segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

OBSERVADOR - HORA DE FECHO - 1 de Dezembro de 2014

Macroscópio – O Congresso que afinal guardava algumas surpresas‏

Macroscópio – O Congresso que afinal guardava algumas surpresas

Observador (newsletters@observador.pt)
 
 
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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
 
O tema do Macroscópio de hoje não suscitava dúvidas. Teria, terá, de ser sobre o congresso do PS que se reuniu este fim-de-semana. Afinal foi o momento de consagração do líder da oposição num momento especialmente complexo devido à detenção de um anterior líder e primeiro-ministro. O problema, como já veremos, é que se continuam a publicar mais análises e comentários sobre José Sócrates do que sobre o António Costa que o Congresso revelou.
 
O tom geral é relativamente crítico. É o que resulta, por exemplo, dos comentários vídeo dos diretores do Observador, David Dinis, que salientou salienta o peso dos nomes ligados à esquerda do partido na nova direção e do Jornal de Negócios, Helena Garrido, que defendeu a ideia de que o PS saiu do Congresso mais prisioneiro do passado.
 
Um dos textos mais simpáticos talvez seja o de Luís Osório, no jornal, a que significativamente chamou “Um líder que abraça como um urso”. Mesmo assim nota o seguinte a propósito do futuro de António Costa:
Será provavelmente primeiro-ministro. E trará esperança à esquerda portuguesa, idêntica à que toda a Europa refém de uma ideia social-democrata/socialista e de uma alternativa ao poderio alemão sentiu com Hollande. Sabemos como a ilusão morreu nas primeiras semanas, tragédia de que Costa não estará livre - muito pelo contrário. Outras contas.
 
A ideia de que Costa pode deixar-se atrelar a ilusões que criem um fenómeno semelhante ao de Hollande esteve também presente na análise que eu mesmo escrevi aqui no Observador, “A tentação hollandista de António Costa”. Nesse texto chamei a atenção para a viragem à esquerda do novo líder do PS:
Não me surpreende que um PS na oposição radicalize o seu discurso e descreva os últimos anos de forma apocalíptica. Está na natureza das coisas. Já me surpreende que o PS acredite poder alimentar a ilusão de uma viragem radical de políticas, algo que os seus quadros mais lúcidos, os que têm os pés na terra, sabem que não vai acontecer. Aliás basta ver aquilo, muito pouco, que saiu de concreto deste Congresso para perceber que o PS de Costa nem sequer sabe como fazer essa viragem, muito menos como pagá-la.
 
António Costa, diretor do Diário Económico, em “A nova vida do PS”, também chamou a atenção para idênticas fragilidades, ao notar que “Costa ainda não apresentou uma proposta digna desse nome, para já é só retórica, mas a retórica em política é muitas vezes quase tudo. E as propostas que o PS fez, em sede de Orçamento do Estado, e que não poderiam ter o apoio do PSD e CDS, são mais despesa e menos receita, tudo vestido de medidas de carácter social, como se a política social não tivesse um preço. Tem, mesmo para aqueles que põem as pessoas nos discursos de congressos.
 
De uma forma geral, as palavras foram de aplauso pela forma como António Costa conseguiu afastar o tema José Sócrates do palco do Congresso – mas só do palco, pois nos corredores verdadeiramente não se falava de outra coisa, como contámos em “Aquele-Cujo-Nome-Não-Pode-Ser-Pronunciado”. Mas há quem tenha uma análise bem mais crítica desta encenação: Rui Ramos em “Sócrates nunca existiu e Costa é um génio”. Na sua opinião aquilo a que assistimos, não apenas durante o congresso mas em toda a semana que o antecedeu, foi “toda a oligarquia, da esquerda à direita, colaborar para conter o escândalo da prisão de um ex-primeiro ministro. Foi a mais brilhante operação política em 40 anos de democracia”. E explicou:
Costa apareceu no congresso à vontade, ao ataque. Citou Renzi, comentou o Papa, açoitou o governo, remoeu as ideias mais velhas do regime (qualificação, modernização) como se fossem frescas revelações divinas — e ignorou Sócrates. No fim, os aplausos continuaram nas páginas dos jornais, nos ecrãs de televisão. O país político estava encantado. Depois de superado o choque com Seguro, Costa ultrapassava a prisão de Sócrates, e proporcionava à nação o espectáculo reconfortante da maior demonstração de disciplina partidária de que há memória.
 
