terça-feira, 17 de março de 2015

OBSERVADOR - 360º - 16 DE MARÇO DE 2015

360º‏

360º

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com
 


360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia
Um milhão de manifestantes em São Paulo, muitos mais noutras cidades do Brasil. Todos contra Dilma Rousseff, mas com diferentes objetivos: alguns contra a corrupção, outros contra as medidas económicas anunciadas pelo Governo, muitos exigindo a destituição da Presidente. O Governo assustou-se e anunciou novas medidas contra a corrupção e uma reforma política (já voltamos ao tema).
“No fim, temos de negociar”. Com esta frase, John Kerry admitiu que os EUA estão empenhados em dialogar com o presidente sírio Bashar al-Assad para colocar um ponto final na guerra na Síria, através de uma solução política e não militar. Já morreram 215 mil pessoas naquele conflito.

Yanis Varoufakis garante que a Grécia tem apenas um "pequeno" problema de tesouraria, ainda que esteja a recorrer até aos fundos de pensões públicos para pagar aos credores. O ministro das Finanças grego mostrou-se também arrependido da sessão fotográfica que fez com a mulher para a Paris-Match, que causou polémica nas redes sociais.

Um tufão de dimensões inimagináveis atingiu na sexta-feira o arquipélago de Vanuatu, na Oceania, deixando as agências internacionais de ajuda humanitária aflitas com o cenário que encontraram - e com as dificuldades logísticas em ajudar.“Quando se monta uma resposta, tem de se ser rápido para se ser capaz de salvar vidas imediatamente. Se não se for rápido vai haver uma perda significativa de vidas”, disse o responsável da Save the Children.
 
Informação relevante

O Plano Juncker chega hoje a Portugal: o vice-presidente da Comissão Europeia passa por Lisboa para explicar como vai ser concretizado o famoso plano para promover o investimento na Europa - com mais de 300 mil milhões e à procura de um milhão de novos empregos. Como a informação ainda é escassa, o Observador preparou-lhe este Explicador sobre o assunto, que inclui um ponto sobre como Portugal pode beneficiar dele. 
O Jornal de Negócios entrevistou precisamente Jyrki Katainen, que garante que o plano "nasceu a pensar em países como Portugal". Dirá isto a todos?

António Costa e Passos Coelho passaram o fim de semana numa troca de argumentos sobre a estratégia a seguir para o país. O líder socialista usou as jornadas parlamentares do partido para prometer um novo apoio social, agora para as crianças mais pobres; Passos desafiou Costa a dizer como a pagará; e Costa insistiu dizendo que "não há contas equilibradas se houver aumento da pobreza"
A luta política continua noutro plano: o PS anunciou que vai propor uma mudança na nomeação do governador do Banco de Portugal, tirando do Governo o poder exclusivo nesse processo - a escassos meses da escolha do substituto de Carlos Costa. O PSD respondeu que isso só é possível através de uma revisão constitucional e atirou contra um PS que "só pensa em lugares".
(A propósito, vale a pena referir que Sampaio da Nóvoa parece estar a receber sinais de que pode ser apoiado pelo PS numa candidatura a Belém, diz o i) 

Falando em lugares, um outro ponto do discurso socialista é hoje analisado no Público: os candidatos do PS têm sido sucessivamente recusados nos processos de nomeaçõespara lugares de topo no Estado. O jornal fala de um candidato que já chegou 11 vezes à reta final dos concursos e nunca conseguiu o lugar. 

No plano político, o Observador publicou este fim de semana uma interessante entrevista a Paulo Rangel, onde o eurodeputadoexorta Passos a lançar já as bases de um novo programa de Governo, se quer ter como objetivo uma nova maioria. Rangel traça também o seu perfil para um candidato presidencial, explica por que não excluiu ainda o cenário de uma saída grega do euro efaz um sério alerta sobre Vladimir Putin, que acredita estar apostado em dividir a Europa, não só na Ucrânia, mas também interferindo em vários processos eleitorais. 

Uma boa notícia na área económica: Singapura vai investir mais 40 milhões na expansão do terminal de Sines, criando 150 postos de trabalho. Ainda este ano, diz o Jornal de Negócios. O jornal faz um trabalho gráfico com uma pergunta importante como mote: como mudou a economia em Portugal nos últimos 20 anos. Vale a pena passar os olhos.

