António Carneiro
António Carneiro | |
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Retrato em 1914 | |
Nome completo | António Teixeira Carneiro Júnior |
Nascimento | 16 de setembro de 1872 Amarante |
Morte | 31 de março de 1930 (57 anos) Porto |
Nacionalidade | portuguesa |
Ocupação | Pintor, ilustrador, poeta e professor |
António Teixeira Carneiro Júnior (Amarante, 16 de Setembro de 1872 - Porto, 31 de Março de 1930) foi um pintor, ilustrador, poeta e professor português.
Partiu para estudos em Paris, em 1897, viajou pela Itália e pela Bélgica, captando da arte europeia o simbolismo que emergia. Segundo Bernardo Pinto de Almeida, "foi também ali sobretudo que entendeu a possibilidade de encarar a consciência da pintura e da arte sob a luz de um poema estético e mesmo filosófico"[1].
Durante a sua vida, foi um artista com grande sensibilidade, voltando-se mais para o sentimento do que para a razão, buscando mais emocionar do que explicar, dedicando-se acima de tudo à pintura de retrato, traduzindo neles o estado psicológico do modelo. Por esse motivo, muitos o chamam de “retratista de almas”. Dedicou-se ainda à pintura religiosa e histórica.
Aos 28 anos, foi premiado na Exposição Universal de Paris, com a obra A Vida. A partir daí, foi um suceder de prémios, tanto na Europa como nos Estados Unidos.
As suas principais influências foram Leonardo da Vinci da época Renascentista, Rembrandt na altura Barroca e em especial o pintor simbolista Dürer, em qual se inspirou para a sua própria assinatura. Interessou-se por obras como as de Puvis de Chavannes, Carrière ou Rodin. Ainda foi professor de Desenho na Escola de Belas-Artes do Porto. Aí permaneceu até ao dia da sua morte em 1930. Essa sua última morada, foi na casa atelier, que partilhou com o seu filho igualmente ilustre desenhador Carlos Carneiro (1900-1971) do estilo modernista. Casa essa transformada em casa-museu pela Câmara Municipal do Porto, na rua que igualmente homenageia o pintor e que, apesar de votada ao esquecimento pelo público, se encontra aberta.[2]
Pode-se encontrar colaboração da sua autoria nas revistas Revista da Nova[3] (1901-1902), Serões [4] (1901-1911), Atlântida[5] (1915-1920), Contemporânea[6] (1915-1926) e Terra portuguesa [7] (1916-1927).
Encontra-se representado no Museu da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, em Águeda.
Obras
- A Vida - Esperança, Amor, Saudade (tríptico, 1899-1901)
- Ecce Homo (1901)
- Autorretrato (não datado, 1903?)
- Contemplação (1911)
- Praia com barcos (1911)
- Praia da Boa-Nova (1912)
- Retrato de Mulher (1916?)
- Minhota (1917)
- Praia com barcos (1917) (mesmo título de obra anterior)
- Pinheiros (1916)
- Camões lendo "Os Lusíadas" aos Frades de São Domingos (1927)
- Camões lendo "Os Lusíadas" aos Frades de São Domingos (1929)
Ver também
Referências
- ↑ Bernardo Pinto de Almeida - Arte Portuguesa no Séc. XX. Coral Books, 2016, p. 49
- ↑ «Casa Oficina António Carneiro». CM Porto. Consultado em 7 de Setembro de 2013. Arquivado do original em 21 de setembro de 2013
- ↑ Revista nova (1901-1902) cópia digital, Hemeroteca Digital
- ↑ Rita Correia (24 de Abril de 2012). «Ficha histórica: Serões, Revista Mensal Ilustrada (1901-1911).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Setembro de 2014
- ↑ Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014
- ↑ Contemporânea (1915-1926) cópia digital, Hemeroteca Digital
- ↑ Alda Anastácio (30 de outubro de 2017). «Ficha histórica:Terra portuguesa : revista ilustrada de arqueologia artística e etnografia (1916-1927)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de dezembro de 2017
Bibliografia
- Arte Portuguesa do Século XIX - (Instituto Português do Património Cultural - Palácio da Ajuda) (Antiga galeria de pintura do rei D. Luís) (1988)
- ALMEIDA, Bernardo Pinto de - António Carneiro. Editorial Caminho, 2005. (Caminhos da Arte Portuguesa no séc. XX)
- ALMEIDA, Bernardo Pinto de - "António Carneiro". In Arte Portuguesa no Século XX – Uma História Crítica, Coral Books, Porto, 2016, pp. 47-54.
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