domingo, 11 de setembro de 2022

AMADORA -MUNICIPIO E CIDADE PORTUGUESA - FERIADO - 11 DE SETEMBRO DE 2022

 

Amadora

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Amadora (desambiguação).
Amadora
Amadora Painel.jpg
Casa Roque Gameiro - Amadora - Portugal (319588651).jpgIgreja Matriz da Amadora - Portugal (74452961).jpgAmadora - Portugal (100144890) (cropped).jpg
Parque Central da Amadora - Portugal (5301681698).jpgAgência Portuguesa do Ambiente.jpg
Alfragide norte, outubro 2017 (cropped).jpg
Brasão de AmadoraBandeira de Amadora
Localização de Amadora
Mapa de Amadora
GentílicoAmadorense
Área23,79 km²
População171 500 hab. (2021)
Densidade populacional7 208,9  hab./km²
N.º de freguesias6
Presidente da
câmara municipal
Carla Tavares (PS2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1979
Região (NUTS II)Área Metropolitana de Lisboa
Sub-região (NUTS III)Área Metropolitana de Lisboa
DistritoLisboa
ProvínciaEstremadura
OragoNossa Senhora da Conceição
Feriado municipal11 de setembro (Criação do município)
Código postal2700, 2720, 2610 e 2650 Amadora
Sítio oficialwww.cm-amadora.pt
Município de Portugal Flag of Portugal.svg

Amadora é uma cidade e um município português, localizada na Área Metropolitana de Lisboa. Tem uma área urbana de 23,79 km2 e 171.500 habitantes[1] em 2021, donde uma densidade populacional de 7.195 habitantes por km2, sendo a quarta maior cidade do país.

município da Amadora[2], com área e população coincidentes às da cidade, divide-se em seis freguesias.[3] O município é limitado a nordeste pelo município de Odivelas, a sudeste pelo município de Lisboa, a sul e oeste pelo município de Oeiras e a oeste e norte pelo município de Sintra.

Centro da Cidade da Amadora

O território municipal é habitado desde tempos remotos, com diversos vestígios da ocupação pré-histórica da área.[4][5] A cidade da Amadora constituiu-se em torno do lugar da Porcalhota, servida pela Capela de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, sede de irmandade própria que dispunha de avultados bens. Pertenceu, entre os séculos XIX e XX, ao concelho de Oeiras, tendo em 1936 sido desmembrada de Carnaxide passando a constituir freguesia autónoma, sendo a povoação sua sede elevada à categoria de vila no ano seguinte.[4] Em 1979, a vila da Amadora é elevada a cidade tendo sido constituído o município da Amadora pelo seu desenvolvimento demográfico.

Inicialmente de cariz rural e pontilhado de aldeias e pequenos casais[5], o município foi-se desenvolvendo em virtude da melhoria das acessibilidades, especialmente após a construção da Linha de Sintra.[4] Entre as décadas de 1950 e 1970, sofreu uma explosão demográfica em virtude da sua posição dentro da primeira coroa envolvente à capital do país.[6]

Geografia

Relevo e hidrografia do município.

O município da Amadora situa-se no norte da Área Metropolitana de Lisboa, sendo um dos municípios de primeira coroa da capital, com a qual limita a oeste (freguesias de Benfica e, em menor parte, Carnide). O município de Oeiras (Carnaxide e Queijas, a sul e Barcarena, a sudoeste) situa-se a sul, enquanto que toda a faixa oeste e parte do norte do município são limitados por Sintra (Queluz e Belas e Casal de Cambra, respetivamente). Por fim, o município de Odivelas (Pontinha e Famões) restringe a vertente norte-ocidental da Amadora.