Boas notícias também sobre o tratamento da hepatite C: o DN conta que quase todos os 1133 doentes reagiram na perfeição ao novo medicamento. 

um dado sobre o SNS: a despesa em saúde em Portugal está acima média europeia, representando 10,2% do PIB, diz um estudo da Organização Mundial de Saúde que é hoje apresentado. Mas como o nosso PIB é inferior, a despesa per capita fica 20% abaixo da media na UE.

Há também uma denúncia, feita pela Santa Casa da Misericórdia à PJ, que faz manchete no JN: são casos de possível lavagem de dinheiro com prémios dos jogos.  

Hoje mantenha-se atento: o Supremo Tribunal de Justiça decide sobre o pedido de libertação imediata de José Sócrates,feito pelos seus advogados. Ao início da tarde saberemos em que sentido.

Os nossos especiais

50 dias de Syriza. E começaram assim, com este discurso de Alexis Tsipras: “Amigos, o novo governo grego vai provar que as Cassandras deste mundo estavam erradas. Não haverá um confronto mutuamente destrutivo [com a Europa], mas temos uma grande oportunidade para um novo começo". O Edgar Caetano fez rewind nesta história já comprida, falou com gente em Atenas e fora da Acrópole e arriscou um percurso pela mitologia à procura de prognósticos. Cassandras

Mãos sujas na Petrobras. Era até há um ano motivo de maior orgulho para os brasileiros e é agora sinónimo de corrupção, subornos, prejuízos enormes, fornecedores falidos e escândalo político. Alvo de uma comissão parlamentar de inquérito no Congresso, o escândalo Petrobras está para o Brasil como o caso BES/GES está para Portugal, com com um efeito mais sistémico na economia e mais ligações proibidas ao mundo da política. A Ana Suspiro conta os detalhes desta história que ninguém sabe como vai acabar.

Qual é a idade certa para os miúdos irei sozinhos para a escola? Partindo de uma história real, passada nos EUA, a Maria João Calais Pedro conta como se tornou cada vez mais difícil tomar esta decisão numa sociedade obcecada com a proteção das crianças. Estaremos nós, pais, em excesso de zelo?

Até onde devemos andar para abastecer o carro? Até 56 quilómetros, pergunta e responde o David Almas. O facto é este: nem sempre o posto económico perto de nós é a escolha mais barata para a carteira. Os residentes dos distritos de Lisboa e do Porto devem percorrer maiores distâncias para atestar. Contas feitas, aqui explica-se onde deve ir.

Notícias surpreendentes
Hoje trago-lhe algumas notas sobre bons artistas, em português. Começando por Odeith, um dos mais antigos writers portugueses, cujo trabalho já se encontra em cidades como Londres, Dubai, Nova Orleães ou Abu dabhi. Conta-nos o Tiago Pais que ele joga com as perspetivas para fazer o graffiti saltar do muro. Este jacaré é uma boa prova disso.

Já Peter Pereira recebeu este sábado o prémio Fotógrafo do Ano da Nova Inglaterra (região que inclui seis estados dos EUA), da National Press Photographers Association, uma organização que representa todos os fotojornalistas do país. Quer espreitar? Welcome to the USA.

E agora Goya, os 80 caprichos de Goya. Sim, em português, porque não é todos os dias que Portugal recebe uma série completa de obras de Francisco de Goya. Mas é isso mesmo que vamos poder ver até 12 de maio, no Torreão Poente do Terreiro do Paço, em Lisboa. A exposição segue depois para o Porto e outras cidades portuguesas, como aqui explica a Sara Otto Coelho.

É com este tour que me despeço por hoje. O 360º volta amanhã, mas o Observador vai ficar por aqui, sempre atento às últimas notícias, para que não perca pitada. 
Tenha um dia ótimo, produtivo e de sorriso rasgado. 
Até já!
 
