CTT Correios de Portugal
CTT Correios de Portugal | |
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Razão social | CTT - Correios de Portugal, S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Slogan | 'A Nossa Entrega é Total' |
Cotação | Euronext Lisboa: CTT |
Atividade | Correio |
Género | Sociedade anónima |
Fundação | 6 de novembro de 1520 (501 anos) com o nome "Correio Público" |
Sede | Lisboa, Portugal |
Pessoas-chave | Conselho de Administração[1] |
Empregados | 12 097 (2018) |
Produtos | Correio Normal Correio Expresso (Amarelo) Correio Verde Logística |
Lucro | EUR 19,6 milhões (2018) |
Faturamento | EUR 708 milhões (2018)[2] |
Posição no Alexa | 36 847 () |
Website oficial | www.ctt.pt |
CTT - Correios de Portugal, S.A. MHM (conhecidos normalmente simplesmente pela sigla CTT significando Correios, Telégrafos e Telefones) são um grupo empresarial português focado essencialmente no negócio dos correios.[3]
História
As origens dos CTT remontam a 6 de Novembro de 1520, ano em que o Rei D. Manuel I de Portugal criou o primeiro serviço de correio público de Portugal e o cargo de Correio-Mor do Reino, desde 1606 também de Correio-Mor das Cartas do Mar, cargos extintos por D. João, Príncipe Regente da Rainha D. Maria I de Portugal em 1797, criando-se em seu lugar a Superintendência-Geral dos Correios e Postas do Reino, a 1 de Agosto de 1799. Os modernos CTT têm origem na fusão da Direcção-Geral dos Correios e da Direcção-Geral dos Telégrafos num único departamento, denominado Direcção-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis.[4]
Em 1911 a instituição passa a ser dotada de autonomia administrativa e financeira, passando a denominar-se Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, adoptando a sigla CTT que mantém até aos dias de hoje, apesar das posteriores alterações de denominação oficial.[4] Em 1969 os CTT são transformados em empresa pública, com a denominação de CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P..[4]
Em 1992 os CTT são transformados em sociedade anónima, com a denominação CTT - Correios de Portugal, S. A.. Ao mesmo tempo a área das telecomunicações é separada, formando uma empresa autónoma, a Telecom Portugal.[4]
A 6 de Outubro de 2000 foram feitos Membros-Honorários da Ordem do Mérito.[5] Em 2000 assinaram com o Estado a concessão do serviço universal postal, a obrigatoriedade de assegurar a troca de correspondência em todo o país. Em 2004 os CTT adquiriram a Payshop, empresa especialista em pagamentos eletrónicos de contas domésticas com o objetivo de complementar o serviço prestado pelos CTT na área das cobranças de facturas. Entraram também no capital da Mailtec com o objetivo de reforçar o posicionamento dos CTT na Área de Dados e Documentos e mais especificamente no negócio de finishing (preparação/fabrico de correio). Em 2005 adquiriram a empresa espanhola Tourline Express, que actua na área do correio expresso e encomendas em todo o território espanhol. Esta aquisição marca o início do processo de internacionalização dos CTT, que privilegia o mercado espanhol pela sua proximidade.
Em 2008 dá-se a liberalização dos serviços postais na união europeia. Em 2013, o Estado decide privatizar através da dispersão de ações em bolsa, 70% do capital dos CTT. No ano seguinte, em 2014, pela mesma via é alienado o restante capital, passando os CTT a ser uma empresa com capital totalmente privado com 100% do seu capital em free float sendo por isso a única empresa portuguesa nestas circunstâncias. Entram na bolsa portuguesa a 5 de Dezembro de 2013. No ano de 2015 os CTT lançam um projeto ambicioso, o Banco CTT, que arrancou no dia 18 de Março do mesmo ano com a abertura simultânea de 52 balcões – a maior abertura de um Banco em Portugal, alguma vez feita.