O seu relevo, de altitudes moderadas, desenvolve-se maioritariamente entre os 50 e 200 metros de altitude, com um nível de rugosidade entre os 30 e 60%.[7] É possível identificar, em traços gerais, três áreas morfológicas distintas no município, duas delas correspondentes às áreas mais elevadas (a norte e sul) e a terceira, uma depressão que ocupa a zona central e é confinada por estas áreas. Uma classificação mais detalhada permite a divisão em cinco unidades morfológicas. A primeira corresponde à Serra da Mira, de forma elíptica, localizada no extremo norte do município (Mina de Água) e confinada pelo rio da Costa e pela ribeira de Carenque. Desenvolve-se de nordeste para sudoeste, num total de 4 km de comprimento por 2 km de largura, e é atravessada por falhas que apresentam esta mesma direção e também nor-noroeste–su-sudeste. Geologicamente, compõe-se de formações carbonatadas e detríticas do Cretácico Inferior. É aqui que se encontra o ponto de maior altitude do município, de 273 metros.[8]

Segue-se o Planalto da Mina de Água, imediatamente a sul. Apresenta uma altitude de 170 metros, estando inclinado para sul e sudeste. É constituído por formações cretácicas sedimentares e vulcânicas.[8]

A Depressão Central ocupa o espaço entre o Planalto da Mina de Água e a Serra de Carnaxide. É um vale aberto, que se assume como um prolongamento do vale de Benfica, desenvolvido entre os 50 a 160 metros, de leste para oeste. O seu setor ocidental é mais elevado e é drenado para oeste pelos afluentes da ribeira de Carenque e para leste pelos afluentes da ribeira de Alcântara. Tem a sua origem no Complexo Vulcânico do Cretácico Superior e nas formações sedimentares terciárias sobre as quais assentam em discordância as formações sedimentares quaternárias. O seu ponto de menor altitude, que é também o do município, situa-se no fundo do vale do rio da Costa (41 m).[8]

Remata este conjunto a Serra de Carnaxide, de 211 metros de altitude máxima no sul da Venteira. Também de forma elíptica, prolonga-se de este para oeste, entrando depois em Oeiras. Circunscrita pelo rio Jamor e pela ribeira de Algés, possui 3 km de comprimento por 2 km de largura.[8]

Por toda a área concelhia predominam os declives fracos a moderados, e cerca de metade do município (53%) apresenta inclinações inferiores a 10%. As áreas de maior declive correspondem também às áreas de maior altitude (nos flancos da Serra da Mira e Planalto da Mina de Água). Os declives de menor expressão localizam-se no planalto e entre o sopé deste e a base do flanco norte da Serra de Carnaxide. A Amadora é um município com boa exposição solar, já que as vertentes soalheiras representam 41% da área total. As vertentes não possuem uma exposição dominante, se bem que o conjunto dos octantes S, SE, E e NE ocupa a maior parte da área do município (58%). Isto deve-se à inclinação do Planalto da Mina de Água e do fundo do vale da ribeira de Alcântara (sudeste), aos flancos sul e leste do planalto e à vertente sul da Serra da Mina. As umbrias ocupam 34% e as exposições intermédias os restantes 25%.[8]

Divisão administrativa - Freguesias

Freguesias da Amadora a partir de 2013.

O município da Amadora está dividido, na sequência da reorganização administrativa de 2013, nas seguintes seis freguesias:[2]

Hidrografia

A Amadora é considerada um município de montante, visto que o seu território abrange os troços iniciais das quatro bacias hidrográficas que o drenam. A rede de drenagem concelhia é de pequena dimensão e reduzidos afluentes (baixa densidade), com um padrão tipicamente dendrítico e ângulos de confluência agudos. Todas as bacias que atravessam o município pertencem à Região Hidrográfica do Tejo, sendo os cursos de água tributários desse rio e desaguando no seu estuário após atravessar solos geralmente pouco permeáveis. Os cursos de água apresentam vários sentidos de escoamento, sendo que na metade ocidental e sul-oriental o sentido dominante é norte–sul e nas restantes áreas é noroeste–sudeste.[8]

A bacia que drena a maior parte do município é a da ribeira de Alcântara (ou da Falagueira), com uma área de 8,6 km². A sua bacia abrange o setor central e oriental do município, originando-se no Planalto da Mina de Água (Moinhos da Funcheira) e atravessando depois a Depressão Central da Amadora em direção a Benfica. Segue-se a bacia do rio Jamor, representada pela ribeira de Carenque, que drena todo o terço ocidental do município (8 km²) e marca a fronteira em grande parte do seu percurso entre este município e Sintra. Após nascer na zona de Casal de Cambra, separa os dois municípios até chegar a Carenque, localidade que atravessa para depois se juntar ao curso de água principal do Jamor em Queluz.[8]

rio da Costa, cuja bacia ocupa 4,7 km², nasce igualmente em Casal de Cambra e possui algumas nascentes no Planalto da Mina de Água. Dirige-se para o município de Odivelas, onde se junta à ribeira da Póvoa e continua em direção à Várzea de Loures. Por fim, a bacia da ribeira de Algés, de apenas 2,5 km², ocupa o setor sul-oriental do município. Nascendo na Depressão Central da Amadora, dirige-se do Zambujal para a Portela de Carnaxide, acabando por desaguar em Pedrouços.[8]

