sábado, 24 de janeiro de 2015

DE OLHO NA JIHAD - 24 DE JANEIRO DE 2015

De olho na Jihad‏

De olho na Jihad

 
 
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De olho na Jihad


Posted: 23 Jan 2015 10:50 AM PST

Por Vincent Revel – Minuto Digital
Tradução e adaptação: De Olho na Jihad


Depois das manifestações “Eu sou Charlie” o que faremos? Como reagiremos e analisaremos a situação dramática onde nós mesmos nos colocamos?

Em nome da convivência e para evitar ofender alguns, estamos proibidos de nomear o perigo que enfrentamos. Alguns falam em terrorismos (assim mesmo no plural!), outros evocam o termo “uns extremistas”, todos com a intenção de manter a confusão sobre o real problema, no entanto, sem meias palavras, o problema é claro: O Ocidente está em guerra contra o Islã político.

Esta constatação é impossível de ser assumida por nossas elites desconexas da realidade, pois obrigaria à contestação do multiculturalismo imposto à força à Europa. Segundo nossos ideólogos, a única resposta que pode ser dada é a luta contra o racismo e a xenofobia! Ou seja, o ocorrido não serviu de lição.

Os islamitas franceses que partiram para e da Síria, os Mohammed Merah, Kouachi, Amedy Coulibaly e outros, assim como os jihadista do ISIS, têm se convertido em exemplos do serviço de propaganda islâmica.

Se não olharmos para o problema os fundamentalistas fecharão nosso olhos! Abandonemos nossos princípios e alguns inculcarão os seus em nossos filhos! Será tarde para reagir. Felizmente, ainda há fortes personalidades europeias que nos recordam nosso dever de lutar e manter vivo nossos valores ocidentais. É o caso de Ayaan Hirsi Ali, covardemente abandonada por seu país de acolhimento, a Holanda, por medo de represálias.

Negar as evidências não fará desaparecer a ameaça dos fundamentalistas muçulmanos. Não importam o que falam sobre convivência, esses loucos de Alá só desejam a morte do Ocidente. Essa é a realidade!

Dizem-nos que devemos respeitar o Islã, porém isso não significa que devamos fazer isso a qualquer preço. Nosso país não tem que adaptar-se aos costumes e valores muçulmanos totalmente alheios e estranhos a nossa civilização.  Não é a França que deve mudar para que o Islã se integre em nossa sociedade. O Islã político, que pretende mudar nossas leis e identidade, não pode ter lugar em nossa terra.

Não fechemos mais nossos olhos diante da loucura assassina perpetrada pelo islamismo. Levamos quase 80 anos para começar a entender o que eram os regimes comunistas da Europa Oriental. Quanto tempo será necessário para perceber que o Islã é a principal praga deste novo século?

É desgraçadamente compreensível que os islamitas de países de maioria muçulmana queiram viver sob a Sharia, já que o Islã não é só uma religião. O Islã pesa como uma lona sobre as liberdades individuais de seus seguidores e também é uma ideologia política com uma selvagem fome de dominação sobre tudo. 
Devemos tomar consciência desse perigo.

Hoje nosso continente se encontra mais uma vez na linha de frente.  E apesar da forte presença do Islã na França, favorecido por uma imigração fomentada por nossa elite decadente, os valores islâmicos não devem se enraizar na terra de nossos ancestrais. A França e a Europa não serão uma terra do Islã!

ALETEIA - 24 DE JANEIRO DE 2015

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OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 24 DE JANEIRO DE 2015

Macroscópio – Choque e pavor, bazuca, bala mágica: afinal quanto vale a medida do BCE?‏

Macroscópio – Choque e pavor, bazuca, bala mágica: afinal quanto vale a medida do BCE?

 
 
23-01-2015
 
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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
1,14 milhões de milhões de euros. Isto é, quase o equivalente a sete vezes  toda a riqueza produzida anualmente em Portugal. O número mágico não traduz apenas “uma pipa de massa” – é o que resulta da decisão do Banco Central Europeu de injectar nos mercados monetários, todos os meses de Março de 2015 a Setembro de 2016, 60 milhões de euros. É o famoso “quantitative easing” a que o Macroscópio já se referiu esta semana. Agora que são conhecido os detalhes do programa, tal como revelados na quinta-feira por Mario Draghi, é altura de regressarmos ao tema para vermos como este foi recebido.
 
