A tragédia de Entre-os-Rios ou tragédia da Ponte Hintze Ribeiro foi um acidente ocorrido a 4 de março de 2001 às 21h15min que consistiu no colapso da (antiga) Ponte Hintze Ribeiro, que fazia a ligação entre Castelo de Paiva, distrito de Aveiro e a localidade de Entre-os-Rios no concelho de Penafiel, distrito do Porto. A ponte, já considerada pelos habitantes de Entre-os-Rios como degradada, cedeu à chuva intensa dos últimos dias, que tinha causado um aumento no caudal do rio Douro. Ruiu o quarto pilar, o que provocou a destruição parcial do tabuleiro. Parte deste caiu ao rio Douro, tendo uma secção ficado suspensa na margem.
Do acidente resultou a morte de 59 pessoas, incluindo os passageiros de um autocarro e três carros que tentavam alcançar a outra margem do rio Douro.[1] Das vítimas, 54 pertenciam ao concelho de Castelo de Paiva, 2 de Cinfães, 2 de Gondomar e 1 de Penafiel.[2]
Efeitos subsequentes
O desastre levou a acusações quanto a negligência do Governo Português, levando à demissão do Ministro do Equipamento Social da altura, Jorge Coelho.[3] O Governo decretou dois dias de luto nacional.
Foi criada a Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios, que todos os anos organiza várias cerimónias de homenagem, como as 59 flores que são atiradas da recente ponte Hintze Ribeiro para o rio Douro para os 59 falecidos da tragédia.
A 4 de março de 2021, dia que marcou o vigésimo aniversário da tragédia, o então presidente Marcelo Rebelo de Sousa lança uma homenagem às vitimas da queda da Ponte Hintze Ribeiro.[4]
Monumento de homenagem
Em janeiro de 2003, junto à ponte de Entre-os-Rios, foi inaugurado o monumento de homenagem às vítimas, designado "Anjo da Guarda". A estátua em bronze, com dez metros de altura, foi construída em conjunção com um santuário, onde estão inscritos os nomes das vitimas.[5]
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