Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto
por Graça Andrade Ramos, Ana Sofia Rodrigues, Carlos Santos Neves - RTP
Reuters
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
00h18 - Pentágono “desconhece” origem das explosões em base russa na Crimeia
O Pentágono assegurou esta sexta-feira que não tem informações sobre a causa das recentes explosões numa base militar russa na Crimeia, assinalando também que Washington não forneceu a Kiev nenhuma arma que permita realizar aquele tipo de ataque.
O aeroporto militar russo de Saki, na Crimeia, península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia, sofreu fortes danos na terça-feira na sequência de uma série de explosões, anunciadas como acidentais por Moscovo, mas que os especialistas atribuíram a um ataque das forças ucranianas.
Kiev não reivindicou a responsabilidade pelo ataque e as múltiplas explosões, captadas por testemunhas que posteriormente divulgaram as imagens nas redes sociais, continuam sem explicação.
“Não temos nenhuma informação que indique que houve um lançamento de míssil ou não. Não posso dizer se houve sabotagem ou não”, referiu um alto funcionário militar norte-americano em declarações aos jornalistas.
“O que posso garantir é que não foi um ataque com ATACMS, porque não fornecemos [à Ucrânia] ATACMS”, acrescentou o oficial, que pediu anonimato, em referência aos mísseis balísticos táticos com alcance de 300 quilómetros, que Kiev tem instado Washington a ceder.
(Agência Lusa)
00h00 - Kiev aponta que diálogo com Moscovo está limitado a questões humanitárias
Os contactos entre Kiev e Moscovo estão atualmente limitados ao aspeto humanitário, em especial sobre a libertação e troca de prisioneiros, referiu esta sexta-feira o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podoliak.
"Temos alguns diálogos sobre a libertação de presos, a troca de corpos. Ou seja, há diálogos sobre essa componente humanitária", explicou o conselheiro do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Com as relações neste ponto, Podoliak salientou que a Ucrânia está ciente que qualquer tipo de contacto com o lado russo é “muito difícil” no contexto da guerra.
Da mesma forma, o conselheiro presidencial apontou que não há nenhum tipo de conversa a nível político ou militar.
(Agência Lusa)
Os contactos entre Kiev e Moscovo estão atualmente limitados ao aspeto humanitário, em especial sobre a libertação e troca de prisioneiros, referiu esta sexta-feira o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podoliak.
"Temos alguns diálogos sobre a libertação de presos, a troca de corpos. Ou seja, há diálogos sobre essa componente humanitária", explicou o conselheiro do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Com as relações neste ponto, Podoliak salientou que a Ucrânia está ciente que qualquer tipo de contacto com o lado russo é “muito difícil” no contexto da guerra.
Da mesma forma, o conselheiro presidencial apontou que não há nenhum tipo de conversa a nível político ou militar.
(Agência Lusa)
23h24 - Rússia retoma entrega de petróleo à República Checa via Ucrânia
As entregas de petróleo russo para a República Checa via Ucrânia foram retomadas após uma suspensão de oito dias, justificada pelas sanções do Ocidente contra Moscovo, divulgou esta sexta-feira a operadora checa.
A empresa russa Transneft, responsável pelo transporte de hidrocarbonetos, anunciou a interrupção das entregas de petróleo para a Hungria, República Checa e Eslováquia, a partir de 04 de agosto.
De acordo com esta empresa, as sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia impediram-na de pagar taxas de trânsito a Kiev, o que interrompeu o transporte de petróleo.
(Agencia Lusa)
As entregas de petróleo russo para a República Checa via Ucrânia foram retomadas após uma suspensão de oito dias, justificada pelas sanções do Ocidente contra Moscovo, divulgou esta sexta-feira a operadora checa.
A empresa russa Transneft, responsável pelo transporte de hidrocarbonetos, anunciou a interrupção das entregas de petróleo para a Hungria, República Checa e Eslováquia, a partir de 04 de agosto.
De acordo com esta empresa, as sanções impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia impediram-na de pagar taxas de trânsito a Kiev, o que interrompeu o transporte de petróleo.
(Agencia Lusa)
22h00 - Índia sem pressão para limitar compras energéticas à Rússia
A Índia afirmou que não tem sido pressionada por nenhum país, ocidental ou de outra parte qualquer, quanto às suas compras de energia russa.
“As nossas decisões sobre o que fazer quanto à compra de petróleo ou outros bens a ele relativos vão ser apenas guiadas pelas nossas necessidades de segurança energética, a nossa perspetiva será guiada pela nossa segurança energética”, garantiu Arindam Bagchi, porta-voz do Ministério indiano dos Negócios Estrangeiros, em conferência de imprensa.
