sexta-feira, 13 de maio de 2022

JOÃO (Manuel Oliveira) RENDEIRO - banqueiro português - Encontrado morto na sua cela na África do Sul - 13 de MAIO DE 2022

 

João Rendeiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Rendeiro
NomeJoão Manuel Oliveira Rendeiro
Data de nascimento22 de maio de 1952
Data de morte13 de maio de 2022 (69 anos)
Nacionalidade(s)Português
Crime(s)burla qualificada, fraude fiscal, abuso de confiança, branqueamento de capitais, falsidade informática e falsificação de documentos
Pena10 anos
5 anos e 8 meses
3 anos e 6 meses
SituaçãoMorto

João Manuel Oliveira Rendeiro (Lisboa, 22 de maio de 1952[1] – Westville, 13 de maio de 2022[2]) foi um antigo banqueiro português. Foi fundador e administrador do Banco Privado Português. De Setembro até Dezembro de 2021 esteve foragido à justiça portuguesa após condenado a várias penas de prisão por crimes económico-financeiros, tendo sido preso na África do Sul no dia 11 de Dezembro de 2021 em cumprimento de mandado de captura internacional.

Família

Filho de João Augusto da Silva Rendeiro e de sua mulher Joana Marques Gonçalves Oliveira.[3]

Caso Banco Privado Português

No seguimento da falência do Banco Privado Português e no decurso do Caso BPP João Rendeiro foi investigado pela prática de diversos crimes. A 5 de junho de 2015, num primeiro processo, os três arguidos João Rendeiro, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital foram absolvidos do crime de burla qualificada.

Num segundo processo, foi condenado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa a 15 de outubro de 2018 a 5 anos de prisão com pena suspensa mediante o pagamento de 400.000€ pela prática de falsidade informática e falsificação de documentos. Pelos mesmos crimes os seus colegas de administração do Banco Privado Português foram também condenados, Paulo Guichard a 4 anos e 3 meses de prisão suspensa mediante o pagamento de 25.000€ e Salvador Fezas Vital a 3 anos e 6 meses de prisão com pena suspensa mediante o pagamento de 15.000€.[4] Após recurso do Ministério Público, a 10 de Julho de 2020 o Tribunal da Relação de Lisboa agravou a pena de João Rendeiro para 5 anos e 8 meses de prisão efetiva e a pena de Paulo Guichard para 4 anos e 8 meses de prisão efectiva.[5] Após esgotados todos os recursos as condenações transitaram em julgado a 17 de setembro de 2021.

Noutro processo, no dia 14 de maio de 2021, foi condenado pelo Tribunal da Comarca de Lisboa a 10 anos de prisão pelos crimes de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais. Os antigos administradores Salvador Fezas Vital e Paulo Guichard foram condenados a 9 anos e 6 meses de prisão cada pelos mesmos crimes.[6]

Numa terceira condenação, a 28 de setembro de 2021, foi condenado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa a 3 anos e 6 meses de prisão efetiva por burla qualificada. No mesmo processo Paulo Guichard foi condenado a 3 anos de prisão efetiva e Salvador Fezas Vital a 2 anos e 6 meses de prisão efetiva pelo mesmo crime.[7]

No mesmo dia 28 de setembro de 2021 foi noticiado que fugiu de Portugal e da Europa para se furtar ao cumprimento das penas de prisão a que foi condenado.[8] No dia seguinte foi emitido pelo Tribunal um mandado de captura internacional contra João Rendeiro, passando a integrar a lista de procurados da Europol e Interpol.

A 3 de Novembro de 2021 Maria de Jesus Rendeiro, mulher de João Rendeiro e que ficou em Portugal após a fuga deste, foi detida pela Polícia Judiciária por motivo de perigo de fuga. Foi constituída arguida por suspeita de branqueamento de capitais e descaminho. Após interrogatório judicial ficou sujeita a prisão domiciliária com pulseira eletrónica.[9]

João Rendeiro foi preso na África do Sul, perto de Durban, a maior cidade da província do Kwazulu-Natal, em cumprimento de mandado de captura internacional. O processo de extradição encontra-se em curso.[10]

Em 23 de fevereiro de 2022, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a pena de prisão de 10 anos a que João Rendeiro foi condenado num dos processos do caso BPP, pelos crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança e branqueamento de capitais[11].

A 13 de maio de 2022 foi encontrado morto na cela onde cumpria pena de prisão.[2]

Referências

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