Ludwik Lejzer Zamenhof
Ludwik Lejzer Zamenhof | |
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Ludwik Zamenhof (1859-1917), criador do esperanto. | |
Pseudônimo(s) | Dr. Esperanto |
Conhecido(a) por | Criador do esperanto |
Nascimento | 15 de dezembro de 1859 Białystok, Polônia |
Morte | 14 de abril de 1917 (57 anos) Varsóvia, Polônia |
Nacionalidade | Polonês |
Etnia | Judeu |
Tópico sobre esperanto |
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Esse artigo faz parte da série em desenvolvimento Esperanto-História |
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Ludwik Lejzer Zamenhof (em polonês/polaco: Ludwik Łazarz Zamenhof; em Esperanto, Ludoviko Lazaro Zamenhof; em português, Luís Lázaro Zamenhof) (Białystok, 15 de dezembro de 1859 — Varsóvia, 14 de abril de 1917) foi um oftalmologista polonês-judeu.[1][2]
Ele foi o criador do esperanto, a língua auxiliar e artificial mais falada no mundo.[1][3] Seus idiomas nativos eram o russo, iídiche e polonês, mas ele também era fluente em alemão. Posteriormente aprendeu francês, latim, grego, hebraico e inglês além de se interessar por italiano, espanhol e lituano.[1][2]
Tendo em vista as suas realizações e seu incentivo ao diálogo intercultural, a UNESCO selecionou Zamenhof como uma de suas personalidades eminentes de 2017, no 100º aniversário de sua morte.[4]
Biografia
Zamenhof nasceu na cidade de Bialystok, na época pertencente ao Império russo, mas atualmente pertence à Polônia. Na época, falavam-se várias línguas em Bialystok, gerando muitas dificuldades de compreensão entre as diversas culturas. Isto motivou Zamenhof a buscar uma solução para o problema, e durante anos, foi desenvolvendo o esperanto em um processo longo e trabalhoso.[1][2]
Zamenhof tinha 17-18 anos e ainda estava no ginásio quando preparava a versão inicial do Esperanto. Em 1878, essa primeira versão ficou pronta. Ela se chamava "Lingwe universala". No dia 17 de dezembro daquele ano, Zamenhof, dois dias após seu aniversário de 19 anos, apresentou aos seus colegas de classe o seu projeto inicial.[5] Segundo o que o próprio Zamenhof contaria anos depois, ele e seus amigos cantaram em comemoração uma música de uma única estrofe (Malamikete de las nacjes). Posteriormente, o dia 15 de dezembro, aniversário de Zamenhof, se tornaria uma data festiva na comunidade esperantista.[1][2]
Continuou com os seus esforços apesar de, no ano de 1879, ter surgido o Volapük - projeto de língua auxiliar criado por Johann Martin Schleyer, que encolheu depois do lançamento do esperanto. Zamenhof havia aprendido o Volapük, mas os defeitos dessa língua o motivaram a prosseguir com os seus planos.[6][2]
Após a versão preliminar de 1878, destruída pelo pai de Zamenhof quando o filho foi estudar em Moscou, seguiu-se outras tentativas nunca publicadas. Os poucos fragmentos que restam atestam a existência de novas versões finalizadas em 1881 e 1885.[1]
Finalmente, no ano 1887, e com a ajuda econômica de sua esposa, Klara, publicou um pequeno manual intitulado Internacia Lingvo ("Língua Internacional", em esperanto) com pseudônimo de Doutor Esperanto, palavra que acabou por se converter no nome de sua criação.[1][2][3] Zamenhof utilizou tal pseudônimo na publicação do primeiro livro de esperanto em 1887, pois temia retaliações do governo russo contra seu projeto. Sua origem remete à profissão e à esperança de Zamenhof ao lançar a língua para o mundo, visto que "esperanto", em esperanto, significa "aquele que tem esperança".[7]
Apesar de a língua ter nascido apenas como "Lingvo Internacia" (língua internacional), ela recebeu o nome de seu autor com o passar do tempo. O longo nome pela qual era conhecida "Lingvo Internacia de Doktoro Esperanto" (língua internacional do Dr. Esperanto), foi aos poucos encurtado até chegar ao nome atual esperanto, aceito inclusive pelo próprio Zamenhof.[1][3]
Bibliografia parcial
Obras originais
- Unua Libro, 1887 (Primeiro Livro)
- Dua Libro, 1888 (Segundo Livro)
- Hilelismo – propono pri solvo de la hebrea demando, 1901
- Esenco kaj estonteco de la ideo de lingvo internacia, 1903
- Fundamenta Krestomatio de la Lingvo Esperanto, 1903 (Antologia Básica da Língua Esperanto)
- Fundamento de Esperanto, 1905 (Fundação do Esperanto)
- Declaration of Boulogne, 1905
- Homaranismo, 1913 (Humanitismo)
Periódicos
- La Esperantisto, 1889–1895 (O Esperantista)
- Lingvo Internacia, 1895–1914 (Língua Internacional)
- La Revuo, 1906–1914
Poemas
- "Al la fratoj"[8]
- "Ho, mia kor'"
- "La Espero"
- "La vojo"[9]
- "Mia penso"[10]
Pseudônimos
- Dr. Esperanto
- Gofzamen
- Unuel
- Anna R.
Ver também
Referências
- ↑ ab c d e f g h Korzhenkov, Aleksandr (2009). Zamenhof: The Life, Works, and Ideas of the Author of Esperanto [Zamenhof: A Vida, Obras e Idéias do Autor do Esperanto] (PDF) (em inglês). Traduzido por Ian M. Richmond. [S.l.]: Esperantic Studies Foundation
- ↑ ab c d e f Forster, Peter G. (1982). The Esperanto movement. The Hague: Mouton. OCLC 8050656
- ↑ ab c Zasky, Jason (20 de julho de 2009). «Discouraging Words». Failure Magazine.
But in terms of invented languages, it's the most outlandishly successful invented language ever. It has thousands of speakers—even native speakers—and that's a major accomplishment as compared to the 900 or so other languages that have no speakers. – Arika Okrent
- ↑ «Anniversaries 2017». UNESCO (em inglês). Consultado em 17 de março de 2021
- ↑ Dufour, Fritz (2017). Exploring the Possibilities for the Emergence of a Single and Global Native Language (em inglês). [S.l.]: Fritz Dufour. 93 páginas
- ↑ Kiselman, Christer (2008). «"Esperanto: Its origins and early history"» (PDF)
- ↑ «Qual é a origem do esperanto?». Super. Consultado em 17 de março de 2021
- ↑ Privat, Edmond (1920). «Idealista profeto». Vivo de Zamenhof (em esperanto). [S.l.: s.n.]
- ↑ Privat, Edmond (1920). «Verkisto». Vivo de Zamenhof (em esperanto). [S.l.: s.n.]
- ↑ Privat, Edmond (1920). «Studentaj jaroj». Vivo de Zamenhof (em esperanto). [S.l.: s.n.]
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