A Índia é o terceiro maior importador mundial de crude e ultrapassou a China enquanto maior cliente do petróleo russo em julho, com base no volume de entregas marítimas. Até antes da guerra na Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro, as suas compras de petróleo russo eram mínimas.
21h50 - Volodimyr Zelensky falou com o Papa Francisco
O presidente da Ucrânia revelou que falou com o sumo pontífice da Igreja Católica e "o informou da agressão russa e dos seus crimes hediondos".
"Agradecido ao Papa pelas suas orações pela Ucrânia. O nosso povo necessita do apoio dos líderes espirituais do mundo qie deveriam espalhar a verdade sobre os actos de horror cometidos pelo agressor na Ucrânia", escreveu Zelensky na rede Twitter.
A Índia afirmou que não tem sido pressionada por nenhum país, ocidental ou de outra parte qualquer, quanto às suas compras de energia russa.
“As nossas decisões sobre o que fazer quanto à compra de petróleo ou outros bens a ele relativos vão ser apenas guiadas pelas nossas necessidades de segurança energética, a nossa perspetiva será guiada pela nossa segurança energética”, garantiu Arindam Bagchi, porta-voz do Ministério indiano dos Negócios Estrangeiros, em conferência de imprensa.
A Índia é o terceiro maior importador mundial de crude e ultrapassou a China enquanto maior cliente do petróleo russo em julho, com base no volume de entregas marítimas. Até antes da guerra na Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro, as suas compras de petróleo russo eram mínimas.
21h50 - Volodimyr Zelensky falou com o Papa Francisco
O presidente da Ucrânia revelou que falou com o sumo pontífice da Igreja Católica e "o informou da agressão russa e dos seus crimes hediondos".
"Agradecido ao Papa pelas suas orações pela Ucrânia. O nosso povo necessita do apoio dos líderes espirituais do mundo qie deveriam espalhar a verdade sobre os actos de horror cometidos pelo agressor na Ucrânia", escreveu Zelensky na rede Twitter.
21h40 - Quase um terço do território da Ucrânia necessita de operação de desminagem
Cerca de 27 por cento do território ucraniano terá de ser limpo de minas e de explosivos, estima o Ministério da Ecologia num balanço de quase seis meses de combates devido à invasão russa.
Até agora as autoridades ucranianas limparam mais de 620 quilómteros quadrados de terras que estavam cobertas de milhares de engenhos explosivos, incluindo duas mil bombas lançadas por via aérea.
Quase 300 mil quilómetros quadrados estão ainda “contaminados”, de acordo com dados publicados pelos Serviços de Emergência da Ucrânia. Tornar estas áreas seguras poderá levar uma década, referiu o Governo ucraniano.
21h30 - Federação Russa deve cumprir compromisso sobre cereais avisa Borrell
O alto representante da União Europeia para os Relações Externas, Josep Borrell, instou hoje a Federação Russa a respeitar os seus compromissos para permitir o trânsito pelo Mar Negro com cereal ucraniano "para que chegue a quem deles necessita".
"A Federação Russa tem usado os alimentos como arma e agravou a fome no mundo. Graças ao Acordo de Istambul, a Ucrânia pode voltar a fornecer cereais. A Federação Russa deve respeitar os seus compromissos para que as exportações da Ucrânia continuem a chegar a quem delas precisa, principalmente em África", escreveu Borrell na sua conta na rede social Twitter.
Em 22 de julho, a Ucrânia e a Federação Russa assinaram em Istambul em acordo para permitir a exportação de cereais ucranianos em plena guerra, provocada pela invasão russa, e facilitar a venda de fertilizantes russos.
(agência Lusa)
Cerca de 27 por cento do território ucraniano terá de ser limpo de minas e de explosivos, estima o Ministério da Ecologia num balanço de quase seis meses de combates devido à invasão russa.
Até agora as autoridades ucranianas limparam mais de 620 quilómteros quadrados de terras que estavam cobertas de milhares de engenhos explosivos, incluindo duas mil bombas lançadas por via aérea.
Quase 300 mil quilómetros quadrados estão ainda “contaminados”, de acordo com dados publicados pelos Serviços de Emergência da Ucrânia. Tornar estas áreas seguras poderá levar uma década, referiu o Governo ucraniano.
21h30 - Federação Russa deve cumprir compromisso sobre cereais avisa Borrell
O alto representante da União Europeia para os Relações Externas, Josep Borrell, instou hoje a Federação Russa a respeitar os seus compromissos para permitir o trânsito pelo Mar Negro com cereal ucraniano "para que chegue a quem deles necessita".