Muitos troços destes cursos de água encontram-se alterados pela ação humana, tendo sido artificializados e encanados. Tal é especialmente notório no caso das ribeiras de Alcântara, de Algés e do rio da Costa, cujas bacias apresentam um grau de urbanização superior a 50%.[8]

Clima

À escala da Peninsula Ibérica, e segundo a classificação climática de Köppen, o município da Amadora enquadra-se nos climas temperados de tipo mediterrâneo, encontrando-se numa área de transição entre dois subtipos climáticos mediterrâneos (Csa e Csb) com um pequeno ascendente de influências marítimas. A temperatura média anual situa-se nos 16.ºC e a precipitação média anual é de cerca de 740 mm. Deste modo, integra a Região Pluviométrica do Sul.[7]

História

Pré-história

A área que hoje integra o município da Amadora foi ocupada continuamente desde o Paleolítico[9], dada a diversidade dos recursos cinegéticos, da fertilidade dos seus solos e da abundância de água. Um dos expoentes máximos desta ocupação remonta ao Calcolítico, com a Necrópole de Carenque. Estas grutas artificiais representam um novo tipo de sepulcro destinado à inumação coletiva abertos em rocha calcária branda, tendo paralelismos com as Grutas da Quinta do Anjo, de Alapraia e de São Pedro do Estoril.[9] Entre os materiais encontrados no local encontram-se diversos objetos de cerâmica (como taças, copos canelados e taças campaniformes), artefactos elaborados em osso (agulhas e botões) e objetos líticos (lisos e decorados e elaborados em calcário[4], como enxós, cinchos; bem como placas de xisto e lúnulas) e metálicos (pontas de seta, lâminas e punhais).[9] Estes objetos acompanhavam os mortos, ao lado de quem eram colocavadas armas e utensílios da usados durante a vida, recipientes com alimentos e objetos de adorno e simbolismo religioso. Atualmente, as suas réplicas integram a Mala Didáctica Municipal, destinada às escolas primárias do município.[4] Alguns destes materiais permitem aferir que esta ocupação se tenha dado entre os IV e III milénios a. C.. [9]

Idade Antiga

A zona foi habitada continuamente e, pelos séculos II e III, os romanos já haviam deixado vestígios no município. O mais destacável é o Aqueduto Romano de Amadora, com origem na Barragem Romana de Belas. Também foram feitos outros achados, como a Vila Romana da Quinta da Bolacha, a Necrópole de Moinho do Castelinho e objetos de cerâmica (como púcaras).[4]

Idade Média

Após o domínio árabe, durante a Idade Média, a região da Amadora ter-se-à mantido como um território de cariz rural, produzindo alimentos que abasteciam a cidade de Lisboa. Foi também explorado pelos seus recursos geológicos.[4]

Idade Contemporânea

A região da Amadora serviu durante vários séculos de estância de veraneio para famílias abastadas de Lisboa. A salubridade do sítio, a proximidade da capital, as facilidades de comunicações e vasta área disponível para urbanização estão na base de um potencial desenvolvimento de construções e reabilitação da cidade que, em determinadas zonas, ainda tem habitações clandestinas.


O actual território da Amadora nasceu da divisão da antiga freguesia de Benfica, cortada pela Estrada da Circunvalação aquando da redefinição dos limites de Lisboa, em 1885-1886. A freguesia extramuros, chamada Benfica (Extramuros), ficou a pertencer ao concelho de Oeiras. O principal núcleo da freguesia era lugar da Porcalhota, então situado ao longo de um dos mais antigos e importantes eixos viários da região, a Estrada Real que ligava a capital a Sintra[10], e provido mais tarde de uma estação ferroviária. No entanto, o município possuía vários casais, entre eles os da Amadora, Venteira e Falagueira, próximos da Porcalhota. Em 1907, a população local pediu ao rei D. Carlos que permitisse a mudança de nome, situação a que o Ministério do Reino deu despacho, ordenando que todos estes núcleos urbanos tivessem a designação de Amadora em 28 de outubro de 1907.

