sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

OBSERVADOR - 360º - 23 DE JANEIRO DE 2015

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360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormiaMorreu o Rei Abdullah da Arábia Saudita, por muitos considerado um reformador "lento", um construtor de pontes no Médio Oriente. O seu irmão Salman já foi nomeado sucessor.

O guia supremo do Irão, o ayatollah Khameneifez um apelo aos jovens ocidentais, sugerindo-lhes que mantenham a mente aberta no que diz respeito ao Islão e se afastem do Estado Islâmico e do Boko Haram. O ayatollah usou o Twitter e escreveu em inglês para poder “falar diretamente” com a juventude da Europa e da América do Norte.

Na Argentina, a morte do procurador Alberto Nisman, que investigava o alegado envolvimento da Presidente Kirchner no encobrimento dos responsáveis por um atentado à bomba contra uma associação judaica, está a provocar uma crise no Executivo da ArgentinaKirchner foi defender-se para o Facebook, alegando que tudo não passa de uma "operação contra o Governo".

As suspeitas de corrupção e os patrocinadores estão a tirar o tapete a Joseph Blatter: depois da Sony e da Emirates, foi a vez de outros três grandes patrocinadores da FIFA terem decidido não renovar o contrato com a organização que rege o futebol mundial - provocando um rombo de gigante no orçamento.

Informação relevanteMario Draghi conseguiu surpreender (os mais otimistas e os críticos, como a Alemanha), com o seu programa generalizado de compra de dívidaa bazuca para a zona euro vale 1,1 mil milhões de euros, reparte riscos pelo BCE e pelos bancos centrais dos vários países e, no que nos diz respeito, tem um limite de 26 mil milhões de euros, entre dívida pública e privada. O Edgar Caetano preparou-lhe um Explicador com os detalhes que já se conhecem, para que possa perceber melhor o que foi anunciado neste dia histórico e as dúvidas que subsistem.
O anúncio serviu ao líder PS para atirar sobre Passos Coelho - tendo deixado otimista o ministro Pires de Lima, da direção do CDS.

Por cá, bastou um terço do capital para aprovar a venda da PT Portugal à francesa Altice: a assembleia-geral foi a menos participada desde 2004, pelo menos, embora tenha sido"emotiva", na descrição do Diário Económico. No final houve acionistas a mostrar um certo sentimento de perda, mas também enorme alívio. Percebe-se melhor porquê olhando para este trabalho do Negócios, que recupera a auditoria feita ao investimento na RioForte: diz o jornal que desde setembro de 2013 que a PT deixou de ter informações financeiras sobre o GES, embora tivesse vários alertas sobre riscos.
Na opinião do Paulo Ferreira - que hoje se estreia como colunista do Observador, o fim da história conta-se assim"Ontem concluiu-se que os menos interessados no destino da empresa eram, afinal, os próprios donos."
A PT SGPS iniciou a sessão na bolsa, esta manhã, com uma forte subida.

No final do dia de ontem colocou-se um ponto final (ou ponto e vírgula) noutra ideia, a da legalização da adoção gay. A proposta da esquerda não passou na Assembleia por três dezenas de votos, apesar dos sete desalinhamentos à direita. Na próxima legislatura é provável que o tema tenha nova vida.

A propósito de divisões políticas, o Negócios diz esta manhã que Passos Coelho não quer entregar à Câmara de Lisboa a gestão da Carris e do Metro de Lisboa, contrariando uma pretensão de António Costa. Ontem, o líder socialista esteve num debate com Rui Moreira onde admitiu que existe "boa vontade" na atual maioria para descentralizar competências, mas avisou prontamente que “Se alguém comprar a Carris e o Metro em conflito com a câmara, pode estar certo que lhe vai correr muito mal”, como pode ler aqui.

O próximo passo na descentralização passa, como sabe, pelaEducação. Ontem mesmo, o Ministério ouviu a preocupação dos diretores das escolas com a forma como o processo vai decorrer.

Na Saúde fala-se agora de parcerias - para combater o surto de gripe que também assola Espanha. A opção do Governo vai para juntar esforços com as Misericórdias, sendo que duas já foram chamadas a ajudar nas urgências.
Pelo meio, o Governo terá que investigar os indícios deirregularidades no hospital de Aveiro, que terá criado um esquema de cirurgias fictícias para impedir os doentes de serem operados no setor privado (uma notícia do JN).

