terça-feira, 23 de março de 2021

GUERRA DO PARAGUAI - 1868 - 23 DE MARÇO DE 2021




Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina.[1][2] Foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Império do BrasilArgentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza), na Argentina e no Uruguai, e de Guerra Grande, no Paraguai.[1][3]


Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado no Uruguai, que pôs fim à Guerra do Uruguai ao depor o governo interino uruguaio de Atanasio Aguirre (sucessor de Bernardo Prudencio Berro), do Partido Blanco e aliado de Francisco Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses. O conflito iniciou-se com o aprisionamento no porto de Assunção, em 11 de novembro de 1864, do barco a vapor brasileiro Marquês de Olinda, que transportava o presidente da província de Mato GrossoFrederico Carneiro de Campos, que nunca chegou a Cuiabá, morrendo em uma prisão paraguaia. Seis semanas depois, o exército do Paraguai sob ordens de Francisco Solano López invadiu pelo sul a província brasileira de Mato Grosso. Antes da intervenção brasileira no Uruguai, Solano López já vinha produzindo material bélico moderno, em preparação para um futuro conflito com a Argentina mitrista, e não com o Império.[4] Solano López alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai, que abrangeria as regiões argentinas de Corrientes e Entre Rios, o Uruguai, o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso e o próprio Paraguai. Objetivando a expansão imperialista, Solano López instalou o serviço militar obrigatório, organizou um exército de 80 000 homens, reaparelhou a Marinha e criou indústrias bélicas.

presidente da província de Mato Grosso, Frederico Carneiro de Campos, que nunca chegou a Cuiabá, morrendo em uma prisão paraguaia. Seis semanas depois, o exército do Paraguai sob ordens de Francisco Solano López invadiu pelo sul a província brasileira de Mato Grosso. Antes da intervenção brasileira no Uruguai, Solano López já vinha produzindo material bélico moderno, em preparação para um futuro conflito com a Argentina mitrista, e não com o Império.[4] Solano López alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai, que abrangeria as regiões argentinas de Corrientes e Entre Rios, o Uruguai, o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso e o próprio Paraguai. Objetivando a expansão imperialista, Solano López instalou o serviço militar obrigatório, organizou um exército de 80 000 homens, reaparelhou a Marinha e criou indústrias bélicas.

Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança. O Império do BrasilArgentina mitrista e Uruguai florista

ema-direita, especialmente da Argentina[134] [135] e do Paraguai,[136] compartilham a opinião de que o Império Britânico teve muito a ver com a guerra.

Um documento que supostamente apoia essa afirmação é uma carta de Edward Thornton (Ministro da Grã-Bretanha na Bacia do Prata) ao primeiro-ministro Lord John Russell, que diz:

O povo ignorante e bárbaro do Paraguai acredita que está sob a proteção do mais ilustre dos governos (...) e somente com uma intervenção estrangeira, ou uma guerra, eles serão livrados de seu erro ...[137]

Charles Washburn, que foi Ministro dos Estados Unidos para o Paraguai e Argentina, também afirma que Thornton representou o Paraguai, meses antes da eclosão do conflito, como:

... Pior que Abissínia, e López (é) p

Seja qual for sua antipatia pelo Paraguai, Thornton parece não ter desejado que suas querelas com a Argentina e o Brasil, que se agravavam rapidamente na época de sua visita a Assunção, se transformassem em guerra. Sua influência em Buenos Aires parece ter sido usada consistentemente durante os próximos meses no interesse da paz.[140]

Outros historiadores contestam essa afirmação de influência britânica, apontando que não há nenhuma evidência documental para isso.[141][131] Eles observam que, embora a economia e os interesses comerciais britânicos tenham se beneficiado com a guerra, o governo do Reino Unido se opôs a ela desde o início. Acreditava que a guerra prejudicava o comércio internacional e desaprovava as cláusulas secretas do Tratado da Tríplice Aliança. A Grã-Bretanha já estava aumentando as importações de algodão egípcio e não precisava de produtos paraguaios.

William Doria (o Encarregado de Negócios do Reino Unido no Paraguai que atuou brevemente em nome de Thornton) juntou-se aos diplomatas franceses e italianos na condenação do envolvimento do presidente da Argentina, Bartolomé Mitre no Uruguai. Mas quando Thornton voltou ao trabalho em dezembro de 1863, ele deu todo o seu apoio a Mitre.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b

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