sábado, 9 de outubro de 2021

DIA MUNDIAL DOS CORREIOS - 9 DE OUTUBRO DE 2021

 

CTT Correios de Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja CTT (desambiguação).
CTT Correios de Portugal
Razão socialCTT - Correios de Portugal, S.A.
Empresa de capital aberto
Slogan'A Nossa Entrega é Total'
CotaçãoEuronext LisboaCTT
AtividadeCorreio
GéneroSociedade anónima
Fundação6 de novembro de 1520 (500 anos) com o nome "Correio Público"
SedeLisboaPortugal Portugal
Pessoas-chaveConselho de Administração[1]
Empregados12 097 (2018)
ProdutosCorreio Normal
Correio Expresso (Amarelo)
Correio Verde

Logística
LucroAumento EUR 19,6 milhões (2018)
FaturamentoAumento EUR 708 milhões (2018)[2]
Posição no Alexa36 847 ()
Website oficialwww.ctt.pt

CTT - Correios de Portugal, S.A. MHM (conhecidos normalmente simplesmente pela sigla CTT significando Correios, Telégrafos e Telefones) são um grupo empresarial português focado essencialmente no negócio dos correios.[3]

História

Tradicional marco de correio dos CTT

As origens dos CTT remontam a 6 de Novembro de 1520, ano em que o Rei D. Manuel I de Portugal criou o primeiro serviço de correio público de Portugal e o cargo de Correio-Mor do Reino, desde 1606 também de Correio-Mor das Cartas do Mar, cargos extintos por D. João, Príncipe Regente da Rainha D. Maria I de Portugal em 1797, criando-se em seu lugar a Superintendência-Geral dos Correios e Postas do Reino, a 1 de Agosto de 1799. Os modernos CTT têm origem na fusão da Direcção-Geral dos Correios e da Direcção-Geral dos Telégrafos num único departamento, denominado Direcção-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis.[4]

Em 1911 a instituição passa a ser dotada de autonomia administrativa e financeira, passando a denominar-se Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, adoptando a sigla CTT que mantém até aos dias de hoje, apesar das posteriores alterações de denominação oficial.[4] Em 1969 os CTT são transformados em empresa pública, com a denominação de CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P..[4]

Em 1992 os CTT são transformados em sociedade anónima, com a denominação CTT - Correios de Portugal, S. A.. Ao mesmo tempo a área das telecomunicações é separada, formando uma empresa autónoma, a Telecom Portugal.[4]

A 6 de Outubro de 2000 foram feitos Membros-Honorários da Ordem do Mérito.[5] Em 2000 assinaram com o Estado a concessão do serviço universal postal, a obrigatoriedade de assegurar a troca de correspondência em todo o país. Em 2004 os CTT adquiriram  a Payshop, empresa especialista em pagamentos eletrónicos de contas domésticas com o objetivo de complementar o serviço prestado pelos CTT na área das cobranças  de facturas. Entraram também no capital da Mailtec com o objetivo de reforçar o posicionamento dos CTT na Área de Dados e Documentos e mais especificamente no negócio de finishing (preparação/fabrico de correio). Em 2005 adquiriram a empresa espanhola Tourline Express, que actua na área do correio expresso e encomendas em todo o território espanhol. Esta aquisição marca o início do processo de internacionalização dos CTT, que privilegia o mercado espanhol pela sua proximidade.

Em 2008 dá-se a liberalização dos serviços postais na união europeia. Em 2013, o Estado decide privatizar através da dispersão de ações em bolsa, 70% do capital dos CTT. No ano seguinte, em 2014, pela mesma via é alienado o restante capital, passando os CTT a ser uma empresa com capital totalmente privado com 100% do seu capital em free float sendo por isso a única empresa portuguesa nestas circunstâncias. Entram na bolsa portuguesa a 5 de Dezembro de 2013. No ano de 2015 os CTT lançam um projeto ambicioso, o Banco CTT, que arrancou no dia 18 de Março do mesmo ano com a abertura simultânea de 52 balcões – a maior abertura de um Banco em Portugal, alguma vez feita.

