360º
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Enquanto dormia
A polícia da Irlanda do Norte conseguiu desmantelar um plano para um ataque terrorista contra antigos membros das forças de segurança que trabalham como figurantes nas rodagens da série televisiva Guerra dos Tronos. De acordo com a imprensa irlandesa, o ataque estava a ser preparado há vários meses.
Na Grécia, Alexis Tsipras voltou a prometer no Parlamento lutar pela "devolução" das designadas dívidas alemãs derivadas da Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, recebia nova mensagem do presidente do Eurogrupo: a Grécia não receberá dinheiro se o Governo não fizer as reformas necessárias. O recomeço dos trabalhos técnicos com as "instituições" está marcado para hoje.
Foi a música mais popular do verão de 2013, vendendo mais de sete milhões de cópias e rendendo milhões de dólares a Robin Thicke e Pharrell Williams. Esta terça-feira, um juiz decidiu que Blurred Lines não é uma canção original, mas sim uma cópia do êxito do famoso músico Marvin Gaye, Got to Give It Up. Thicke e Williams terão de indemnizar os herdeiros de Gaye em 6,8 milhões de euros.
Informação relevante
No dia em que Passos Coelho enfrenta a oposição no caso das suas antigas dívidas à Segurança Social, os jornais da manhã voltam ao caso. O Público levanta a hipótese de o agora primeiro-ministro ter estado mais tempo sem fazer os devidos descontos e o Expresso Diário mostra uma lista de recibos verdes que diz terem sido emitidos por Passos.
Sobrando a especulação, Miguel Poiares Maduro deixou um alerta: “O ruído, o barulho e todos os casos políticos que surgem nunca são bons. E não é para o Governo. Nunca são bons para o país”.
Uma sondagem do Correio da Manhã e Negócios parece indicar nesse sentido: PSD e PS estão em perda nas intenções de voto.
Ainda no Público, um detalhe sobre a declaração de interesses de António Costa: o autarca viveu num duplex cuja (re)construção foi feita contra um parecer da Câmara por si presidida - depois ultrapassado por outro, do Igespar.
Em tudo isto, e com uma lista crescente de políticos que andaram com os impostos às costas, fica uma pergunta para nos deixar a pensar (mas essa deixo mais abaixo, nos Nossos Especiais).
Outro tópico sobre transparência: o Conselho Superior do Ministério Público elogia as propostas da maioria, do PCP e Bloco para a criação de um crime de enriquecimento ilícito. O parecer que chegou à AR sugere soluções cíveis para que o processo seja mais rápido, mas deixa meio caminho andado para um projeto que se arrasta há mais de dois anos.
Vítor Gaspar respondeu aos deputados da Comissão de Inquérito do BES, dizendo que Ricardo Salgado lhe revelou "em pessoa" que aderiu ao perdão fiscal aberto pelo Governo, mas garantindo que este nunca lhe disse que havia problemas financeiros no BES ou no GES. Numa resposta cheia de subtilezas, o ex-ministro conta também porque não perdoou a Salgado uma referência crítica à situação da dívida portuguesa.
Faria de Oliveira foi, entretanto, ouvido ontem, dizendo ter preferido uma recapitalização pública do BES (sem envolver a banca, portanto). Enquanto isso, a maioria quer enviar para a Justiça o testemunho do ex-contabilista do grupo.
No que respeita ao Novo Banco, regista-se uma desistência: oBBVA não vai a jogo na corrida à compra do banco.
Noutro inquérito judicial, o do caso das secretas, o primeiro-ministro garantiu nunca ter tido conhecimento de que os serviços de informações tenham agido à revelia da lei - contradizendo o ex-superespião Silva Carvalho, que disse ser prática habitual o acesso a registos telefónicos, por exemplo, de jornalistas. Passos admite neste caso levantar o segredo de Estado para que apure o que se passou.
Uma má nova: A Comissão Europeia detetou falhas no sistema de controlo de pagamentos dos fundos agrícolas recebidos por Portugal e identificou ajudas irregulares. A factura é de 143 milhões de euros.
Três factos:
"Striptease" fiscal. Até onde devem ir aos políticos? Com as dívidas antigas de Passos Coelho a voltar à ribalta esta quarta-feira, no Parlamento, a Helena Pereira e o Miguel Santos foram perguntar a deputados e comentadores até que ponto o momento que vivemos aconselha a mais transparência dos políticos - ou devemos evitar o risco de voyeurismo. As primeiras respostas estão aqui - mas o debate está para lavar e durar, também aqui no Observador.