"A Federação Russa tem usado os alimentos como arma e agravou a fome no mundo. Graças ao Acordo de Istambul, a Ucrânia pode voltar a fornecer cereais. A Federação Russa deve respeitar os seus compromissos para que as exportações da Ucrânia continuem a chegar a quem delas precisa, principalmente em África", escreveu Borrell na sua conta na rede social Twitter.
Em 22 de julho, a Ucrânia e a Federação Russa assinaram em Istambul em acordo para permitir a exportação de cereais ucranianos em plena guerra, provocada pela invasão russa, e facilitar a venda de fertilizantes russos.
(agência Lusa)
21h15 - Ucrânia controla rotas de abastecimentos russas a sul
O exército ucraniano anunciou que a sua artilharia atingiu um depósito de munições russo perto de uma ponte crucial no sul esta sexta-feira e acrescentou que pode agora atingir todas as linhas de abastecimento russas na região ocupada de Kherson.
O ataque vitimou 11 soldados russos no depósito da cidade de Vesele, a cerca de 130 quilómetros a sul da central nuclear de Zaporizhia, nas margens do rio Dniepre.
Natalia Humeniuk, porta-voz do comendo militar ucraniano do sul, afirmou que a Ucrânia tem quase todas as rotas de abastecimento russas a sul “sob controlo de fogo”, implicando que a artilharia ucraniana pode atingi-las a seu bel prazer.
“As nossas forças estão a controlar a situação no sul. O inimigo está a tentar introduzir reservas apesar de quase todas as artérias de transporte e logísticas terem sido atingidas ou estarem sob o nosso fogo”, afirmou Humeniuk na televisão nacional ucraniana.
É impossível verificar de forma independente as alegações na frente de combate.
O exército ucraniano anunciou que a sua artilharia atingiu um depósito de munições russo perto de uma ponte crucial no sul esta sexta-feira e acrescentou que pode agora atingir todas as linhas de abastecimento russas na região ocupada de Kherson.
O ataque vitimou 11 soldados russos no depósito da cidade de Vesele, a cerca de 130 quilómetros a sul da central nuclear de Zaporizhia, nas margens do rio Dniepre.
Natalia Humeniuk, porta-voz do comendo militar ucraniano do sul, afirmou que a Ucrânia tem quase todas as rotas de abastecimento russas a sul “sob controlo de fogo”, implicando que a artilharia ucraniana pode atingi-las a seu bel prazer.
“As nossas forças estão a controlar a situação no sul. O inimigo está a tentar introduzir reservas apesar de quase todas as artérias de transporte e logísticas terem sido atingidas ou estarem sob o nosso fogo”, afirmou Humeniuk na televisão nacional ucraniana.
É impossível verificar de forma independente as alegações na frente de combate.
21h00 - Bombardeamento russo matou dois civis em Kramatorsk
Além das duas vítimas mortais, o ataque fez 13 feridos, anunicou o Governador regional Pavlo Kyrylenko.
Kramatorsk é mais recente grande cidade ucraniana alvejada pelas forças russas.
"O bombardeamento danificou pelo menos 20 edifícios e provocou um incêndio", acrescentou Kyrylenko.
Além das duas vítimas mortais, o ataque fez 13 feridos, anunicou o Governador regional Pavlo Kyrylenko.
Kramatorsk é mais recente grande cidade ucraniana alvejada pelas forças russas.
"O bombardeamento danificou pelo menos 20 edifícios e provocou um incêndio", acrescentou Kyrylenko.
De acordo com as autoridades de Kramatorsk, a cidade foi atingida por 11 granadas de morteiro que atingiram áreas residenciais.
Outra cidade Kurakhove a norte de Donetsk foi igualmente atingida por artilharia.
20h45 - Última ponte de Kherson destruída
As Forças Armadas da Ucrânia destruíram a quarta e última ponte da região de Kherson, afirmou o delegado do Conselho Regional Serhii Khlan, citado pela RoIntel.
A destruição da ponte significa o isolamento das tropas russas estacionadas em Kherson a leste do rio Dniepre e impede-as de receber abastecimentos por via terrestre.
As Forças Armadas da Ucrânia destruíram a quarta e última ponte da região de Kherson, afirmou o delegado do Conselho Regional Serhii Khlan, citado pela RoIntel.
A destruição da ponte significa o isolamento das tropas russas estacionadas em Kherson a leste do rio Dniepre e impede-as de receber abastecimentos por via terrestre.
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