No Diário Económico, o redator principal Filipe Alves também não gostou do que viu no PS. Depois de colocar a interrogação, com reminiscências da I República, sobre se “A Nação é de todos, mas a República é dos socialistas?”, partia das palavras de Mário Soares em Évora para lembrar as semelhanças com a “forma de ser e de estar dos republicanos de antanho: a Justiça funciona bem quando investiga Duarte Lima, Isaltino Morais, Luís Filipe Menezes ou Abel Pinheiro; mas quando se atreve a deter um ex-primeiro ministro socialista, só pode estar ao serviço de uma conspiração.”
 
Um texto que se inscreve numa linha igualmente crítica é o de Fátima Bonifácio, no Público de hoje, “É difícil sacudir a água do capote”. A historiadora, depois de afirmar que tem António Costa na conta de uma pessoa impoluta, deixa uma lista de perguntas que não deixam de ser incómodas:
As perguntas impõem-se: nunca reparou Costa que jamais algum “caso” se passou consigo, ao passo que Sócrates criava um a cada passo? Nunca notou Costa o contraste entre a sobriedade da sua vida privada e o ofensivo novo-riquismo de Sócrates? Nunca meditou em que a vida luxuosa que este levava em Paris era incompatível com um orçamento de 120.000 euros para um ano e mais o tempo que por lá ficou? Nunca achou excessivo o dispêndio em PPP’s ruinosas, estádios de futebol megalómanos, auto-estradas desnecessárias ou milhares de “Magalhães” que depressa se revelaram inúteis?
 
Mas onde o tom da controvérsia azedou foi entre João Miguel Tavares, que escreve no Público, e Ferreira Fernandes, que escreve no Diário de Notícias. Na quinta-feira passada JMT, em “A presumível inocência de Sócrates”, defendeu a ideia de que a ideia de confundir o plano mediático com o plano da justiça é absurda”, motivo pelo qual tinha “todo o direito – repito: todo o direito – de presumir, face ao que leio nos jornais, às minhas deduções, às minhas convicções, à minha experiência, à minha memória e ao esgotamento de sete presunções de inocência, que Sócrates é culpado daquilo que o acusam”. No dia seguinte FF veio, na sua coluna, intitulada “Debica indícios, cronista, debica, e bolça certezas” (link para assinantes), contra-atacar. Sem olhar a meios e palavras na defesa da presunção de inocência de José Sócrates, terminava assim, dirigindo pelo nome a João Miguel Tavares: “Foi uma só vez, mas o suficiente para te dizer que és um pedaço de asno”. No domingo o Provedor do Leitor do DN, Oscar Mascarenhas, entendeu que também devia entrar na conversa, apesar de JMT ter escrito noutro jornal.
 
Noto por isso, a fechar, o registo contrastante de João Carlos Espada, de novo no Público. Escrevendo de longe (esteve estas semanas no Reino Unido e na Polónia), opta por elogiar a “tranquila moderação portuguesa”. Fá-lo destacando quer o comportamento do PS – “podia ter tentado desencadear uma onda de indignação popular, fingindo-se vítima de uma cabala conspirativa. Mas não o fez. Com grande dignidade e autocontrolo, os responsáveis socialistas reafirmaram a sua confiança no Estado de direito democrático” – quer o da maioria – “notável foi a serena contenção do primeiro-ministro, do Governo e dos partidos da maioria. Não houve qualquer tentativa de exploração política. Pelo contrário, houve uma vincada contenção: à justiça o que é da justiça, à política o que é da política.”
 
E por aqui me quedo hoje. Bom descanso, boas leituras, boa semana.
 
 
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ANTÓNIO  FONSECA

OBSERVADOR - HORA DE FECHO - 30/11 - 1 de Dezembro de 2014

Hora de Fecho: PS "confia" no Estado de direito contra "marés"‏

Hora de Fecho: PS "confia" no Estado de direito contra "marés"

