale a pena seguir o debate que se gerou aqui mesmo no Observador, com teses distintas entre o Rui Ramos, Paulo Ferreira, Helena Matos e eu próprio.
Agora uma boa notícia: o programa cheques-dentista, implementado já há uns anos pelo Estado, conseguiu reduzir substancialmente os casos de cáries entre os mais novos, conclui um estudo da DGS que hoje é antecipado pelo Público.
Duas notas mais políticas:
- O PS pediu a opinião dos outros partidos sobre se será necessária uma revisão constitucional para dar mais poderes ao Presidente da República na nomeação do governador do Banco de Portugal. Segundo o DN, PSD e CDS vão deixar o PS a falar sozinho.
- Rui Rio vai esperar, afinal, pelas legislativas para decidir se e como vai reentrar na vida política, conta o Público.
As comissões de manutenção das contas à ordem têm o fim à vista, mas são apenas uma pequena parte do problema. Para que possa fazer contas à vida (bancária), o David Almas explica-lhe aqui qual é o banco que cobra menos (ou nada) e como reduzir a despesa no seu banco a 5,25 euros por ano.
Aqui quem fica em casa é o pai. Na reta final do dia do Pai, ainda ontem, a Ana Marques ouviu três testemunhos de homens com um ponto em comum: horários de trabalho flexíveis, o que lhes permite estar em casa e tomar conta dos filhos. Histórias que começam assim: "Estão felizes e não trocavam a rotina por nada. Chegam mesmo a ter saudades por antecipação, temendo o dia em que já não terão tanta disponibilidade para tomar conta dos miúdos e vê-los crescer."
Um alerta de Isabel Jonet: "Temos de conseguir lutar contra a transmissão intergeracional da pobreza, que em Portugal é impressionante. Muitas pessoas nascem pobres e morrem pobres, se nada for feito pelo caminho". Uma conversa francacom a Ana Pimentel, sobre a realidade que é dura e as soluções que implicam a generosidade de todos. Começando pelas empresas.
Agora a nossa história: No início de Março, a Assembleia da República comemorou, com a câmara de Loures, um episódio de há 100 anos: o "Parlamento do Tojal". Mas será que todos os deputados sabiam o que estavam realmente a comemorar? É que esse episódio é um dos momentos críticos da primeira grande crise da I República, um período que durou de Janeiro a Maio de 1915 e que conheceu o mais sangrento golpe militar desse período conturbado da nossa história. Para uma melhor instrução dos deputados, e de cada um de nós, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto recordaram-no e discutiram-no no Conversas à Quinta desta semana.
Notícias surpreendentes
Sabia que hoje é o Dia da Felicidade? Precisamente por isso, decidimos trazer-lhe a história de um português no país mais feliz do mundo. Sabe qual é?
A propósito de portugueses e de longas viagens: aqui está Jorge Cristóvão, pronto para começar uma viagem de 6.800 km de bicicleta, para levar uma bandeira portuguesa a Baku. O Diogo Pombo foi ter com ele e ouviu-o determinado: "Epá, vamos então". Vamos?
Sobre a felicidade, duas recomendações adicionais: este texto ótimo com as nove expressões que devemos a Herman José (que ontem apagou 61 velas); e estas 20 contas de Instagram que promovem um estilo de vida saudável, sugeridas simpaticamente pela Harper's Bazzar.
Por hoje, fica por aqui o 360º - precisamente à hora do eclipse. Não se esqueça: tenha cuidado a olhar o sol. E já agora vá passando por cá e mandando as suas fotografias.
O Observador vai continuar por aqui, sempre atento à atualidade.
Tenha um dia feliz! E um fim de semana descansado.
A propósito de portugueses e de longas viagens: aqui está Jorge Cristóvão, pronto para começar uma viagem de 6.800 km de bicicleta, para levar uma bandeira portuguesa a Baku. O Diogo Pombo foi ter com ele e ouviu-o determinado: "Epá, vamos então". Vamos?
Sobre a felicidade, duas recomendações adicionais: este texto ótimo com as nove expressões que devemos a Herman José (que ontem apagou 61 velas); e estas 20 contas de Instagram que promovem um estilo de vida saudável, sugeridas simpaticamente pela Harper's Bazzar.
Por hoje, fica por aqui o 360º - precisamente à hora do eclipse. Não se esqueça: tenha cuidado a olhar o sol. E já agora vá passando por cá e mandando as suas fotografias.
O Observador vai continuar por aqui, sempre atento à atualidade.
Tenha um dia feliz! E um fim de semana descansado.
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Subscreva
as nossas Newsletters
ANTÓNIO FONSECA