quinta-feira, 16 de maio de 2024

SÃO JOÃO NEPOMUCENO - 16 DE MAIO DE 2024

 

João Nepomuceno

 Nota: "São João Nepomuceno" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja São João Nepomuceno (desambiguação).
João Nepomuceno
Estátua de São João Nepomuceno na Ponte Carlos em Praga
Mártir
Nascimentoc. 1345
NepomukBoêmia
Morte20 de março de 1393 (48 anos)
Praga(atual Chéquia)
Beatificação31 de maio de 1721
por Papa Inocêncio XIII
Canonização19 de março de 1729
por Papa Bento XIII
Festa litúrgica16 de maio
Atribuiçõeshalo de cinco estrelas, palma, vestido sacerdotal, cruz, anjo indicando silêncio por um dedo sobre os lábios
 Portal dos Santos

João Nepomuceno (em tchecoJan Nepomucký; em alemãoJohann von NepomukNepomukc.1345 – Praga20 de março de 1393) é um dos santos nacionais da Boêmia.

Segundo uma das versões sobre seu martírio, ele foi pregador na corte do rei Venceslau IV da Boêmia em Praga e confessor da rainha sua mulher, mas, ao negar a divulgar os segredos das confissões dela foi morto, depois de ter sido torturado e lançado ao rio Vltava.[1] Tornou-se assim o primeiro mártir do segredo da confissão e o patrono contra calúnias, devido à forma como morreu.

Biografia

Nasceu na cidade de Nepomuk, em um dos vales da Boêmia, no que é hoje a Chéquia, por volta de 1345.

Ordenado sacerdote e nomeado pároco, ele prosseguiu os estudos de direito canônico na Universidade de Praga e se doutorou em direito canônico em 1387 na Universidade de Pádua. Voltando a Praga, foi nomeado cônego da Catedral de São Vito e vigário-geral da arquidiocese, tornando-se, desta forma, um importante homem público.

Seus sermões causaram intensa mudança positiva nos costumes da população, o que levou a rainha a torná-lo seu confessor e director espiritual.

Martírio

O rei Venceslau IV começou a alimentar uma teimosa e infundada desconfiança em relação à fidelidade da esposa. Não encontrava nada que comprovasse as suas dúvidas, mas insistia na desconfiança a ponto de convocar o confessor e exigir que ele contasse, em detalhes, o que a rainha lhe confidenciava no confessionário. Espantado tanto com a doentia desconfiança do rei quanto com a ordem inaceitável de violar o segredo da confissão, o padre João se recusou com firmeza a obedecer a tal capricho.

Completamente destemperado, o rei mandou torturar brutalmente o fiel sacerdote, que, suportando sofrimentos pavorosos, se manteve irredutível. Sua postura só aumentou a fúria do soberano.

Vendo que não conseguiria forçar o padre a trair o seu compromisso sagrado, o rei mandou amarrará-lo e atirá-lo da Ponte Carlos, até hoje a mais importante e famosa de Praga. O mártir do sigilo sacramental entregou a alma a Deus e, jogado covardemente às águas do rio Vltava, morreu afogado na noite de 20 de março de 1393.

A versão do rei

O brutal assassinato de um homem tão conhecido e estimado chocou a cidade. O rei, é claro, não queria revelar o motivo da morte criminosa do padre João e divulgou sua própria versão para justificar a sentença: desobediência. Segundo essa alegação, o vigário-geral tinha se oposto à intenção do rei de suprimir a prestigiosa abadia de Klandrau e transformá-la numa nova sede episcopal (que seria entregue a um membro de sua corte).

Algumas crônicas oficiais do reino até reproduziram essa versão, mas muitas outras referiram o real motivo.

O milagre da língua viva

Beatificado pelo papa Inocêncio XIII em 1721, João Nepomuceno teve o processo de canonização iniciado em julho de 1722 sob o grande apelo dos fiéis. Em 27 de janeiro de 1725, um professor de medicina e dois cirurgiões exumaram os restos mortais do mártir na presença de uma comissão de autoridades eclesiásticas, em cuja presença ocorreu um fato extraordinário. O corpo estava desfeito pelo tempo, mas a língua, apesar de ressequida, estava inexplicavelmente conservada. Não só isso: diante de todos, ela começou a recuperar a cor rósea, como a língua de alguém vivo. Foi o quarto milagre registrado no processo de canonização.

Referências

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre João Nepomuceno

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