Líderes dos CTT

NomeTítuloPeríodo
I) Correios-Mores do Reino de Nomeação Régia
1.ºLuís Homem 1.º Correio-Mor do Reino1520-1532
2.ºLuís Afonso 2.º Correio-Mor do Reino1532-1565
3.ºFrancisco Coelho 3.º Correio-Mor do Reino1565-1577
4.ºManuel de Gouveia 4.º Correio-Mor do Reino1579-1598
II) Correios-Mores do Reino e Correios-Mores das Cartas do Mar Privados e Hereditários
5.ºLuís Gomes da Mata Coronel 5.º Correio-Mor do Reino e 1.º Correio-Mor das Cartas do Mar1606-1607
6.ºAntónio Gomes da Mata Coronel 6.º Correio-Mor do Reino e 2.º Correio-Mor das Cartas do Mar1607-1641
7.ºLuís Gomes da Mata 7.º Correio-Mor do Reino e 3.º Correio-Mor das Cartas do Mar1641-1674
8.ºDuarte de Sousa da Mata Coutinho 8.º Correio-Mor do Reino e 4.º Correio-Mor das Cartas do Mar1674-1696
9.ºLuís Vitório de Sousa da Mata Coutinho 9.º Correio-Mor do Reino e 5.º Correio-Mor das Cartas do Mar1696-1735
10.ºJosé António da Mata de Sousa Coutinho10.º Correio-Mor do Reino e 6.º Correio-Mor das Cartas do Mar1735-1790
11.ºManuel José da Maternidade da Mata de Sousa Coutinho (depois 1.º Conde de Penafiel)11.º Correio-Mor do Reino e 7.º Correio-Mor das Cartas do Mar1790-1797
III) Administração Pública
12.ºJosé Diogo Mascarenhas Neto1.º Superintendente-Geral dos Correios e Postas do Reino1799-1805
13.ºAntónio Joaquim de Morais1º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino1805-1807
14.ºLourenço António de Araújo2.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino1810-1827
15.ºJosé Basílio Rademaker3.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino1827-1828
16.ºAntónio Xavier de Abreu Castelo Branco4.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino1828-1833
17.ºJoão de Sousa Pinto de Magalhães5.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino1833-1853
18.ºEduardo Lessa6.º Subinspector-Geral dos Correios e Postas do Reino e 1.º Director-Geral dos Correios1853-1877
19.ºGuilhermino Augusto de Barros2.º Director-Geral dos Correios e 1.º Director-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis1877-1893
20.ºErnesto Madeira Pinto2.º Director-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis1893-1899
21.ºGuilhermino Augusto de Barros3.º Director-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis1899-1900
22.ºAlfredo Pereira1.º Director-Geral dos Correios e Telégrafos1900-1910
23.ºAntónio Maria da Silva2.º Director-Geral de Correios e Telégrafos e 1.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos1910-1917
24.ºHenrique Jacinto Ferreira de Carvalho2.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos1919
25.ºAntónio Maria da Silva3.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos1919-1926
26.ºLuís de Albuquerque Couto dos Santos4.º Administrador-Geral dos Correios e Telégrafos1933-1965
27.ºCarlos Gomes da Silva Ribeiro1.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1968-1974
28.ºJoão da Cunha e Serra1.º Presidente do Conselho de Gerência dos Correios, Telégrafos e Telefones1974
29.ºJoão Manuel de Almeida Viana2.º Presidente do Conselho de Gerência dos Correios, Telégrafos e Telefones1974
30.ºFrancisco José Pinto Correia2.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1974-1975
31.ºNorberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar3.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1976-1981
32.ºJoão Maria Leitão de Oliveira Martins4.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1981-1984
33.ºVirgílio da Silva Mendes5.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1984-1986
34.ºJosé Carlos Pinto Soromenho Viana Baptista6.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1986-1989
35.ºJorge Manuel Águas da Ponte Silva Marques7.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1989-1992
36.ºJosé Augusto Perestrelo de Alarcão Troni8.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1993-1995
37.ºCarlos Maria Cunha Horta e Costa9.º Presidente Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1995-1996
38.ºNorberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar10.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1996-1999
39.ºEmílio José Pereira Rosa11.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones1999-2002
40.ºCarlos Maria Cunha Horta e Costa12.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones2002-2005
41.ºLuís Filipe Nunes Coimbra Nazaré13.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones2005-2008
42.ºEstanislau José Mata Costa14.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones2008-2010
IV) Administração Privada
43.ºFrancisco José de Queirós de Barros de Lacerda15.º Presidente do Conselho de Administração dos Correios, Telégrafos e Telefones e 1.º Presidente da Comissão Executiva dos Correios, Telégrafos e Telefones2012-2019
44.ºRaúl Catarino Galamba de OliveiraPresidente do Conselho de Administração da CTT - Correios de Portugal S.A. [1][2]2020-presente

