domingo, 6 de junho de 2021

GUERRA DO LÍBANO - 1982 - 6 DE JUNHO DE 2021

 


Guerra do Líbano de 1982

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Guerra do Líbano de 1982
Conflito Israel-Líbano
Guerra Civil Libanesa
Insurgência palestina no sul do Líbano
Conflito israelo-palestino
Lebanese Army, Beirut, Lebanon 1982.jpg
Militares libaneses em Beirute, 1982.
DataJunho de 1982 - Junho de 1985
(Fase principal: Junho a Setembro de 1982)
LocalSul do Líbano
DesfechoVitória táctica israelita mas falhanço geral da sua estratégia
Vitória política síria
Beligerantes
 Israel
Líbano Exército do Sul do Líbano
Forces Libanaises Flag.svg Frente Libanesa
 Síria
Estado da Palestina Organização para a Libertação da Palestina
Líbano Frente Nacional da Resistência Libanesa
Flag of the Amal Movement.svg Movimento Amal
InfoboxHez.PNG Hezbollah
Flag of Mourabitoun.gif Movimento Independente Nasserista
Flag of the Lebanese Communist Party.svg Partido Comunista Libanês
Flag of the Syrian Social Nationalist Party.svg Partido Social Nacionalista Sírio
ASALA logo.svg Exército Secreto Arménio para a Libertação da Arménia
Flag of Jihad.svg Movimento da Unificação Islâmica
Flag of Kurdistan Workers' Party 1978.svg Partido dos Trabalhadores do Curdistão
Comandantes
Israel Menachem Begin
Israel Ariel Sharon
Israel Rafael Eitan
Israel David Ivry
Israel Ze'ev Almog
Líbano Saad Haddad
LíbanoLogo of Kataeb Party.svg Bachir Gemayel  
LíbanoLogo of Kataeb Party.svg Fadi Frem
LíbanoLogo of Kataeb Party.svg Elie Hobeika
LíbanoAl-Tanzim logo.png Fawzi Mahfuz
Síria Hafez al-Assad
Síria Mustafa Tlass
Estado da Palestina Yasser Arafat
LíbanoFlag of Mourabitoun.gif Ibrahim Kulaylat
LíbanoInfoboxHez.PNG Abbas al-Musawi
LíbanoFlag of the Amal Movement.svg Nabih Berri
LíbanoFlag of the Lebanese Communist Party.svg George Hawi
LíbanoFlag of the Lebanese Communist Party.svg
ArméniaASALA logo.svg Monte Melkonian
Flag of Kurdistan Workers' Party 1978.svg Mahsum Korkmaz
Flag of Kurdistan Workers' Party 1978.svg Murat Karayılan
Forças
 Israel:
76.000 soldados
800 tanques
1.500 VBTPs
634 aeronaves
LíbanoESL:
5.000 soldados
97 tanques
Forces Libanaises Flag.svgFL
30.000 soldados
 Síria:
22.000 soldados
352 tanques
300 VBTPs
450 aeronaves
300 peças de artilharia
225 armas anti-aéreas (100 armas, 125 SAMs)
Estado da PalestinaOLP:
15.000 soldados
300 tanques
150 VBTPs
350+ peças de artilharia
250+ armas anti-aéreas
Baixas
Mortos: 675
Feridos: pelo menos 4.000[1][2]
Combatentes sírios e palestinos (OLP) mortos: 9.798
Libaneses mortos: 17.825 (estimativa)[3] Feridos: Desconhecido
Tropas de Israel no sul do Líbano, em junho de 1982.

Guerra do Líbano de 1982 (em árabe: غزو لبنان عام 1982, transl. Ghazou Loubnan ‘Am 1982, "Invasão do Líbano de 1982" ou الإجتياح‎, Al-ijtiyāḥ, lit. "A Invasão"; em hebraico, מבצע שלום לגליל, transl. Mivtsa Shalom LaGalil, "Operação Paz na Galiléia"), também conhecida como Primeira Guerra do Líbano (em hebraico: מלחמת לבנון הראשונה‎, transl. Milhemet Levanon Harishona) começou em 6 de junho de 1982, quando as Forças de Defesa de Israel invadiram o sul do Líbano - oficialmente, com o objetivo de fazer cessar os ataques dos palestinos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), baseada no Líbano.[4] Nesse dia, com o apoio de milícias libanesasIsrael invadiu o Líbano, chegando até a capital do país, Beirute. Após dois meses de intensos bombardeios israelenses, foi negociada a retirada da OLP da capital libanesa. No ano seguinte, a organização palestina deixou o país.

Conflito

Equipes anti-tanque sírias instalam Milan ATGMs, de fabricação francesa, durante a guerra no Líbano em 1982.

