Lukashenko confirma sem querer que quatro aeronaves militares russas foram abatidas. "Estamos em alerta máximo"
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, confirmou esta segunda-feira, inadvertidamente, que quatro aeronaves foram abatidas sobre a Rússia na semana passada, perto da fronteira com a Bielorrússia. Citado no canal de Telegram do Pul Pervovo, meio estatal que acompanha as atividades do presidente da Bielorrússia, Lukashenko disse durante a visita a uma base aérea que Minsk foi obrigada a ativar o "alerta máximo".
"Três dias depois dos acontecimentos próximos de nós - refiro-me à região de Bryansk - quando quatro aeronaves foram abatidas, somos forçados a responder. Desde então, as nossas tropas estão em alerta máximo", disse o presidente da Bielorrússia.
A visita à base aérea foi o primeiro evento público de Lukashenko em quase uma semana de grande especulação sobre a saúde do presidente bielorrusso, que tem 68 anos.
Quanto ao ataque na Rússia, há relatos contraditórios sobre o número de aviões e helicópteros que terão sido abatidos em Bryansk, mas um órgão de comunicação social russo diz que, pelo menos, dois caças - um Su-34 e um Su-35 - e dois helicópteros Mi-8 despenharam-se naquela região.
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Bryansk fica na fronteira com a Ucrânia e já foi alvo de ataques anteriores atribuídos a Kiev. A queda de várias aeronaves em território russo ao mesmo tempo não tem precedentes.
Lukashenko não esconde problemas de saúde
O aparecimento de Lukashenko, para confirmar que foram efetivamente abatidas quatro aeronaves russas, foi amplamente publicitado devido às preocupações com a saúde do presidente da Bielorrússia, que no dia 9 de maio abandonou precipitadamente as comemorações do Dia da Vitória em Moscovo, por problemas de saúde, motivando preocupações sobre a sua condição.
Principal aliado do presidente russo Vladimir Putin, a quem permitiu o uso de território bielorrusso para desencadear ataques contra a Ucrânia, Lukashenko visitou o comando central da Força Aérea, onde afirmou que apesar de não existir nenhuma “situação crítica”, alguns “fatores” são causa de "preocupação".
Lukashenko parece ter algumas dificuldades de respiração enquanto fala aos militares e tem um penso numa mão.
À Sky News, um deputado russo confirmou que o presidente da Bielorrússia está doente mas disse não ter autorização para revelar o diagnóstico.
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