Dia Mundial das Cidades
O Dia Mundial das Cidades é um dia de comemoração anual das Nações Unidas realizado em 31 de outubro.[1] A comemoração global, realizada pela primeira vez em 2014, é organizada pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat) em coordenação com a cidade anfitriã selecionada a cada ano.[2]
História
O Dia Mundial das Cidades foi criado em 27 de dezembro de 2013 pela Assembleia Geral das Nações Unidas em sua resolução A/RES/68/239,[3] na qual a Assembleia Geral “decide designar o dia 31 de outubro, a partir de 2014, como o Dia Mundial das Cidades, convida os Estados, o sistema das Nações Unidas, em particular a UN-Habitat, organizações internacionais relevantes, a sociedade civil e todas as partes interessadas relevantes a observar e aumentar a conscientização sobre o Dia”.[2][4] O primeiro Dia Mundial das Cidades foi realizado em outubro de 2014.[5]
Um legado da Expo 2010 em Xangai, China,[6][7] o Dia Mundial das Cidades visa promover o interesse da comunidade internacional na urbanização global, impulsionar a cooperação entre os países para atender às oportunidades e enfrentar os desafios da urbanização e contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável em todo o mundo.[8] O dia de observância está vinculado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, para tornar as cidades “inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”.[9]
O tema geral do Dia Mundial das Cidades é Better City, Better Life (Cidade Melhor, Vida Melhor), e a cada ano é selecionado um subtema diferente e um local para sua comemoração global, para promover os sucessos da urbanização ou abordar desafios específicos resultantes da urbanização.[10][11]
Eventos anteriores do Dia Mundial das Cidades
Ano | Subtema | Local | Anfitrião |
---|---|---|---|
2023 | Financiamento de um futuro urbano sustentável para todos[12] | Uscudar, Turquia | |
2022 | Aja localmente para se tornar global[13] | Xangai, China | Ni Hong, Ministro da Habitação e do Desenvolvimento Urbano-Rural da China |
2021 | Adaptação das cidades à resiliência climática[14] | Luxor, Egito | Moustafa Madbouly, Primeiro-ministro da República Árabe do Egito |
2020 | Valorizar nossas comunidades e cidades[15] | Nakuru, Quênia | James Wainaina Macharia, representando o Governo da República do Quênia, Secretário de Gabinete, Ministério dos Transportes, Infraestrutura, Habitação, Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas |
2019 | Mudando o mundo: inovações e uma vida melhor para as gerações futuras[16] | Ecaterimburgo, Rússia | Aleksandr Vysokinskiy, Prefeito de Ecaterimburgo |
2018 | Construindo cidades sustentáveis e resilientes[17][10] | Liverpool, Reino Unido | Joe Anderson, Prefeito de Liverpool |
2017 | Governança inovadora, cidades abertas | Guangzhou, China | Wang Menghui, Ministro da Habitação e do Desenvolvimento Urbano-Rural da China |
2016 | Cidades inclusivas, desenvolvimento compartilhado | Quito, Equador | Mauricio Rodas Espinel, Prefeito de Quito |
2015 | Projetado para viver em conjunto | Milão, Itália | Giuliano Pisapia, Prefeito de Milão |
2014 | Liderando transformações urbanas[18] | Xangai, China | Chen Zhenggao, ex-Ministro da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural |
Referências
- ↑ «Africa: As Urbanisation Grows, Cities Unveil Sustainable Development Solutions» (em inglês). AllAfrica. Inter Press Service. 31 de outubro de 2019. Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ ab Nations, United. «World Cities Day: 31 October». United Nations (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ «68/239. Implementation of the outcome of the United Nations Conference on Human Settlements (Habitat II) and strengthening of the United Nations Human Settlements Programme (UN-Habitat)» (em inglês). United Nations. Consultado em 10 de junho de 2020
- ↑ Otieno, Bonface (31 de outubro de 2019). «Kenya celebrates first World Cities Day». Business Daily Africa (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ Michael, Chris (31 de outubro de 2014). «The World Cities Day Challenge: so what is this thing anyway?». The Guardian (em inglês)
- ↑ Yang Jian (29 de outubro de 2020). «World Cities Day focusing on community work». SHINE (em inglês)
- ↑ Hou Liqiang (16 de outubro de 2020). «China to celebrate World Cities Day in Fuzhou». China Daily