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29-11-2014
 
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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
CONGRESSO DO PS 2014 
Costa falou do "choque brutal" com o caso Sócrates no início do discurso. Apontou baterias contra o Governo e garante que o PS "não desiste de ser socialista e europeu", mesmo em tempos de crise.
CONGRESSO DO PS 2014 
Depois do discurso de Costa ao final da manhã, o congresso do PS retoma os trabalhos. A expetativa está no que dirão os convidados e os históricos.
CONGRESSO DO PS 2014 
Palavras de apoio a Sócrates, críticas ao Governo e aos partidos à esquerda, com quem será impossível governar, foram os principais temas desta manhã. O Observador conta-lhe tudo, em direto.
CONGRESSO DO PS 2014 
Costa foi perfeito a rematar o caso Sócrates e eficaz na procura da unidade. Só as contas falham, no que perspetiva o Governo seguinte que se propõe a liderar.
CONGRESSO DO PS 2014 
Carlos César pediu maioria absoluta para o PS em 2015, mas caso isso não aconteça é preciso começar a pensar para que lado o PS se deve virar. Para já, ficam as críticas ao BE e PCP.
CONGRESSO DO PS 2014 
Primeiro foi a discussão sobre a dívida pública, depois as taxas e taxinhas, as inundações e o caso José Sócrates para criar a ementa de dois meses à frente do PS sem espaço para o contra-ataque.
CONGRESSO DO PS 2014 
As primeiras escolhas de António Costa foram mais experientes, mas o líder do PS quer dar a conhecer novas caras e rodeou-se também de uma nova geração. Conheça as caras.
CONGRESSO DO PS 2014 
Há seis temas que dificilmente subirão ao palco do congresso do PS este fim de semana. Nem todos tão óbvios assim. Eis a nossa aposta.
CASO SÓCRATES 
Em declarações ao jornal Expresso, o antigo primeiro-ministro disse que "só deixa de ser livre quem perde a dignidade". Foi um dos filhos que o avisou das buscas da Autoridade Tributária.
ÁLVARO SANTOS PEREIRA 
No livro "Reformar sem medo", o ex-ministro da Economia fala da sua saída do Governo e conta que Portas estava "descontraído" com promoção de Maria Luís horas antes de se demitir. 
Opinião

Alexandre Homem Cristo
Como em tudo na vida, há boas e más escolas, e estudar numas ou noutras faz muita diferença para o percurso escolar de um jovem. Aceitar isto tem consequências em termos de prestação de contas.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Os políticos devem ter competência técnica mas, sobretudo, idoneidade moral.

André Azevedo Alves
Aconteça o que acontecer no plano judicial, a culpa de Sócrates nos domínios políticos, fruto da forma como governou, em nada será alterada. 

António Rodrigues
Todos os esforços de negociar o conflito não têm resultado. Importa pois uma acção nova, firme e simples que clarifique a situação. E tal passa pelo reconhecimento da existência do Estado da Palestina

Rui Ramos
O sistema de poder gerou a corrupção, ao mesmo tempo que diminuiu a capacidade de ver e julgar para além das adesões e repulsas tribais. A justiça não basta para corrigir esta tendência.
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ANTÓNIO FONSECA

PORTUGALGLORIOSO@.COM - 1 de Dezembro de 2014


Quem são as figuras que estão no Padrão dos Descobrimentos?

 ●  31.7.14


O edifício primitivo do Padrão dos Descobrimentos que Cottinelli Telmo esboçou e Leitão de Barros e Leopoldo de Almeida deram forma mental e plástica, foi erguido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português. Originalmente, era constituído, na sua parte arquitectónica, por uma leve estrutura de ferro e cimento, sendo em estafe a composição escultórica formada por 33 figuras, tendo como figura máxima o Infante D. Henrique.

Em Belém, reergueu-se o Padrão dos Descobrimentos em betão revestido de pedra rosal de Leiria, no decorrer das Comemorações do 5º Centenário da Morte do Infante D. Henrique. O monumento foi inaugurado a 9 de Agosto de 1960.

Posteriormente, a República da África do Sul ofereceu para decoração do terreiro de acesso, uma Rosa-dos-Ventos com 50 metros de diâmetro, executada em mármores de vários tipos, contendo um planisfério de 14 metros. Naus e caravelas embutidas marcam as principais rotas dos Descobrimentos Portugueses. A autoria do desenho é do Arq. Cristino da Silva.

http://www.guiadacidade.pt/pt
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ANTÓNIO FONSECA

DE GRAÇA - "CONTA SALDADA" - 1 de Dezembro de 2014

De graça



Um rapaz foi conversar com sua mãe e entregou-lhe um papel.
Depois de limpar as mãos no avental, a mãe leu:

Por cortar a relva – €15,00
Por limpar o quarto esta semana – €10,00
Por ir ao mercado - €15,00
Por tomar conta do meu irmão – €5,00
Por colocar o lixo lá fora €10,00
Por tirar boas notas na escola €15,00
Por limpar e varrer o quintal €10,00
Total da dívida: €80,00

A mãe ergueu o olhar e ele ficou ali, à espera. Ela pegou o papel, e começou a escrever:

Nove meses em que te carreguei quando estava dentro de mim: de graça.
O tempo em que fiquei cuidando de você quando estava doente: de graça.
Todas as lágrimas que você me fez chorar ao longo dos anos: de graça.
Todas as noites sem dormir porque te esperava preocupada: de graça.
Por brinquedos, comida, roupa, e até por te limpar: de graça, 
meu filho.
E depois de somar tudo, o amor verdadeiro é… de graça.


Quando o filho leu o que a mãe escreveu, os olhos encheram-se de lágrimas. 
Olhou para ela e disse: “Mãe, te amo muito.”
Depois pegou a caneta e em grandes letras escreveu:

“CONTA SALDADA.”

(autor desconhecido)

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ANTÓNIO FONSECA

OBSERVADOR - HORA DE FECHO - 1 de Dezembro de 2014

Hora de Fecho: Aumenta confusão com os jogos da Champions na RTP‏

Hora de Fecho: Aumenta confusão com os jogos da Champions na RTP

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17:07
 
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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
DIREITOS DE TRANSMISSÃO 
CGI criticou a administração por não ter sido informado sobre a Champions. Mas a compra de direitos, que o Governo atacou, consta afinal do Contrato de Concessão que o ministro Poiares Maduro assinou.
SERVIÇOS PÚBLICOS 
O Conselho Geral Independente 'chumbou' o plano estratégico da RTP e considera que a administração violou o princípio de lealdade por não ter informado sobre os direitos da Liga de Campeões.
CRISE NO GES 
Aman Bank, detido em 40% pelo Grupo Espírito Santo, terá sido uma peça essencial para membros do círculo mais próximo do antigo ditador líbio transferirem recursos para fora do país.
CRISE NO GES 
Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi já têm nova data para serem ouvidos na Comissão Parlamentar de Inquérito. As duas audições acontecem no mesmo dia, a terça-feira da próxima semana.
CIÊNCIA 
Ter sono e preguiça à segunda-feira não é um exclusivo seu, é da maioria dos seres humanos. Chama-se "efeito segunda-feira" e pode ser revertido com mais horas de sono ou com alguns truques luminosos.
FUTURO DA PT 
O grupo francês chegou a acordo para negociação exclusiva com os brasileiros da Oi para adquirir a PT Portugal. Proposta passou a ser de 7.400 milhões de euros.
FUTURO DA PT 
O Consórcio composto pelos fundos Apax e Bain e a portuguesa Semapa está disponível para continuar as negociações com a Oi, competindo com os franceses da Altice.
PT PORTUGAL 
A PT Portugal suspendeu a apresentação pública do novo plano. A empresa invoca o processo negocial em curso de venda para apresentar o plano apenas aos quadros, sem perguntas de jornalistas.
NUNO AMADO 
Presidente do BCP consider que o efeito dos casos BES e PT foi "muito mais negativo" para a perceção internacional acerca da economia portuguesa do que a detenção de José Sócrates.
NOVO BANCO 
Os principais banqueiros portugueses juntam-se à mesa para avaliar o que vem aí e falaram sobre o Novo Banco, num fórum do Diário Económico. Observador acompanhou em direto. 
Opinião

Rui Ramos
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José Manuel Fernandes
Costa continua sem concretizar políticas e sem dizer como vai pagar o fim da austeridade, mas tal não evitará que lhe cobremos pelas ilusões que vai criando, sobretudo quando opta por virar à esquerda

Lucy Pepper
A indústria da arte -- a possibilidade de ganhar a vida para uma pessoa criativa – está nos seus últimos dias, a ser mastigada e engolida pelas outras indústria que costumavam sustentá-la.

Helena Matos
O Álvaro que os profissionais da comunicação diziam que não sabia comunicar veio lembrar o que fez enquanto ministro neste livro que é uma espécie de revisão da matéria dada.

Manuel Villaverde Cabral
A justiça, ao contrário das estátuas à porta dos tribunais, não é cega. Mais uma vez, isso é um desejo nosso mas não um facto palpável. É um fenómeno social sujeito à cultura vigente
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