Uma última nota para a Madeira - que terá eleições marcadas depois do Conselho de Estado, marcado para a próxima semana: o líder do PS na região dá uma entrevista ao DN, dizendo que se formar Governo pedirá uma renegociação da dívida com os bancos e com o Estado português.

Os nossos especiaisUm membro do Syriza já chegou ao poder: chama-se Rena Dourou e governa dois milhões de gregos. O Observador esteve com a mulher que está ao comando de Ática - uma zona que inclui Atenas e parte dos subúrbios - à procura de pistas que nos mostrem o que pode vir aí, nas eleições de domingo. Pelo caminho, o Tiago Carrasco esteve de ouvido atento nas ruas de Atenas e fez-nos uma síntese das 11 coisas de que se fala por lá.Nesta tag temos também opiniões diferentes sobre os dias decisivos que se vivem na Grécia.

Como vamos de antissemitismo, precisamente 70 anos depois da libertação de Auschwitz? O José Manuel Fernandes esteve à conversa sobre o tema com Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto, concluindo que o antissemitismo continua, tristemente, bem vivo.

Este é Paulo Gonçalves, o português que ficou em 2º lugar no Dakar deste ano e que promete "não desistir". O Diogo Pombo falou com ele e ouviu-o falar da família com quem está pouco, das suas ambições e de uma estranha solidão de passar horas infinitas a conduzir no deserto:
"Estamos sempre sozinhos, mas, ao mesmo tempo, tão concentrados, com tantas coisas com que nos ocupar, que essas horas muitas vezes passam num instante. Acabamos por não ter muito tempo para pensarmos na solidão que estamos a viver naquele momento. O relógio é sempre o nosso companheiro, porque estamos contra ele." 

Notícias surpreendentesEstá sentado? Prepare-se para um roteiro estranho: a barba da famosa máscara de Tutankhamon foi colada com super-cola, depois de ter sido danificada durante os trabalhos de manutenção, no Museu de Antiguidades do Cairo. E tudo começou por causa de uma lâmpada.

Continuando caminho, trago-lhe agora notícia de uma nova moda: snifar chocolate. Sim, leu bem. Há quem esteja a consumir chocolate pelo nariz. A ideia surgiu na Antuérpia, quando um mestre chocolateiro foi desafiado a produzir algo original para a festa de aniversário de Ronnie Wood e Charlie Watts, guitarrista e baterista dos Rolling Stones. A máquina que criou fez tanto sucesso que já saltou de continente.

E se lhe disser que 2015 vai ter um segundo a mais? Sim, acontecerá por causa do “segundo intercalar”, que foi criado em 1972 e vai ser aplicado este ano, pela 26ª vez na história. É só um segundo a mais, mas - como aqui nos conta o Pedro Esteves - pode ser o suficiente para baralhar os computadores e a internet.

Deixo-o com uma recomendação para o fim de semana, o novo filme de Clint Eastwood sobre o atirador especial com mais mortes confirmadas da história dos EUA. E ainda com um sonho: a expectativa de uma viagem para um dos 25 melhores hotéis de 2015 - afinal de contas, um deles está no Algarve.

Desejo-lhe um ótimo fim de semana, com um merecido descanso. Mas antes disso uma sexta-feira descontraída, mas bem produtiva.

O Observador estará por aqui, para que nada perca neste fim de semana que está a deixar a Europa de respiração suspensa.

Até já!
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ANTÓNIO FONSECA


HYPE SCIENCE - 23 DE JANEIRO DE 2015

Água pulando? Novo metal hidrofóbico repele líquidos de forma incrível‏

Água pulando? Novo metal hidrofóbico repele líquidos de forma incrível

 
 
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Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

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Posted: 22 Jan 2015 04:20 PM PST
Posted: 22 Jan 2015 11:21 AM PST
Posted: 22 Jan 2015 10:00 AM PST
É muito divertido viajar para algum lugar bonito ou exótico, mas é igualmente interessante escolher como destino hotéis bonitos ou exóticos Continua...
 
