quarta-feira, 6 de março de 2024

ANTÓNIO PEDRO VASCONCELOS - REALIZADOR DE CINEMA - MORREU HOJE COM 84 ANOS - 6 DE MARÇO DE 2024

 

António-Pedro Vasconcelos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
António-Pedro Vasconcelos
Nome completoAntónio Pedro Saraiva de Barros e Vasconcelos
Nascimento10 de março de 1939
LeiriaLeiria
NacionalidadePortugal Portugal
Morte06 de março de 2024 (84 anos)
LisboaPortugal
OcupaçãoCineasta e escritor
Prémios Sophia
Sophia de Melhor Filme

 2015 Os Gatos não Têm Vertigens

 2016 Amor Impossível

Sophia de Melhor Realizador

 2015 Os Gatos não Têm Vertigens

 2019 Parque Mayer

Globos de Ouro
Melhor Filme

 2000 Jaime

 2008 Call Girl

Melhor Realizador

 2000 Jaime

Outros prémios
2013 Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores

António Pedro Saraiva de Barros e Vasconcelos GOIH (LeiriaLeiria10 de março de 1939 - 6 de março de 2024 [1])) foi um cineasta e escritor português.[2]

Biografia

Segundo de três filhos varões de Guilherme de Barros e Vasconcelosjuiz, e de sua mulher Palmira Henriqueta de Carvalho Saraiva e irmão mais velho de José Luís Vasconcelos,[3][4] estudou Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e Filmografia, na Universidade de Sorbonne, cursos que nunca terminou.

Foi um dos realizadores do Cinema Novo Português, com o filme Perdido por Cem, de 1973. Foi também responsável por alguns dos maiores sucessos comerciais nas salas portuguesas, nomeadamente com O Lugar do Morto, em 1984, e Jaime, em 1999. Com este último conseguiu a Concha de Prata do Festival Internacional de Cinema de San Sebastian, e em Portugal, os Globos de Ouro para Melhor Filme e Melhor Realizador. Os seus mais recentes filmes são Os Imortais, de 2003, Call Girl, de 2007, e A Bela e o Paparazzo, de 2010.

A par da realização, foi produtor de cinema, tendo sido um dos fundadores da V. O. Filmes, da Opus Filmes e ainda da Centro Português de Cinema, cooperativa financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, ao tempo presidida por José de Azeredo Perdigão, e que produziu a maior parte dos filmes do Cinema Novo Português.

Foi apresentador do programa Cineclube, na RTP2; fez crítica literária e cinematográfica, tendo chefiado a redação de O Cinéfilo (suplemento de cinema de O Século), com João César Monteiro, e sendo diretor Fernando Lopes; foi colunista da Visão e director de A Semana, suplemento do Independente. É autor de Serviço Público, Interesses Privados, de 2002.

Foi provedor do leitor no desportivo Record; em 1985 representou Portugal no Fórum Cultural de Budapeste, a convite do Ministro dos Negócios Estrangeiros; presidiu ao Grupo de Trabalho do Livro Verde para a Política do Cinema e Audiovisual, dirigido pela Comissão Europeia, e presidiu à Associação Portuguesa de Realizadores, de 1978 a 1984, ao Secretariado Nacional do Audiovisual, de 1991 a 1993, e ao Conselho de Opinião da RTP, entre 1996 e 2003.

Foi professor da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e coordenador executivo da licenciatura em Cinema, Televisão e Cinema Publicitário da Universidade Moderna de Lisboa.

Foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Mário Soares, a 10 de Junho de 1992.[5]

Casamentos e descendência[3][6]

Casou primeira vez a 21 de Agosto de 1961 com Maria Helena Marques (26 de Julho de 1939), da qual se divorciou em 1966 (ela casou novamente com Álvaro Manuel Soares Guerra (Vila Franca de Xira, 19 de Outubro de 1936 - Vila Franca de Xira, 18 de Abril de 2002, sem geração) e da qual tem um filho e uma filha:

  • Pedro Jaime Marques de Barros e Vasconcelos (7 de Novembro de 1962), casado primeira vez com Maria João Bastos, da qual se divorciou e a qual tem uma filha e um filho, e casado segunda vez com Maria José Infante de Lacerda de Sequeira Marcelino (Lisboa, São Jorge de Arroios, 25 de Março de 1966 - 9 de Março de 2009), sobrinha-tetraneta do 1.º Barão de Sabroso e do 2.º Barão de Sabroso, bisneta matrilineal duma francesa, da qual foi segundo marido, da qual se divorciou e da qual tem um filho:
    • Maria Bastos de Barros e Vasconcelos (21 de Junho de 1988)
    • Jaime Bastos de Barros e Vasconcelos (3 de Fevereiro de 1990)
    • Guilherme Infante de Lacerda Marcelino de Barros e Vasconcelos (6 de Maio de 1998)
  • Patrícia Marques de Barros e Vasconcelos (Lisboa, 26 de Fevereiro de 1966)
    • Laura de Barros e Vasconcelos

Casou segunda vez em 1975 com Maria Teresa de Carvalho de Albuquerque Schmidt (CascaisEstoril, 1 de Junho de 1952), bisneta por varonia dum alemão, tetraneta do 5.º Marquês de Alegrete, Representante do Título de Conde de Vilar Maior, Representante do Título de Marquês de Penalva e 8.º Conde de Tarouca, sobrinha-bisneta do 1.º Visconde de Chanceleiros, trineta do 1.º Barão de Chanceleiros, do 1.º Conde de Casal Ribeiro e de D. Rodrigo Delfim Pereira, da qual tem um filho:

  • Diogo Schmidt de Barros e Vasconcelos (13 de Junho de 1975), solteiro e sem geração

Filmografia (realizador)

Livros

  • Porque é que as mulheres não gostam de futebol? (2001)

Ver também

Referências

  1.  João G. Oliveira (6 de março de 2024). «Morreu António Pedro Vasconcelos». Novo Semanário. Consultado em 6 de março de 2024
  2.  «António Pedro Vasconcelos». Infopédia. Consultado em 18 de Dezembro de 2013.
  3. ↑ Ir para:a b António Duarte Rebelo de Carvalho (1969). Pereiras de Carvalho da Casa de Freitas em Amarante. Braga: Edição do Autor. 92
  4.  Joaquim Luís do Espírito Santo Mendes de Vasconcelos (2001). Mendes de Vasconcelos da Casa do Carvalho. [S.l.]: Edição do Autor. 59
  5.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Pedro Vasconcelos". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 8 de junho de 2013
  6.  Joaquim Luís do Espírito Santo Mendes de Vasconcelos (2001). Mendes de Vasconcelos da Casa do Carvalho. [S.l.]: Edição do Autor. 59-60

Ligações externas

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