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ANTÓNIO FONSECA


EL VENTANO - 16 DE MARÇO DE 2015

el ventano‏

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16-03-2015
 
 Newsletters
Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

el ventano


Posted: 16 Mar 2015 01:00 AM PDT







Desde hace años, muchos medios de comunicación han abandonado su función social para responder a intereses que en demasiadas ocasiones no son los de la ciudadanía a la que debería servir. El director de 20Minutos, Arsenio Escolar, centró su intervención sobre este asunto en el Congreso de Periodismo Digital celebrado en Huesca la pasada semana.

El veterano periodista desgranó un decálogo de ideas que todo el sector conoce y dice practicar. Como dijo George Orwell, "periodismo es publicar lo que alguien no quiere que publiques. Todo lo demás son relaciones públicas". Este es un extracto del decálogo de Escolar.


1. No a las ruedas de prensa sin preguntas. No a las comparecencias institucionales donde el Gobierno dicta notas de prensa a los periodistas.

2. Si metes la pata, sácala. No podemos sacar portadas con noticias falsas y rectificar en un breve.

3. Ojo a las dádivas y a los regalos.

4. Tenemos que ser más transparentes con nuestros lectores a cerca de la propiedad de cada medio.

5. No a la publicidad institucional opaca. Hay que saber de dónde sale del dinero.

6. No a las ayudas y subvenciones opacas (de ayuntamientos, diputaciones...) a los medios de comunicación. Hay que hacer un censo nacional para que se conozca.

7. No a la prensa proxeneta. Suprimir los anuncios de prostitución.

8. Acabemos con el estereotipo de que lo impreso es viejo, antiguo, y lo digital es bueno.

9. A los jóvenes periodistas: Podéis saber de todo, pero, por favor, venid perfectamente equipados en español.

10. No más periodismo obsequioso, complaciente, cómplice, opaco y engreído. Necesitamos un periodismo crítico, distante del poder, ético y social.



Posted: 16 Mar 2015 12:00 AM PDT


Asesores sudando por hallar la frase redonda que llenará los titulares aunque sea de manera efímera y con unas consecuencias que nadie sabe valorar. Pero lo importante es ocupar espacio y pantallas, especialmente en tiempo electoral, aunque sea a base de sandeces. Estas son algunas de este fin de semana, en el que el PP ha ganado por goleada, aunque con Cristina y Esperanza no tiene mucho mérito.






"Me hago la rubia para afrontar situaciones difíciles, entre muchas cosas, para pillar a la gente con la guardia baja" (Cristina Cifuentes)

"Como gane Podemos, será la última vez que votemos libremente" (Esperanza Aguirre)

"Yo soy la auténtica coletas" (Cifuentes)

"Prometen el cielo y suelen traer el infierno" (Aguirre)

"Muchos estamos por vocación de servicio y vamos a salir de la política con menos de lo que teníamos" (Cifuentes)



Posted: 15 Mar 2015 11:00 PM PDT


Jordi Évole se ha metido en las cloacas del sector financiero de la mano de Rainer Voss, un exbanquero experto en inversión que tuvo que dejar su trabajo antes de que la secta en que se había metido lo abrasara. Estas son algunas de las reflexiones que ha soltado ante las cámaras del programa Salvados este domingo.







"La banca es una comunidad muy aislada, casi como una orden secreta, y no puedes dejar que te afecte, porque tendrías que abandonar la industria"

"El porcentaje de psicópatas en el sector va del 15 al 20%. Existe una divinidad, Deutsche Bank, Santander o como quieras llamarlo, y tu trabajo es como una devoción a dicha divinidad. Y es un círculo vicioso, nunca tienes suficiente, por eso digo que es una secta"

"Yo dejé de trabajar en 2008 por una decisión personal, y tardé cinco años en resocializarme, es como salir de una prisión porque tienes que aprender cosas que llevas mucho tiempo sin hacer, como ir a un supermercado o tomar un autobús, y también tienes que arreglarte un poco la cabeza, yo necesité ayuda profesional para hacerlo"

"Los seres humanos pasan a ser menos importantes, todo está relacionado con el dinero, y cuanto más, mejor. Todo se vuelve agresivo y desagradable. Todo dejó de ajustarse a mis valores"