Foi elevada a freguesia dentro do município de Oeiras em 17 de abril de 1916, e foi elevada a vila em 24 de junho de 1937. Em 1962, quando se comemoraram os 25 de vila, era considerada a localidade mais populosa da linha de Sintra, devido às migrações rurais, ao desenvolvimento industrial e à proximidade de Lisboa[11].

Aqueduto das Águas Livres, Amadora, Damaia

município da Amadora viria a ser criado em 11 de setembro de 1979, por secessão da freguesia da Amadora, no nordeste do município de Oeiras. Dias depois, a 17 de setembro de 1979, a vila da Amadora é elevada a cidade, e a freguesia homónima é dividida em oito freguesias: AlfragideBrandoaBuracaDamaiaFalagueira-Venda NovaMinaReboleira e Venteira. Na ocasião agregou a si partes das freguesias de Queluz e de Belas, pertencentes ao município de Sintra, e tendo cedido a localidade de Presa que passou a fazer parte da freguesia de Odivelas, atual município de Odivelas.

Em 1997, foram criadas as freguesias de Alfornelos (parte da freguesia de Brandoa), FalagueiraVenda Nova (divisão da freguesia de Falagueira-Venda Nova) e São Brás (parte da freguesia de Mina), sendo esta a divisão municipal até 2013, ano em que estas freguesias foram extintas (as alterações podem ser consultadas nos respectivos verbetes).

Entre os seus símbolos contam-se o Aqueduto das Águas Livres, bem como os campos de aviação que tiveram tanta importância na emergência da aviação em Portugal, sendo que ainda hoje o Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa se situa no município, na freguesia de Alfragide. Ambos figuram nas armas da cidade.

Demografia

Número de habitantes[12]
19811991200120112021
163 878181 774175 872175 136171 500

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[13][14]
19811991200120112021
0-14 Anos42 84035 01826 23025 90324 362
15-24 Anos23 54229 37625 19119 47618 028
25-64 Anos87 549101 53999 84097 01591 012
= ou > 65 Anos9 94715 84124 61132 74238 098

Património

Política

O município da Amadora é administrado por uma câmara municipal (o órgão executivo do município) composta por um presidente e 10 vereadores, e por uma assembleia municipal (o órgão deliberativo do município), constituída por 39 deputados municipais (dos quais 33 eleitos diretamente).

O cargo de presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Carla Tavares, reeleita nas eleições autárquicas de 2021 pelo PS, tendo maioria absoluta de vereadores na câmara (7). Existem ainda três vereadores eleitos pela coligação Dar Voz à Amadora (PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PDR) e um pela CDU (PCP-PEV). Na Assembleia Municipal, o partido mais representado é novamente o PS, com 15 deputados eleitos e 6 presidentes de Juntas de Freguesia (maioria absoluta), seguindo-se a coligação Dar Voz à Amadora (9 - 7 do PSD e 2 do CDS), a CDU (4; 0), o BE (2; 0), o CH (2; 0) e o PAN (1; 0). O Presidente da Assembleia Municipal é António Ramos Preto, do PS.

Eleições de 2021
ÓrgãoPSDar Voz à Amadora (PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PDR)PCP-PEVBECHPAN
Câmara Municipal731000
Assembleia Municipal2194221
dos quais: eleitos diretamente1594221

Eleições autárquicas [15]

