sábado, 10 de abril de 2021

SANTO EZEQUIEL - PROFETA - 10 DE ABRIL DE 2021

 


Ezequiel

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Ezequiel
יְחֶזְקֵאל, Y'khizqel
O profeta Ezequiel, por Michelangelo, entre 1509-1510, na Capela SistinaVaticano.
Nascimento622 a.C.
Jerusalém, território da Tribo de JudáReino de Judá.
Morte570 a.C.
BabilôniaSegundo Império Babilônico.
Cidadaniaisraelita
OcupaçãoProfeta da BíbliaSacerdote.
Magnum opusLivro de Ezequiel

Ezequiel (em hebraico: יְחֶזְקֵאל, transl. Y'khizqelIPA[jəħ.ezˈqel]), "A Força de Deus ou Deus Fortalece", de חזק, khazaqIPA[kħaˈzaq], "força", e אל, elIPA[ʔel], "Deus"), foi um sacerdote que profetizou por 22 anos durante o século VI a.C., através de visões que teve durante o exílio da Babilônia, tal como registrado no Livro de Ezequiel.

cristianismo vê Ezequiel como um profeta, e o judaismo considera o seu livro como parte de seu cânone, considerando-o o terceiro dos principais profetas. O islamismo fala de um profeta chamado Dhul-Kifl, que costuma ser associado com Ezequiel.

Biografia

Ezequiel, era um sacerdote que foi chamado para profetizar durante o Exílio do povo judeu na Babilônia, tendo exercido sua atividade entre os anos 593 a 571 AC.[1][2] Diz-se que fundou uma escola de profetas e que ensinava a Lei à beira do Rio Quebar[3] que corta a cidade de Babilônia.

São curiosas as visões que o profeta teve sobre a glória de Yahweh os sinais que aconteceram em sua própria vida demonstrando que as ações de Deus são fortes e marcantes. Ezequiel perdeu a sua esposa como sinal da queda de Jerusalém.

A comunidade, em meio à qual ele vivia, acreditava que em breve tudo voltaria a ser como antes, para seus contemporâneos o projeto de Deus era mero sistema que lhe dava segurança. Ezequiel, no entanto, sabe que o sistema passado estava agonizando de maneira irrecuperável, pois Jerusalém seria destruída.

Segundo ele, a sociedade sofria de doença crônica e incurável, pois havia abandonado o projeto de Yahweh em troca de uma vida luxuosa e fascinante. Por isso, Ezequiel vê o próprio Deus deixando o Templo (11:22-24) e largando os rebeldes ao bel-prazer dos amantes.

Isso era causa de sofrimento para o profeta, mas não de desânimo e desespero. Para ele, o futuro seria de ressurreição (caps. 36-37) e novidade radical. Com sua linguagem simbólica, Ezequiel indicava os passos para a construção do mundo novo:

Visão de Ezequiel da ressurreição dos ossos (Ezequiel 37: 1-14), óleo sobre tela, autor desconhecido, escola alemã do século XVII.
  • Assumir a responsabilidade pelo fracasso histórico de um sistema que se corrompeu completamente, provocando a ruína de toda a nação.
  • Compreender que a simples reforma de um sistema corrompido não gera nenhuma sociedade nova; apenas reanima o velho sistema que, cedo ou tarde, acabará sempre nos mesmos vícios.
  • Converter-se a Deus, assumindo o seu projeto; e, a partir daí, construir uma sociedade justa e fraterna, voltada para a liberdade e a vida.

Com esse programa profético, vislumbrava-se um futuro novo: Deus voltaria para o meio de seu povo (43:1-7), provocando o surgimento de uma sociedade radicalmente nova. Aí, todos poderão participar igualmente dos bens e decisões que constroem a relação social a partir da justiça. Desse modo, todos poderão reconhecer que, a partir desse dia, o nome da cidade será: Yahweh está aí (48:35)[2].

A doutrina deste profeta tem, por núcleo, a renovação interior: é preciso criar, para si, um coração novo e um espírito novo (18:31); ou ainda, o próprio Deus dará "outro" coração, um coração "novo", e infundirá, no homem, um espírito "novo" (11:19; 36:26)[4].

Uma curiosidade sobre Ezequiel é que ele e o profeta Daniel são os únicos além de Jesus que foram chamados de filho do homem.

Ezequiel dá origem à corrente apocalípticaː suas grandiosas visões antecipam as de Daniel e as do autor de Apocalipse[4].

Ezequiel e o Propósito do seu Livro

O propósito das profecias de Ezequiel foi duploː

  1. entregar a mensagem divina do juízo ao povo apóstata de Judá e Jerusalém (1-24) e às sete nações estrangeiras ao seu redor (25-32);
  2. conservar a fé do povo remanescente fiel a Deus no exílio concernente à restauração de seu povo segundo o concerto e a glória final do reino de Deus (33-48).

O profeta também ressaltava a responsabilidade pessoal de cada indivíduo diante de Deus, ao invés de somente culpar os antepassados e seus pecados como a causa do exílio como julgamento (18.1-32;33.10-20).

Ver também

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