Comecemos por detalhar o que saiu da reunião do Banco Central Europeu, utilizando para isso o Observador e os trabalhos de Nuno André Martins e Edgar Caetano. Primeiro a síntese do que foi anunciado - A “bazuca” de Draghi tem 1,14 biliões de euros para injetar na economia -; depois um explicador mais detalhado sobre como tudo se processará - Ponto por ponto. Como vai funcionar o plano do BCE; por fim uma análise mais precisa do que se pode passar em Portugal - Dívida nacional: Até onde pode ir o BCE? Inês Domingos, a economista da Macrometria que colabora com o Observador, também explicou o mais importante das medidas decididas em Frankfurt: O significado e os riscos da decisão do BCE. Como ela sublinhou, “O BCE só pode apoiar a economia temporariamente, na esperança de que isso dê aos Governos mais tempo para as reformas dos mercados de bens e serviços e do trabalho tão desesperadamente necessárias.
 
Este ponto é central: seja qual for a leitura que se faça das medidas, todos convergem que elas, só por si, não resolverão os problemas europeus. Onde já não há acordo é sobre que tipo de reformas é necessário, apesar do que disse o próprio Draghi na conferência de imprensa (o texto da sua intervenção inicial pode ser lido na íntegra aqui, por exemplo). Neste domínio a mensagem do presidente do BCE foi clara e transcrevo-a tal e qual:
In order to increase investment activity, boost job creation and raise productivity growth, other policy areas need to contribute decisively. In particular, the determined implementation of product and labour market reforms as well as actions to improve the business environment for firms needs to gain momentum in several countries. It is crucial that structural reforms be implemented swiftly, credibly and effectively as this will not only increase the future sustainable growth of the euro area, but will also raise expectations of higher incomes and encourage firms to increase investment today and bring forward the economic recovery. Fiscal policies should support the economic recovery, while ensuring debt sustainability in compliance with the Stability and Growth Pact, which remains the anchor for confidence. All countries should use the available scope for a more growth-friendly composition of fiscal policies.
 
Mas antes de vos indicar alguns textos que ajudam a perceber o tom do debate nos vários países da Europa, deixem-me recomendar-vos quatro artigos portugueses:
  • Ainda antes de conhecida a decisão do BCE, escrevi aqui no Observador um texto algo céptico: Porque não acredito na bala mágica de Mario Draghi. O meu ponto é o seguinte: “Mais dinheiro na economia pode não significar mais investimento e mais consumo. Tal injecção de adrenalina pode não despertar o corpo dormente da economia europeia.” Isto porque faltam os bons projectos de investimento e porque uma população envelhecida, como é cada vez mais a população europeia, tende a consumir menos.
  • Paulo Sande defendeu uma perspectiva diferente também aqui no Observador, em QE: A bomba é de neutrões. Nele sustenta que “O caminho faz-se caminhando e nada é tão verdadeiro como nesta construção europeia em que tantas carpideiras da desgraça anunciam regularmente catástrofes, para logo se passar a um novo patamar, a uma nova fase, nem todas felizes, nem todas bem sucedidas, mas todas importantes e sempre um pouco mais longe.”
  • No Jornal de Negócios, Camilo Azevedo interroga-se sobre seA quimioterapia do BCE vai funcionar? Eis a razão de ser da sua dúvida: “Mas vamos imaginar que o consumo aumenta e a Zona Euro escapa à deflação. Está a doença estirpada? Não. Nem que o plano Juncker, destinado a fomentar o investimento, conheça a luz do dia. As maleitas da economia europeia vão mais fundo: são os problemas estruturais, resultantes de décadas sem reformas.”
  • Daniel Oliveira, no Expresso Diário (link para assinantes), já começou a pedir mais despesa pública: “As medidas decididas pelo BCE são o desfibrilhador para um euro e para uma Europa em colapso. Não substituem as decisões orçamentais que darão saúde às nossas economias. Para isso é preciso uma política expansionista que vá no sentido exatamente inverso ao da austeridade. É preciso o contrário do que temos.”
 
A posição que este último texto reflecte é exactamente aquela que muitos dos que se opuseram a estas medidas do BCE têm medo que possa prevalecer. Até porque há vozes mais fortes do que as daquele colunista português a pedir o mesmo, como é caso do editorial do El Pais de hoje, Un plan creíble. Também aí se defende a expansão da despesa pública: “Pero la compra masiva de deuda no es una receta mágica. Es solo una condición obligada; lo siguiente para superar el estancamiento y el bajo crecimiento es que se apruebe de una vez por todas el Plan Juncker, para inyectar directamente estímulos a la economía real, y cambiar por completo la política fiscal de los países.
 