O Apple Watch é "uma sandes de torresmos", ouviu o João Pedro Pincha, quando foi correr uma série de relojoarias em Lisboa, perguntando se a nova geração de relógios lhes vai estragar a vida. Porquê torresmos? Acredite, vale a pena ler para saber (e aproveitar a oportunidade para ver as montras, porque não).
O "Green Sheikh" veio a Lisboa explicar por que é verde. Veio da terra do petróleo, mas é um embaixador do ambiente. Numa conversa animada com a Vera Novais, em pleno Zoo de Lisboa, al Nuaimi explica por que razão o desenvolvimento sustentável "é um mito".
Notícias surpreendentesUma empresa chinesa conseguiu construir um arranha-céus de 57 andares em 19 dias. A sério: há um vídeo em time-lapse que nos mostra como. Pelo sim, pelo não, talvez seja melhor ver à distância.
Ah, e por falar em vídeos: veja estes de Zach King. Tem 23 anos, vive em Los Angeles e, na garagem, edita vídeos de seis segundos com efeitos de magia e ilusão que até lhe valeram um convite para a cerimónia dos Óscares de Hollywood. Anote: ele chega a demorar seis horas a fazer cada um.
O que demora a construir pode ser destruído num ápice, certo? Foi quase o que aconteceu neste caso: um ministro romeno quis oferecer uma brochura ao seu homólogo alemão para assinalar as boas relações entre os dois países, mas a brochura trocou o mapa da Alemanha por um de França. Até ao momento não é conhecida a reação da chanceler Merkel.
Quando há um problema diplomático, o melhor é chamar Bond, James Bond. O famoso espião acabou de receber uma nova companhia para o 24º filme da saga. A nova Bond Girl chama-se Stephanie Sigman, vem do México e parece ter experiência no ramo: o seu último filme chamava-se "Miss Bala".
Fecho o 360º, com o desejo de que tenha um dia produtivo e animado, sem problemas diplomáticos. Sem hora marcada, esteja onde estiver, passe por nós para saber as últimas (e as melhores) notícias.
Até já!
Na Grécia, Alexis Tsipras voltou a prometer no Parlamento lutar pela "devolução" das designadas dívidas alemãs derivadas da Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, recebia nova mensagem do presidente do Eurogrupo: a Grécia não receberá dinheiro se o Governo não fizer as reformas necessárias. O recomeço dos trabalhos técnicos com as "instituições" está marcado para hoje.
Foi a música mais popular do verão de 2013, vendendo mais de sete milhões de cópias e rendendo milhões de dólares a Robin Thicke e Pharrell Williams. Esta terça-feira, um juiz decidiu que Blurred Lines não é uma canção original, mas sim uma cópia do êxito do famoso músico Marvin Gaye, Got to Give It Up. Thicke e Williams terão de indemnizar os herdeiros de Gaye em 6,8 milhões de euros.
No dia em que Passos Coelho enfrenta a oposição no caso das suas antigas dívidas à Segurança Social, os jornais da manhã voltam ao caso. O Público levanta a hipótese de o agora primeiro-ministro ter estado mais tempo sem fazer os devidos descontos e o Expresso Diário mostra uma lista de recibos verdes que diz terem sido emitidos por Passos.
Sobrando a especulação, Miguel Poiares Maduro deixou um alerta: “O ruído, o barulho e todos os casos políticos que surgem nunca são bons. E não é para o Governo. Nunca são bons para o país”.
Uma sondagem do Correio da Manhã e Negócios parece indicar nesse sentido: PSD e PS estão em perda nas intenções de voto.
Ainda no Público, um detalhe sobre a declaração de interesses de António Costa: o autarca viveu num duplex cuja (re)construção foi feita contra um parecer da Câmara por si presidida - depois ultrapassado por outro, do Igespar.
Em tudo isto, e com uma lista crescente de políticos que andaram com os impostos às costas, fica uma pergunta para nos deixar a pensar (mas essa deixo mais abaixo, nos Nossos Especiais).
Outro tópico sobre transparência: o Conselho Superior do Ministério Público elogia as propostas da maioria, do PCP e Bloco para a criação de um crime de enriquecimento ilícito. O parecer que chegou à AR sugere soluções cíveis para que o processo seja mais rápido, mas deixa meio caminho andado para um projeto que se arrasta há mais de dois anos.
Vítor Gaspar respondeu aos deputados da Comissão de Inquérito do BES, dizendo que Ricardo Salgado lhe revelou "em pessoa" que aderiu ao perdão fiscal aberto pelo Governo, mas garantindo que este nunca lhe disse que havia problemas financeiros no BES ou no GES. Numa resposta cheia de subtilezas, o ex-ministro conta também porque não perdoou a Salgado uma referência crítica à situação da dívida portuguesa.
