domingo, 25 de abril de 2021

BATALHA DE ALMANSA - 1707 - 25 DE ABRIL DE 2021

 


Batalha de Almansa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Almansa
Guerra da Sucessão Espanhola
Balaca-Battle of Almansa.jpg
Batalha de Almansa
Data25 de abril de 1707 (314 anos)
LocalAlmansaAlbaceteEspanha Espanha
Desfecho
  • Decisiva vitória franco-espanhola
Beligerantes
Flag of England.svg Reino de Inglaterra

Flag of Portugal (1707).svg Reino de Portugal

Statenvlag.svg República Unida dos Países Baixos
Bandera de España 1701-1760.svg Reino de Espanha

Royal Standard of the King of France.svg Reino de França
Comandantes
Flag of England.svg Henri de Massue

Flag of Portugal (1707).svg António Luís de Sousa
Bandera de España 1701-1760.svg Royal Standard of the King of France.svg Jaime Fitz-James
Forças
22 00025 000
Baixas
5 000 mortos ou feridos

12 000 capturados
3 500 mortos ou feridos

Batalha de Almansa, travada em 25 de abril de 1707, foi um dos combates mais decisivos[1][2][3][4][5][6] da Guerra da Sucessão Espanhola. Em Almansa, o exército franco-espanhol, sob o comando do duque de Berwick[Nota 1] derrotou as forças aliadas de PortugalGrã-Bretanha e das Províncias Unidas liderada por Henri de Massue, I Conde de Galway,[Nota 2] recuperando a maior parte do leste da Espanha para os Bourbons.

O conflito é descrito como "provavelmente a única batalha na história em que as forças britânicas foram comandadas por um francês, e as forças francesas por um britânico."[7][8]

A batalha

A batalha começou às 15 horas do dia 25 de abril . Os aliados, partidários do arquiduque Carlos, alinharam 42 batalhões de infantaria, cada um composto de 400 homens e 60 esquadrões de cavalaria de 100 cavaleiros cada, enquanto os borbónicos dispunham de 50 batalhões de infantaria e 81 esquadrões de cavalaria, formando dois exércitos com duas linhas de profundidade. O exército Bourbon de cerca de 25 000 homens era composto por tropas espanholas e francesas em igual proporção, bem como um regimento irlandês.

A batalha começou com fogo de artilharia. Quando Galway enviou suas reservas para um ataque ao centro de Bourbon, Berwick desencadeou uma grande força de cavalaria franco-espanhola contra as enfraquecidas linhas anglo-portuguesas, varrendo a cavalaria portuguesa. Quando o pânico geral se instalou, só as forças portuguesas lutavam, sendo cercadas em três lados, acabaram de se render ao anoitecer. Galway perdeu 5 000 homens e 12 000 foram feitos prisioneiros; do seu exército de 22 000,[8] apenas 5 000 escaparam para Tortosa.[carece de fontes]

Consequências

A vitória filipista em Almansa significou um grande passo na consolidação do domínio borbónico em Espanha. Com o principal exército pro-Habsburgo na península, o duque de Anjou toma a iniciativa e James Fitz-James Stuart dirige-se para o Ebro[9] enquanto François Bidal de Asfeld se encarrega de capturar as cidades do sul do Reino de Valência.[10][11] A partir de então, apenas a Catalunha e as Ilhas Baleares manteriam a sua fidelidade ao Arquiduque Carlos, porquanto os ingleses e o próprio arquiduque, que havia herdado o império aquando da morte do seu irmão José I, perdem interesse pelo conflito e acabam por assinar o Tratado de Utreque em 1713.[8] A guerra duraria até 1715, ano da rendição das Pitiusas.