"He sido testigo de cosas que me hacían preguntarme por qué se hacen, no tiene sentido, no es nada beneficioso personalmente para quienes las hacen. Ha habido historias de manipulación de tasas de interés sin beneficio para ello, y la respuesta cínica es que lo hacen porque pueden, es su forma de ejercer el poder"

"No importa la manera de conseguir los beneficios, eso nunca se discute. Las cosas nunca se dicen, es un espíritu, de otra manera sería un comportamiento criminal"

"Lo que ha pasado en Grecia, y seguro que ese problema lo vivís también en España este año, perderéis vuestra soberaría como ciudadanos. Os dirán que si votáis a Podemos os saldrá caro, muy caro. Y sólo puedo aplaudir a los griegos que no se hayan creído ese cuento y espero que los españoles hagan lo mismo. No votes o dejes de votar porque a los mercados les guste o no"

"Con la crisis nada ha cambiado y me refiero a España, Grecia, Francia, etc. Para mí es un misterio, sobre todo porque los mercados se nos venden como algo muy racional, pero eso implica aprendizaje, y los mercados no aprenden"

"La banca se ha vuelto tan compleja que es casi imposible entender la causa-efecto, y la responsabilidad es una palabra vacía de contenido. Hay tantos productos financieros porque no cuestan nada. Pasa como con las medicinas, tienes una pastilla nueva, que hace lo mismo que la anterior, pero es más cara y es nueva"


Fuente: 'ecoteuve.eleconomista.es/programas/noticias/6556247/03/15/Asi-ve-el-sector-financiero-un-banquero-arrepentido-junto-a-Jordi-Evole-en-Salvados.html#.Kku8ZqQjtN1SWXup'


Posted: 15 Mar 2015 03:42 PM PDT
























































Fuente: 'blogs.20minutos.es/clipset/los-mejores-gifs-del-ano/'


Posted: 15 Mar 2015 10:03 AM PDT






La mujer inscribió a su hija de siete años en la Copa de España de bicicleta BMX, y comprobó que, a pesar de que el precio por participar es igual para chicos y chicas, los premios para ellos son tres veces superiores a los de para ellas. Así, en la prueba que se celebra este fin de semana en San Vicente del Raspeig (Alicante) el premio es de 110 euros al primer clasificado júnior masculino, pero solo 40 euros para la misma clasificada femenina.

Al considerar que ello supone una discriminación para las mujeres, la madre lo denunció hace días en la Federación de Ciclismo y en el Departamento de Mujer y Deporte del Ministerio de Educación, pero aún está esperando alguna respuesta.

Según afirma, en la federación le ha pedido "paciencia", a lo que la mujer ha respondido: "Ya hemos tenido demasiada paciencia". Y en el Ministerio de Educación le pidieron más información, aunque una vez enviada  no ha vuelto a obtener respuesta.

La federación argumenta que cambiar esta situación "exige que se modifique el reglamento y esto no se hace de la noche a la mañana". Sin embargo, la Unión Ciclista Internacional (UCI) equiparó en 2012 los premios monetarios para hombres y mujeres en el Campeonato del Mundo. Esta discriminación sexista se da también en otros deportes, con el agravante de que en muchos casos cuentan con financiación pública.


Fuente: 'eldiario.es/sociedad/Espana-ciclismo-BMX-premios-mujeres_0_366064167.html'



Posted: 15 Mar 2015 12:38 PM PDT


Una simple frase, como la que cabe en un tuit, sirve muchas veces para calificar a quien la escribe. En el caso de Zaida Cantera, contrasta el tuit colgado por el PP alabando a la oficial, frente al comentario que el cartero (o cartera) le dejó a la capitana en un aviso de envío, y que esta ha colgado en Twitter.





El programa La Sexta Noche ha abordado este sábado el caso de los acosos sexuales sufridos en el Ejército por la oficial Zaida Cantera por parte del coronel Isidro José de Lezcano Mújica, que fue condenado a dos años y diez meses de cárcel.

El debate ha sido comentado en Twitter bajo el hashtag #L6Ncasozaida, con opiniones críticas contra la intervención del ministro de Defensa, Pedro Morenés, y la postura del Partido Popular. A pesar de ello, el PP ha colgado un comentario que retrata la profunda indecencia y la hipocresía más zafia que anida entre los dirigentes de este partido.

