Portugal vai à Alemanha para tentar captar “Autoeuropa ferroviária”
Entre 2.834 empresas participantes, de 56 países, Portugal vai tentar captar interessados porque “tem condições únicas para a atração e localização da indústria ferroviária“, refere ao ECO o diretor executivo da Plataforma Ferroviária Portuguesa (PRP), que já conta com um total de 101 associados.
“Somos um país seguro, tecnológico, temos recursos humanos e engenharia altamente qualificada, que sabe bem receber e contamos com uma localização geoestratégica preferencial”, assinala Paulo Duarte.
A presença na InnoTrans também vai servir para impulsionar as exportações: “Pretendemos mostrar as nossas competências, permitindo a entrada das nossas empresas nas cadeias de fornecedores internacionais relevantes, alavancando as suas exportações e a divulgação que em Portugal se faz bem”.
As empresas portuguesas em Berlim cobrem vários aspetos dos comboios e dos sistemas ferroviários: para o interior dos veículos, serão mostradas as soluções da Amorim Cork, Couro Azul, Lantal e MCG. Na área tecnológica e da engenharia, destaque para as presenças da Efacec e da Mota-Engil. A CP também vai estar presente neste acontecimento.
Paulo Duarte assume que a presença de Portugal poderia ser mais alargada, “se tivesse sido possível atender a todos os pedidos recebidos”. Contudo, as marcações já estavam feitas desde 2018, para a feira que iria decorrer dois anos depois – e que a Covid-19 impediu que se realizasse.
Pedro Nuno Santos em Berlim
A acompanhar a maior presença de sempre de Portugal na InnoTrans vai estar o ministro das Infraestruturas e da Habitação. Assumidamente defensor da ferrovia, Pedro Nuno Santos vai visitar o certame na quarta-feira, da parte da tarde.
“O que esperamos do ministro é a mesma força e dinâmica com que acreditou em nós desde a primeira hora, com os desafios lançados e a concretização de todos os planos e investimentos em curso na ferrovia nacional, quer ao nível das infraestruturas, quer do material circulante. Ao contrario do que já sucedeu no passado, a sua concretização terá de ser irreversível”, destaca Paulo Duarte.
Já a preparar a edição de 2024 da InnoTrans, a delegação nacional remata: “O desafio que aqui viemos colocar na Alemanha é da criação de uma Autoeuropa ferroviária em Portugal, porque temos todas as condições a oferecer”.
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