sábado, 16 de setembro de 2023

ANTÓNIO CARNEIRO - PINTOR - NASCEU EM1872 - 16 DE SETEMBRO DE 2023

 

António Carneiro

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António Carneiro
Retrato em 1914
Nome completoAntónio Teixeira Carneiro Júnior
Nascimento16 de setembro de 1872
Amarante
Morte31 de março de 1930 (57 anos)
Porto
Nacionalidadeportuguesa
OcupaçãoPintorilustradorpoeta e professor
Camões lendo "Os Lusíadas" aos Frades de São Domingos, pintura a óleo de 1927 de António Carneiro

António Teixeira Carneiro Júnior (Amarante16 de Setembro de 1872 - Porto31 de Março de 1930) foi um pintorilustradorpoeta e professor português.

Partiu para estudos em Paris, em 1897, viajou pela Itália e pela Bélgica, captando da arte europeia o simbolismo que emergia. Segundo Bernardo Pinto de Almeida, "foi também ali sobretudo que entendeu a possibilidade de encarar a consciência da pintura e da arte sob a luz de um poema estético e mesmo filosófico"[1].

Durante a sua vida, foi um artista com grande sensibilidade, voltando-se mais para o sentimento do que para a razão, buscando mais emocionar do que explicar, dedicando-se acima de tudo à pintura de retrato, traduzindo neles o estado psicológico do modelo. Por esse motivo, muitos o chamam de “retratista de almas”. Dedicou-se ainda à pintura religiosa e histórica.

Aos 28 anos, foi premiado na Exposição Universal de Paris, com a obra A Vida. A partir daí, foi um suceder de prémios, tanto na Europa como nos Estados Unidos.

As suas principais influências foram Leonardo da Vinci da época Renascentista, Rembrandt na altura Barroca e em especial o pintor simbolista Dürer, em qual se inspirou para a sua própria assinatura. Interessou-se por obras como as de Puvis de ChavannesCarrière ou Rodin. Ainda foi professor de Desenho na Escola de Belas-Artes do Porto. Aí permaneceu até ao dia da sua morte em 1930. Essa sua última morada, foi na casa atelier, que partilhou com o seu filho igualmente ilustre desenhador Carlos Carneiro (1900-1971) do estilo modernista. Casa essa transformada em casa-museu pela Câmara Municipal do Porto, na rua que igualmente homenageia o pintor e que, apesar de votada ao esquecimento pelo público, se encontra aberta.[2]

Pode-se encontrar colaboração da sua autoria nas revistas Revista da Nova[3] (1901-1902), Serões [4] (1901-1911), Atlântida[5] (1915-1920), Contemporânea[6] (1915-1926) e Terra portuguesa [7] (1916-1927).

Encontra-se representado no Museu da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, em Águeda.

Obras

Ver também

Referências

  1.  Bernardo Pinto de Almeida - Arte Portuguesa no Séc. XX. Coral Books, 2016, p. 49
  2.  «Casa Oficina António Carneiro». CM Porto. Consultado em 7 de Setembro de 2013. Arquivado do original em 21 de setembro de 2013
  3.  Revista nova (1901-1902) cópia digital, Hemeroteca Digital
  4.  Rita Correia (24 de Abril de 2012). «Ficha histórica: Serões, Revista Mensal Ilustrada (1901-1911).» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Setembro de 2014
  5.  Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014
  6.  Contemporânea (1915-1926) cópia digital, Hemeroteca Digital
  7.  Alda Anastácio (30 de outubro de 2017). «Ficha histórica:Terra portuguesa : revista ilustrada de arqueologia artística e etnografia (1916-1927)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de dezembro de 2017

Bibliografia

  • Arte Portuguesa do Século XIX - (Instituto Português do Património Cultural - Palácio da Ajuda) (Antiga galeria de pintura do rei D. Luís) (1988)
  • ALMEIDA, Bernardo Pinto de - António Carneiro. Editorial Caminho, 2005. (Caminhos da Arte Portuguesa no séc. XX)
  • ALMEIDA, Bernardo Pinto de - "António Carneiro". In Arte Portuguesa no Século XX – Uma História Crítica, Coral Books, Porto, 2016, pp. 47-54.

Ligações externas

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre António Carneiro
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