Finalizada a guerra, o monarca empreende uma profunda reforma administrativa do Estado, de caráter centralista. Significa isto o enfortecimento do Conselho de Castela e, em 1716, o Decreto do Novo Plano à Coroa de Aragão, pelo qual se dissolvem as suas principais instituições e se reduz ao mínimo a sua autonomia.[12][13] A cidade de Játiva é queimada e tem o seu nome mudado para San Felipe[14], como forma de punição. Em memória desses fatos, ainda hoje o retrato do monarca Felipe V, de cabeça para baixo, está em exposição no museu local de L'Almodí.[15]

A batalha perdura no imaginário valenciano, através de celebrações anuais a 25 de abril[14][16] reivindicativas do nacionalismo e valencianismo e particularmente através de um dito popular na atual Comunidade Valenciana que relembra a derrota, Quan el mal ve d'Almansa, a tots alcança ("Quando o mal vem de Almansa, a todos alcança").[17]

Notas e referências

Notas

  1.  Berwick era o filho ilegítimo do Rei exilado Jaime II de Inglaterra, que havia retomado serviço no exército francês após o seu exílio e de seu pai.
  2.  Galway era um huguenote francês que tinha ingressado no serviço militar inglês no reinado de Guilherme III de Inglaterra

Referências

  1.  «Batalla Almansa. Guerra Sucesión Española»www.1707.es (em espanhol). Consultado em 16 de fevereiro de 2017
  2.  «La Batalla de Almansa»www.almansa.es. Consultado em 16 de fevereiro de 2017
  3.  «The Battle of Almanza | History Today»www.historytoday.com. Consultado em 16 de fevereiro de 2017
  4.  Griffin, Julia Ortiz; Griffin, William D. Spain and Portugal: A Reference Guide from the Renaissance to the Present. [S.l.: s.n.]
  5.  Hargreaves-Mawdsley, W.N. (1979). Eighteenth-Century Spain 1700–1788: A Political, Diplomatic and Institutional History (em inglês). [S.l.]: Springer. 28 páginas
  6.  Holmes, Richard; Marix Evans, Martin (14 de setembro de 2006). A Guide to Battles: Decisive Conflicts in History(em inglês). [S.l.]: OUP Oxford
  7.  Norwich, John Jules (2007). The Middle Sea. A History of the Mediterranean. Londres: Chatto & Windus. ISBN 0701176083
  8. ↑ Ir para:a b c Tucker, Spencer C. (2009). A Global Chronology of Conflict: From the Ancient World to the Modern Middle East: From the Ancient World to the Modern Middle East. [S.l.]: ABC-CLIO. 703 páginas
  9.  (em castelhano) Enrique Giménez López, Los corregidores de Alicante. Perfil sociológico y político de una élite militar
  10.  (em inglês) William Young, International Politics and Warfare in the Age of Louis XIV and Peter the Great, p.405
  11.  Murray, Williamson; Hart Sinnreich, Richard, eds. (2014). Successful Strategies: Triumphing in War and Peace from Antiquity to the Present. [S.l.]: Ohio State University. 115 páginas. ISBN 9781107062733
  12.  «batalla d'Almansa | enciclopèdia.cat»www.enciclopedia.cat (em catalão). Consultado em 16 de fevereiro de 2017
  13.  «La guerra de Sucesión 1705-1714»ELMUNDO (em espanhol)
  14. ↑ Ir para:a b Segarra Estarelles, Josep Ramon. «El discurs històric en la construcció de la identitat valenciana contemporània: Xàtiva com a mite». Universitat Pompeu Fabra. Recerques (em catalão): 208-209. ISSN 0210-380X
  15.  «El cuadro del monarca pende boca abajo en l'Almodí por decretar el asedio de la villa». www.lasprovincias.es. Consultado em 28 de março de 2011
  16.  Martínez Sanchis, Francesc Tomàs; Gómez Mompart, Josep Lluís; Martínez Gallego, Francesc Andreu. «La revista Saó (1976-1987) : la construcció de la premsa democràtica valencianista i de la identitat valenciana progressista». Universitat de València. 920 páginas
  17.  «Quan el mal ve d'Almansa». www.lasprovincias.es. Consultado em 28 de março de 2011

Bibliografia

  • Frey, Linda (1995). The Treaties of the War of the Spanish Succession (em inglês). Westport: Greenwood Press. ISBN 0313278849
  • Hattendorf, John (1987). England in the War of the Spanish Succession (em inglês). Nova Iorque: Garland Pub. ISBN 0824078136
  • Lynn, John (1999). The Wars of Louis XIV, 1667–1714 (em inglês). Lynn: Longman. ISBN 0-582-05629-2

Ligações externas

Sem comentários:

Enviar um comentário

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue