Sinal de abertura de Raimundo é “positivo”, mas ex-dirigentes querem mais e impõem condições para voltar

Carlos Brito, entre Jerónimo de Sousa e João Amaral, na bancada do PCP, que chegou a ter 44 deputados
Carlos Brito, entre Jerónimo de Sousa e João Amaral, na bancada do PCP, que chegou a ter 44 deputados© Rui Ochôa

“Foi agradável ouvir aquela curta frase”, diz Carlos de Brito. É assim que o antigo líder da bancada do PCP e histórico dirigente comunista comenta as declarações do novo secretário-geral, Paulo Raimundo, que, num gesto inédito, assumiu que muitos dos dirigentes que saíram das fileiras comunistas “fazem muita falta, porque as suas opiniões são válidas para construir um partido que nós queremos mais forte”. Os renovadores ficaram surpreendidos com as palavras do líder do PCP e aguardam que se passe “das palavras aos atos”. Por eles, o regresso é possível… mas com condições.

É uma história que se arrasta há mais de duas décadas. Na altura, ainda com Carlos Carvalhas na liderança do PCP e com Álvaro Cunhal na presidência comunista, uma vaga interna pediu maior democraticidade interna e mais abertura do partido. Uma iniciativa que a cúpula dirigente não viu com bons olhos, acabando por expulsar alguns dos históricos — entre eles Carlos Luís Figueira e Edgar Correia — e penalizando outros, como João Amaral, Domingos Lopes, Paulo Fidalgo ou Cipriano Justo, que sairiam pelo próprio pé. Carlos Brito foi “suspenso” por 10 meses, findos os quais o partido nada disse ou fez. Brito optou por se autossuspender… até hoje.

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