Porque hace falta disfrutar de unos elevados niveles de indignidad para atreverse a colgar un tuit como este: "Zaida es un ejemplo de valentía y coraje para que estos casos no se vuelvan a repetir en las Fuerzas Armadas".

Frente a tanta obscenidad, alegra encontrarse con el breve mensaje que el cartero dejó a la capitana Cantera, y que esta ha querido colgar en su cuenta de Twitter para agradecer el detalle: "Un besazo para mi cartero", le dice.




Zaida es un ejemplo de valentía y coraje para que estos casos no se vuelvan a repetir en las Fuerzas Armadas @pablocasado_ #L6Ncasozaida
— Partido Popular (@PPopular) marzo 14, 2015




Nada podría haber pasado sin vosotros. No puedo estar mas orgullosa de mis ciudadanos. Un besazo para mi cartero pic.twitter.com/i1EaGDbfcz
— Zaida Cantera (@ZaidaCantera) marzo 14, 2015



El PP aprovechó la ocasión para seguir desgranando su mezquindad con otros tuits...



Estamos orgullosos de las Fuerzas Armadas que tenemos, un garbanzo negro no puede empañarlas @pablocasado_ #L6Ncasozaida
— Partido Popular (@PPopular) marzo 14, 2015



El Gobierno de @marianorajoy está erradicando la violencia de género en todos los ámbitos @pablocasado_ #L6Ncasozaida
— Partido Popular (@PPopular) marzo 14, 2015




Una secuencia del juicio contra el coronel acosador


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Posted: 15 Mar 2015 03:53 AM PDT


La solución del PP al problema de la imputación masiva no complacerá a muchos, pero abre una vía a la solución de algunos de nuestros problemas comunes. Y es que la tan esperada regeneración democrática quizá no pase tanto por las personas o las siglas como por las palabras...







Nadie podrá decir que el Partido Popular no cumple sus promesas. Prometió concurrir a las elecciones sin un solo imputado en sus listas, y ya lo ha cumplido. A diez meses de las generales, nada menos. Lo ha hecho de manera indirecta, eso sí: con la reforma de la Ley de Enjuiciamiento Criminal aprobada el viernes que sustituye el vulgar término “imputado” por el mucho más elegante “investigado”. Puro pensamiento lateral: si la política no puede cambiar la realidad, siempre te queda cambiar la semántica.

Claro que no puede decirse que se trate de algo realmente innovador, ni siquiera en nuestro país. Zapatero, sin ir más lejos, a punto estuvo de librarnos de la crisis a base de llamarla cualquier otra cosa. No le funcionó, quizá por su escaso expertise en aquello de la sinonimia, pero el esfuerzo merece ser reivindicado (en este sentido, propongo poner su nombre, Jose Luis, a una rotonda, glorieta o cualquier otra construcción vial).

La solución del PP al problema de la imputación masiva no complacerá a muchos, pero es innegable que cumple con lo prometido y abre una vía a la solución de algunos de nuestros problemas comunes. Y es que la tan esperada regeneración democrática quizá no pase tanto por las personas o las siglas como por las palabras.

Podríamos, echando mano de la soberanía popular, dar vacaciones a nuestros representantes electos y montar en el Congreso un simposio de lingüistas. Con una o dos semanas sería suficiente, un mes a lo sumo. Que ocupen los escaños y debatan qué vocablos nos están haciendo la vida imposible y por cuáles podríamos sustituirlos. Una gran brainstorming semántico-nacional, televisada en directo por el canal 24 horas.

Qué duda cabe que, de ese debate, saldría un nuevo y mejor país. Sin presuntos ni ladrones. Sin dinero negro ni mordidas ni financiaciones ilegales. Sin brutalidad policial ni torturas ni externalizaciones.

Después de todo, ¿por qué no llamar a la corrupción primavera? O alhelí. O nomeolvides. Imagínese usted el Telediario de mañana: “Siete nuevos investigados por presunta primavera”. ¿Cómo no amar a un país con semejantes titulares?


José A. Pérez: 'mimesacojea.com/2015/03/no-me-llames-imputado-llamame-lola/'



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