Em 16 de setembro, com a permissão israelense, milícias cristãs libanesas invadiram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, na parte oeste de Beirute, e massacraram a população civil. Não se sabe se o exército israelense desempenhou um papel ativo na carnificina. A ação fora uma represália pelo assassinato, dois dias antes, do presidente eleito Bachir Gemayel.

Um novo presidente libanês pró-israelense, Amin Gemayel (irmão de Bachir) foi eleito, sendo fortemente combatido, com a ajuda da SíriaIsrael retirou suas tropas para uma estreita faixa ao longo da fronteira sul do Líbano.

Os EUA enviaram suas tropas ao Líbano depois do massacre de Sabra e Chatila, retirando-se em fevereiro de 1984, em razão das pressões internacionais e da resistência árabe (sírios, libaneses e palestinos). A saída das tropas norte-americanas e, em seguida, das israelenses enfraqueceu os cristãos.

Os drusos dominaram a região do Chouf, área montanhosa ao sul e leste de Beirute, expulsando as comunidades cristãs que ali viviam há séculos.

Os falangistas sofreram significativas derrotas em 1984 e 1985. Ainda em 1985, sob o patrocínio sírio, as três principais facções militares libanesas – a milícia drusa (xiita), a milícia Amal (também xiita, pró-Síria) e a Falange (cristã) – assinam, em Damasco, um acordo para o cessar-fogo. O pacto foi boicotado pelo Hezbollah (grupo xiita apoiado pelo Irã), pelo Movimento al-Murabitun (milícia de maioria sunita) e por setores da comunidade cristã. A violência prosseguiu, com o seqüestro de vários estrangeiros e libaneses, o assassinato do primeiro ministro Rashid Karami, em junho de 1987, e sangrentos combates nos subúrbios de Beirute, opondo o Amal e o Hezbollah e a OLP. Amin Gemayel encerrou seu mandato, em setembro de 1988, sem conseguir pacificar o país, transferindo o poder a um gabinete militar liderado pelo general maronita Michel Aoun, o que gerou descontentamento entre os muçulmanos.

Na sequência, Israel cria uma milícia libanesa aliada, o Exército do Sul do Líbano (ESL), e ocorrem 20 invasões aéreas israelenses ao longo de 1988.

Em 1989, uma nova reunião tripartite propõe uma carta de reconciliação nacional (Acordo de Taif), apoiada por EUA, URSSFrançaReino Unido e principais governos árabes. Em 22 de outubro daquele ano, a Assembleia Nacional Libanesa, reunida em at-Taif, na Arábia Saudita, aprova a carta, que determina a participação, em condições de igualdade, de cristãos e muçulmanos no governo e o desarmamento das milícias, exceto das que participam da resistência à ocupação israelense no sul do Líbano.

O general cristão Michel Aoun rejeita o acordo de Taif e se autoproclama presidente da República.

Novos conflitos eclodem em Beirute entre os maronitas, que apoiam (liderados por Samir Geagea) e os que rejeitam (partidários de Michel Aoun) os acordos de Taif.

Para obter apoio da Síria na coalizão anti-iraquiana, liderada pelos EUA, após a invasão do Kwait pelo Iraque, em 2 de agosto de 1990, os americanos autorizam o ataque final da Síria às tropas leais a Michel Aoun. Os combates terminam em outubro de 1990, quando bombardeios sírios, com apoio de tropas dos exércitos libanês e sírio, destroem o quartel-general de Aoun e o forçam ao exílio na França. Israel não reage à ofensiva síria, para não comprometer a coalizão pró-ocidental anti-iraquiana. Uma frágil paz, estabelecida sob a proteção síria, é formalizada por um tratado em maio de 1991.

Com apoio dos EUA e da Arábia Saudita, a Síria consolida seu domínio sobre o Líbano, mantendo 35 mil soldados no país. O sul do Líbano permanece sob o domínio de Israel e do ESL, que oprimem violentamente a população local, de maioria xiita. Todas as milícias são desarmadas, menos aquelas que atuam na região do sul libanês. Ali, a tensão continua, com a resistência de guerrilheiros do Hezbollah e de grupos laicos nacionalistas, palestinos e comunistas (PNSSFPLP-CGPCL) contra a ocupação do território libanês por Israel e pelo Exército do Sul do Líbano.

Em 1996, os israelenses realizam maciços ataques aéreos e de artilharia às posições da guerrilha, atingindo, pela primeira vez desde 1982, os subúrbios de Beirute, e matando centenas de civis.

Em abril de 1998, o gabinete israelense anuncia a intenção de cumprir a Resolução 425 do Conselho de Segurança da ONU, que determina a retirada do Exército de Israel da faixa de 15 km no sul do Líbano e o estabelecimento de uma força de paz no local.

Finalmente, em 2000, os israelenses se retiram do sul do Líbano, permanecendo nas fazendas de Shebaa, próximas às Colinas de Golã, pois Israel não considera as fazendas como território libanês.

Referências

Ver também

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