Faria de Oliveira foi, entretanto, ouvido ontem, dizendo ter preferido uma recapitalização pública do BES (sem envolver a banca, portanto). Enquanto isso, a maioria quer enviar para a Justiça o testemunho do ex-contabilista do grupo.
No que respeita ao Novo Banco, regista-se uma desistência: oBBVA não vai a jogo na corrida à compra do banco.
Noutro inquérito judicial, o do caso das secretas, o primeiro-ministro garantiu nunca ter tido conhecimento de que os serviços de informações tenham agido à revelia da lei - contradizendo o ex-superespião Silva Carvalho, que disse ser prática habitual o acesso a registos telefónicos, por exemplo, de jornalistas. Passos admite neste caso levantar o segredo de Estado para que apure o que se passou.
Uma má nova: A Comissão Europeia detetou falhas no sistema de controlo de pagamentos dos fundos agrícolas recebidos por Portugal e identificou ajudas irregulares. A factura é de 143 milhões de euros.
Três factos:
- Os administradores hospitalares acham insuficientes osnovos incentivos para levar médicos a trabalhar no interior - apesar de os registarem como um passo na direção certa.
- Houve 195 funcionários públicos que optaram por sair do Estado, depois de terem sido colocados em requalificação, a maioria seguindo para aposentação. Osdados são do Negócios.
- Entre as empresas do PSI 20, foram 14 as que fizeram mudanças ao nível da liderança da comissão executiva ou do Conselho de administração. Contas do Económico, na sequência da saída de cena de Belmiro de Azevedo.
- Há cada vez mais portugueses a doar parte do seu IRS a instituições sociais. Foram 412 mil no ano passado. E este ano há mais instituições na lista, conta o DN.
- Duas empresas portuguesas venceram o prémio de melhor app europeia, num congresso em Barcelona. Ora veja o que eles fizeram.
- O F.C. Porto passou pela 7ª vez aos quartos de final da Liga dos Campeões, com uma exibição de luxo, seguindo o resumo criativo do Hugo Tavares da Silva.
"Striptease" fiscal. Até onde devem ir aos políticos? Com as dívidas antigas de Passos Coelho a voltar à ribalta esta quarta-feira, no Parlamento, a Helena Pereira e o Miguel Santos foram perguntar a deputados e comentadores até que ponto o momento que vivemos aconselha a mais transparência dos políticos - ou devemos evitar o risco de voyeurismo. As primeiras respostas estão aqui - mas o debate está para lavar e durar, também aqui no Observador.
O Apple Watch é "uma sandes de torresmos", ouviu o João Pedro Pincha, quando foi correr uma série de relojoarias em Lisboa, perguntando se a nova geração de relógios lhes vai estragar a vida. Porquê torresmos? Acredite, vale a pena ler para saber (e aproveitar a oportunidade para ver as montras, porque não).
O "Green Sheikh" veio a Lisboa explicar por que é verde. Veio da terra do petróleo, mas é um embaixador do ambiente. Numa conversa animada com a Vera Novais, em pleno Zoo de Lisboa, al Nuaimi explica por que razão o desenvolvimento sustentável "é um mito".
Notícias surpreendentesUma empresa chinesa conseguiu construir um arranha-céus de 57 andares em 19 dias. A sério: há um vídeo em time-lapse que nos mostra como. Pelo sim, pelo não, talvez seja melhor ver à distância.
Ah, e por falar em vídeos: veja estes de Zach King. Tem 23 anos, vive em Los Angeles e, na garagem, edita vídeos de seis segundos com efeitos de magia e ilusão que até lhe valeram um convite para a cerimónia dos Óscares de Hollywood. Anote: ele chega a demorar seis horas a fazer cada um.
O que demora a construir pode ser destruído num ápice, certo? Foi quase o que aconteceu neste caso: um ministro romeno quis oferecer uma brochura ao seu homólogo alemão para assinalar as boas relações entre os dois países, mas a brochura trocou o mapa da Alemanha por um de França. Até ao momento não é conhecida a reação da chanceler Merkel.
Quando há um problema diplomático, o melhor é chamar Bond, James Bond. O famoso espião acabou de receber uma nova companhia para o 24º filme da saga. A nova Bond Girl chama-se Stephanie Sigman, vem do México e parece ter experiência no ramo: o seu último filme chamava-se "Miss Bala".
Fecho o 360º, com o desejo de que tenha um dia produtivo e animado, sem problemas diplomáticos. Sem hora marcada, esteja onde estiver, passe por nós para saber as últimas (e as melhores) notícias.
Até já!
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ANTÓNIO FONSECA