Engenheiro cria bicicleta-moto elétrica que roda 100 km sem recarga
Publicado em 29.04.2014
Um engenheiro de software do Vale do Silício não queria se deslocar de carro ou de trem, mas pedalar uma bicicleta por 100 quilômetros todos os dias para trabalhar também não parecia uma boa ideia. Sua solução? Criar uma bicicleta elétrica com cara de moto.
Cat Woodmansee (que mudou seu nome de Brad para Cat, “gato”, para ficar mais em contato com seu animal interior), 50 anos, adicionou um motor e uma bateria elétrica a sua Electra Cruiser 7D, uma bicicleta normal.
Depois de dois anos trabalhando no projeto, Woodmansee chegou a sua máquina final, com 80 quilos e 2,60 metros de comprimento, que pode rodar 100 km sem recarga.
Woodmansee diz que a nova moto foi concebida a partir de uma cadeira com uma ergonomia que ele achou adequada, por isso optou por um projeto reclinado com a roda da frente muito à frente do assento, lembrando uma moto no estilo chopper.
Como o peso combinado do motor elétrico, da bateria de lítio-ferro-fosfato e do próprio assento era muito grande para a pobre Electra Cruiser, ele reconstruiu partes da bicicleta, como a roda traseira, do zero. Usando parafusos de aço e barras de ferro, Cat soldou raios quase indestrutíveis para a roda.
Para ajudar a moto a absorver os choques das estradas esburacadas da Califórnia, Woodmansee também acrescentou um par de molas de aço ligadas à roda dianteira. Como a roda traseira iria suportar a maior parte do peso, no entanto, ele percebeu que ainda seria necessária uma suspensão adicional.
Outras partes do chopper, que ele nomeou de Blackbird, exigiram ainda mais ajustes. A direção tinha sido feita para uma bicicleta de cerca de um quarto do tamanho. O engenheiro usou um carrinho de bebê velho que adquiriu em um brechó como estabilizador para absorver um pouco do peso quando e tirar o estresse da direção.
O resultado pode não ter ficado tão bonito quando ele esperava, mas Woodmansee pode montar a Blackbird por 40 km sem pedalar. O motor faz menos trabalho quando ele pedala, dando-o 100 km por carga.
Woodmansee utiliza sua louca bicicleta já faz cinco meses, pedalando facilmente a 25 quilômetros por hora (e ganhando muitos olhares por onde passa). [POPSCI]
Autor: Natasha Romanzoti
tem 24 anos, é jornalista, apaixonada por esportes, livros de suspense, séries de todos os tipos e doces de todos os gostos.
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Helicóptero elétrico com 18 rotores tem capacidade para levar duas pessoas
Publicado em 26.11.2013
A geringonça da foto acima pode parecer uma usina heólica ambulante, mas é um Volocopter. A máquina voadora é um parente do helicóptero, mas é muito diferente e tem a intenção de ser uma resposta futura à ecologização dos veículos barulhentos e trepidantes que conhecemos. Um protótipo de dois lugares da Volocopter, produzido pela empresa e-volo, fez sua viagem inaugural no início deste mês, em Karlsruhe, Alemanha. A equipe usou um protótipo com capacidade para carregar duas pessoas, o VC200. Com base neste modelo, vai ser preparada uma produção em série.
Anunciado por seus criadores como primeiro helicóptero ecológico do mundo, o Volocopter é uma aeronave tripulada livre de emissões de poluentes, tem decolagem e pouso vertical e outras características que o distinguem de aeronaves convencionais. Em primeiro lugar, a máquina, em vez de ser equipada com um motor de combustão, carrega dezoito rotores acionados eletricamente para movê-la. Através das hélices, o Volocopter pode decolar e pousar verticalmente, assim como faz um helicóptero.
A equipe responsável pelo projeto disse que os 18 rotores apresentam uma vantagem considerável, além da construção simples, não exigindo uma mecânica complexa. A vantagem, afirmam os criadores, está na redundância de unidades. Isso permite o pouso seguro do Volocopter, mesmo que algumas das hélices falhem. Os Volocopters também estão equipados com um paraquedas que permite que a aeronave desça ao solo no caso de uma emergência.
Durante os primeiros voos do protótipo em novembro, a equipe tomou nota que o dispositivo tinha um nível de ruído mais baixo do que os helicópteros convencionais, confirmou a ausência de vibrações visíveis em voo e um trem de pouso amortecedor de impacto. Stephan Wolf, da e-volo, diz que as vibrações na estrutura da aeronave têm sido um problema para helicópteros normais, e que estas, juntamente com o alto nível de ruído, levam ao desconforto do passageiro. Porém, estes incômodos são resolvidos com a sua versão “verde”.
Os planos para o VC200 Volocopter de dois lugares envolvem as seguintes características: velocidade de cruzeiro de pelo menos 100 km/h, uma altitude de voo de até 6.500 pés, peso máximo de decolagem de 450 kg e mais de uma hora de tempo de voo – atualmente, o tempo de voo da bateria chega a 20 minutos, de acordo com o site da empresa, mas em um futuro próximo isso será estendido a uma hora ou mais. “Acreditamos que o desenvolvimento do Volocopter seja uma promessa significativa para mudar radicalmente o transporte de curta distância”, declarou Erik Lindbergh. A e-volo foi o vencedora da edição de 2012 do Prêmio de Inovação Lindbergh. “Ele tem um longo caminho de desenvolvimento pela frente, mas se este projeto inovador chegar ao mercado comercial, vai mudar radicalmente a forma como nos movemos sobre o planeta”. [Phys]
Autor: Bruno Calzavara
Bruno Calzavara é recém-formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e está de volta à equipe do Hype após dois anos. Adora todos os esportes, exceto futebol. Gosta de chocolate e de sorvete, mas não de sorvete de chocolate.
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ANTÓNIO FONSECA