«Não sabia do nível que havia em Portugal, não dão um segundo para pensar»
O futebolista espanhol Miguel Baeza, emprestado esta época pelo Celta de Vigo ao Rio Ave, sublinhou que 2022/23 está a ser «muito importante» na sua carreira, admitindo as «muitas dúvidas» que tinha antes de rumar a Portugal.
«Tinha muitas dúvidas em aceitar a oferta do Rio Ave, porque para mim era tudo novo: outro país, outra língua, outro futebol», afirmou Baeza, de 22 anos, em declarações à agência EFE.
O atacante, cedido pelo Celta, não teve a continuidade que queria na equipa galega – sobretudo com a chegada do técnico Eduardo Coudet – depois de ali chegar como um dos bons valores da formação do Real Madrid, onde foi muito utilizado na equipa B em 2019/20. Tanto que o clube da capital espanhola ficou com 50 por cento dos seus direitos.
«Eu estava a jogar muito e isso fez-me pensar. Disse para mim: “este ano vou lutar por ter minutos”», afirmou, garantindo que o Rio Ave lhe está a fazer bem, num campeonato ao qual chegaram outros jovens espanhóis que estão a destacar-se, como Pedro Porro (Sporting) ou Fran Navarro (Gil Vicente).
«Não o digo porque estou a jogar, o que é importante, mas também porque tenho a sensação que esta liga vai ajudar-me a crescer como jogador. É uma liga muito competitiva, outro futebol, muito mais físico. Não sabia do nível que havia em Portugal. É um jogo muito físico, de transições, aqui não te dão um segundo para pensar. Isso é bom para o meu jogo, vai ajudar-me a amadurecer. Encontrei uma equipa que gosta de jogar futebol, a filosofia do treinador é ter a posse de bola na maior parte do tempo. Era importante uma equipa que me desse minutos», considerou, admitindo que antes de chegar ao Rio Ave não recomendaria a ninguém jogar em Portugal. «Nem louco», atirou, em jeito de brincadeira, adiantando ainda que o objetivo é voltar ao Celta para «triunfar em Balaídos».
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