- ↑ Harrouk, Christele (2 de novembro de 2020). «On World Cities Day UN-Habitat Releases 2020 Report on The Value of Sustainable Urbanization». ArchDaily
- ↑ «World Cities Day: Value communities, today and for the future». Modern Diplomacy. 31 de outubro de 2020
- ↑ ab «Liverpool to host 2018 World Cities Day». Liverpool Express (em inglês). 12 de junho de 2018. Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ Panwar, Sanya (31 de outubro de 2018). «World Cities Day: 10 best cities around the world for young people». Hindustan Times (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ «World Cities Day 2023». urbanoctober (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ «World Cities Day 2022». urbanoctober (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ «World Cities Day 2021». urbanoctober (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ «World Cities Day 2020». urbanoctober (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ «As urbanization grows, cities unveil sustainable development solutions on World Day». UN News (em inglês). 30 de outubro de 2019
- ↑ «Celebration of World Cities Day 2018» (em inglês). UNESCO. 5 de outubro de 2018. Consultado em 9 de outubro de 2023
- ↑ Clos, Joan (17 de setembro de 2014). «We need to develop a new urban agenda – let's start on World Cities Day». The Guardian (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023
Ligações externas
- «World Cities Day». UN-Habitat. Consultado em 9 de outubro de 2023
Dia das Cidades pela Vida
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O Dia das Cidades pela Vida - Cidades contra a Pena de Morte (Em inglês: Cities for Life Day) é um movimento internacional, desenvolvido pela Comunidade de Sant'Egídio, para assinalar o aniversário da primeira abolição da pena de morte da História, que ocorreu no Grão-Ducado da Toscana, em Itália, no dia 30 de novembro de 1786 .
A Comunidade de Sant'Egídio entrou no corredor da morte, pela primeira vez, através de Dominique Green, um jovem afro-americano preso no Texas, que viria a ser executado através de injecção letal em 2004, após permanecer 12 anos no corredor da morte, sem que houvesse prova conclusiva da sua culpa. A sua história chegou ao conhecimento da Comunidade de Sant'Egidio através de uma carta publicada na imprensa italiana, gerando-se um movimento solidário, que originou um apelo a uma moratória universal da pena de morte, onde foram reunidas mais de cinco milhões de assinaturas em 153 países, criando uma moratória inter-religiosa e secular contra a pena de morte. Esse apelo foi entregue à Organização das Nações Unidas, na noite anterior da votação histórica, em onde foi aprovada a resolução A/RES/62/149, que rejeita a pena de morte como forma de justiça (2007).
Neste dia, como acto simbólico, a Comunidade de Sant'Egídio e Coligação contra a Pena de Morte (da qual a Anistia Internacional faz parte) convidam as cidades aderentes a iluminarem um monumento na cidade. Desde 2002, mais de 2 mil cidades no mundo, já se declararam "Cidades pela Vida" e estão empenhadas na abolição da pena de morte, tornando este dia numa ocasião importante para despertar a consciência e envolver as instituições na procura de um sistema judicial que não incite à morte e respeite a vida.
O Dia Internacional das Cidades pela Vida - Cidades contra a pena de morte constitui, juntamente com o Dia Mundial contra a Pena de Morte, em 10 de Outubro, a maior mobilização global moderna, com intuito de encontrar uma forma mais elevada e civilizada de justiça, capaz de finalmente renunciar à pena de morte.
Hoje, depois de vários anos de acções civis e esforços diplomáticos, há 141 países abolicionistas e 57 países que ainda mantêm a pena capital. Embora o número de execuções tenha diminuído nos últimos anos, ainda existem mais de 20 mil pessoas que vivem com a pena da morte pairar sobre suas cabeças.
Cidades lusófonas
Em Portugal, mais de 88 cidades já se declararam "Cidades pela Vida", contribuindo para a abolição da pena de morte em 85 países. Em Lisboa, o Arco da Rua Augusta é iluminado desde 2013.
Em Moçambique: Maputo, Beira, Chimoio, Manjacaze, Mocuba, Mueda, Nampula, Pemba, Quelimane, Xai-Xai e Tete.
No Brasil: Rio de Janeiro, Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul) e São Paulo celebram.
Em Cabo Verde, somente a capital Praia.
Ligações externas
- «Site oficial» (em inglês)
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