quarta-feira, 17 de março de 2021

CAMPANHA PORTUGUESA CONTRA A FRANÇA ANTÁRTICA - 1560 - 17 DE MARÇO DE 2021

França Antártica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa francês da baía de Guanabara, c. 1555. Rico em detalhes, mostra a conformação topográfica original do Pão de Açúcar (aqui denominado Pot de Beurre), afastado da praia. Com os morros da Urca e Cara de Cão, ele formava a "Ilha da Trindade", que hoje está integrada ao continente em consequência de assoreamento e de um aterro no final do século XVII. Outra curiosidade é a indicação de pontos de interesse, ora em francês, ora em língua tupi.

A França Antártica foi uma colônia francesa estabelecida na região da Baía do Rio de Janeiro (como era então conhecida a Baía de Guanabara), no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, no século XVI, com o apoio dos tamoios, a população nativa da Guanabara, existindo de 1555 a 1570, quando os últimos remanescentes da aliança franco-tamoia foram derrotadas na Batalha do Cabo Frio.nto, a embarcação que se dirigira aquela Capitania, retornava para a Guanabara, onde aportou próximo à ilha de Villegagnon, onde desembarcaram Anchieta e Nóbrega (31 de Março, Sábado de Aleluia). No despontar da alvorada foram atacados por canoas dos Tamoios, disparando flechas. Cercados, foram salvos pela frota de Estácio de Sá, que retornara para se abrigar, devido ao mau tempo fora da barra.

Os reforços em São Vicente

Reunidos Estácio, Anchieta e Nóbrega, confirmaram a deliberação de seguir para São Vicente, a fim de reunir reforços e provisões, tendo ali chegado finalmente, a 2 de abril.

Estácio de Sá e suas forças permaneceram nove meses em São Vicente, procedendo reparos nas embarcações e nas defesas da baixada santista, reunindo reforços de gentes e suprimentos. Partiram em 22 de janeiro de 1565, com o reforço do padre Gonçalo de Oliveira e do irmão de Anchieta, que saíram de Bertioga a 27 do mesmo mês, com cinco navios pequenos, transportando mamelucos e indígenas de São Vicente e de Cananeia. A eles, se juntaram os Tupiniquins e os conversos do Colégio de São Paulo.

A fundação do Rio de Janeiro

Finalmente, a 1 de março, Estácio de Sá desembarcava a sua gente numa estreita praia entre o Morro do Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão, iniciando imediatamente a construção de uma paliçada (atual Fortaleza de São João) e declarando fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, uma homenagem ao nome do soberano. Na ocasião, o padre Gonçalo de Oliveira entronizou, numa ermida de taipa, coberta de sapê, uma imagem de São Sebastião, que passava a ser o padroeiro da cidade. O próprio Estácio instituiu, na ocasião, as três setas do martírio do santo como armas da cidade.

Ainda com os primeiros muros sendo levantados, a recém-fundada cidade sofreu um assalto por mar, a 6 de março, desfechado por três naus francesas e mais de cento e trinta canoas de guerra procedentes do Cabo Frio. Após alguns dias resistindo ao assalto, Estácio decidiu passar ao contra-ataque, acometendo as embarcações francesas e logrando repeli-las. ris, um dos ex-colonos de Villegagnon, Duarte Martins, oficial de olheiro e Fernão Valdez.

A lenda de São Sebastião

Guaixarácacique dos indígenas do Cabo Frio, organizou um grande assalto no mês de julho. Emboscados atrás de um morro, surpreenderam Francisco Velho, que cruzava a barra em busca de madeira. Tendo a manobra sido percebida pelos vigias de Estácio de Sá, no arraial reuniram-se forças apressadamente, partindo quatro canoas em socorro de Francisco Velho. Quando em perseguição aos Tamoios, as canoas portuguesas com Estácio de Sá foram cercadas, de pouco adiantando os tiros da roqueira instalada na canoa do próprio Estácio. No auge da luta, "um dos soldados lusitanos tentou defender-se disparando um tiro de um pequeno canhão que trazia na canoa em direção aos nativos", no entanto, "o português acidentalmente pôs fogo em toda a pólvora disponível em sua embarcação, ocasionando uma grande explosão que encheu a área de uma fumaça negra. Esse incidente gerou um susto intenso na mulher do morubixaba [Guaixará], que proferiu palavras em voz alta condenando o conflito. Ela advertiu que o acentuado fogaréu iria, de alguma forma, alcançar os nativos e que eles deveriam partir rapidamente. Ainda que estivessem prestes a vencer os lusitanos, os tamoios obedeceram a exortação e recuaram"[3]. Os povoadores, atribuindo o fato a um milagre, acorreram à Capela de São Sebastião, rendendo-lhe graças pela salvação de suas vidas. Nascia, desse modo, a lenda atribuída aos Tamoios da aparição de um jovem guerreiro vestido com armadura, durante o combate, passando de uma para outra canoa portuguesa, causando pânico ao inimigo, assim como a tradição, conservada por séculos, de se simular combates de canoas nas águas da baía, como comemoração pelo Dia do Padroeiro.

Tal fato também foi visto na chamada Batalha das Canoas, ocorrida em junho de 1566, aonde São Sebastião foi visto ajudando os portugueses a vencer os Tamoios e franceses.

Estácio combateu os franceses durante mais dois anos. Ajudado por um reforço militar enviado pelo tio em 20 de janeiro de 1567, ele impôs uma derrota às forças francesas e expulsou-as do Brasil, mas faleceu um mês depois de ferimentos sofridos durante a batalha.

Em 1570, deu-se a última batalha pelo domínio do Rio de Janeiro, na região leste do Estado, na Batalha de Cabo Frio, onde as últimas forças franco-tamoias foram finalmente derrotadas.

Consequências

Em resposta às tentativas francesas de conquistas territoriais no Brasil (a outra foi chamada de França Equinocial e aconteceu na atual cidade de São Luís, entre 1612 e 1615), a coroa portuguesa decidiu intensificar a colonização do Brasil e melhorar o seu status.

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