Processo de privatização

O ano de 2013 marcou o início do processo de privatização dos CTT e de entrada em bolsa, aprovado em Conselho de Ministros, que decorreu com grande sucesso mediante a alienação das ações representativas de 68,5% do respetivo capital social através de Oferta Pública de Venda e de admissão à negociação na Euronext Lisbon. A profunda alteração de estrutura acionista que uma privatização representa foi um momento de crucial importância para os CTT, em que novas realidades e oportunidades se abriram no processo de autonomização em relação ao acionista Estado. Isto sem prejuízo do serviço público consagrado na concessão do serviço postal universal atribuído aos CTT.

O dia 5 de setembro de 2014 fica na história dos CTT e do país como a data em que se concluiu a privatização da Empresa liderada por Francisco de Lacerda, assinalada numa cerimónia especial com o toque do sino na Euronext Lisbon. A venda de ações representativas de 31,5% do capital social da Empresa que o Estado ainda detinha foi concretizada com sucesso, numa operação realizada através de um processo de venda rápida, dirigido exclusivamente a investidores institucionais. Nas duas fases de privatização, instituições e particulares investiram 922 milhões de euros. Os CTT passaram a ser uma empresa 100% privada, com uma alargada base acionista de investidores institucionais e particulares, portugueses e estrangeiros.[6]

Empresa e subsidiárias

Veículo de distribuição de correio dos CTT
Estação dos CTT de Santarém

Fazem parte do grupo as seguintes empresas:

EmpresaDescriçãoServiços
CTT - Correios de Portugal S.A.
([3])
Empresa de distribuição de correio dentro e fora de Portugal.Correio Normal

Correio Azul

Correio Verde

Correio Registado

Correio Internacional

Encomendas

Correio Digital

Serviços de Conveniência

Filatelia

SubsidiáriasDescriçãoServiços
CTT Expresso
([4])
Empresa destinada a entrega de encomendas em todo território ibérico e outros BÉRCap internacionais.íses.Envio de encomendas online

Envio de encomendas até 30 Kg

Portugal e Espanha:

  • Para hoje
  • Para amanhã
  • Em 2 dias

Internacional:

  • Para a Empresa
  • Para o Mundo
Payshop
([5])
Empresa de soluções de pagamentosCarregamentos e pagamentos, compras online, cartões pré-pagos
CTT Contacto
([6])
Empresa criada para a distribuição depublicidade .Correio endereçado

Correio não endereçado

Payshop
([7])
É uma rede integrada com estabelecimentos comerciais para o pagamento de várias contas domésticas como o telefone, a electricidade, a água ou o gás.Pagamento de serviços
Phone-ixDescontinuada em 2018


Banco CTT
([8])
O Banco CTT exerce actividade bancária.Serviços bancários

Logotipo

As suas origens são antigas remontam a 1520, tempos em que a monarquia reinava em Portugal e em que as deslocações eram feitas a pé, a cavalo ou de carruagem. Resulta daí a imagem do cavaleiro montado num cavalo tocando a trombeta anunciando a chegada do correio.

Ver também

Referências

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre CTT Correios de Portugal

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