Posted: 22 Jan 2015 08:43 AM PST
Existem poucos ninjas humanos atualmente, já gatos ninjas... Esses 50 são apenas alguns dos infindáveis exemplos na sociedade hoje Continua...
 
Posted: 22 Jan 2015 07:44 AM PST
Posted: 22 Jan 2015 07:13 AM PST
Posted: 22 Jan 2015 06:58 AM PST
Com o crescimento na desigualdade social, organização prevê que, em 2016, os mais ricos do planeta terão mais dinheiro do que todo o resto da população Continua...
 

PERIGO ISLÂMICO - 23 DE JANEIRO DE 2015

Perigo Islâmico‏

Perigo Islâmico

 
 
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Perigo Islâmico


Posted: 22 Jan 2015 04:54 AM PST
Por Jaime Nogueira Pinto

O que é o jihadismo militante? Quais os seus objectivos? Quais os seus recursos humanos e materiais? E, sobretudo, o que quer, e por que é que odeia e ataca a Europa, o Ocidente, esse Outro que também somos?

Para responder a estas perguntas – ou melhor, para tentar começar a responder-lhes – é preciso refrear a histeria que vem do medo e a euforia que vem da superação do medo. Ambas conduzem à simplificação maniqueísta de ignorar ‘o outro’ e as suas razões, para apenas pensar na sua eliminação.

O moderno jihadismo é constituído por um conjunto de movimentos clandestinos armados, e agora também pelo chamado ‘Estado Islâmico’, inspirados no reformismo integrista, de origem salafista. O jihadismo proclama a guerra santa como uma obrigação do crente, sempre que as terras do Islão sejam ocupadas, as gentes do Islão ameaçadas e os princípios do Islão pervertidos ou traídos. Para os jihadistas, só os ensinamentos do Alcorão, os hadiths (tradições) do profeta e as memórias dos primeiros califas são fontes da verdade. Quando os clérigos oficiais se afastam deles, devem os crentes desobedecer-lhes.

Modernamente, os referenciais e inspiradores desta linha são os Irmãos Muçulmanos, cujos doutrinadores e líderes, Hassan al-Banna e Said Qutb, acabaram presos e executados pelo regime militar egípcio. Os rebeldes do Ikwan dos anos 20 e os atacantes da Grande Mesquita em 1979, na Arábia Saudita, pertencem também a este sunismo integrista e contestante.

Foi a partir destas bases teóricas e experiências políticas que Osama Bin Laden e a al-Qaeda justificaram o seu activismo revolucionário: à guerra contra os soviéticos no Afeganistão, sucedeu a guerra contra os americanos e os ataques do 11 de Setembro de 2001; e, depois, uma longa lista de acções em Madrid e em Londres contra cristãos e judeus mas também – e maioritariamente – contra muçulmanos e em terras muçulmanas, atingindo xiitas, dirigentes considerados apóstatas e aliados dos infiéis e dos ditos ‘cristãos e judeus’.

Bin Laden rompeu com a Casa de Saud a seguir à invasão do Kuwait, quando o Rei Fahd aceitou os americanos no reino. A Casa de Saud, como os governos da maioria dos Estados islâmicos, passaram a ser o inimigo próximo, cúmplices do ‘inimigo distante’, o Ocidente.

Mas se o ponto de partida de toda esta guerra é uma metapolítica quase escatológica, a execução das suas operações obedece a linhas estratégicas bem definidas. André Glucksmann, no seu Dostoiévski em Manhattan, compara os chefes desta ofensiva a Stravogin e aos niilistas retratados nos Possessos e, como eles, possuídos por uma fúria caótica. 

Mas, quanto à execução, estará mais perto da verdade René Girard, quando aplica à guerra jihadista contra a América a teoria da ‘rivalidade mimética’. Para o autor de La Violence et le Sacré, Bin Laden e os seus querem juntar e mobilizar ‘sob a bandeira do Islão’ todo o terceiro mundo e as vítimas do Ocidente, mas fazem-no segundo uma lógica ocidental e usando meios ocidentais; imitando, não apenas os processos de comando, controle e subversão, mas a própria causa para agir.

http://sol.pt/noticia/122351

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