Não seria bem em medidas deste género que Mario Draghi estaria a pensar quando se referiu na sua intervenção à necessidade de reformas estruturais, mas o debate vai mesmo passar por aqui. E será feito entre os que defendem mais expansão orçamental e os que defendem mais reformas. Entre estes contam-se os editorialistas do Wall Street, que hoje, em Mario Draghi Delivers, escreveram um texto que é um bom contraponto ao do El Pais. O seu receio é precisamente que estas medidas aliviem a pressão para continuar a fazer reformas:
Reforms that would displace entrenched interests, whether domestic businesses or unions, are hard for politicians to enact, while demanding easier money from the central bank is easy. Politicians should now get serious about reforms on the theory that the central bank has done what they want. Smaller, sicker European economies have no more monetary excuses for their failure to reform. Or at least we can dream. The likelier outcome is that to the extent quantitative easing drives down bond yields, it will reduce market pressure for reforms until another economic crisis or deflationary blip spurs calls for a QE expansion. 
 
No que respeita às reacções vindas da Alemanha, para além daoposição que se esperava das autoridades monetárias, é curioso ver como o influente Die Welt abria hoje o seu site. Por cima de um gráfico onde comparava a evolução da inflação, da taxa de juro dos juros dos depósitos e da taxa real desses mesmos juros descontada a inflação (reproduzido abaixo), titulava-se qualquer como: “O que significa a enxurrada de dinheiro do BCE para as poupanças”. Muito significativo.
 

 
Voltando à imprensa anglosaxónica, referência para mais cinco textos analíticos que ajudam a pensar:
  • O influente Martin Wolf, do Financial Times, escreveu emDraghi’s bold promise to do what it takes for as long as it takes que “True, monetary easing will not cure structural difficulties. But the eurozone did not fall into a slump because supply-side problems suddenly became worse. It faltered because demand collapsed.”
  • Para a Economist, em The launch of euro-style QE, levanta-se uma dúvida: “The council’s decision on QE reflects a compromise. The scale of the programme is bigger than expected. But the trade-off for that is an important breach in the ECB’s usual risk-sharing arrangements, which creates within the very heart of the monetary union the fragmentation it has been seeking to fight. That is a worrying augury for a programme on which so many economic hopes now rest.”
  • David Malpass, um antigo responsável da administração norte americana, defendeu no Wall Street Journal a ideia de que os bancos centrais estão presos numa armadilha: The World’s Monetary Dead End. Eis uma das suas conclusões: “To his credit, ECB President Mario Draghi has been vocal about the need for governments to reduce both spending and taxes. It would go a long way toward quelling deflation fears and restoring Europe’s growth if he used bond buying to gain structural reforms rather than merely following Japan’s lead into no-growth QE.”
  • Também no Wall Street Journal, Alen Mattich, procura explicar o porquê de No Magic Bullet in Mr. Draghi’s Bazooka. Eis um dos problemas que ele levanta: “One problem is that the eurozone is much less market oriented than, say the U.S., where QE is seen to have been a success. Some 21% of Americans hold shares directly–according to 2009 data. By contrast, the eurozone percentages are generally in the lower teens or single digits–14.7% in France, 12.5% in Germany and 8% in Italy. (…) Meanwhile, eurozone firms tend to be less reliant on markets for finance than the U.S. About a third of U.S. corporate financing is from bonds against less than a tenth in Germany. And while U.S. firms get less than a fifth of their funding from bank loans, some 80% of eurozone corporate funding comes from commercial banks.”
  • Finalmente o inevitável Ambrose Evans-Pritchard, do Telegraph, defende a ideia de que Mario Draghi's QE blitz may save southern Europe, but at the risk of losing Germany. “This Latin revolt is to violate the sacred contract of EMU: that Germany gave up the D-Mark and bequeathed the Bundesbank's legacy to the ECB on the one condition that Germany would never be out-voted on monetary issues of critical importance. (…) What is at stake is German political consent for the euro project. (…) Mr Draghi may have saved Italy from a debt-deflation trap in the nick of time. He may have gained another year or two for Southern Europe to recover before radical populist parties sweep the stale elites from the political scene. But in doing so he risks losing Germany.”
 
Já vai longo este Macroscópio, mas espero ter-vos dado suficiente “food for thought”, até porque também viveremos, este fim-de-semana, um outro evento crucial: as eleições gregas. Cá estaremos segunda-feira para registar as primeiras ondas de choque. Até lá, bom descanso e boas leituras.
 
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