Líderes dos CTT
Nome | Título | Período | |
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I) Correios-Mores do Reino de Nomeação Régia | |||
1.º | Luís Homem | 1.º Correio-Mor do Reino | 1520-1532 |
2.º | Luís Afonso | 2.º Correio-Mor do Reino | 1532-1565 |
3.º | Francisco Coelho | 3.º Correio-Mor do Reino | 1565-1577 |
4.º | Manuel de Gouveia | 4.º Correio-Mor do Reino | 1579-1598 |
II) Correios-Mores do Reino e Correios-Mores das Cartas do Mar Privados e Hereditários | |||
5.º | Luís Gomes da Mata Coronel | 5.º Correio-Mor do Reino e 1.º Correio-Mor das Cartas do Mar | 1606-1607 |
6.º | António Gomes da Mata Coronel | 6.º Correio-Mor do Reino e 2.º Correio-Mor das Cartas do Mar | 1607-1641 |
7.º | Luís Gomes da Mata | 7.º Correio-Mor do Reino e 3.º Correio-Mor das Cartas do Mar | 1641-1674 |
8.º | Duarte de Sousa da Mata Coutinho | 8.º Correio-Mor do Reino e 4.º Correio-Mor das Cartas do Mar | 1674-1696 |
9.º | Luís Vitório de Sousa da Mata Coutinho | 9.º Correio-Mor do Reino e 5.º Correio-Mor das Cartas do Mar | 1696-1735 |
10.º | José António da Mata de Sousa Coutinho | 10.º Correio-Mor do Reino e 6.º Correio-Mor das Cartas do Mar | 1735-1790 |
11.º | Manuel José da Maternidade da Mata de Sousa Coutinho (depois 1.º Conde de Penafiel) | 11.º Correio-Mor do Reino e 7.º Correio-Mor das Cartas do Mar | 1790-1797 |
III) Administração Pública | |||
12.º | José Diogo Mascarenhas Neto | 1.º Superintendente-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1799-1805 |
13.º | António Joaquim de Morais | 1º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1805-1807 |
14.º | Lourenço António de Araújo | 2.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1810-1827 |
15.º | José Basílio Rademaker | 3.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1827-1828 |
16.º | António Xavier de Abreu Castelo Branco | 4.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1828-1833 |
17.º | João de Sousa Pinto de Magalhães | 5.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1833-1853 |
18.º | Eduardo Lessa | 6.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino e 1.º Director-Geral dos Correios | 1853-1877 |
19.º | Guilhermino Augusto de Barros | 2.º Director-Geral dos Correios e 1.º Director-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis | 1877-1893 |
20.º | Ernesto Madeira Pinto | 2.º Director-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis | 1893-1899 |
21.º | Guilhermino Augusto de Barros | 3.º Director-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis | 1899-1900 |
22.º | Alfredo Pereira | 1.º Director-Geral dos Correios e Telégrafos | 1900-1910 |
23.º | António Maria da Silva | 2.º Director-Geral de Correios e Telégrafos e 1.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos | 1910-1917 |
24.º | Henrique Jacinto Ferreira de Carvalho | 2.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos | 1919 |
25.º | António Maria da Silva | 3.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos | 1919-1926 |
26.º | Luís de Albuquerque Couto dos Santos | 4.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos | 1933-1965 |
27.º | Carlos Gomes da Silva Ribeiro | 1.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1968-1974 |
28.º | João da Cunha e Serra | 1.º Presidente do Conselho de Gerência dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1974 |
29.º | João Manuel de Almeida Viana | 2.º Presidente do Conselho de Gerência dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1974 |
30.º | Francisco José Pinto Correia | 2.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1974-1975 |
31.º | Norberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar | 3.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1976-1981 |
32.º | João Maria Leitão de Oliveira Martins | 4.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1981-1984 |
33.º | Virgílio da Silva Mendes | 5.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1984-1986 |
34.º | José Carlos Pinto Soromenho Viana Baptista | 6.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1986-1989 |
35.º | Jorge Manuel Águas da Ponte Silva Marques | 7.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1989-1992 |
36.º | José Augusto Perestrelo de Alarcão Troni | 8.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1993-1995 |
37.º | Carlos Maria Cunha Horta e Costa | 9.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1995-1996 |
38.º | Norberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar | 10.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1996-1999 |
39.º | Emílio José Pereira Rosa | 11.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 1999-2002 |
40.º | Carlos Maria Cunha Horta e Costa | 12.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 2002-2005 |
41.º | Luís Filipe Nunes Coimbra Nazaré | 13.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 2005-2008 |
42.º | Estanislau José Mata Costa | 14.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 2008-2010 |
IV) Administração Privada | |||
43.º | Francisco José de Queirós de Barros de Lacerda | 15.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones e 1.º Presidente da Comissão Executiva dos Correios, Telégrafos e Telefones | 2012-2019 |
44º | João Bento | 16º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones | 2019- presente |
Processo de privatização
O ano de 2013 marcou o início do processo de privatização dos CTT e de entrada em bolsa, aprovado em Conselho de Ministros, que decorreu com grande sucesso mediante a alienação das ações representativas de 68,5% do respetivo capital social através de Oferta Pública de Venda e de admissão à negociação na Euronext Lisbon. A profunda alteração de estrutura acionista que uma privatização representa foi um momento de crucial importância para os CTT, em que novas realidades e oportunidades se abriram no processo de autonomização em relação ao acionista Estado. Isto sem prejuízo do serviço público consagrado na concessão do serviço postal universal atribuído aos CTT.
O dia 5 de setembro de 2014 fica na história dos CTT e do país como a data em que se concluiu a privatização da Empresa liderada por Francisco de Lacerda, assinalada numa cerimónia especial com o toque do sino na Euronext Lisbon. A venda de ações representativas de 31,5% do capital social da Empresa que o Estado ainda detinha foi concretizada com sucesso, numa operação realizada através de um processo de venda rápida, dirigido exclusivamente a investidores institucionais. Nas duas fases de privatização, instituições e particulares investiram 922 milhões de euros. Os CTT passaram a ser uma empresa 100% privada, com uma alargada base acionista de investidores institucionais e particulares, portugueses e estrangeiros.[6]
Empresa e subsidiárias
Fazem parte do grupo as seguintes empresas:
Empresa | Descrição | Serviços |
---|---|---|
CTT - Correios de Portugal S.A. ([1]) | Empresa de distribuição de correio dentro e fora de Portugal. | Correio Normal Correio Azul Correio Verde Correio Registado Correio Internacional Encomendas Correio Digital Serviços de Conveniência Filatelia |
Subsidiárias | Descrição | Serviços |
CTT Expresso ([2]) | Empresa destinada a entrega de encomendas em todo território ibérico e outros BÉRCap internacionais.íses. | Envio de encomendas online Portugal e Espanha:
Internacional:
|
Payshop ([3]) | Empresa de soluções de pagamentos | Carregamentos e pagamentos, compras online, cartões pré-pagos |
CTT Contacto ([4]) | Empresa criada para a distribuição depublicidade . | Correio endereçado Correio não endereçado |
Payshop ([5]) | É uma rede integrada com estabelecimentos comerciais para o pagamento de várias contas domésticas como o telefone, a electricidade, a água ou o gás. | Pagamento de serviços |
Phone-ix | Descontinuada em 2018 | |
Banco CTT ([6]) | O Banco CTT exerce actividade bancária. | Serviços bancários |
Logotipo
As suas origens são antigas remontam a 1520, tempos em que a monarquia reinava em Portugal e em que as deslocações eram feitas a pé, a cavalo ou de carruagem. Resulta daí a imagem do cavaleiro montado num cavalo tocando a trombeta anunciando a chegada do correio.
Controvérsia
Os CTT e CTT Expresso têm uma reputação péssima em Portugal, tendo piorado após a privatização, que criou um monopólio para uma empresa privada. Os serviços de entrega dos CTT e CTT Expresso não oferecem qualquer garantia de entrega da correspondência, quer seja correio registado ou não registado, uma vez que não há prazo máximo para entrega dos objetos. No site de avaliação de serviços Trustpilot as empresas CTT e CTT Expresso têm uma classificação de "muito mau" [https://pt.trustpilot.com/review/www.ctt.pt][https://pt.trustpilot.com/review/cttexpress.com].
Ver também
- Grande Prémio de Poesia APE/CTT, patrocinado pelos Correios de Portugal
- Courier (correio expresso)
- Certificado de Aforro
Referências
- ↑ http://www.ctt.pt/ctt-e-investidores/a-empresa/governo-da-sociedade/orgaos-da-sociedade/conselho-de-administracao/index.html
- ↑ http://www.ctt.pt/contentAsset/raw-data/8d1c9d48-ce8a-485f-8d70-a959bf9cd733/ficheiroPdf/Press%20Release%202018_PT.pdf?byInode=true
- ↑ «Obrigações dos CTT» (PDF)
- ↑ ab c d «História dos CTT»
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "CTT - Correios de Portugal". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 26 de fevereiro de 2015
- ↑ ctt.pt
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