Data%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%VParticipação
FEPU/APU/CDUADPSUDP/BEPCTP/ MRPPCDS-PPPPD/PSDPPMPSD-CDSMPTINDPANNCCHILRIRMASAADNUEDSPOUSFERPSRPHPTP
197937,61432,50425,0132,44-0,63-ADADAD0,54-
74,15 / 100,00
198241,04526,93327,8931,13-0,45-0,30-
72,39 / 100,00
198547,65637,1540,57-10,621
61,40 / 100,00
198938,53527,1231,14-3,49-25,9230,55-
52,65 / 100,00
199336,96431,0141,82-4,25-22,443
54,32 / 100,00
199728,92433,7941,29-1,15-3,24-26,7430,69-
51,37 / 100,00
200121,33245,5161,88-1,65-PPD/PSDCDS-PP24,6730,89-BE
47,71 / 100,00
200519,16242,7266,91-1,90-PSD/CDS22,5430,57-
48,15 / 100,00
200916,05246,5165,91-0,44-22,8732,44-0,25-
47,73 / 100,00
2,34-
201319,15245,4575,40-1,52-18,0421,00-
40,84 / 100,00
201712,22147,9776,9411,75-18,0922,65-3,23-1,06-0,26-
42,66 / 100,00
20219,93143,8875,33-0,61-24,553PSD/CDS3,12-5,44-2,79-PPM0,37-PSD/CDSPSD/CDS
42,69 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
APU/CDUADPSUDPPSDCDSFRSPRDPSNB.E.PANPàFLCHIL
197933,2531,7726,363,56ADAD
198030,0433,21FRS2,1429,87
198332,3937,061,5417,727,76
198525,3819,501,8320,875,6723,51
198721,1221,801,7340,692,498,05
199115,9531,5840,402,920,642,76
199515,5046,380,6924,858,000,14
199915,7844,1123,907,030,144,80
200211,4341,1030,767,904,77
200512,0946,7620,455,879,37
200911,7438,9320,8910,2511,43
201111,2031,5929,7212,185,951,38
201511,2337,49PàFPàF11,541,9728,410,96
20198,9341,7618,032,9310,614,531,722,201,39
20225,7947,5119,381,275,042,031,997,725,67

Transportes e mobilidade

O município encontra-se inserido na rede de transportes de Lisboa, Transporte em Lisboa.

No transporte rodoviário, a Amadora é servida por três operadores, Vimeca/Lisboa TransportesCarris e a Rodoviária de Lisboa, que asseguram as ligações dentro do município e aos municípios vizinhos de LisboaOdivelasOeiras e Sintra. Em termos de infraestruturas, as principais artérias rodoviárias consistem na A9A16A36 e A37.

As infraestruturas ferroviárias que atravessam o município consistem na Linha Azul do Metropolitano de Lisboa e na Linha de Sintra, da rede de comboios urbanos de Lisboa da CP. Existem três estações de metro: Estação ReboleiraEstação Amadora Este e Estação Alfornelos. Existem três estações de comboio: Estação Ferroviária de Santa Cruz-DamaiaEstação Ferroviária da Reboleira e Estação Ferroviária de Amadora.

Em 2011, dos 101 254 habitantes que realizam deslocações pendulares, a maioria das deslocações intraconcelhias (41,8%) servem-se do automóvel, seguindo-se as deslocações a pé (36,9%) e de autocarro (15,2%). Nas deslocações interconcelhias, volta a ganhar protagonismo o automóvel (44,1%), seguido do autocarro (25,9%) e comboio (25,1%). A taxa de motorização na Amadora situa-se nos 498 veículos por habitante, e a maioria das deslocações pendulares demora até 15 minutos (36,8%).[16]

Criminalidade

Em 2020 a Amadora ocupava a 9ª posição no ranking de incidência de crimes na Área Metropolitana de Lisboa. O Índice Criminal por 1000 habitantes passou de 41,3 crimes em 2013 para 27,2 crimes em 2020. [17]

Saúde

Como grande hospital público, a Amadora partilha com Sintra o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, também conhecido como Amadora-Sintra. Tem também no seu território três hospitais privados: o da Luz, o da Trofa e a Clínica Stº António (Lusíadas Saúde).

Economia

Apesar de ser uma cidade essencialmente residencial, a Amadora apresenta parques comerciais, indústrias e sedes de empresas relevantes e importantes a nível nacional. Como parques comerciais, tem o IKEA, Decathlon, Continente e o UBBO (um dos maiores centros comerciais de Portugal). A Amadora tem também as sedes de algumas empresas internacionais a operarem em Portugal como a Siemens e a Roche. Tem também as fábricas dos rebuçados Dr. Bayard [18], na freguesia da Venteira, e a fábrica de vidro da BA Glass, na freguesia da Falagueira-Venda Nova.

Centro comercial UBBO
Centro comercial UBBO
Fábrica da BA Glass, Falagueira-Venda Nova
Fábrica da BA Glass, Falagueira-Venda Nova

A nível de administração pública, tem o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Estado Maior da Força Aérea (EMFA) no seu território.

Habitação

O Parque Habitacional Municipal da Amadora é, atualmente, constituído por 2098 fogos distribuídos por 213 edifícios, dispersos no território do município efetuando-se a gestão dos agregados familiares aí realojados: Zambujal (edifícios Z2 e Z3), Casal da Boba, Casal da Mira e Casal do Silva.

Atualmente ainda persistem bairros de construção informal, como a Cova da Moura, Bairro da Estrada Militar e a Quinta da Laje (atualmente em processo de extinção).

Em termos habitacionais, o INE informou que no segundo trimestre de 2021, a Amadora era o quarto município mais caro para arrendar casa em Portugal: 8,76 €/m2. Apenas ultrapassado por Lisboa (11,12 €/m2), Cascais (10,56 €/m2) e Oeiras (9,86 €/m2). [19]

No 4º trimestre de 2021, o preço mediano a 12 meses dos alojamentos familiares na Amadora era de 1820 €/m2. Isto corresponde ao 19º município com valor mais elevado de Portugal e o 8º mais cara da Área Metropolitana de Lisboa[20]

Cultura

A Amadora dispõe de variados equipamentos culturais públicos, entre os quais se destacam:

  • Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos (179 lugares sentados, auditório, Bedeteca, exposições);
  • Cineteatro D. João V (auditório com 388 lugares, totalmente equipado, incluindo sistema de projeção digital);
  • Galeria Municipal Artur Bual;
  • Museu Municipal de Arqueologia (dedicado à preservação, estudo, valorização e divulgação do património histórico e arqueológico do município da Amadora);
  • Recreios da Amadora (um auditório, dois estúdios de dança/sala de ensaio e um salão nobre/espaço polivalente);
  • Casa Roque Gameiro (assume como principal missão organizar e promover exposições temporárias e outras atividades culturais).

Desporto

A Amadora tem várias forças desportivas de âmbito local, regional e até nacional. Entre as mais importantes contam-se o Estrela da Amadora, a Associação Académica da Amadora e o Clube Natação da Amadora.

Emblemas dos Clubes da Amadora

Educação

Na Amadora encontra-se a Escola Superior de Teatro e Cinema com várias Licenciaturas, Mestrados, Pós-Graduações e possibilidade de Doutoramentos. Possui ainda um dos campi da Academia Militar, onde se situa parte significativa do corpo de alunos, nomeadamente os alunos internos, os serviços académicos, e parte proporcional dos serviços de apoio e administração.

A Amadora tem as seguintes escolas do ensino básico e secundário:

  • Escola EB 1 Artur Bual
  • Escola Secundária da Amadora
  • Escola Secundária Mães d'Água
  • Escola EB 2/3 José Cardoso Pires
  • Escola Secundária Seomara da Costa Primo
  • Escola D. Francisco Manuel de Melo
  • Escola EB 1/JI da Venteira
  • Escola Secundária D. João V
  • Escola Secundária Dr. Azevedo Neves
  • Escola Secundária Fernando Namora
  • Escola EB 2/3 Roque Gameiro
  • Escola EB 2/3 de Alfornelos
  • Escola EB 2/3 Miguel Torga
  • Escola EB 2/3 Sophia de Mello Breyner
  • Escola EB 2/3 Professor Pedro d'Orey da Cunha
Campus da Academia Miliar na Amadora

Cidades geminadas

Ver também

Referências

  1.  «INE Censos 2021». Consultado em 5 de setembro de 2021
  2. ↑ Ir para:a b Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  3.  Diário da RepúblicaReorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19/07/2013.
  4. ↑ Ir para:a b c d e f g «Amadora Também Tem História»Os Horizontes da Memória. Temporada IX. Episódio 23. RTP2
  5. ↑ Ir para:a b «Da Pré-História à Idade Média»www.cm-amadora.pt. Consultado em 12 de novembro de 2018
  6.  Relatório do Plano Director Municipal (PDF). Amadora: Câmara Municipal da Amadora. 1994
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